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Farmacologia Farmacocinética ULBRA Prof. Alexandre Ehrhardt Fármaco/P.A: substância principal da formulação do medicamento, responsável pelo efeito terapêutico. Composto químico obtido por extração, purificação, síntese ou semi-síntese. Remédio: do latim remedium, (re = inteiramente + mederi = curar). Usada pelos leigos como sinônimo de medicamento; Forma farmacêutica: estado físico no qual se apresenta um medicamento com o objetivo de facilitar seu fracionamento, posologia, administração, absorção e conservação.Ex: cp, xp, susp Medicamento: do latim medicamentum é uma substância química empregada visando um efeito benéfico (prevenção cura e diagnóstico), pode ser: -Oficinal (farmacopéia) -Magistral NOMENCLATURA DOS MEDICAMENTOS Nome químico: nome científico que descreve com precisão a estrutura anatômica e molecular do fármaco Ex: C6H4(OCOCH3)COOH – ácido 2-etanoatobenzóico Nome genérico: nome pelo qual o princípio ativo é conhecido Ex: ácido acetilsalicílico Nome comercial: escolhido pela indústria farmacêutica Ex: AAS®; Apirina ®; Buferin ®; Melhoral ® Classe farmacólogica: -bloqueadores, IECA Classe terapêutica: antiarrítimicos, antihipertensivos, antiulcerosos Doses: quantidade de medicamento que se administra de uma só vez ou total das quantidades fracionadas administradas durante um período determinado. Dose eficaz (DE): é a dose capaz de produzir o efeito farmacológico. Ex: DE50 Dose letal (DL50): é a dose necessária de para matar 50% dos indivíduos. Índice terapêutico: define como a relação entre DL50/ DE50 Tempo de 1/2 vida: é o tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco diminua em 50%. Potência ≠ Eficácia • Fonte: http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A7A83CB30D6852A0130 DC89C1100951 Dose da droga administrada Concentração da droga na circulação sistêmica Concentração da droga no local de ação Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO ELIMINAÇÃO Droga metabolizada ou excretada Droga nos tecidos de distribuição FARMA- COCINÉ- TICA FARMACO- DINÂMICA ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS -Absorção a partir do local de administração é a passagem do fármaco de seu local de administração ao plasma Depende: movimentos transmembranas; fluxo sg no sítio ativo extensão e espessura da superfície de absorção vias de admn escolhidas forma farmacêutica Corpo: compartimentos interconectados Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares Barreiras = Membranas celulares Características distintas dependendo da célula Como atravessá-las? Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares - Difusão através dos lipídeos da membrana Principal fator: - Polaridade da substância Substâncias apolares Substâncias polares -Diferença de concentração entre os compartimentos -Tamanho da molécula Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares - Difusão através dos lipídeos da membrana - Substâncias apolares Quanto maior a lipossolubilidade, maior a difusão Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares - Difusão através dos lipídeos da membrana Bases fracas: Ka BH+ B + H+ Ácidos fracos: Ka AH A- + H+ Bases e ácidos fortes: não atravessam - Substâncias polares (Ion.) (ñ ion.) (ion.) As moléculas penetram na forma não-ionizada (ñ ion.) hidrossolúvel lipossolúvel p r ó t o n A N I O n Base não ionizada Depende do ph do meio e pela força do ácido fraco ou base-Pka) • A acidificação da urina acelera a eliminação da bases fracas e retarda as de ácidos fracos; • A alcalinização da urina tem efeito oposto: reduz a eliminação de base fracas e aumenta a de ácidos fracos; • O aumento de pH no plasma faz com que ácidos fracos sejam extraídos do SNC para o plasma (bicarbonato de sódio). O pH é importante principalmente em dois momentos: na excreção de substâncias ácidas e básicas pelo túbulo renal e a penetração na BHE. Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares - Transporte mediado por transportadores Importante no transporte de açúcares, aminoácidos, neurotransmissores e íons de metais Difusão facilitada Transporte ativo Limitações: saturação e competição Principais locais: túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica e trato gastrointestinal (glicoproteína P) Ligação dos fármacos a proteínas plasmáticas -Albumina – principal (liga substâncias ácidas)- AINES Processo dependente de: -Concentração de substância livre -Afinidade pelos sítios de ligação -Concentração da proteína D + S DS substância livre sítio de ligação complexo Partição no tecido adiposo e em outros tecidos do corpo -Tecido adiposo: grande compartimento não-polar e de baixa irrigação sanguínea Armazenamento de algumas substâncias altamente lipossolúveis morfina Reservatório de fármacos Biodisponiblidade Fração de uma dose que chega à circulação na forma inalterada Biodisponibilidade = Quantidade de fármaco que alcança a circulação sistêmica Quantidade de fármaco administrado FATORES QUE INTERFEREM - Características do fármaco - Forma farmacêutica - Interação com outras substâncias no TGI - Características do paciente Processamento dos fármacos -Distribuição no corpo Água corporal se distribui em cinco compartimentos principais: Equilíbrio de distribuição entre os vários compartimentos depende de: -Permeabilidade através das barreiras- difusibilidade -Ligação no interior dos compartimentos- lig. a proteínas plasmáticas -Partição do pH- capacidade de ionização -Partição lipídeo: água- lipos - Distribuição no corpo Substâncias insolúveis em lipídeos: - Plasma e líquido intersticial (heparina) Substâncias lipossolúveis: - Podem se acumular no tecido adiposo VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO Vd= dose/conc.plasma Estimativa quantitativa da localiza ção tecidual do fármaco Ligação as proteínas plasmáticas -Fármacos presentes no plasma encontram-se parcialmente na forma livre; Outra parte está ligada a ALBUMINA e outras (globulinas). -A fração ligada é inerte, só é ativa a parte livre AÇÔES FARMACOLÓGICAS -A ligação fármaco proteína é reversível -O complexo fármaco-proteína age como reservatório temporário na corr. sg., retardando a chegada aos tec. e eliminação. Distribuição a sítios especiais: BHE Globo ocular- humor aquoso e vítreo limitam a penetração da maioria dos fármacos Placenta - livremente Leite materno- passam ao leite materno dependendo de suas prop. físico-químicas Eliminação e farmacocinética das substâncias Eliminação dos fármacos: • Metabolismo – Conversão enzimática de uma entidade química em outra (compostos mais hidrossolúveis). • Excreção – Eliminação da substância quimicamente inalterada ou de seus metabólitos para fora do organismo • Farmacocinética • A duração de efeito dos fármacos está relacionado a sua ½ vida; tempo necessário para que a quantidade do fármaco original no organismo se reduza a metade Farmacocinética de 1ª ordem: decresce constante Farmacocinética de ordem Zero: não são eliminados em proporções constantes A cada intervalo de tempo decresce a metade da concentração do fármaco Biotransformação • Reações mediadas por enzimas; • Ocorre no fígado, pulmões, mucosa intestinal, pele, placenta; • Consiste em inativar o fármaco carregando-o eletricamente para não ser reabsorvido nos rins. Biotransformação Hepática Ocorre mais no fígado; Composta de 2 fases; Pode sofrer alterações: -Situações fisiológicas(velhice, gestação) -Situações patológicas (cigarro, hepatite) Fase 1 Fase 2 Droga ConjugadoDroga Droga Conjugado Conjugado Metabólito da droga com atividade modificada Metabólito inativo da droga Lipofílico Hidrofílico Metabolismodos Fármacos Metabolismo dos Fármacos R. catabólicas R. anabólicas Reações de Fase I • Conversão do fármaco original em um metabólito mais polar – Reações de oxidação, redução ou hidrólise – Metabólito farmacologicamente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original – Algumas drogas polares são conjugadas na sua forma original sem passarem por reações da Fase I – Preparo do fármaco para sofrer a reação de fase II (conjugação) Fase 1 Fase 2 Droga ConjugadoDroga Droga Conjugado Conjugado Metabólito da droga com atividade modificada Metabólito inativo da droga Lipofílico Hidrofílico Metabolismo dos Fármacos Reações de Fase II • Grupos mais freqüentemente envolvidos – Glicuronil – Sulfato – Metil – Acetil – Glutationa Resultam normalmente em compostos inativos (menos lipossolúvel)-urina ou bile Indução Enzimática • Diversas substâncias aumentam a atividade dos sistemas de oxidase e conjugação quando administradas repetidamente Indução Enzimática • Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga (PARACETAMOL E ETANOL) • Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos • Aumenta a depuração plasmática da droga • Diminui a meia-vida sérica da droga METABOLISMO DE 1ª PASSAGEM: Pré-sistêmico; O fígado e (intestino algumas vezes), extrai e metaboliza algumas substâncias com tanta eficiência, que a quantidade que chega a circulação sistêmica é menor que a a quantidade absorvida. METABÓLITOS ATIVOS DE FÁRMACOS: (PRÓ-FÁRMACOS) Algumas drogas só adquirem atividade após serem metabolizadas. ENALAPRIL Excreção Renal FILTRAÇÂO GLOMERULAR Excreção renal: Velocidade depende: • Fração livre do fármaco • Taxa de filtração glomerular • Fluxo plasmático renal (recém-nascidos) Profa. Eli - 2002 Excreção Renal Difusão passiva através do epitélio tubular Filtração glomerular Secreção tubular ativa 80% Túbulo proximal URINA Glomérulo renal Excreção Biliar e Circulação Êntero-Hepática Fígado Bile Intestino Metabolismo do fármaco Metabólito conjugado secretado Hidrólise do glicuronídeo Liberação do fármaco Reabsorção Fármacos eliminados pela bile: VECURÔNIO Fármacos de reserva 20% (morfina) Depuração (Clearance) • Taxa de eliminação normalizada com a concentração de um fármaco • Volume de líquido biológico (sangue ou plasma) que contém a quantidade da droga removida pelo rim (na depuração renal) ou ainda metabolizada pelo fígado (depuração hepática) na unidade de tempo - ml/min ou ml/min/kg depuração renal - ml/min/1,73m2 • EX: Droga no sangue 5mg/ml o rim limpa 15mg/min.= 3 ml/min de plasma ficaram livre de droga Farmacocinética Absorção Distribuição Metabolismo Excreção Concentração do fármaco no sangue Vias de administração “Relação temporal das concentrações das substâncias alcançadas em diferentes regiões do corpo durante e após a administração de uma dose” (Rang & Dale, 2004)
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