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redação modelo: intolerância e discurso de ódio nas redes sociais

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Tema: Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais 
 
 Na Roma Antiga, o uso de “redes sociais” já era uma prática entre os indivíduos. Cícero, 
filósofo romano, utilizava um escravo para redigir mensagens em um papiro e enviar à uma rede 
de contatos que, por sua vez, acrescentavam seus próprios comentários. Atualmente, na era da 
Pós Revolução Tecnológica, o avanço dos meios de comunicação facilitou a troca de informações 
pelos indivíduos, porém, o cenário torna-se desfavorável pela intolerância e discurso de ódio 
propagados nas redes sociais. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a 
inercial problemática. 
 De fato, o anonimato das redes sociais é favorável a reprodução de mensagens de ódio na 
Internet. O Artigo 5º da Constituição Federal garante a livre manifestação do pensamento, mas 
veda o anonimato. Nesse sentido, a facilidade das redes sociais em omitir a identidade do sujeito 
praticante de preconceitos, atrelada a ineficiência do Estado na aplicação das leis é, certamente, 
evidencia clara dos pensamentos discriminatórios vigentes em nossa sociedade, que apenas foram 
amplificados com o advento das mídias de comunicação. Logo, a sociedade tecnológica possuí, 
em suas estruturas, preconceitos estáticos que impedem a efetivação de mecanismos de tolerância 
e inclusão. 
 Outrossim, a manipulação do conteúdo, característica da internet, contribuí para a pejoração 
de pensamentos divergentes. Segundo o sociólogo Zigmunt Bauman, a sociedade pós-moderna é 
caracterizada pelo individualismo, excluindo o conceito de bem-estar coletivo. Nesse aspecto, é 
notável que o direcionamento de informações, responsável pela criação de um corpo social 
homogeneizado, contribuí para a posterior tentativa de imposições de ideias e pensamentos, 
definida por ataques verbais violentos que, certamente, desconsideram a discussão racionalde 
opiniões contrárias e incitam uma onda de intolerância. Assim, percebe-se que a formação de 
“bolhas sociais” é um aspecto negativo e necessita ser fortemente combatida. 
 A intolerância e discurso de ódio nas redes sociais representam um desafio em questão e, 
por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Para isso, convém ao Ministério da Justiça, com 
investimentos adequados e estáveis, destinar uma maior parte dos recursos para a investigação 
de crimes cibernéticos, reformando o sistema judicial e combatendo a lentidão dos processos, a 
fim de que mais crimes sejam analisados e os transgressores recebam a devida punição. Ademais, 
cabe ao Governo Federal, com parcerias público-privadas, oferecer subsídios às empresas de 
tecnologia que criarem programas para detectar, de maneira mais eficaz, os casos de violência 
virtual, podendo, assim, trabalharem juntas com o país na amenização da discriminação e do 
discurso de ódio. Dessa forma, será possível, gradativamente, minorar a intolerância nas redes 
sociais e utilizá-la, assim como os Romanos, para compartilhar informações e ter discussões 
racionais.

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