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AULA 14 - MERCURIO

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MERCÚRIO 
Mercúrio e seus compostos 
 
 mercúrio metálico 
 estado líquido em temperatura ambiente 
 
 vapor de mercúrio (Hgo) 
 muito mais perigoso que a forma líquida 
 
 se liga a outros elementos (cloro, enxofre 
ou oxigênio) para formar sais inorgânicos 
mercuroso (Hg1+) ou mercúrico (Hg2+) 
 
 compostos orgânicos estáveis 
 formados por ligação desse metal a um ou dois 
átomos de carbono 
 metilmercúrio (CH3Hg
+), toxicologicamente o 
mais importante 
 
 as características toxicocinéticas e os 
efeitos tóxicos dos compostos de mercúrio 
sobre a saúde variam dependendo do 
estado de oxidação e espécie orgânica 
associada 
Fontes de emissão e transformações 
no ambiente 
 
 mercúrio na forma de vapor (Hgo) 
presente na atmosfera é derivado de: 
 
 fontes naturais 
desgaseificação da crosta terrestre, através 
de erupções vulcânicas e evaporação de 
oceanos e solos 
 
 fontes antropogênicas contribuem 
significativamente 
 
 mercúrio (Hgo) 
 gás nono atômico quimicamente estável 
 permanece na atmosfera por cerca de 1 ano 
 se distribui globalmente a partir de suas fontes 
de emissão 
 
 ocasionalmente, 
 sofre oxidação → mercúrio mercúrico (Hg2+) 
a forma inorgânica solúvel em água, que 
retorna a superfície da terra com a água da 
chuva 
 
 
 mercúrio mercúrico, duas possibilidades 
de transformação 
 
(1) redução vapor de mercúrio que retorna 
para atmosfera ou 
 
(2) metilação por microorganismos nos 
sedimentos de água doce ou salgada 
metilmercúrio 
 
 metilmercúrio 
 entra e se acumula na cadeia alimentar 
aquática 
 plâncton, peixes herbívoros, peixes carnívoros e 
mamíferos marinhos 
 no topo da cadeia aquática (mamíferos 
marinhos) 
 níveis de mercúrio nos tecidos são 1800 a 18000 
vezes maiores que na água circundante 
 
 biometilação natural e bioacumulação 
exposição humana através da dieta 
Fontes de exposição humana 
 
 através de alimentos da dieta 
 principalmente, metilmercúrio, por consumo 
de peixe 
 se acumula no tecido adiposo e o cozimento não 
reduz o conteúdo de mercúrio 
 
 compostos inorgânicos 
 presentes nos alimentos em quantidades muito 
pequenas pouca importância sob o ponto de vista 
toxicológico 
 
 mercúrio na atmosfera e água de 
consumo humano (água de beber) 
 
 níveis baixos, não importantes fontes de 
exposição da população em geral 
 
 Odontologia 
 
 uso de amalgama (mercúrio + prata + limalha 
de ferro) na restauração de dentes 
 
 exposição ocupacional (principalmente 
inalação de vapor de mercúrio) 
 
 indústrias 
 
 cloro-alcali (produção Cl2 e NaOH) 
 
 fabricação de lâmpadas a vapor de mercúrio e 
dispositivos de controle elétrico (interruptores de 
corrente e termostatos automáticos) 
 
 fabricação de instrumentos científicos de precisão 
(termômetros, nanômetros e barômetros) 
 
 extração de ouro e prata (países em 
desenvolvimento) 
 
 por meio de amalgama com mercúrio, separa-
se ouro ou a prata de seus minerios 
 
 posterior aquecimento do amalgama para 
retirada do mercúrio 
 
 liberação de quantidade substancial na 
atmosfera 
 
 emprego medicinal 
 
 por longo tempo como diurético, antisséptico, 
laxante e outros usos 
 
 substituído por fármacos menos tóxicos 
 
 exposição ambiental acidental 
 
 por ex.: muitos casos de intoxicação por 
compostos orgânicos de mercúrio em 
Minamata no Japão e Iraque 
Toxicocinética 
 
 mercúrio líquido, como liberado de 
termômetro quebrado 
 
 absorção pobre no trato gastrintestinal 
(0,01%) 
 
 não é biologicamente reativo 
 
 pouca ou nenhuma consequência toxicológica 
 
 vapor de mercúrio 
 
 pronta absorção nos pulmões (cerca de 80%) 
 
 alcançando a corrente sanguínea, tem ampla 
distribuição no organismo (gás mono atômico 
altamente difusível e lipossolúvel) 
 
 nas células (eritrócitos e diversos tecidos), 
oxidação a mercúrio mercúrico por catalase 
 
 significante porção de vapor de mercúrio 
 
 atravessa a barreira hematoencefálica e placenta sem 
sofrer oxidação nos eritrócitos 
 
 por isso exerce maior neurotoxidade e toxicidade no 
desenvolvimento do feto que sais inorgânicos 
(atravessam as membranas mais lentamente) 
 
 após a oxidação 
 
 seu comportamento é semelhante ao mercúrio 
inorgânico 
 
 excreção 
 
 pelos pulmões 
 
 vapor de mercúrio exalado (10%) 
 
 no prazo de 1 semana após a exposição 
 
 maior porção convertida em mercúrio 
inorgânico 
 
 principalmente, urina e fezes 
 
 ½ vida de 1 a 2 meses 
 
 
 mercúrio inorgânico 
 
 após a ingestão, absorção pobre no trato 
gastrintestinal 
 de 7 a 15% 
 
 pequena porção 
 redução nos tecidos a vapor de mercúrio sendo este 
exalado 
 
 as mais altas concentrações estão presente 
nos rins (principal órgão alvo) 
 
 captação (transporte ativo) renal dos sais de 
mercúrio, através de duas vias: 
 conjugado com enxofre em grupamento tiol de resíduos 
de cisteína (cis-S-Hg-S-cis) 
 por transportador de ânion orgânico 
 
 sais de mercúrio inorgânico 
 atravessam com mais dificuldade a barreira 
hematoencefálica ou placenta 
 
 excreção 
 urina e fezes 
 ½ vida de cerca de 2 meses 
 
 metilmercúrio 
 
 eficientemente absorvido no trato 
gastrintestinal (95%), ingestão de peixe 
 
 distribuído por todos os tecidos do organismo 
em cerca de 30 horas 
 
 10% distribuído no cérebro 
 
 5% permanece no sangue, em concentração nos 
eritrócitos 20 vezes maior que no plasma 
 
 
 liga-se a moléculas contendo tiol, como em 
cisteína (CH3Hg-S-Cis) 
 
 mimetizando a metionina pode atravessar a barreira 
hematoencefálica e placenta, através de transportador 
de aminoácido neutro 
 
 se acumula no cabelo 
 
 concentração cerca de 250 vezes maior do que no 
sangue 
 
 pode ser usado como indicador biológico de exposição 
 
 sofre circulação enterohepática 
 
 sofre circulação enterohepática 
 vagarosamente biotransformado a mercúrio 
inorgânico pela microflora no intestino 
 
 excreção 
 nas fezes (90%) 
 urina (<10%) 
 ½ vida de 45 a 70 dias 
Toxicidade 
 
 mecanismo básico de ação 
 
 alta afinidade de ligação do mercúrio 
mercúrico com grupos sulfidrila (-SH) de 
proteínas nas células produzindo danos 
celulares não específicos e até mesmo morte 
celular 
Sinais e sintomas de intoxicação 
 
vapor de mercúrio 
 
 intoxicação aguda (concentrações 
extremamente altas) 
 
 ação irritante (cáustica) → bronquite e 
pneumonite (pode ou não ser fatal) 
 
 acompanhada de efeitos sobre sistema 
nervoso central (excitabilidade aumentada ou 
tremor) 
 
 
 intoxicação crônica (micromercurialismo) 
 
 efeitos mais importantes sobre o SNC 
 
 inicialmente, sinais e sintomas não específicos 
 
 identificação: neurastenia (condição mental 
caracterizada por astenia física e mental) e pelo menos 
mais três dos seguintes sinais e sintomas 
 
 tremor, aumento da tireoide e da captação de iodo 
radioativo, pulso instável, taquicardia, 
dermografismo, gengivite, alterações hematológicas 
ou aumento da excreção urinária de mercúrio 
 
 se a exposição progride, sinais e sintomas mais 
característicos 
 
 tremores em músculos altamente inervados (dedos, 
pálpebras e lábios) tremor generalizado e espasmos 
crônicos violentos nas extremidades 
 
 alterações da personalidade e no comportamento, perda 
de memória, excitabilidade aumentada, depressão, 
delírio e alucinações 
 
 salivação excessiva e gengivite 
 
 tríade 
 
 eritismo (perda de memoria, excitabilidade 
aumentada, insônia, depressão e retraimento), 
tremores e gengivite 
 
 historicamente reconhecida como principal 
manifestação da intoxicação crônica 
 
 devido a inalação de vapor de mercúrio e 
exposição a nitrato de mercúrio em indústrias 
de chapéu, feltro e peles 
 
 
mercúrio inorgânico 
 
 cloreto mercúrico (HgCl2), o maisestudado 
 
 intoxicação aguda (após ingestão acidental) 
 
 dor abdominal intensa, diarreia sanguinolenta e 
supressão da urina. Ulceração, hemorragia e necrose no 
trato gastrintestinal usualmente são acompanhados de 
choque e colapso circulatório 
 
 se o paciente sobrevive ao dano gastrintestinal 
 
 insuficiência renal em 24 h, devido a necrose do epitélio 
tubular proximal (oligúria, anúria e uremia) 
 
 mantido por diálise (regeneração da lesão das células 
tubular renal) 
 
 intoxicação crônica (baixas doses de sais 
mercúricos ou vapor de mercúrio) 
 
 doença glomerular imunológica, com manifestação de 
proteinúria reversível, se interrompida a exposição 
 
 sais mercurosos 
 
 menos tóxicos que os sais mercúricos 
 
 cloreto mercuroso = calomelano (Hg2Cl2), usado como 
diurético 
 
 acrodinia = possível reação de hipersensibilidade ao 
mercúrio (eritema de extremidade, de face, de tórax, 
diaforese, taquicardia e fotofobia) 
 
 metilmercúrio 
 
 em situação de exposição humana ambiental, é a forma 
mais importante devido sua toxicidade e efeitos sobre a 
saúde 
 
 Baia de Minamata, Japão (1953-1956) 
 
 intoxicações acidentais em comunidade de pescadores 
 consumo de peixes contaminados 
 organomercuriais produzidos por bactérias a partir de 
despejos industriais contendo cloreto e óxido de 
mercúrio 
 200 mortes, centenas de casos de invalidez, abortos e 
crianças com deficiências físicas e mentais 
 
 Iraque (1971 e 1972) 
 
 pão com organomercuriais (desinfecção de sementes) 
 
 6000 casos de intoxicação e 500 mortes 
 
 em humanos, nessas circunstâncias de exposição 
 
 efeitos neurotóxicos (adultos) e comprometimento do 
desenvolvimento cerebral (fetos) de mães expostas 
durante a gravidez 
 
 manifestações clínicas agudas (efeitos 
neurotóxicos) 
 
 parestesia, com sensação de dormência e formigamento 
ao redor da boca, lábios e extremidades, especialmente 
nos dedos das mãos e pés 
 ataxia, com passo desajeitado e em falso (tropeço) e 
dificuldade ao engolir e articular palavras 
 neurastenia com fadiga e fraqueza generalizada e 
dificuldade de concentrar-se; 
 visão e audição diminuídas 
 tremor, convulsões e finalmente coma e morte 
Tratamento 
 
 propósito da terapia 
 
 diminuição da concentração de mercúrio nos 
sítios alvo de ação 
 
 intoxicações por compostos 
inorgânicos 
 
 casos graves (insuficiência renal aguda) 
 hemodiálise (primeira medida) + infusão de agentes 
quelantes (cisteína e penicilamina) 
 
 casos menos graves 
 quelação com BAL 
 
 intoxicações por alquil mercúrio 
 
 uso de quelantes não tem utilidade 
 
 reabsorção no intestino e circulação entero-
hepática deve ser interrompida 
 
 por administração oral de resina tiol não absorvível 
 
 ligação para o mercúrio, com consequente aumento 
de sua excreção nas fezes 
Avaliação e controle da exposição 
ocupacional 
 
 prevenção de intoxicações 
 
 monitoramento ambiental (LT ou TLV) e 
monitoramento biológico (IBE) 
 
 IBE 
 
 determinação qualitativa e quantitativa de mercúrio 
no sangue ou urina

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