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Aula 03
Bizu Estratégico p/ TJ-RJ (Analista -
Execução de Mandados) - Pós-Edital
Autor:
Aula 03
3 de Junho de 2020
15568786720 - Rodrigo Campos Neves
1 
 
BIZU ESTRATÉGICO – DIREITO PROCESSUAL PENAL – TJRJ 
Olá, pessoal. Tudo bem? 
Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para o 
concurso para Analista – Execução de Mandados, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 
Certamente, não esgotaremos o edital. Nosso objetivo aqui é trazer um material conciso, com os 
principais pontos já exigidos pela CEBRASPE em provas para servidores de Tribunais, para uma revisão 
eficaz próximo à prova. 
Coach Ana Caroline Lima 
@anacaroline.flima 
Coach Leonardo Mathias 
@profleomathias 
Direito Processual Penal (Analista - TJ/RJ) 
Assunto Bizus Caderno de Questões 
Introdução ao estudo do Processo Penal: 
Princípios do Direito Processual Penal. 
Aplicação da Lei processual penal. Disposições 
constitucionais. Fontes do Direito Processual 
Penal. Sistemas processuais penais. 
1 e 2 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNhT 
Inquérito Policial 3 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNMJ 
Ação penal. Ação Civil Ex-Delicto 4 e 5 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNho 
Jurisdição e Competência 6 e 7 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNQv 
Sujeitos processuais 8 a 11 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNRa 
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e 
intimações. Sentença e coisa julgada. Questões 
e processos incidentes. 
12 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNiG 
Provas. Teoria geral. Provas em espécie 13 e 14 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNSY 
Prisão e liberdade provisória 15 a 20 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNTG 
Aula 03
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15568786720 - Rodrigo Campos Neves
2 
 
Processo: Processo comum. Procedimento 
pelos rito ordinário e sumário. Tribunal do Júri, 
Servidores Públicos. 
21 a 23 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNis 
Rito sumaríssimo: Juizados especiais criminais 24 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNj4 
Recursos: teoria geral e espécies de recursos 
previstos no CPP. 
25 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNjP 
O habeas corpus e seu processo 26 e 27 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNU6 
Processo Penal nos Tribunais Superiores (Lei 
8.038/90). Normas processuais da Lei nº 
7.210/1984 e suas alterações (execução penal) 
28 e 29 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNjm 
Observação: Para aumentar nosso banco de dados e, consequentemente, melhorar sua preparação, selecionamos 
questões da CEBRASPE de outros Tribunais de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03
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ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Abaixo, conforme as últimas provas da CEBRASPE, vejamos a frequência com que a banca vem exigindo 
os temas previstos: 
Direito Processual Penal - Analista – Execução de Mandados ( 253 questões ) 
Assunto Quant. Questões % incidência 
Introdução ao estudo do Processo Penal: Princípios 
do Direito Processual Penal. Aplicação da Lei 
processual penal. Disposições constitucionais. 
Fontes do Direito Processual Penal. Sistemas 
processuais penais. 
24 9,48 
Inquérito Policial 19 7,50 
Ação penal. Ação civil ex delicto. 40 15,81 
Jurisdição e competência 11 4,35 
Sujeitos processuais 10 3,95 
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e 
intimações. Sentença e coisa julgada. Questões e 
processos incidentes. 
24 9,48 
Provas. Teoria geral. Provas em espécie 20 7,91 
Prisão e liberdade provisória 27 10,67 
Processo: Processo comum. Procedimento pelos rito 
ordinário e sumário. 
14 5,53 
Procedimento dos crimes da competência do 
Tribunal do Júri 
7 2,77 
Processos especiais previstos no CPP. 2 0,79 
Rito sumaríssimo: Juizados especiais criminais 25 9,88 
Recursos: teoria geral e espécies de recursos 
previstos no CPP. 
8 3,16 
O habeas corpus e seu processo 15 5,93 
Lei nº 8.038/1990 – normas procedimentais para os 
processos perante o Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) 
0 0,00 
Normas processuais da Lei nº 7.210/1984 e suas 
alterações (execução penal) 
7 2,77 
Obs.: Optamos por analisar estatisticamente as questões de Direito Processual Penal da CEBRASPE para cargos 
de servidores de Tribunais de Justiça. 
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Introdução ao estudo do Direito Penal 
1. Aplicação da Lei Processual Penal 
➢ No espaço: O CPP adotou, como regra, o princípio da territorialidade, e só é aplicável aos atos 
processuais praticados no território nacional. 
 
➢ No tempo: A lei nova não pode retroagir para alcançar atos processuais já praticados, mas se aplica 
aos atos futuros dos processos em curso. 
 
➢ CUIDADO! No que se refere às normas relativas à execução, a Doutrina diverge quanto à sua natureza. 
O STF e o STJ entendem que se trata de norma de direito material. 
 
2. Princípios Processuais penais 
Princípios 
Inércia O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria em 
violação da sua imparcialidade. Trata-se de uma das materializações da adoção 
do sistema acusatório, ou seja, a 
clara separação entre as funções de acusar e julgar. 
Devido Processo Legal Base principal do Direito Processual brasileiro. Trata-se da obediência ao rito 
previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou outro), bem como às demais 
regras estabelecidas para o processo 
Presunção de não 
culpabilidade ou 
Presunção de inocência 
Maior pilar de um Estado Democrático de Direito. Nenhuma pessoa pode ser 
considerada culpada (e sofrer as consequências 
disto) antes do trânsito em julgado se sentença penal condenatória. 
Obrigatoriedade da 
fundamentação das 
decisões judiciais 
Quando o Juiz indefere uma prova requerida, ou prolata a sentença, deve 
fundamentar seu ato, o que é determinado pela própria Constituição. 
Publicidade Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos. Essa publicidade 
NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a 
intimidade das partes ou interesse público exigir (publicidade restrita) 
Isonomia Processual As pessoas são iguais perante a lei, sendo vedadas práticas discriminatórias. 
Também chamado de “par conditio” ou “paridade de armas”. 
Duplo grau de 
jurisdição 
As decisões judiciais devem estar sujeitas à revisão por outro 
órgão do Judiciário. Tem previsão expressa no Pacto de San José da Costa Rica 
(Convenção Americana de Direitos Humanos), ratificado pelo Brasil. 
Juiz Natural Toda pessoa tem direito de ser julgada por um 
órgão do Poder Judiciário brasileiro. Portanto, é vedada a formação de 
Tribunal ou Juízo de exceção. 
Vedação às provas 
ilícitas 
A Doutrina dominante admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a 
única forma de se obter a absolvição do réu. Veda-se, também, a utilização de 
provas ilícitas por derivação (teoria dos frutos 
da árvore envenenada) 
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Vedação à 
autoincriminação 
O ônus da prova incumbe à acusação, não ao réu. Conhecido como nemo 
tenetur se detegere 
Non bis in idem Uma pessoa não pode ser punida, nem processada duplamente pelo mesmo 
fato. 
. VEDAÇÃO À DUPLA CONDENAÇÃO PELO MESMO FATO; 
. VEDAÇÃO AO DUPLO PROCESSO PELO MESMO FATO; 
. VEDAÇÃO À DUPLA CONSIDERAÇÃO DO MESMO 
FATO/CONDIÇÃO/CIRCUNSTÂNCIA NA DOSIMETRIA DA PENA 
➢ Quando a decisão a ser tomada pelo Juiz não possa esperar a manifestação do acusado ou a ciência 
do acusado pode implicar a frustração da decisão. 
 
➢ A existência de prisões provisórias (prisõesdecretadas no curso do processo) não 
ofende a presunção de inocência. 
 
➢ Entendimentos do STF e STJ: 
 
• Processos criminais em curso e inquéritos policiais em face do acusado não podem ser considerados 
maus antecedentes, pois em nenhum deles, o acusado foi condenado de maneira irrecorrível, logo, 
não pode ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequência em relação a eles (súmula 444 
do STJ). 
 
• Não há necessidade de condenação penal transitada em julgado, para que o preso sofra a regressão 
do regime de cumprimento de pena mais brando para o mais severo → basta que o preso tenha 
cometido novo crime doloso ou falta grave. 
 
• Descoberta a prática de crime pelo acusado beneficiado com a suspensão do processo, este benefício 
deve ser revogado, por ter sido descumprida uma das condições, não havendo necessidade de 
trânsito em julgado da sentença condenatória do crime novo. 
 
➢ Uma pessoa não pode ser duplamente processada pelo mesmo fato quando já houve 
decisão capaz de produzir coisa julgada material, ou seja, a imutabilidade da decisão. Quando a 
decisão não faz coisa julgada material, é possível novo processo. 
 
 
 
 
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Inquérito Policial 
3. Peculiaridades 
➢ Características: 
 
• Tem natureza de procedimento administrativo, e não de processo judicial. 
• Não é fase do processo. 
• É pré-processual. Eventual irregularidade ocorrida durante a investigação não gera nulidade do 
processo. 
• Não há acusação, logo, não há nem autor, nem acusado. 
• Não há direito ao contraditório nem à ampla defesa. 
• Uma vez instaurado o IP, não pode a autoridade policial arquivá-lo. 
• É dispensável. 
• A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que entender mais frutífera. 
 
➢ Diante da notitia criminis relativa a um crime cuja ação penal 
é pública incondicionada, a instauração do IP passa a ser admitida, ex officio, nos termos do já 
citado art. 5°, I do CPP. 
 
➢ A solução encontrada pela Doutrina e pela Jurisprudência para conciliar o interesse público na 
investigação com a proibição de manifestações apócrifas (anônimas) foi determinar que o Delegado, 
quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia anônima, não deverá 
instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a procedência da denúncia e, caso 
realmente se tenha notícia do crime, instaurar o inquérito. 
 
➢ O inquérito poderá ser instaurado, ainda, mediante requisição do MP. Essa requisição deve ser 
obrigatoriamente cumprida pelo Delegado. 
 
➢ O STF suspendeu a eficácia do art. 3º-A do CPP (e outros), motivo pelo qual o dispositivo ainda não 
está vigorando. 
 
➢ Auto de Prisão em Flagrante: Embora essa hipótese não conste no rol do art. 5° do CPP, trata-se de 
hipótese clássica de fato que enseja a instauração de IP. Parte da Doutrina, no entanto, a equipara à 
notitia criminis e, portanto, estaríamos diante de uma instauração ex officio. 
 
➢ Delatio criminis postulatória: ato mediante o qual o ofendido autoriza formalmente o Estado (através 
do MP) a prosseguir na persecução penal e a proceder à responsabilização do autor do fato, se for o 
caso. 
 
• Caso a vítima não exerça seu direito de representação no prazo de seis meses, a contar da 
data em que tomou conhecimento da autoria do fato, estará extinta a punibilidade. 
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• Caso se trate de vítima menor de 18 anos, quem deve representar é o seu representante 
legal. Caso não o faça, entretanto, o prazo decadencial só começa a correr quando a vítima 
completa 18 anos. 
 
➢ Diferentemente da representação, a requisição do Ministro da Justiça não está sujeita a 
prazo decadencial, podendo ser exercitada enquanto o crime ainda não estiver prescrito. 
 
 
➢ Se o inquérito policial visa a investigar pessoa que possui foro por prerrogativa de 
função (“foro privilegiado”), a autoridade policial dependerá de autorização do Tribunal para 
instaurar o IP. 
 
➢ Percebam que o art. 7° prevê a famosa “reconstituição”, tecnicamente chamada de 
reprodução simulada. ESTA REPRODUÇÃO É VEDADA QUANDO FOR CONTRÁRIA À 
MORALIDADE OU À ORDEM PÚBLICA. 
 
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➢ Súmula vinculante n° 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa”. 
 
➢ O indiciamento não desconstitui o caráter sigiloso do Inquérito Policial. O ato de indiciamento é 
PRIVATIVO da autoridade policial. 
 
➢ Caso o indiciado esteja preso, o novo art. 3º-B, §2º do CPP (com eficácia suspensa pelo STF – ADI 
6298) estabelece que o prazo pode ser prorrogado pelo Juiz uma vez, por até 15 dias. 
 
➢ “(...) O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do arquivamento implícito de inquérito 
policial.” (HC - 104356, informativo 605 do STF). 
 
➢ O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão. O que o 
Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o inquérito. 
 
➢ MP pode investigar (por meio de procedimentos próprios de investigação); 
 
➢ MP não pode instaurar e presidir inquérito policial; 
 
 
Ação Penal 
4. Peculiaridades 
➢ No processo penal, o interesse de agir está mais ligado a questões como a utilização da via 
adequada. Assim, não pode o membro do MP oferecer queixa em face de alguém que praticou 
homicídio, pois se trata de crime de ação penal pública. Nesse caso, o MP é parte legítima, pois 
é o titular da ação penal. No entanto, a via escolhida está errada (deveria ter sido ajuizada ação 
penal pública, denúncia). 
 
➢ O sujeito ativo do crime (infrator) será, no processo penal, o sujeito passivo na relação 
processual. 
 
➢ Se a ausência de condição da ação obsta à apreciação do mérito não há ilegitimidade. 
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➢ Ação penal pública incondicionada: 
 
• É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. 
• Não se admite mais a chamada “ação penal ex officio”. 
• Trata-se de condição imprescindível, nos termos do art. 24 do CPP. 
A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia. 
Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a representação e 
se retrata. Posteriormente, a vítima resolve oferecer novamente a 
representação. 
• Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual pode ser sanada 
posteriormente, caso a vítima a apresente em Juízo (desde que realizada dentro do prazo 
de seis meses que a vítima possui para representar, nos termos do art. 38 do CP). 
Não se exige forma específica para a representação, bastando que descreva claramente a 
intenção de ver o infrator ser processado. Pode ser escrita ou oral (neste último caso, 
deverá ser reduzida a termo, ou seja, ser “passada para o papel”). A jurisprudência admite 
que o simples registro de ocorrência em sede policial, desde que conste informação de 
que a vítima pretende ver o infrator punido, PODE ser considerado como representação. 
• A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou serepresenta em 
face de todos eles, ou não há representação, pois esta não se refere propriamente aos agentes 
que praticaram o delito, mas ao fato. Quando a vítima representa, está 
manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de ação penal para que sejam punidos 
os responsáveis. Entretanto, embora não possa haver fracionamento da representação, isso 
não impede que o MP denuncie apenas um ou alguns dos infratores, pois um dos princípios 
da ação penal pública é a divisibilidade. 
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• A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz 
(art. 34 do CP). 
• Se o ofendido for menor ou incapaz, terá legitimidade o seu representante legal. Porém, se 
o ofendido não possuir representante legal ou os seus interesses colidirem com o do 
representante, o Juiz deve nomear curador, por força do art. 33 do CPP (por analogia). Este 
curador não está obrigado a oferecer a representação, devendo apenas analisar se é salutar 
ou não para o ofendido (maioria da Doutrina entende isso, mas é controvertido). 
• Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, § 1° do CPP21. É 
importante observar que essa ordem deve ser observada. A Doutrina equipara o 
companheiro ao cônjuge (não é unânime). 
• O prazo para representação é de SEIS MESES, contados da data em que a vítima veio a 
saber quem é o autor do delito (art. 38 do CPP). Se o ofendido for menor de idade, o prazo, 
para ele, só começa a fluir quando completar 18 anos. 
• Em caso de óbito da vítima, os sucessores recebem apenas o prazo que restava (ex.: se a 
vítima faleceu 02 meses após descobrir a autoria delitiva, os sucessores terão apenas 04 
meses para oferecer a representação); 
• A representação pode ser oferecida perante o MP, a autoridade policial ou mesmo perante 
o Juiz. 
 
➢ Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça: 
 
• Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um juízo político acerca da 
conveniência em vê-los apurados ou não. São poucas as hipóteses, citando, como exemplo, 
o crime cometido contra a honra do Presidente da República (art. 141, I, c/c art. 145, § 
único, do CP). 
• Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo decadencial para o 
oferecimento da requisição, podendo esta ocorrer enquanto não estiver extinta a 
punibilidade do crime. 
• A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição24, ao contrário do 
que ocorre com a representação do ofendido, por não haver previsão legal e por se tratar 
a requisição, de um ato administrativo. 
• O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação penal. 
 
➢ A renúncia, o perdão do ofendido e a perempção só têm cabimento 
nos casos de ação penal privada exclusiva ou personalíssima, não sendo cabíveis 
na ação penal privada subsidiária da pública. 
 
➢ Ao final do prazo de seis meses, a vítima perde o direito de ajuizar a queixa-crime 
subsidiária, ocorrendo a decadência do direito. Todavia, o MP continua podendo ajuizar a ação 
penal pública. 
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5. Acordo de não persecução penal 
➢ A lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) incluiu o art. 28-A e seus §§ ao CPP, criando 
a figura do “acordo de não persecução penal”, uma espécie de transação entre MP e suposto 
infrator, a fim de evitar o ajuizamento da denúncia. 
 
• Os pressupostos para a proposição, pelo MP, do acordo de não-persecução penal, são: 
Tratar-se de infração penal (crimes ou contravenções penais, portanto), sem violência 
ou grave ameaça à pessoa, e com pena MÍNIMA inferior a quatro anos (se for igual a 
04 anos, não será cabível); 
• O acordo deve se mostrar necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do 
crime; 
 
➢ A celebração do acordo não constará de certidão de antecedentes criminais, exceto 
para impedir nova concessão do benefício pelos próximos 05 anos; 
 
➢ Caso o MP não ofereça proposta de acordo, o investigado poderá requerer a remessa 
dos autos ao órgão superior do MP, para que seja revisada a decisão. 
Jurisdição e Competência 
6. Jurisdição 
➢ Todo juiz tem jurisdição em todo território nacional; 
➢ A inferior é exercida pelo órgão que atua no processo desde o início. Já a superior é exercida em grau 
recursal. 
➢ Os Tribunais podem atuar TANTO COMO JURISDIÇÃO INFERIOR COMO SUPERIOR, a depender da 
demanda, pois existem demandas cuja competência originária para processo e 
julgamento é dos Tribunais, como no caso de pessoas com prerrogativa de foro. 
➢ A jurisdição especial, no processo penal, é formada pelas duas “Justiças especiais” estabelecidas na 
Constituição, em razão da matéria: Justiça Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). 
➢ A jurisdição comum é exercida residualmente. Tudo que não for jurisdição especial será jurisdição 
comum, que se divide em estadual e federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui 
competência criminal. 
 
7. Competência 
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➢ A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual. 
 
➢ Os deputados estaduais possuem prerrogativa de foro perante o TJ. Isso não está previsto 
expressamente na CF/88, mas entende-se que está IMPLÍCITO, pelo princípio da SIMETRIA. 
Assim, caso um deputado estadual cometa crime doloso contra a vida, prevalecerá a competência 
de foro por prerrogativa de função. 
 
 
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➢ No caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante 
optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca do local da infração, caso este 
local seja conhecido, pois esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública. 
 
➢ No caso de CRIMES DOLOSOS contra a vida praticados em concurso de pessoas, 
quando um dos acusados possui foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Federal, 
ao invés de todos os acusados serem julgados perante o Tribunal (em razão da prerrogativa de 
foro de um dos comparsas), haverá a separação dos processos, de forma que o detentor de 
prerrogativa de foro será julgado perante o Tribunal respectivo e os demais pelo Tribunal do Júri. 
 
➢ Não há na CF/88 previsão de julgamento dos congressistas por crime de responsabilidade. 
Há previsão, apenas, de julgamento perante a própria Casa (Câmara ou Senado) 
por quebra de decoro parlamentar. 
 
 
 
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➢ No caso de julgamento de crime político (da competência dos Juízes Federais de primeiro 
grau), caso haja recurso, o RECURSO ORDINÁRIO É DIRETO PARA O STF! 
 
➢ O STF e o STJ entendem que todo crime que viole os direitos fundamentais dos 
Trabalhadores são considerados “crimes contra a organização do Trabalho”, estejam ou não 
no capítulo “Dos Crimes contra a Organização do Trabalho”, previsto no Código Penal. 
 
➢ O STF e o STJ entendem que a competência para julgamento dos crimes que versem sobre 
direitos indígenas só é da Justiça Federal quando estejam ligados às questões da 
comunidade indígena, e não qualquer crime praticado por indígena. 
Sujeitos do Processo 
8. JuizAula 03
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9. Ministério Público 
➢ O fato de o membro do MP ter participado da fase investigatória não é causa de impedimento ou 
suspeição (verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ). 
 
10. Do acusado 
➢ O STF, em 2018, quando do julgamento das ADPFs 395 e 4447, por 
maioria, decidiu que é INCONSTITUCIONAL a condução coercitiva do 
investigado/indiciado/acusado para fins de interrogatório. 
 
➢ Quando o art. 262 se refere ao acusado “menor” não está se referindo à menoridade 
penal, mas à menoridade CIVIL. 
 
 
 
 
 
11. Do defensor do acusado, do assistente de acusação, dos auxiliares de justiça 
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➢ O STF editou o verbete nº 523 de sua súmula de jurisprudência, no seguinte sentido: NO PROCESSO 
PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O 
ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU. 
 
➢ O STF e o STJ entendem que o corréu, embora não possa se habilitar no 
processo como assistente de acusação, pode recorrer (apelar) para reformar a sentença que 
absolve o outro corréu. 
 
➢ A nomeação do perito é ato privativo do Juiz (óbvio, dada a sua imparcialidade), não 
cabendo às partes intervirem nesse ato. Além disso, o perito nomeado não poderá recusar o 
encargo, salvo se provar motivo relevante para isso, sob pena de multa. 
 
 
 
Atos Processuais 
12. Peculiaridades 
➢ A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o 
processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 
 
➢ A contagem dos prazos processuais penais se dá EXCLUINDO-SE O DIA DO COMEÇO E INCLUINDO-
SE O DIA DO VENCIMENTO. 
 
➢ Isto só ocorre com os chamados PRAZOS PROCESSUAIS. Os prazos que, embora 
presentes no CPP, sejam considerados prazos MATERIAIS (referentes ao próprio Direito Material 
em si, o que às vezes é difícil de diferenciar) são computados de maneira diversa, incluindo-se o 
dia do começo. 
 
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➢ O réu preso, entretanto, será citado PESSOALMENTE, por força do art. 360 do CPP. O 
comparecimento espontâneo do acusado sana eventual nulidade ou falta da 
citação, desde que não tenha havido prejuízo para a defesa, nos termos do art. 570 do CPP e do 
entendimento consolidado do STJ. 
 
➢ Vigora no processo penal o princípio da identidade física do Juiz, que significa, 
basicamente, que o Juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença. 
 
➢ Só é cabível o incidente de falsidade documental na fase do processo penal, não 
sendo possível durante o inquérito policial. 
 
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Da Prova 
13. Teoria Geral da Prova 
 
 
 
 
14. Das provas em espécie 
➢ Do exame de corpo de delito: 
• Se for perito oficial, basta um. Caso não seja perito oficial, DEVEM SER DOIS 
(art. 159 e seu § 1° do CPP). 
• O exame de corpo de delito é, em regra, obrigatório nos crimes que deixam vestígios. 
Entretanto, como vimos, o art. 167 do CPP autoriza o suprimento deste exame pela prova 
testemunhal quando os vestígios tiverem desaparecido. JURISPRUDÊNCIA SE 
CONSOLIFICOU NO SENTIDO DE QUE QUALQUER PROVA, E NÃO SÓ A TESTEMUNHAL, 
PODEM SUPRIR O EXAME NESSA HIPÓTESE. 
 
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➢ Da cadeia de custódia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Do interrogatório do réu: 
 
• A imprescindibilidade do advogado é restrita ao interrogatório judicial, não sendo aplicável ao 
interrogatório em sede policial. Por dois motivos: 
 
1) O §5° do art. 185 fala em “Juiz” e “réu”. No interrogatório quem preside o interrogatório é o 
Delegado, e não há réu, mas apenas indiciado. 
 
2) A presença do advogado é corolário do contraditório e da ampla defesa, princípios que não 
incidem, em regra, na investigação policial. 
 
• O STJ entende que se o interrogatório foi realizado antes da entrada em vigor da Lei 
12.792/03 (que passou a exigir a presença do advogado no interrogatório judicial), a eventual 
ausência do defensor não caracteriza nenhuma nulidade. 
 
 
 
 
• A Lei 11.900/09, alterando a redação do § 2° do art. 185 do CPP, abriu a possibilidade de realização 
do interrogatório (e oitiva de testemunhas) do réu mediante o recurso tecnológico da 
videoconferência. Essa possibilidade só existe no caso de se tratar de réu preso e somente poderá 
ser realizada EXCEPCIONALMENTE. 
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• O STF entendeu, apenas, que o interrogatório por videoconferência é INCONSTITUCIONAL 
QUANDO PREVISTO EM LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 
 
➢ Da confissão: 
• O STF entende que se o réu se retrata em Juízo da confissão feita em sede policial, não 
será aplicada a atenuante prevista no art. 65, III, d do CP (confissão), salvo se, mesmo diante 
da retratação, a confissão em sede policial foi levada em consideração para a sua 
condenação. 
• A delação premiada é o benefício concedido ao infrator que denunciar outros envolvidos 
no crime. Está prevista em diversas leis especiais, como a Lei dos crimes contra o sistema 
financeiro (Lei 7.429/92) e na lei dos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90). 
• A jurisprudência entendia que a confissão qualificada não gerava a aplicação da atenuante 
genérica do art. 65, III, d do CP. Contudo, atualmente este entendimento mudou. O STJ passou a 
entender que mesmo a confissão qualificada gera a atenuante de pena prevista no CP. 
 
➢ Da prova testemunhal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prisões Cautelares 
15. Prisão em flagrante 
 
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➢ FLAGRANTE DIFERIDO (OU RETARDADO): Nessa modalidade a autoridade policial retarda a realização 
da prisão em flagrante, a fim de, permanecendo “à surdina”, obter maiores informações e realizar a 
prisão em flagrante em momento posterior, com maior sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
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16. Prisão Preventiva 
 
17. Prisão temporária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Da prisão. Das Medidas Cautelares. Da Liberdade Provisória 
18. Introdução 
 
19. Prisão Domiciliar 
 
➢ O “recolhimento domiciliar noturno” do art. 319, V, não se confunde com a PRISÃO 
DOMICILIAR, prevista no art. 317 do CPP. 
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20. Da LiberdadeProvisória e da Fiança 
➢ A perda da totalidade do valor da fiança ocorrerá caso o réu, condenado 
DEFINITIVAMENTE, não se apresentar para cumprimento da pena. 
 
➢ Tanto no caso de perda total quanto no caso de perda parcial do valor da fiança, o 
saldo (após recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais esteja obrigado o 
acusado) será recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO. 
 
Do Processo Comum 
21. Peculiaridades 
➢ Anteriormente à reforma, as alegações finais eram apresentadas, em regra, NA 
FORMA ESCRITA. Atualmente a regra é a de que as alegações finais sejam feitas ORALMENTE, 
concedendo-se prazo de 20 MINUTOS PARA A ACUSAÇÃO E PARA A DEFESA, prorrogáveis por 
MAIS 10 MINUTOS. 
 
 
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Processo dos crimes da competência do Tribunal do Júri 
22. Peculiaridades 
➢ Aqui não há previsão de possibilidade de SUBSTITUIÇÃO DAS ALEGAÇÕES ORAIS 
por alegações ESCRITAS, como há previsão no procedimento pelo rito comum ordinário. 
 
➢ Não se adia o julgamento em razão da ausência do acusado solto, do assistente de 
acusação ou do advogado do querelante (na ação penal privada subsidiária da pública), que tiver 
sido regularmente intimado. 
 
➢ Se for levantada a tese da DESCLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO para uma infração de 
competência do Juiz singular, deve o Juiz-Presidente formular um quesito autônomo, após 
o reconhecimento da materialidade e autoria do delito. 
 
 
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➢ Se for sustentada a tese de crime tentado ou houver divergência acerca da tipificação do 
delito, deverá haver quesito autônomo acerca destes fatos, após o quesito relativo à 
autoria. 
 
 
Processo e Julgamento dos Crimes de Responsabilidade dos Servidores Públicos 
23. Procedimentos para crimes afiançáveis 
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Juizados Especiais Criminais 
24. Peculiaridades 
 
➢ Em se tratando de violência doméstica e familiar contra a mulher, o STF e o STJ 
entendem que também não se aplica o rito dos Juizados Especiais Criminais. 
 
➢ NÃO É POSSÍVEL CITAÇÃO POR EDITAL NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 
 
➢ O termo circunstanciado será utilizado, posteriormente, como subsídio para a ação penal, 
dispensando-se o inquérito policial. 
 
➢ A Lei não prevê possibilidade de TRANSAÇÃO PENAL nos crimes de ação penal 
privada. Entretanto, a Jurisprudência vem admitindo esta possibilidade, cabendo ao próprio 
ofendido o seu oferecimento. 
 
➢ A jurisprudência entende que uma vez oferecida a proposta e aceita pelo acusado e 
seu defensor, o Juiz não tem margem para atuação, ele DEVE suspender o processo. 
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Recursos no CPP 
25. Peculiaridades 
Em regra, todas as decisões judiciais são recorríveis, não o sendo, entretanto, os 
despachos. 
Efeito Extensivo – Decorre da necessidade de que haja isonomia no julgamento de todos 
aqueles que respondem pelo mesmo fato. Assim, se um dos corréus interpõe recurso, a decisão 
desse recurso se estende aos demais, SALVO SE FUNDADA EM RAZÕES DE CARÁTER 
ESTRITAMENTE PESSOAL. 
 
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Habeas Corpus 
26. Sujeitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Cabimento e processamento 
➢ A Doutrina e a Jurisprudência NÃO admitem mais a utilização do HC como substituto 
recursal, ou seja, sua utilização ao invés da utilização do recurso cabível. 
 
➢ A Jurisprudência não tem admitido a impetração de HC contra ato de indeferimento de 
liminar em HC, salvo em casos de flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão que 
indefere a liminar. 
 
➢ O Assistente de acusação não pode intervir no HC. 
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==15fb09==
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➢ O HC não comporta dilação probatória, ou seja, o impetrante deve provar, DE PLANO, a 
ilegalidade da coação. 
 
➢ É incabível o HC para impugnar decisão que defere a intervenção do assistente de acusação 
na ação penal. 
 
➢ A prisão administrativa (aquela que não foi determinada pelo Judiciário), à exceção do 
flagrante delito, foi abolida do nosso ordenamento jurídico. Caso seja praticada, poderá ser 
impetrado HC em face dessa ilegalidade. 
 
➢ É possível a impetração de HC para evitar que o paciente seja algemado, ou para que cesse 
o ato, quando esta medida seja ilegal (não esteja dentre as exceções previstas na súmula 
vinculante n° 11 do STF). 
 
➢ É incabível a utilização do HC para atacar ato de punição disciplinar militar (prisão do militar), 
salvo se a prisão foi determinada de maneira ilegal (por autoridade incompetente, etc.), mas 
não o mérito da medida. 
 
➢ O STJ entende ser cabível a impetração de HC para discutir aplicação de prisão domiciliar. 
 
➢ Não é cabível o manejo de HC para discutir a aplicação de pena acessória de perda de 
cargo público (pois não há violação ou ameaça à liberdade de locomoção). 
 
Processo Penal nos Tribunais Superiores (Lei nº 8.038/90) 
28. Peculiaridades 
➢ Sempre que a decisão do Presidente do Tribunal, de Seção, de Turma ou de Relator causar 
gravame à parte, caberá agravo para o órgão especial, Seção ou Turma, conforme o caso, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
 
➢ No STJ, haverá revisor apenas na ação rescisória, na ação penal originária e na revisão 
criminal. 
 
➢ Em caso de vacância ou de afastamento de Ministro do STJ, por prazo superior a 30 (trinta) 
dias, poderá ser convocado Juiz de TRF (leia-se: desembargador federal) ou desembargador 
de Tribunal de Justiça para substituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do STJ. 
 
➢ As turmas do STF tomarão suas decisões pelo voto da maioria absoluta de seus membros. 
 
➢ Havendo empate em habeas corpus, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente 
(pessoa beneficiária do habeas corpus). 
 
 
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Lei da Execução Penal (Lei nº 7.210/84) 
29. Peculiaridades 
➢ A Lei de Execução Penal aplica-se IGUALMENTE ao preso PROVISÓRIO e ao CONDENADO pela Justiça 
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária; 
 
➢ Ao CONDENADO e ao INTERNADO serão assegurados TODOS os direitos não atingidos pela sentença 
ou pela lei. 
 
➢ NÃO HAVERÁ QUALQUER DISTINÇÃO de natureza racial, social, religiosa ou política na 
aplicação da LEP. 
 
➢ Cumpre ao CONDENADO, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, SUBMETERSE ÀS 
NORMAS DE EXECUÇÃO DA PENA. Aplica-se ao PRESO PROVISÓRIO, no que couber, os deveres acima 
citados. 
 
➢ Aplica-se ao PRESO PROVISÓRIO e ao SUBMETIDO À MEDIDA DE SEGURANÇA (o 
internado), no que couber, os direitos acima citados. IMPÕE-SE A TODAS AS AUTORIDADES 
o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios. 
 
➢ Seja qual for o tipo de falta, pune-se a TENTATIVA com a sanção correspondente à falta 
consumada. 
 
➢ A prática de fato previsto como CRIME DOLOSO constitui falta GRAVE e, quando ocasione 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, 
nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao REGIME DISCIPLINAR 
DIFERENCIADO (RDD). 
 
➢ As quatro primeiras sanções(advertência verbal, repreensão, suspensão ou restrição de 
direitos e isolamento na própria cela) serão aplicadas por ato motivado do DIRETOR DO 
ESTABELECIMENTO; 
 
➢ Nas faltas GRAVES, aplicam-se as sanções de suspensão ou restrição de direitos, de 
isolamento na própria cela e de inclusão no RDD. 
 
➢ O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 30 dias, ressalvada 
a hipótese do regime disciplinar diferenciado (que tem regras próprias). 
 
➢ A sanção de INCLUSÃO DEFINITIVA NO RDD será aplicada por PRÉVIO e FUNDAMENTADO 
despacho do JUIZ COMPETENTE; 
 
➢ A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação 
do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de 15 dias. 
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➢ Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: 
 
• Acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados. 
• Acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. 
• Acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos 
itens acima. 
 
➢ Por sua vez, os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes 
critérios: 
 
• Condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados. 
• Reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa. 
• Primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça 
à pessoa. 
• Demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação 
diversa das previstas nos itens anteriores. 
 
➢ Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa 
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas 
que vedam a progressão. A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será 
sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, 
procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, 
indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. 
 
➢ A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. A remição 
também se aplica às hipóteses de prisão cautelar. 
 
➢ O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a 
beneficiar-se com a remição. 
 
➢ O tempo remido será computado como pena cumprida, para TODOS os efeitos. Ao condenado será 
dada a relação de seus dias remidos. 
 
➢ Segundo o art. 146-B da LEP, o juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica 
apenas em uma dessas duas situações: para autorizar a SAÍDA TEMPORÁRIA no REGIME SEMIABERTO 
ou para determinar a PRISÃO DOMICILIAR. 
 
➢ Nos casos de violência doméstica CONTRA A MULHER, o juiz poderá determinar o 
comparecimento OBRIGATÓRIO do agressor a programas de recuperação e reeducação. 
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