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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
MONIQUE LEANE DA COSTA SILVA
 A CONSTRUÇÂO DO CONHECIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
RIO DE JANEIRO
2019
MONIQUE LEANE DA COSTA SILVA
 A CONSTRUÇÂO DO CONHECIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto 
 Orientador: REGINA FATIMA CURY AZEVEDO
RIO DE JANEIRO
2019
LINHA DE PESQUISA
PRÁTICAS EDUCATIVAS
TEMA: Educação Infantil
TÍTULO: A CONSTRUÇÂO DO CONHECIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
1. INTRODUÇÃO
Como educadora tive um grande interesse em saber mais como planejar atividades e trabalhar com crianças bem pequenas, pois o Berçário é um espaço muito rico que deve suprir todos os requisitos necessários para o desenvolvimento integral da criança.
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
 A educação de bebês em espaços coletivos, como a creche, é um assunto do meu interesse desde que eu comecei a trabalhar como Professora de Educação Infantil em uma turma de berçário no município do Rio de Janeiro e logo após fui mãe novamente e pude observar de perto cada evolução do meu pequeno Daniel. Essa etapa da educação infantil é muito importante para a criança, sendo necessário um trabalho pedagógico que desenvolva práticas de estimulação psicomotora e psicológica que são de extrema importância nessa fase de descobertas.
 Muitas questões foram surgindo, o primeiro passo foi observar as minhas inquietações e registrar as perguntas. O que fazer com bebês tão pequenos? Como fazer? Ao longo do Curso de Pedagogia, poucas dúvidas foram sanadas, em busca de respostas realizei diversas leituras de estudos que me levaram a conhecer vários autores que tratam especificamente do desenvolvimento infantil.
 As aprendizagens do bebê surgem a partir do contato estabelecido com o meio em que vive, através de tentativas e imitações, ou seja, o bebê constrói seu repertório na relação com o outro. Para que haja aprendizagens nesse encontro do bebê com o mundo e com o outro, temos que pensar os tempos e os espaços da creche de forma a propiciar as relações entre os educadores e os bebês e entre os bebês.
 A organização do tempo e do espaço é de vital importância para que a construção da rotina seja planejada em função das necessidades dos bebês em seu caráter integral e individual, para que haja qualidade e envolvimento em cada ação realizada. A estabilidade e a regularidade das ações dos adultos garantirão a segurança de que a criança necessita para o progresso do seu desenvolvimento global. 
 Momentos como os de sono, alimentação, trocas de fraldas, higiene, que ocorrem de forma rotineira nas turmas de berçário e que são pouco valorizados pelos responsáveis e por muitas Gestões Escolares, são essenciais para o conhecimento mútuo e o estabelecimento de uma relação de qualidade entre o adulto e a criança. São momentos onde ocorre grandes aprendizagens, sendo a creche um lugar de ampliação das experiências, relações e interações das crianças.
 O cuidar e o educar estão profundamente ligados, essas aprendizagens que acontecem com a interação do bebê e o educador, nos momentos de cuidado com o corpo, já estão sendo pensadas como parte de um currículo para a educação infantil, no nosso caso, o berçário. Essa interação deve ser pensada, planejada, deve ter uma intencionalidade que busque uma função social e que não seja apenas uma ocupação a se cumprir dentro da rotina escolar.
 Características cognitivas, o comportamento, a motricidade, a importância do Brincar e de socializar-se, o cuidar e o Educar. São alguns dos assuntos que pretendo pesquisar. Nesta direção, a problemática deste estudo se dá a partir do questionamento a seguir: Como se constrói o aprendizado em crianças tão pequenas? Qual o papel do professor nesse processo? Como realizar um planejamento que proporcione desenvolvimento integral da criança?
2 LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL (EMBASAMENTO TEÓRICO) DA PESQUISA
 Jean Piaget, eu o escolhi porque o mesmo separa o processo cognitivo em duas palavras: aprendizagem e desenvolvimento. Para Piaget, segundo MACEDO (1994), a aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não. Enquanto que o desenvolvimento seria uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável pela formação dos conhecimentos. Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). São elas: Sensório- Motor (0 a 2 anos); Pré-operatório (2 – 7,8 anos); Operatório-concreto (8 – 11 anos); Operatório-formal (8 – 14 anos);
“Levando em conta, então, esta interação fundamental entre fatores internos e externos, toda conduta é uma assimilação do dado a esquemas anteriores (assimilação a esquemas hereditários em graus diversos de profundidade) e toda conduta é, ao mesmo tempo, acomodação destes esquemas a situação atual. Daí resulta que a teoria do desenvolvimento apela, necessariamente, para a noção de equilíbrio entre os fatores internos e externos ou, mais em geral, entre a assimilação e a acomodação” (PIAGET, 2011, p.89).
 Vamos dar enfoque ao estágio Sensório- Motor (0 a 2 anos), pois abrange a nossa faixa etária. Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES,1996). Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo (MACEDO, 1991). Segundo LOPES, as noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática. Conforme MACEDO (1991, p. 124) é assim que os esquemas vão pouco a pouco, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa. O bebê pega o que está em sua mão, que é posto em sua boca, vê que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca. É nesta fase que surge na criança a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças a função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica. Contudo, MACEDO (1991) lembra que a atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas. A criança deste estágio é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro, não aceita a ideia de outra pessoa e tudo deve ter uma explicação (é a fase dos “por quês”), possui percepção global sem discriminar detalhes e deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
 Freud foi escolhido com o objetivo de compreender as fases psicossexuais no desenvolvimento infantil. Ele considerava que a criança já nascia com o que ele chamava de “germes de movimentos sexuais”, e que esses “germes” passavam a evoluir de acordo com o desenvolvimento da criança, até que “em algum período da infância sofram repressões progressivas com algumas interrupções pelo próprio desenvolvimento particular do indivíduo”. (NUNES; SILVA, 2000, p. 48). Desse modo, Freud estabeleceu os períodos e fases e acreditava que as crianças passavam durante suas vidas, fases que eram interrompidas com a chegada de outra nova fase. 
 Segundo Freud, a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se concentra na região oral (fase oral). Tendo como exemplo principal a amamentação da mãe, a criança obtém prazer a partir do ato de sucção esente então satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato. Onde a amamentação é interrompida precocemente, Freud afirma que a criança terá atitudes suspeitas, não confiáveis ​​ou sarcásticas, enquanto a que for constantemente amamentada - talvez “super amamentada” terá uma personalidade confiante e ingênua. Com duração de um ano a um ano e meio, a fase oral termina com a introdução do desmame. Ao receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão para com a região anal e o ato de mexer com as entranhas, (fase anal) Freud diz que a criança vê esta fase como uma forma de se orgulhar das "criações", o que leva à personalidade "anal expulsiva". A criança pode também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de destituir os pais, o que leva à personalidade "anal retentiva". Freud afirma que esta fase tem uma duração de um a dois anos.
“Podemos perceber esses caracteres anais presentes de forma exagerada e preocupante, quando a criança: (a) é excessivamente meticulosa, organizada, regular, teimosa e rabugenta, impedindo a espontaneidade e a criatividade que também podem ser dificultadas quando a criança é excessivamente desregrada, esbanjadora ou descuidada nas tarefas; (b) apresenta obsessão neurótica por limpeza ou, completamente ao inverso, é relapsa quanto à higiene pessoal e ambiental; (c) em relação aos colegas, é impulsiva, irascível e agressiva, ou completamente apática e dominável; (d) pode ainda apresentar características possessivas, de mesquinhez avareza ou ciúme desmedido.” (HALL; LINDZEY 1992, p. 41-42)
 Henri Wallon foi escolhido porque defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma. A teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa. Henri Wallon reconstruiu o seu modelo de análise ao pensar no desenvolvimento humano, estudando-o a partir do desenvolvimento psíquico da criança. Assim, o desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral. Os cinco estágios de desenvolvimento do ser humano apresentados por Galvão (1995) sucedem-se em fases com predominância afetiva e cognitiva: Impulsivo-emocional; Sensório-motor e projetivo; Personalismo; Categorial; Predominância funcional. Vamos focar nos dois primeiros: 
· Impulsivo-emocional, que ocorre no primeiro ano de vida. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, às quais intermediam sua relação com o mundo físico;
	
· Sensório-motor e projetivo, que vai até os três anos. A aquisição da marcha e da prensão, dão à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração dos espaços. Também, nesse estágio, ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato dá ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental “projeta-se” em atos motores. Como diz Dantas (1992), para Wallon, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor.
Wallon enfatiza o papel da emoção no desenvolvimento humano, pois, todo o contato que a criança estabelece com as pessoas que cuidam dela desde o nascimento, são feitos de emoções e não apenas cognições. Baseou suas ideias em quatro elementos básicos que estão a todo o tempo em comunicação: afetividade, emoções, movimento e formação do eu.
· AFETIVIDADE- possui papel fundamental no desenvolvimento da pessoa pois é por meio delas que o ser humano demonstra seus desejos e vontades. As transformações fisiológicas de uma criança (nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam importantes traços de caráter e personalidade.
· EMOÇÕES- é altamente orgânica, ajuda o ser humano a se conhecer. A raiva, o medo, a tristeza, a alegria e os sentimentos mais profundos possuem uma função de grande relevância no relacionamento da criança com o meio.
· MOVIMENTO- as emoções da organização dos espaços para se movimentarem. Deste modo, a motricidade tem um caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento, quanto pela maneira com que ele é representado. A escola ao insistir em manter a criança imobilizada acaba por limitar o fluir de fatores necessários e importantes para o desenvolvimento completo da pessoa.
· FORMAÇÃO DO EU- a construção do eu depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a “crise de oposição”, na qual a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece mais ou menos em torno dos 3 anos, quando é a hora de saber que “eu” sou. Imitação, manipulação e sedução em relação ao outro são características comuns nesta fase.
“O espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das coisas em relação a nós próprios, e nessa relação é grande o papel da afetividade, da pertença, do aproximar ou do evitar, da proximidade ou do afastamento.” (Henri Wallon no livro Do Ato ao Pensamento)
Acredito que seja fundamental conhecer referências teóricas acerca do meu campo de estudos, nunca as tomando como verdades a serem aplicadas, mas sim como temas a partir dos quais posso construir diálogos
BIBLIOGRAFIA
BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Referência Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume 1, pag. 23 a 27. Brasília, 1998.
CAFICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros anos de Vida. Disponível em: <http:www. acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2014 às 14:40 min. 
DANTAS, Heloysa. A infância da razão. Uma introdução à psicologia da inteligência de Henri Wallon. São Paulo, Manole, 1990.
FREUD, S. Resumo das Obras Completas. Rio de Janeiro. São Paulo. Livraria Atheneu, 1984.
HALL, Calvin Springer; LINDZEY, Garnder. Teorias da personalidade. São Paulo, E.P.U., 1984.
GALVÃO, Izabel. Uma reflexão sobre o pensamento pedagógico de Henri Wallon. In: Cadernos Ideias, construtivismo em revista. São Paulo, F.D.E., 1993.
KISHIMOTO, T.M. O brincar e suas teorias. São Paulo. Pioneira, 1988. 
LOPES, Josiane. Jean Piaget. Nova Escola. a. XI, n. 95, ago.1996.
MACEDO, Lino. Ensaios Construtivistas. 3. Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
PIAGET, Jean e INHELDER, Barbel. A psicologia da criança. São Paulo: DIFEL, 1982.
WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. São Paulo: Vozes, 2008.

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