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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 Revista Ampla de Gestão Empresarial www.revistareage.com.br Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Carlos Eduardo Pinto¹ Abigail Deolinda Lunelli Pinto² RESUMO O presente artigo é uma exposição exploratória e reflexiva da relação entre planejamento estratégico e desenvolvimento organizacional para micro e pequenas empresas buscando apresentar seus benefícios e dificuldades da aplicação desta ferramenta. O planejamento estratégico pode ser entendido como o processo gerencial que permite estabelecer um direcionamento a ser seguido pela organização, com o objetivo de se obter uma melhor relação entre a organização e seu ambiente. Com informações adquiridas, podem ser destacadas as vantagens para o desenvolvimento da empresa, bem como de toda a economia, e as dificuldades dos gestores que por falta de conhecimento técnico, acabam não desenvolvendo e aplicando o planejamento estratégico. Contudo, mesmo sem estrutura, independente de seu porte, a pequena empresa pode realizar planejamento, desde que o adapte às suas condições. PALAVRAS-CHAVE: Planejamento Estratégico. Desenvolvimento Organizacional. Micro e Pequenas Empresas. INTRODUÇÃO Visão ampla é uma necessidade em tudo que se faz na vida. É crucial que as empresas saibam responder ao ambiente externo cada vez mais intenso. Com a abertura do mercado para os diferentes setores da indústria brasileira, houve diversas mudanças que levaram as empresas a enfrentarem grande competitividade em todos os setores da economia. Diante deste cenário o planejamento estratégico surge como uma valiosa “ferramenta” de auxílio à administração, pois permite nortear as ações gerenciais da 1 Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda. ² Graduada em Administração (UNIP). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração (UNICID). Professora das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR). Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda. 44 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 empresa dentro de um plano previamente determinado de metas e estratégias diminuindo, com isso a possibilidade de tomada de decisões equivocadas, num mercado extremamente competitivo sem margem para erro. Oliveira (2005) já reforçava este contexto quando registra na sua teoria a evolução do reconhecimento de ações estratégicas na obtenção de vantagens competitivas por parte das empresas, frente à nova competitividade de mercado que até então ocorria de forma pequena. Conhecer o campo no qual se quer atuar, pesquisar o mercado, identificar ameaças e oportunidades, verificar a necessidade do negócio; tudo isso deve ser pensado conscientemente não só no momento de ingressar no negócio próprio, mas também em todos os estágios de desenvolvimento da empresa, pelo fato de cada dia consistir em um novo desafio, com novas oportunidade e conquistas. Porém, grande parte das micro e pequenas empresas não investem em planejamento e organização, e agem muitas vezes de forma despreparada, seja por falta de conhecimento, por possuírem processos incompletos, irregulares, informais; por falta de recursos financeiros e/ou por outros fatores. Assim, o planejamento estratégico apresenta-se como ferramental imprescindível para as empresas, tanto na sua criação, quanto para a sua manutenção no mercado. Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer gestor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera. Entretanto, apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para determinar o sucesso de um negócio. Para Rezende (2008), planejar é sinônimo de objetivar, pensar, sonhar, desejar, desenhar etc. Para tanto, essas questões também podem ser adaptadas para a vida pessoal, familiar e profissional. É comum ouvir dizer que a necessidade de pensar estrategicamente é das grandes organizações, porque as pequenas, mais empreendedoras, poderiam buscar outras rotas de crescimento. Isto na prática não é verdade, os pequenos negócios não podem contar com a inércia do mercado para sobreviver porque ao contrário dos grandes, não chegam ao sucesso pela força bruta, com investimentos pesados e uma inesgotável fonte de recursos. Assim, este estudo é uma exposição exploratória e reflexiva da relação entre planejamento estratégico e desenvolvimento de pequenas empresas. Ressaltando 45 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 apresentar vantagens e dificuldades da aplicação desta ferramenta, nas pequenas empresas. Marconi e Lakatos (2010) citam que a pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento. A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Assim, para realização deste estudo a pesquisa bibliográfica foi ferramenta imprescindível para levantamento dos temas e tipos de abordagens já publicadas por estudiosos. Nesse sentido, foi relevante levantar e selecionar conhecimentos em bibliotecas, editoras, internet, entre outros que contribuíram para ampliação do conhecimento. 1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Mesmo as empresas bem-sucedidas devem estar sempre prontas a se adaptar a mercados em contínua mudança. O planejamento estratégico orientado ao mercado cumpre exatamente essa função, pois busca manter uma flexibilidade viável de seus objetivos, habilidades e recursos, enquanto mantém um compromisso com o lucro, com o crescimento e com a sua missão organizacional. Zaccarelli (2003) considera que a competição entre as empresas é também chamada de jogo competitivo, e a estratégia é usada para dirigir as ações do estrategista nesse jogo. Os gestores precisão conscientizar-se de que o problema maior das empresas não está na sua lógica interna, mas sim o problema de disputa com os concorrentes. Segundo Maximiniano (2009), o conceito de estratégia nasceu da guerra, em que a realização de objetivos significava superar um concorrente, que fica impedindo de realizar os seus. Cada um dos dois lados quer derrotar o outro. Fora do contexto militar, a palavra estratégia é de uso corrente e indica uma forma de enfrentar um problema um problema ou uma forma de realizar objetivos, pode estar associada a educação, esporte e outras áreas de atividade. Nas empresas, o planejamento estratégico pode assim ser entendido como o processo gerencial que permite estabelecer um direcionamento a ser seguido pela 46 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 organização, com o objetivo de se obter uma melhor relação entre a organização e seu ambiente. Sendo assim, ele diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à organização e sua evolução esperada. Segundo Chiavenato (2003), o planejamento estratégico é um processo de formulaçãode estratégias organizacionais no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ele esta atuando. É um processo contínuo, sistemático e com o maior volume possível de informações do presente para tomadas de decisões atuais e futuras que envolvem riscos; possibilitando ainda medir os resultados dessas ações em confronto com as expectativas alimentadas. De acordo com Serra (2005), o planejamento é uma ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro. A estratégia pode ser definida ainda como a arte de alcançar resultados. Portanto para se ter uma estratégia é preciso observar o ambiente, enxergar possíveis resultados e planejar tudo para alcançá-lo. 1.1 METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Serra (2005) aponta modelos e roteiros de Planejamento Estratégico e pode- se constatar que de modo geral eles seguem uma trajetória similar, ou seja, as características são comuns a maior parte das metodologias existentes. O maior desafio está em construir um modelo que indique um futuro e seja flexível, para ser alterado de acordo com as condições do ambiente e as condições da empresa. Segundo Maximiniano (2009), um processo sistemático de planejamento estratégico é uma sequência de análises e decisões que compreende, é um processo complexo e dinâmico: Complexo – na prática, essas etapas podem ser cumpridas em qualquer ordem, ou simultaneamente, dependendo da situação e das pessoas. Em alguns casos, ou em determinados momentos, o processo de planejamento estratégico pode enfatizar uma ou outra etapa. Dinâmico – a cada momento, a situação é diferente do momento anterior. As análises devem ser feitas continuamente, para acompanhar a evolução de todas as variáveis que afetam a organização. As decisões dos administradores criam novas situações, que precisam ser acompanhadas. Desse modo, o planejamento 47 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 estratégico é um processo contínuo e não um procedimento burocrático periódico. Para Oliveira (2005), a metodologia apresentada a seguir podem e devem ser adaptada às condições e realidades internas e ambientais da empresa a ser considerada. As fases básicas para elaboração e implementação do planejamento estratégico podem ser as seguintes: Fase I - Diagnóstico estratégico Fase II - Missão da empresa Fase III - Instrumentos prescritivos e quantitativos Fase IV – Controle e avaliação É importante que, independente do Modelo de Planejamento Estratégico, que ele seja bem elaborado, pois nos dias de hoje precisa-se não enxergar somente o presente, mas principalmente o futuro, pois os processos precisam resistir e adaptar- se ao tempo, por isso a importância do plano ser revisado periodicamente. 1.1.1 Fase I - Diagnóstico Estratégico Nesta fase, deve-se determinar “como se está”. Essa fase é realizada através de pessoas representativas, que analisam e verificam todos os aspectos inerentes à realidade externa e interna da empresa, das várias informações. Identifica-se quais as expectativas e os desejos dos elementos da alta administração da empresa, tendo vista que esses aspectos proporcionam o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado. Segundo Chiavenato (2003), a visão organizacional – ou visão do negócio – é o sonho acalentado pela organização. Refere-se aquilo que a organização deseja ser no futuro, é a explicação de porque, diariamente, todos se levantam e dedicam a maior parte de seus dias para o sucesso da organização onde trabalham, investem ou fazem negócios. Quanto mais à visão de negócios esta alinhada aos interesses dos stakeholders mais ela pode atender aos seus propósitos. Visão é a percepção das necessidades do mercado e os métodos pelos quais uma organização pode satisfazê-lo. 48 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 Para Rezende (2008), a visão é a descrição do cenário ou do sonho da organização, oportunidades futuras. No projeto de planejamento estratégico a visão da organização deve ser descrita por meio de uma frase. Como exemplos parciais, a frase pode conter “ser reconhecida como uma organização inovadora”, “tornar-se líder em...”. Importante observar que sempre deve estar relacionada com o futuro e não com o presente. Ainda para Rezende (2008), os valores relatam o que a organização acredita e pratica. Tambem são chamados de princípios da organização. Estão relacionados com “algo atribuído” de grande estima ou valia, apreço, consideração e respeito. No relato dos valores da organização sugere-se mencionar itens que possam ser entendidos e vivenciados por todos na organização. Oliveira (2005) fortalece esta idéia quando aponta que os valores representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões. Na etapa das Análise Externa ou Análise do Macroambiente, observa-se as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar e usufruir dessas situações. Neste momento a empresa deve olhar para fora de si. Wright, Kroll, Parnell (2000), apontam que toda empresa existe dentro de uma complexa rede de forças ambientais. Todas as empresas são afetadas por tendências e sistemas político-legais, econômicos, tecnológicos e sociais. Juntos, esses elementos formam a análise externa ou macroambiente das empresas. Como essas forças são muito dinâmicas, suas constantes mudanças criam milhares de oportunidades e ameaças ou restrições para os administradores estratégicos. O objetivo da administração estratégica é criar condições para que a empresa opere com eficácia diante de ameaças ou restrições ambientais e possa também capitalizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente. Para atingir esse objetivo, os administradores estratégicos devem identificar e analisar essas forças macroambientais nacionais e mundiais. Para Chiavenato (2003), o macro ambiente é o contexto que envolve externamente a organização. É a situação dentro da qual uma organização está inserida. Como a organização é um sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbios com o ambiente que a rodeia. Por decorrência disso, tudo o que ocorre externamente ao ambiente influencia genericamente todas as organizações, 49 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 algumas mais, outras menos, mas de maneira ampla e intensiva. É o ambiente comum a todas as organizações. Serra (2005) afirma que, previsões bem elaboradas são úteis na orientação do planejamento e tomadas de decisão, entretanto, a elaboração cuidadosa por si só não garante segurança, devido às constantes mudanças ambientais é preciso que os dados e as tendências sejam revisados periodicamente. Neste ponto da análise, devem-se fazer algumas considerações sobre as oportunidades externas da empresa, procurando distingui-las em oportunidades ambientais e oportunidades da empresa. Na etapa das Análises Internas verifica-se quais os pontos fortes e fracos dos sistemas internos da organização. O ambiente de trabalho da organização é onde existe toda a interação, segmento onde ela retira seus insumos e coloca seus produtos e serviços, enfrentando outras organizações concorrentes e agências reguladoras. Para Oliveira (2005), alguns dos fatores a serem considerados na análise interna são: produtose serviços atuais, novos produtos e serviços, promoção, imagem institucional, comercialização, sistema de informações estrutura organizacional, tecnologia, suprimentos, recursos humanos, estilo de administração, resultados empresariais, resultados financeiros e controle e avaliação. De acordo com Serra (2005), é fundamental procurar compreender bem a área de negócios na qual a organização está inserida antes de tomar medidas que afetem o seu desempenho interno e a sua imagem perante a sociedade pois uma parte da lucratividade se dá sob o desempenho perante a concorrência e outra sob os aspectos próprios do setor que está inserida. Conforme Rezende (2008), o mapeamento ambiental da organização ou análise do seu meio ambiente interno ou externo pode ser elaborado por meio da técnica das forças e fraquezas, ameaças e oportunidades. A referida técnica é chamada na língua inglesa de SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Treats) e na lingua espanhola de FDOA (Fortalezas, Debilidades, Oportunidades, Amenazas). As oportunidades e as ameaças ou riscos são componentes do meio ambiente externo. As forças ou pontos fortes e as fraquezas ou pontos fracos são componentes do meio interno. Segundo Chiavenato (2003), o modelo SWOT tem a função de cruzar as oportunidades e as ameaças externas a organização com seus pontos fortes e 50 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 fracos. Certo (2005) menciona que a análise dos fatores internos e eternos é uma ferramenta útil para entender a situação global da organização. Esta abordagem tenta equilibrar os pontos fortes e fracos internos de uma organização com as oportunidades e riscos que o ambiente externo apresenta. Ela sugere que a principal questão enfrentada pela organização pode ser isolada através de uma cuidadosa análise de cada um desses quatros elementos. Serra (2005) menciona que a função primordial da análise SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada para que se chegue a determinados objetivos, a partir de um julgamento crítico dos ambientes interno e externo. Dimensão interna/externa: estes fatores internos da organização estão atrelados com as suas forças e as suas fraquezas; analisá-las significa analisar o status da empresa em relação aos aspectos ambientais externos, que são as oportunidades e as ameaças; Dimensão positiva/negativa: considera-se positiva em arrolamento as forças e as oportunidades; negativa a relação entre as ameaças e as fraquezas; a relação entre as forças e as ameaças pode sugerir vulnerabilidade; entre as fraquezas e as oportunidades pode expressar limitação. Serra (2005) complementa que, para avaliar as forças e fraquezas de uma organização, os responsáveis pelo planejamento deverão considerar cada função empresarial (recursos humanos, finanças, marketing etc.). Uma força é algo que a empresa pratique bem ou que constitua uma característica que acrescente a sua competitividade: competências, know-how (o saber fazer), ativos físicos, ativos humanos, ativos organizacionais. Já a fraqueza é algo que está ausente na empresa, que ela execute mal ou que coloque em desvantagem em relação à concorrência. As fraquezas são geralmente as carências dos elementos encontrados nas forças. Outro fator de grande importância é realizar a Análise da Concorrência, que segundo Resende (2008), o concorrente pode ser entendido como quem faz exatamente o mesmo produto ou presta literalmente o mesmo serviço que a atual 51 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 organização em análise; também é chamado de concorrente direto. Se não for o mesmo produto ou serviço pode ser entendido como produto ou serviço substituto. Para Kotler e Armstrong (2010), o gestor deve planejar estratégias competitivas após desenvolver uma analise efetiva da concorrência, sendo necessário ter sete importantes informações a respeito da mesma. É preciso saber quem são seus concorrentes, quais são seus objetivos, quais são suas estratégias, quais são seus pontos fracos e fortes e quais são seus padrões de reação. Oliveira (2005), reforça esta idéia quando aponta que esta etapa decompõe um aspecto da etapa da análise externa. Entretanto seu tratamento deve ser detalhado, pois seu resultado final irá proporcionar a identificação das vantagens competitivas da própria empresa e a dos concorrentes. Nessa etapa, evidencia-se a necessidade de uma avaliação da qualidade da informação para uma avaliação preliminar do nível de risco que a empresa está adotando. 1.1.2 Fase II – Missão da Empresa Maximiniano (2009) menciona que a idéia de uma estratégia está presente em qualquer situação que envolva a definição de objetivos e a escolha dos meios para realizá-los. A estratégia empresarial é o curso de ação que uma empresa adota para assegurar seus objetivos de desempenho como sua sobrevivência, o tamanho que pretende alcançar, os concorrentes que deseja enfrentar ou a posição que pretende ter no mercado. Para Certo (2005), uma etapa importante no estabelecimento das diretrizes de qualquer empresa é o desenvolvimento da missão organizacional que reflita os resultados da análise do ambiente. Missão organizacional é uma proposta da razão pela qual a organização existe. A missão organizacional é a declaração do propósito da empresa e do alcance da organização em termos de produtos e de mercado. Ela se refere ao papel da organização dentro da sociedade em que está envolvida e significa sua razão de ser e de existir. A missão da organização deve ser definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo e não em termos de oferecer algum produto ou serviço. A missão está associada ao negócio da organização. A pergunta sobre qual é o negócio da organização é tão raramente feita – pelo menos de maneira clara e direta – e tão raramente os gestores dedicam um 52 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 estudo e reflexão adequados sobre o assunto, que talvez seja essa a mais importante causa do fracasso dos negócios. A missão constitui uma maneira de traduzir o sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação da organização. Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos: Qual é a razão de ser da organização, qual é o papel da organização na sociedade, qual é a natureza do negocio da organização e quais os tipos de atividade em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro. 1.1.3 Fase III – Instrumentos Prescritivos e Quantitativos Para Oliveira (2005), os elementos prescritivos do processo de planejamento estratégico proporcionam a explicitação do que deve ser feito pela empresa para que se direcione o alcance dos propósitos estabelecidos dentro de sua missão, de acordo com sua postura estratégica, respeitando as macropolíticas, bem como as ações estabelecidas pelas macroestratégias; e se direcionando para a visão estabelecida, ou seja, o que a empresa quer ser. A descrição do objetivo proporcionará o alvo ou situação que se pretende atingir. Aqui se determina para onde a empresa deve dirigir seus esforços Certo (2005) comenta que os objetivos podem ser tanto de curto como de longo prazo e analisam áreas como posição do mercado, inovação, produtividade, níveis de recurso, lucratividade, desempenho e desenvolvimento do administrador, desempenho e atitudes dos funcionários e responsabilidade social. O desafio é a realização quedeve ser, continuamente, perseguida, perfeitamente quantificável e com prazo estabelecido, que exige esforço extra e representa a modificação de uma situação, bem como contribui para ser alcançada uma situação desejável identificada pelos objetivos. As metas e objetivos devem ser definidos de maneira agressiva e desafiadora, porém deve-se levar em conta as limitações da organização. Esses deverão ser qualitativos e quantitativos e precisarão obedecer a prazos previstos no planejamento. Um objetivo organizacional pode ser uma meta para qual a organização direciona seus esforços. Na realidade, não existe um acordo geral acerca de qual termo exatamente deva ser usado para se referir a metas organizacionais. Alguns teóricos da administração indicam o termo “objetivo”, outros sugerem metas. 53 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 A estratégia é a ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar o objetivo. Pode se dizer que uma estratégia é o padrão global de decisões e de ações que posicionam a organização em seu ambiente e têm o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos de longo prazo. Existem vários conceitos e interpretações sobre o que é ser estratégico, sendo que todos estão associados ao conceito de escolha de rumo, um caminho, que uma vez constatado onde está localizado, decide-se aonde se quer chegar, relacionando-se direta ou indiretamente a noções de planejamento. Esta é a fase mais desafiadora ou intelectual do planejamento estratégico, pois requer a “arte de planejar”. Devem ser definidas de acordo com o tipo do negócio ou atividade organizacional, pois são decisões que devem ser sempre bem pensadas. Oliveira (2005), aponta que estratégias podem apresentar-se no três escalões da empresa, seja em nível estratégico, tático ou operacional. No nível estratégico e mais alto da escala hierárquica da organização, as estratégicas são estabelecidas para a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando e otimizado o grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada. No nível tático tem por objetivo determinar áreas de resultado, e não a empresa como um todo. Portanto trabalha com decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. No nível operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Segundo Rezende (2008), as políticas relatam as orientações ou regras gerais de administração da organização. Elas tendem a ser perenes na organização. Também podem ser definidas como conjunto de intenções emanadas da alta administração das organizações. Estão relacionadas com pensamentos e desejos estratégicos organizacionais. Assim, a descrição do projeto deve apresentar a visão geral das fases a serem desenvolvidas e implementadas considerando que uma efetiva metodologia deve ser determinada. São trabalhos a serem realizados com responsabilidades de execução, resultados esperados com quantificação de benefícios e prazos para execução preestabelecidos, considerando os recursos humanos, financeiros, 54 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 materiais e de equipamento, bem como as áreas envolvidas necessárias a seu desenvolvimento. De acordo com Serra (2005), a etapa da ação refere-se a implementação e execução da estratégia e envolve a gestão de pessoas, o desenvolvimento de competências e capacidades, motivação, construção de cultura e liderança. Há uma gama tão grande quanto variada de tarefas a cumprir, a alocação de recursos, o estabelecimento de políticas, a motivação das pessoas para que persigam metas, a premiação por resultados obtidos, a disponibilidade e a funcionalidade dos sistemas de informação, de comunicação, o aprimoramento dos sistemas e recursos operacionais e o melhoramento contínuo. 1.1.4 Fase IV – Controle e avaliação Segundo Oliveira (2005), o controle pode ser definido como uma função do processo administrativo que, mediante comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar os resultados de satisfação aos desafios e aos objetivos estabelecidos. Robbins (2005) cita que o controle é o processo de monitorar as atividades para garantir que estejam sendo realizadas conforme o planejado e corrigir quaisquer desvios importantes. Os gestores realmente não podem saber se suas unidades estão desempenhando corretamente suas tarefas até que tenham avaliado quais atividades foram concluídas; comparado ao desempenho real com o padrão desejado. De acordo com Certo (2005), o controle e avaliação tem a função de identificar problemas, falhas e erros que transformam em desafios o planejamento, com finalidade de corrigi-los e evitar sua reincidência. Outras finalidades ainda podem ser apresentadas, que são: identificar problemas, falhas e erros que transformam em desafios o planejamento, com finalidade de corrigi-los evitar sua reincidência; fazer com que os resultados obtidos com a realização das operações estejam, próximos dos resultados esperados e possibilitem o alcance dos desafios e consecução dos objetivos; verificar se as estratégias e políticas estão 55 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 proporcionando os resultados esperados, dentro de situações existentes e previstas; proporcionar informações gerenciais periódicas, para haver rápida intervenção no desempenho do processo. A função de controle e avaliação representa a quarta etapa da metodologia de desenvolvimento do planejamento estratégico nas empresas, bem como representa a atividade básica para a retroalimentação do processo de planejamento estratégico, que podem ser utilizadas como instrumento gerencial para: corrigir ou reforçar o desempenho apresentado; informar sobre necessidade de alteração nas funções administrativas de planejamento, organização e direção; proteger os ativos da empresa contra furtos, roubos, desperdícios, etc; garantir a manutenção ou aumento da eficiência e eficácia na consecução dos objetivos, desafios e metas da empresa; informar se os programas, projetos e planos de ação estão sendo desenvolvidos de acordo com o estabelecido e apresentando os resultados desejados; informar se os recursos estão sendo utilizados da melhor forma possível. 2 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Longenecker et al (2007), menciona que empresas pequenas e agressivas ainda podem competir eficazmente com grandes corporações mesmo em setores em declínio. É fácil superestimar a importância dos grandes negócios devido à sua alta visibilidade. As pequenas empresas parecem enfeitiçadas pelas gigantes. No entanto, as pequenas empresas, embora sejam menos conspícuas, são um componente vital de nossa economia. Especificar qualquer padrão de tamanho para definir pequenas empresas é algo necessariamente arbitrário porque as pessoas adotam padrões diferentes para propósitos diferentes. Mesmo os critérios usados para medir o tamanho dos negócios variam. Alguns critérios são aplicáveis a todas as áreas industriais, enquanto outros sãorelevantes apenas para certos tipos de negócios. Alguns critérios aqui podem ser apresentados 1. Numero de empregados 2. Volume de vendas 3. Valor de ativos 4. Seguro da força de trabalho 56 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 5. Volume de depósitos. Como parte da comunidade empresarial, as pequenas empresas contribuem inquestionavelmente para o bem-estar econômico da nação. Elas produzem uma parte substancial do total de bens e serviços. Assim, sua contribuição econômica geral é similar àquela das grandes empresas. As pequenas empresas, entretanto, possuem algumas qualidades que as tornam mais do que versões em miniaturas das grandes corporações. Elas oferecem contribuições excepcionais, na medida em que fornecem novos empregos, introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas a produzirem bens e serviços com eficiência. Uma visão equilibrada das micro e pequenas empresas na economia requer que consideremos também o lado mais obscuro, ou seja, o registro de fracasso nos negócios. Segundo Las Casas (2010), frequentemente ouve-se falar que os procedimentos de planejamento formal não se aplicam às pequenas empresas e, com algumas restrições, às médias empresas. Afirmativas deste tipo não são válidas ate certo ponto. Uma empresa de nível médio não pode contar sempre com os recursos necessários e, apesar da necessidade de planejamento, o faz com certas limitações. Há casos em que ela pode não considerar o potencial de mercado, em virtude, de restrições quanto à sua produção e à sua capacidade de crescimento. Para uma pequena empresa, as limitações são maiores ainda e frequentemente o empresário apresenta aversão total ao planejamento formal. O ideal, entretanto, é que haja sempre planejamento formal, uma vez que, através de um plano bem elaborado, a empresa obtém maior alocação de recursos, maior eficácia e, consequentemente, redução de custos, além de ajudar a manter informados os executivos, facilitando a determinação de melhores oportunidades de negócios no mercado. Na realidade, mesmo sem estrutura, independente de seu porte, a pequena empresa pode realizar planejamento, desde que o adapte às suas condições. CONCLUSÃO Já não é novidade que as micros e pequenas empresas vêm sustentando a geração de empregos no Brasil, assim estas passam a ter grande importância na 57 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 economia nacional. Por outro lado é triste ainda observar que parte delas fecha suas portas, considerando que não conseguem competir com a concorrência, bem como estabilizar-se em um mundo de constantes mudanças. Atualmente, as organizações empresariais estão inseridas em um ambiente complexo, onde tudo está mudando rapidamente, apontando a necessidade de estratégias coerentes e mais agressivas. Pode se perceber que com a crescente globalização de mercados e o aumento da concorrência, que o planejamento estratégico contribui nas micro e pequenas empresas proporcionando desafios através de objetivos traçados, da visão que apresenta um forte fator motivacional e a missão que é uma boa ferramenta para explicar o que a empresa pretende fazer. Isto pode acarretar resultados positivos, tais como rentabilidade, inovação, criação e manutenção de vantagem competitiva, os quais são elementos indispensáveis à sobrevivência em longo prazo, que é a realidade dos dias de hoje. Sendo o objetivo maior deste estudo, explorar e refletir a relação entre planejamento estratégico e desenvolvimento de pequenas empresas; Pode ser percebido que a base teoria é bastante extensa quando consideramos o tema. Percebe-se ainda sua importância, independentemente do tamanho ou do segmento da empresa. Acredita-se que as empresas até conhecem sua importância, porém questiona-se quanto sua aplicabilidade, sobre a forma como deve ser conduzido o desenvolvimento do projeto, considerando que nem sempre o gestor/proprietário da empresa apresenta o conhecimento técnico necessário de uma metodologia de elaboração e implementação do planejamento estratégico. Os poucos recursos para a contratação de profissionais e/ou serviços de consultorias também são escassos. Mais do que nunca se faz necessário o uso da “arte de planejar” da “arte de criar” e transformar com soluções criativas um produto ou serviço em um diferencial competitivo em relação à concorrência. Cabe considerar que a principal atividade da etapa de direcionamento é a escolha de estratégias. Afinal o planejamento é a preparação ao inesperado. Assim sugere-se que: para suprir a falta de conhecimento técnico, deve ser substituído por uma abordagem do planejamento estratégico de forma menos complexa e formal. Ou ainda, a necessidade de gestores e colaboradores de pequenos negócios, participarem de treinamentos para desenvolvimento deste 58 Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas Pinto, C. E. ; Pinto. A. D. L. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727 documento, podendo eles próprios desenvolverem mediante a atual realidade da empresa e que possa ter sua aplicabilidade não somente focada na alta administração, mas também incluindo o pessoal linha de frente, que são os colaboradores e que tem contato direto com o cliente. A previsão para o futuro para micro e pequenas empresas devem ter seus prazos focados em tempos mais curto, passando assim a atingir seus resultados. Dessa forma quem sabe possam vir a entender a essência do planejamento estratégico quando darão o primeiro passo para a evolução, então restará o segundo, investir em planejamento estratégico. É importante que, independente do modelo de Planejamento Estratégico, que ele seja bem elaborado, pois nos dias de hoje precisa-se enxergar o futuro. É certo que as pequenas empresas têm particularidades administrativas que precisam ser levadas em conta no desenvolvimento metodológico do trabalho, porém o planejamento estratégico deve fazer parte do cotidiano das empresas, não importando seu porte. É certo ainda a necessidade das empresas construirem seu futuro, por meio de uma comportamento proativo, antecipando-se e prevendo eventuais surpresas do mercado, considerando seu ambiente atual e futuro. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luiz César G. de. Tecnologias de Gestão Organizacional. São Paulo: Atlas, 2001. CERTO, Samuel C., PETER j. Paul R; MARCONDES Reynaldo Cavalheiro; ROUX Ana Maria César: Administração estratégica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005 CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. GIL, Antonio Carlos. 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