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Capítulo 4 Transistores bipo ares EléT~ÔNICA 1 Figura 4.1 T ,pos de transistor e simbologia: (a) NPN e (b) PNP. aansisror fui desenvolvido nos laboratórios da Bcll em Murray Hill , ew Jersey, E.smdos Unidos, em 1947 pelos ciemiscas John Bardecn, Walter Br,main e Wil liam Shockley. O descnvolvimenro de se omponcmc semicondutor fo i de gra nde rdcvân ia para a hi tória da clctrô- nic, e d" inforrnááca , poi ele esd presente em inúmeras invenções elecroeletrôni- ca , modifi ndo vcrtiginos:imeme no . a sociedade. 4.1 Construção básica e princípio de funcionamento O termo "transistor" é a contração de duas palavras em inglês: transfer resistor (resistor de transferência). Existem dois tipos básicos de transistores de acordo com o tipo de dopagem de cada terminal (base, coletor e emissor), NPN e PNP. A figura 4.1 ilustra, de maneira simplificada, sua simbologia e a estrutura interna (na forma de sanduíche). A construção física é diferente. Analisando a figura 4.1, é possível observar que não existe simetria, isto é, as regiões NPN não possuem as mesmas dimensões, como às vezes a literatura sugere, e, portanto, não é possível confundir o emissor com o coletor. As áreas cinza de cada lado da junção representam as regiões de carga espacial ou de depleção. emissor___ .:J N em issor p p coletor - roletor e e~ E símbolo E B~ e símbolo Cada uma das regiões do transistor apresenta características próprias: A base é a região mais estreita, menos dopada (com menor concentração de impureza) e extremamente fina. O emissor é a região mais dopada (com maior concentração de impureza), onde são emitidos os portadores de carga (elétrons no caso de transistor NPN e lacu- nas no caso de transistor PNP). O coletor é a região mais exrenu, porque é nela que a potência se dissipa. 4.1.1 Funcionamento Vamos entender como um transistor funciona, tomando como exemplo o tran- sistor NPN, por ser o mais utilizado. De maneira simplificada, para compreen- der a operação de trabalho do PNP, basta inverter o sentido das tensões e cor- rentes. Consideremos uma situação em que as duas junções foram polarizadas diretamente, assim as correntes que circulam serão altas (da ordem de mA). Se as duas junções estiverem polarizadas reversamente, todas as correntes serão pra- ticamente nulas. No entanto, se a junção da base com o emissor for polarizada diretamente e a outra junção polarizada reversamente, também as correntes de coletor e emissor serão altas, aproximadamente de mesmo valor. Como se expli- ca isso? Em polarização normal (como amplificador), a junção base-emissor é polarizada diretamente e a junção base-coletor reversamente. Na configuração ilustrada na figura 4.2, como a junção base-emissor está polari- zada diretamente, os elétrons são emitidos no emissor (que possui alta dopagem), isto é, passa a existir uma corrente (de elétrons) indo do emissor para a base. Os elétrons atingem a base e, por ela ser muito fina e pouco dopada, quase todos atin- gem a região de carga espacial (região de depleção) da junção base-coleror, onde são acelerados pelo campo elétrico e direcionados para o coletor. Dos elétrons emit idos no emissor, apenas pequena parcela (1 % ou menos) consegue se recombi- nar com as lacunas da base. formando a corrente de base; os oucros (99% ou mais) aclngem a ju 11ç:lo d cok1 r. b r11c que one.rnamencc sem-ido indi d é o convencional para as t ' orrcmcs: de base (le), de coletor (lc;) e de emissor (le). ma neira como o transistor esd conectado é chamada de ligação base comum. Figura 4.2 Trans1~or· l1gação base comum. CAP IT ULO ◄ ELHRÔNICA 2 Figura 4.3 RepresentacJo por melo de esquema elétrico de oxn lr.lf151S!Dr NPN do circuito da figura 4, 2. 4.2 Operação do transistor a esrrutura definida na figu ra 4.2 - ligaçáo base mmum - , a junçáo base-emis- sor é polarizada diretamente e a junção base-coletor reversamente. A polarização direta faz aparecer um fluxo de elétrons indo do emissor para a base e, como essa região é muito estreita e com baixa dopagem, poucos elétrons se recombinam com lacunas existentes na base(! o/o ou menos dos elétrons emitidos), Quase todos os elétrons emitidos conseguem atingir a região de carga espacial da junção base- -coletor, onde são acelerados em direção ao coletor. A corrente de base é originada da corrente das lacunas, que se difunde no enüssor, e dos elétrons, que se reco111- binam com lacunas na base. A corrente de base apresenta va lor muito pequeno, normalmente 200 vezes menor que a de emissor. Retorne à figura 4.2 e observe a indicação das três correntes do transistor, considerando o sentido convencional. Em um transistor podemos adotar a seguinte relação entre as três correntes: lc Define-se a= - (4.1) como o ganho de corrente na ligação base comum. Importante: o parâmetro a é um número sem unidade, menor que 1, porém próximo de 1 (ex. : a = 0,99). A onfiguraçã.o ilustrada na figurn 4.2 e d agora represenrada pelo ci rcuito elé- rrico da Ílgurn . , com o sim bolo usual do rra nsi_«or NP . VCE RC R8 ~ - ~~ IE V 03 1c VEE BE 'e vcc Em um lransismr p<)demos adotar a seguinre relação entre as ,rés rensões: Note que a tensão é abreviada por V e que a primeira letra do índice representa o ponto de maior potencial; por exemplo, no caso da tensão entre a base e o emissor (V8J. a base é mais positiva. Em um transistor P P, :1 no t:açáo pará essa mesma tensão é V EB· Podemos representar o transistor como indicado na figura 4.4. Nesse caso, a li- gação é chamada de emissor comum. A polarização das duas junções continua como antes, junção base-emissor polarizada diretamente e junção base-coletor reversa meme. A operação é~ mesma da ligação b:ise comum. 'e~ C ,~ --+--"-'1,••"'Y~~..----~ =l Para essa configuração, defi ne-se o gan ho de correme como: Nesse caso, o valor do parâmetro ~ é muito maior que 1 e também não tem unidade (ex.: p = 300). A relação entre os dois parâmetros é dada por: a = _p_ (4.3) e p = __!!:__ (4.4) ~ + 1 a-1 A configuração ilustrada na fi gura 4.4 está agora representada pelo circuito elé- rri n da figura 4. , om o ímbolo usual d rran istor P . •e Figura 4.4 T rans,stor· ligação em,ssor comum, Figu,.a 4.5 Representação por me,o de esquema elétrico de um trans1st0r NPN do circUJto da figura 4.4. CAPITULO ◄ ELHRÔNICA 2 Figura 4.6 Transistores comerc,ais. Tabefo 41 Caracten'st,cas elétncas máximas. A relação enrre as ren óes conri nua valendo, ou seja: A figura .6 apri: cnrn alguns cxcmplus de m111sisrorcs comerciai • A rnbcla rrn pane da folha de dados do mirui tom B B 5 8 ( m principa is llmircs. BCS46 65 Tensão coletor-emissor BCS47 VcEo ◄ S BCS48 30 BCS46 80 BCS47 Vcao 50 BCS48 30 Tensão emissor-base VEllO 6 Correnr:e de coletor {CC) 1~ 100 Potêncl3 dissipada pd 625 6, B 547 e V V V mA mW 4.3 Curvas características de coletor ão gráficos que relacionam a correnre de coletor com a rensáo enue coletor e emissor, considerando como parâmetro a corrente de base. Essas representações são chamadas também de curvas características de saída. No circuito represen- tado no gráfico da figura 4.7a, a corrente de base é fixada em determinado valor - por e.xc mpl , 1 mA. A ren mrc: olecor e cm l or é vnl'iávd e, paro ada vnl >r d VcE• é arribu íd• um3 mcdid~ de corrente de cole1or. m cguida, e vnlorcs são colocados em um gránco Oc · VcrJ, como mostra a fi gurn .76. Ana lisando o primeiro gráfico, é possível norar que na região de atura · o, para uma pequena variaçáo em Vcr, ocorre aumento demasiado de lc, Quando a j,rnção base-rnlemr passa a ser polariczada reversameme, o rransisror entrn na regi:ío oríva, ,ambén't ham. da de regi:io de ampl ifi a iio. A parrir d se ponco. a co rrente de coletor pmticamcnu, não varia quando Vce au menta. e sa n:giâo. o t ransis tor se comporta como fume de corrente consrnnre. a pr:icica, ocorre lumenronn corrcme de letor qu.mdo VCE . e d va por feiro E..rly. 01110 a pola ri ~~1ção r versa da junçlo ba e-coletor aumcnr , "largura da r.-gião de arg;i e~pa b l :iv:tnÇ!lr.:i mais nn base e. pon-::inro. ni::i i elétrons cmicido.s pQd r o ser caprurados em d ireção ao col ror. Figura ◄.7 Curv c.i.racten'st1cas de coletor do trar,SIStor MJE240. ,oor---,_ .. ....._ r~1ão adlla ooo ~------------- I ~ • ◄ 160 '" 120 eo 4(1 O llóO lf/0 2,00 Ulll ... i,00 .,00 1,.00 UIII 9.00 10..00 ai Vc,:M soo 520 •ao 440 •OO L---~:__;.....;..-j:,_~--;-- •••1 mA I!: J ,eo /......--,-_..;--1--------- l- •2 mA "º 200 160 120 80 ,4(] ,,,. º O o,m 1,00 UX> JJD ~ "S.m 5.00 lJ:n .-.00 9,00 lQPO bl vCE M Para 18 = 1 mA, lc = 150 mA. o que ignifi a um ga nho ele aproximadamcnu:: essas condições, poderiama esperar que, e 18 au mentasse para 2 mA, o valor .da corrcnre de coletor rambém dobraria. Isso, porém, náo acontece, pois lc aumema aprox.imadameme para 260 mA. Outra expecrativa seria em relação às curvas caracrcri rica . que d.-·eriam esrar espaçadas igualmente. mas o <{UC e verifica é que a para ão dim inui à medida que a correm au mentam . A explicação para esse fato é que o gan ho de correnr não se ma ntém 011 . 1 me, e sim vui..:a conforme• correnre de coletor. CAPITULO ◄ ELHRÔNICA 2 Muit.as vezes o ganho de corrente vem com a notação h FEI isto é, P = hFE• Figura 4.B Dependência do ganho de corrente com a corrente de coletor Figura 4.9 I.Jga,;Ao emrssor comum. O gráhco da figura 4.8 foi obcido da folha de dados do rransisror BC548 e mos- tra a dependência do ganho com a corrente de coletor para dada rcmpcrarura e rensão coletor-emissor. &: , .. ' ,! I.D ~ ! ... . -:: ... :; a.,t ~ g ~ - 1 -- 1 1 1 1 V • 10Y - , ,-.>Si'1:' L ij_ ~ . ~ ,· i ........ 1 1 \ . li \ i .., '3 IU 0.S 1,0 l,Cl .S,O 10 20 SiO UD lOD lc - cotrirrne d~ coletor (mA) Como é possível ohservar na figura 4.8, o gan ho de correme 13 (hF,J varia com a corrente de coletor, rempera1ura e tensão coletor-emissor. O gráli<:o do ganho de corrente é normalizado, isto é, para a correme de 4 m.A, o ganho é 100%. Para corremes menores ou maiores que 4 mA, o gan ho aprese ma outros valores: pa ra 0,4 mA, por exemplo, o ganho sení 70% do ganho a 4 mA. 4.4 Regiões de operação: reta de carga dr uiro da figura 4.9 imbol iw Ltm transistor om :u urvas ra tcrísricns apre cnrada na figura .7b. Va; 10V Na figura 4.9, o equacionamento do circuito de coletor resulta em: Essa" a equação de uma re ia, chamada de reta de c.uga. que é rcp1c,en1:1da no pi, no lc · Va, da curva cua terísricns de colcror. Para rraçarmos essa reca , uril i>ámos do is poncos: Primeiro ponto: igualando lc = O na equação anterior, obremos Vc" = Vcc, que fisicamente representa o corte. Como no corte as duas junções estáa po- larizadas reversamente e, portanto, todas as três correntes são muito pequenas (nA), podemos admitir que nessas condições o transistor é uma chave aberta (figurn 4. tOb). Obs.: para cormr um cransi_sror d i, b:ista fuze r VaE < O V; para um u anrisror de · e. VaE < -0,4 V. O) bl V« IOV Segundo ponto: faz.cndo VCE = O. obcemos lc = VccfRc , que fis;camenre re- presenta a sa[uraç...1.o. Na saruraçáo, o transis tor se comporta como uma chave fechada e as duas junções escão polarizadas d irerameme. Pa ra garantirmos que o rransisror smure, remos de impor algumas condições, uma delas considerar VcE = O. No manro, para obc rm e a condição, devem s rer lc < 13 • 18 ; co1110 o gn nho de nrremc de um 1r.rnsi 1or vn ria c111re um min i mo e um mJxi- mo, usamos o valor mini mo (l3....,); ponanco. lc < 13mtn · le, A figura 4. lla mostra o circuito de um transistor na saturaçáo e a figura 4.116, o modelo simplificado para ele (chave fechada). ., v., IOV bl Apó.•~ dcrcrmina ode doisponc , devemo un i-lo ,un.çandoarci.adccarga. Figura 4.10 Tr.111s!Stor no cor te: (a) □rruito e (b) modelo simphfkado. Figura 4.11 Transistor na saturação: (a) circuit o e (b) modelo simplificado. ·º Vr, IOY CAPITULO ◄ ELHRÔNICA 2 Figura 4. 12 Ci.irv.J.5 C,ll"oCteristica de coletor com a reta de carga Obrigaroriamenre, o ponto de operação, ram bém chamado de ponto quiescen- te, rcprcsrn rado por O (valores dt 180 , Ice, VcEal, csrará sempre cm cima da rem de c:irga. 600 ~ 400 100 o gdfi o da figura 4.12, observe que. no 1}()mo O. rcmo.s 180 = 2 m A, lc0 = 273mA c VcEo =4,6 V. limlrc.s d:ircradcc:arga ·oa ,mmçftO,lJU n- do VcE = O, e corce. quando 18 = O. Enrre esses doi pomo (sa1uraç. o e corce), o 1rnnsi.1or opera omo amplifiCJdor, isco é, a rcl.1 o nm: lc e 18 é dnd I por lc = ~ · 18 • essa região (região ativa), o crnn,i tor é usado como amplificador. Para encender como o cransismr passa a funcionar como amplificador, considere o circuiro apresentado na figura 4.J3a. essa situação, um pequeno v:uor de tensão alcernada e somado à tensão de polarização V 88 . Desse modo, no sem icido posiri- vo. a corrente de base e eleva aci ma de 180 , f:12endo a corrente de coletar ~umen- 1 r proporrionalmeme e a ren s~o de colt-tor diminuir. A tensão obt ida no olewr costuma ser maior que a temão apli da na IY.lsc, ou seja, houve amplilicação de tensão. Além disso, essa configu ração causa defasagem de 180º na tensão de saída em relação à de entrada. O gráfico da figura 4.136 mostra essa operação. Com base nessa aná lise, podemos conclu ir que o ponto de operaçáo (Q) deve ser bem localizado para que seja possível obter a máx ima sa ída de pico a pico sem d istorção. A melhor local ização é no meio da reta de carga (VcEo = Vcc/2), pois permite um valor Vcc de máxima saída. Observe os rrês casos representados na figura 4.14. o primeiro (figura 4. 14a), a máxima saída de pico a pico possível é de 10 V., nces que ocorra o cifumcnl() (d istorção) por rnraç:io ou orce; nos outros dois (liguras 4.1 b e .. 1 e), é de 4 V - cm am os os a .so , se a entrada aumentar, o inal de saída di corccrn . 600 t., (mA) 51)1) 100 ~ ... I '- ,..._, .......... , ...... _ ....... ---· a) ~ / . - .. ~ / ; " / r _, 1 ........ . \ I / ........... 1 \ / i r , 0 l_,• 211JÀ ........... l ,~ ! ' ! ~ ! ! i Í O 0 ,00 ,.oo 2.00 :uo "4.00 5.00 Í 6,00 7,00 8.00 6Vuc ' - ~- b) a) b) e) ~ 9.00 10.00 Figura 4.13 Amplificação: (a) c,rcu,10 e (b) análise gráfica. Figura 4.14 l~fluênoa da localização dopon oQ: (a) me,o da reta. CAPITULO ◄ (b) próximo da saturação e (e) pJ"6x1mo do corte. ELHRÔNICA 2 Figur 4.15 Enc.!psulamentoS usuais 4.5 Potência dissipada: dissipadores Em um rransistor, a maior pane da pmência é dissipada no coletor. A pocência dissipada é calculada aproximadamente por: Em relação à capacidade de dissipar pocência, os uansiscores podem ser classifica- dos em três cipos: de baixa pocência (ex.: BC548 e BC109), de média pocência (ex.: BO140 e TIP41) e de alta potência (ex.: 2N3055). A figura 4.15 mostra os princi- pais encapsulamentos de transistores de baixa, média e alta potência. Observe que os encapsulamentos preveem local para a colocação do dissipador - alguns apre- sentam furos que facilitam a união entre o transistor e o dissipador. ~ • i ~ 1 41, li ~ .. • 1 i ~ Como vimos, os semicondutores são sensíveis às variações de temperatura. Uma das maneiras de amenizar a ação do excesso de temperatura nesses dispositivos é prender ao corpo do transistor uma placa metálica chamada dissipador de calor. Os dissipadores de calor usados em eletrônica são feitos de alumínio ou cobre. Os dissipadores de alumínio são mais baratos, porém menos eficientes que os de cobre. Por vezes, o dissipador está acoplado a um pequeno ventilador, chamado cooler, que auxilia a retirada do ar quente para o meio externo. A figura 4.16 mostra o sistema de arrefecimento da CPU de um computador. Observe que esse sistema é constituído de um dissipadorfixado à CPU por parafusos e pasta de silicone, que faci lita a trans&:rêm:ia. de calor e clitn i l1à as bolha de ar, e de um coo/,:r. que aspira o ar quenre próximo ao d issipador. - CPU(CI) 4.6 Conexão Darlingcon C onexão Darlingron é uma ligação realizada entre dois rransisrores quando se deseja obter um transistor equivalente com valor de ganho de corrente elevadíssimo. e e TR TR, E a) b) Figura 4.16 S-istema de arrefecimento de urna CPU de computador. Figura 4.17 (a) Conexão Darlington e (b) tranSJStor equivalente. CAPITULO ◄ ELHRÔN ICA 2 Figura 4.18 (a) Exemplo de conexão Darlington (PN P). (b) circuito equivalente e (e) gráfico do ganho de corrente coníorme I e• O 1ransistor equh<alente tem g.mho de orrenre igual a f3 = /31 ·!3:i, em que ll, e /32 são os ganhos dos t ransi.ston:s TR 1 e TR2, respcni,ramrnre. A tensão base- emissor quando em condução vale V8E = V8 E, + Vat;i· Esse cipo de conexão é u ado na saída de estágios de porênda, em fonres de ali- mentação e em q ualquer situação em que for necessário obter va riações de cor- rente ex1rcmame111 ba ixas com forne imenco de gm nd orremcs. 10K e TIP125/126/127 1K ., ·10 L&.s. 2...CnllMtor ] .Em1tter l<(A). Corr• nte d• coleto, a) Figura 4.19 Trans&or polarizado (a) reversamente e (b) diretamente. b) e) 4.7 Teste de transistores Para testar transistores, são usados os mesmos princípios do diodo, com alguns procedimentos adicionais. Observe que, nas situações representadas na figura 4.19. utiliza-se multímetro ana lógico com a chnve na po ição oh mímetro na cs- ab de rc i 11!11 ia R xl. a) b) Agora veja, n ligum 4.20, o tJU<' aconte e quando o mulríme1ro é ligado cnrre cml or (E) e coletor (C ): em qualquer um dos casos a.isrirásemprc uma junção polnri iad.a reversa.menre. a) b) A que conclusão podemos chegar depo.is de analisar as situações representadas nas figuras 4.19 e 4.20? Testando dois a dois, nos dois sentidos, os terminais de um transistor, quando encontramos valor de resistência alta entre dois terminais, de uma forma ou de outra, o terminal que sobrou é a base! Para saber qual terminal é o coletor e qual o emissor, devemos usar o multímetro analógico com escala de resistência R x 10 k ou de maior valor. N a figura 4.21, mede-se a resistência reversa das dua.s junções; a do emissor é a de n1enor va lor, pois sua do pagem é ma ior. 4.8 Leitura dos códigos em semicondutores É possível conhecer o valor da rcsisrên ia de um resiscor lendo , faw e lorida ao r•dor dele. De manci111 semdhame, os scmiconduton:s (rransi ror, diodo e circuito integrado, entre outros) também apresentam uma codificação que per- mite saber se o material é germânio ou silício e se o componente é um transistor ou um diodo, além de outras informações. Existem associações que elaboram essas cocli fi caçõcs: as mais conhcdclas sáo: Pro-Electron, Joint Elc:ctron Devi e Engineer ing ouncil (Jedcc) e Japane,;e .Industrial ca ndard (J !S). Figura 4.20 Polarizando reversamente (a) a Junção coletor-base e (b} a Junção emissor-base. Figura 4.21 ldentJlicaçào do em,ssor e do coletor. CAPITULO ◄ ELHRÔNICA 2 4.8.1 Pro-Eleccron T rara-se da norma europeia. Vamos tomar como exemplo llill serniconduroc com a especificação BC 548 A. Com base nessa especificação, conclui-se que esse se- micondutor é um transistor de silício. Essa informação é obtida observando as duas letras iniciais: a segunda letra (C) identifica o tipo de componente - um transistor-, e a primeira letra (B), o tipo de material - silício. Os três números (548) servem para identificar o tipo específico de transistor, ou seja, sua família. A última letra (chamada de sufixo) indica o grupo de ganho de corrente ~- nesse caso baixo ganho (A). De modo geral, a regra é: letra letra [letra! número de série [sufücoJ U L t L tndlc1g,up0clo9 nho Y Numerodosé(ie(10(ll9999l A ll!ofCl!!lra. l(!tra lndlca apllcaçla indonr1ó!il Segunda letra lndt<a a apllcaçao Priffle1ra lmra 1ndka o marerla l ] primeira letra - ind ica o materia l: A: germ il nio (Ge); B: ilido ( i); C, arse- □ieto de gálio (GaAs). segw1da letra - idenrilica o cipo de componeme: A: diodo de RF; B: variac; C: transistor, AF, pequeno sina l; D: tra11sistor, AF, porência; E: d iodo túnel; F: transistor, H , pcque,10 sinal; K: d ispositivo de efeito H all; L: crnnsiswr, HF, potência; N: acoplador 6pt ico; R: ciriscor, baixa potência; T: tirisror, potência; Y: retificador; Z: diodo Zener. terceira letra - em alguns componemes, serve para informar a aplicação i ndumia 1: Pode ser W, X, Y ou Z. sufiJ<O - indka o grupo de ga nho de co rrente f3: A: bai:10 g;inho; B: méd io gll nho; C: alro ganho: em suliiw: qualq uer ganho. Exemplo: BZX84C12 B = Si, Z = Zener As três informações seguintes - no caso, X84 - poderiam ser números com três algarismos (de 100 a 999) se o dispositivo fosse dirigido ao consumidor co- mum, ou uma letra (Z, X ou Y) no caso de equipamentos industriais, seguido de números com dois algarismos, que variam de 1 O a 99. C12 refc:-re-se à tensão de regufação, 12 V no caso. Portanto, o dispositivo em questão é um diodo Zener industrial de 12 V. BZX84 é a série, que pode ter dispositivos de várias tensões. A série tem a ver com máxima po1ência. Por exemplo: a 56-ie BZXS é para o 3 W, enqu:111ro a érie BZX85 é para 1.3 '- , BZ 5 para 0,5 \Y/ ct 4.8.2 Joint Eieccron Device Engineering Council Uedec) Es.sa norma é norte-americana e opresema a seguime codificação: digito letra número de sêrie [sufixo] W ~ grupo de ganho úmero de sêrle ( 1 oo a 9999) 7 número de term n.alunenos 1 Quando existir sufixo, indicará o grupo de ganho. Exemplos: 1N400 1 (diodo), 2N2222A (uansismr), 2 5444 (TRIAC), 2N6399 (SCR), IN475A (Zener), 2 3821 UFET). 4.8.3 Japanese Industrial Standard (JIS) A norma japon,-sa apr sem, a 5eguimc odili a .;io: '-----.,;nlúmem de termina~ rnenm 1 As letras indicam a arca de apliação de acordo com o c6digo: • SA: PN P, transistor de alta frequência; • SB: PN P, transistor de áudio; • SC: NPN, transistor de alta frequência; • SD: N PN, transistor de áudio; • SE: diodo; • SF: tiristor; • SJ: FET/MOSFET canal P; • SK: FET/MOSFET canal N ; • SM: TRIAC • SR: reri ficador. CAPITULO ◄ ELHRÔNICA 2 f igura 4.22 4.8.4 Oucras formas de especificação Além das normas Pro-Electron, Jedec e JJS, alguns fabricantes 1êm a própria forma de apresentar a especificaçáo e a identificaçáo de seus componentes por meio de prefixos. Veja os exemplos: • MCR: Motorola, tiristor (ex.: MC RI06); • MJ: M otorola, dispositivo de potência em invólucro metálico (ex.: MJ15004); • MJE: Motorola, dispositivo de potência em invólucro plástico (ex.: MJE13003); • MPS: Motorola, dispositivo de baixa potência em invólucro plástico (ex.: MPS3638); • MRF: Motorola, transistor para HF, VHF e micro-ondas; • RCA: RCA; • RCS: RCS; • TIC: Texas lnstruments, tiristor em invólucro plástico (ex.: TIC106, TIC226C); • TIP: Texas lnstruments, transistor de potência em invólucro plástico (ex.: TIP36). Exemplos 1. No circui to da fi gura 4 .22, considere as segu.intes informações: lc = 2 mA, ~ = 200 e t rarnisto1 de Si. Calcu le: a) Vce b) 18 e) Raa Qual o e cado do iransi IOr (saturado/conadolrcgiiio ativa)? 2mAl 10V Solução: a) Equacionando a malha de saíd : 10 = 3 K · 2 mA + Vce. ob1emos: Vce = 10 - 6 = 4 V b) A rel açi\o enrre 16 e lc é dadn pelo ~. logo: 1,, = ~ = 2 mA O 01 mA = 10 µA ~ 200 ' J Equaclonnndo. mallu de cntrnda: 5 = R88 · 18 + 0,7V, oh1 ·mo . R = 5 - 0,7 = 430 kQ 88 10 ~LA orno V CE = 4 V. o cransismr se enconrra na região ativa. 2. Analise o circuito da figura 4.23 e calcule R8 e Rc para que o t ra ru.isror cure com 10 = 40 mA. <lo·: ~rntn = 100, VcEA, = O V e V8e..,_ = 0,7 V. 1\ 10v -SV 1- Soblftío: Com o rransiscor saturado, toda a rensáo da fonte estará aplicada cm Rc. Assim, o valor pode sercalculado por: R = ~ = O 25 k = 250 Q e 40mA ' A corrente de base deve ser. CAPITULO ◄ figura4.23 EléT~ÔNICA 1 Figur 4.24 Gmuto de pofa.riiação por corrente de base constante. Portanto, a resistência de base deve ser: R8 :s; 5 - 0,7 = 10,75 k.ü 0,4 mA Parn i so , é ad md o alor mcrcia l d~ 10 krl . 4.9 Circuitos de polarização Polariza r um tra nsisto r significa determ inar valo res de tensão e corrente que se mantenham estáveis de acordo com a temperatura de trabalho, o desgaste das panes internas características de vida útil do con1ponenre e a própria substirui- ção do componente. Ao polarizar um transistor, é preciso levar em conta que valores de ponto de operação (ponto Q , quiescente) estabelecidos devem garantir baixo grau de distorção, de modo a não prejudicar o sinal amplificado. Considerando am pli6cadores de pequenos si nais, a melhor localização do ponto O é no meio da reta de ca rga, isto é, a tensáo coletor-emissor (V cel deve medir aprox imadamente mecade da censão da fome (Vçç) . Isso gara mi rá que a sa ída de pico a p ico seja a máx ima possível e sem d isrorção do sina l. A segui r apresen ta m- -se dois t ipos de pola rização: por corrente de base constante e por divisor de censão na base. 4.9.1 Polarização por corrente de base constante É o circuito de polarização mais simples e consiste em aplicar uma corrente constante na base, como exemplificado na figura 4.24. v,. r O cálculo dessa corrente é determinado por: Como a correnre de coleror é dada por lc = f3 · 18 , encão: C omo o ganho de corrente de uma fa mília de transistor pode variar entre um valor mínimo e um valor máximo, podemos concluir que esse tipo de polariza- ção é altamente instável com a troca de transistor e temperatura. 4.9.2 Polarização por divisor de tensão na base O circuito de polarização por corrente de base constante explicado na seção 4.9.1 apresenta algumas características importantes que devem ser levadas em conta. Esse tipo de polarização, além de depender muito do valor ~' apresenta alta instabilidade com o aumento de temperatura. Isso pode acarretar um efeito conhecido por disparo térmico, ou seja, um ciclo em que, a cada aumento de temperatura, ocorre uma elevação de corrente e, consequentemente, outro au- mento de temperatura. É possível, porém, polarizar o transistor de maneira que não fique vulnerável à variação de~- Na configuração da figura 4.25, chamada de circuito de polariza- ção por d ivisor de rensão na base, a realimentação negaúva em CC estabiliza o ponto Q, isto é, q ua ndo a rempera1ura aumen ta, a corrente de emi r e a ten ão VE também aumentam. o encanto, como a tensão na base (Vs1 é constante. ob rigaro riamem t- V8 ~ diminui. despobrizando a base e reduziJ1do as orrcmes que rin ham au menrndo com a tempcraLura. la rnmenre, o circu ito pos.suj um on rrolc inrcrno por , u de· n-alimema ·o. l r lal (b) Figur 4.25 (a) Grcutto de polarização por divisor de tensão na base e (b) circuito com equivalente na base. CAP IT ULO ◄ llET~ÔNIC_. l Para ana lisar o circuito, tornemos o equiva lente Théven in na base (figura 4.25a): Observando o circuito equivalente da figura 4.256, temos as seguintes equaçóes na malha de entrada: 1 e, como IE ::õ IC e 1,. = i,_: 13 rc ult",\lldo: R e calcularmo os componente& de forma que RE >> -1!!.., então: ~mln Ponanro. teremos um ircuito no qual o po,iro de operação (corrente de coletor) não depende de l3. A seguir, descrevem-se os passos para determinar os valores das resistências do circuito de polarização de divisor de tensão na base. Essas orientações são de ca- ráter essencialmente prático, e pode-se até afirmar que constituem uma "receita", com fundamentação teórica nas expressões anteriores. · m geral, s.ío p«ificados a rensán de alinwnrnç o (VccJ, a correme qL1ksccnre de oleror e o transistor que ed utlli1.ado: pnnamo, slo conhecido 13m1n e timo•· Para que ,oda a "rc cim" renha v:t lidadc, devemo admitir que o v:ilor da corrcn• te de base seja muito menor que o da corrente "descendo" pelo divisor de tensão, como se a base estivesse "aberta". Passos para determinar os valores do divisor 1. Adotar os seguintes percentuais da tensão de alimentação: 2 . Como lc é conhecido, é possível calcular RE: 4, R2 :S: 0,1 · ~mfn · RE (rm grrnl, <,,sco)he-5e um va lor igu..,I a 0,1 · 13 ... · RE. Em mornemo oporruno vamos avaliar que a escolha de um valor mu.ico ba.ixo para R2 leva a urna diminu ição na impedància de entrada). Não faremos a deduçfo dessa expressão, mas ela é inruiriva, ou seja, R2 não pode ser de grande valor, pois nesse caso• condição de correme de base desprezÍ\•e l não seria verdadeira. 5. Conhecido o valor de R2 para e-ai ular R,. é prcd o lembrar que o do" ruis• tores 1'e e: ern érie \\ portanf : u R, = ....l., R2 , cm que U2 "' 0 ,7 + VRE e U, = Vcc - U2, u, Exemplo Projete um circuito de polarização por divisor de tensão na base, considerando os valores da tensão de alimentação, o tipo de transistor e o valor da corrente de coletor. Dados: Vcc = 12 V, 13m., = 100 e lco = 5 mA. Solução: V RE = 0,1 · Vcc = 0,1 · 12 V= 1,2 V Enrão: = 4 • RE = 4 · 240 = 960 n R, !> 0, 1 • 13mln ' R• = O, 1• 100 • 240 = 24QQQ R = ~ ·R2 = ~ -2,4 k = 12,7k 1 Uz 1,9 Valores adotados: RE = 220 n, Rç = 820 n, R2 = 2k2 e R, = 12 kn. Esses valores só.o comerciais e próximo dos va.lores calculo.do . CAPITULO~ ELH RÔNICA 2 Figura 4.26 (a) Regulador com Zener; (b) e (c) circuitos de regulador de tensão em série com transisto r. 1\ v, f+i!' (a) 4.10 Reguladores de tensão Como vimm no capimlo 2, a ,ensão senoidal deve ser reri ficada e f-il rrnda ames de alimentar um circuito com componentes eletrônicos. Hoje, as fomes retifi- cadoras fornecem tensão de saída com baixos valores de ripple, porém alguns componentes eletrônicos não suportam nenhum valor mínimo de ripple. Nes- ses casos, recomenda-se a utilização de reguladores de tensão para amenizar a variação de tensão contínua que alimenta o circuito eletrônico. Os circuitos reguladores de tensão podem ser construídos utilizando transistores e circuitos integrndos específicos. 4.10.1 Regulador de tensão em série Sabemos que o diodo Zener é um regulador paralelo que pode ser instalado em paralelo com a carga. Nessas condições, enquanto a corrente no Zener estiver dentro da faixa de regulação, a tensão de saída na carga se mantém aproxima- dameme consrnmc. regulador de tensão cm série 011 is1c basicarneme no regulador Zen r da fi- gura 4.26a, acrescido de um seguidor de emissor (amplificador coletor comum). As figuras 4.266 e 4.26c ilustram o circuito desse regulador. Observe que o cir- cuito da figura 4.26c é essencialmente o mesmo da figura 4.266. 111 ~ v, . v. I v. - l .. JÜ - v,. 1\ V, l D, 1, l '· (b) (<) Os reguladores de tensão cm ·éric aprcscnram vanragens c1ua ndo com parados com os reguladores de tensão em paralelo, principalmente considerando que nos circuitos em série somente o Zener utilizado pode ser de menor potência e o valor de impedância de saída, baixo, características técnicas importantes para uma fonte retificadora. Exemplo A figura 4.28 apresenta um circuito com regulador de tensão em série. Conside- rando os dados a seguir, calcule: Dados: V6e = 0,7 V e ~= 100. o/11çáo: A cens:io em Rs é 15 - 6 = 9 V; portanto, a corrente va le: 9V 15 =--= 60mA 0,15 k A tensão na carga é 6 - 0,7 = 5,3 V; portanto, a corrente na carga vale: ~ = 5• 3 V = 53 mA 0,1 k 53mA A correnre de base vale 15 = ---= O, 53 mA 100 e a correnre no Zener, 12 = 60 mA - 0,53 mA = 59.47 mA. A potência d issipada é P2 = 6 V· 59,47 mA = 356,82 mW. A tensão enrre colecor e emi ssor vale VcE = 15 - 5,3 = 9,7 V e a porén ia dissipada, P TR = 9,7 V · 53 mA = 514,1 mW. A porencia dls ipada em Rs é Plb = 9 V · 60 mA = 540 mW. 4.10.2 Reguladores integrados de crês terminais ão reguladon:sque requerem pouco omponenre · ex ternos ou nenhum para aux iliar sua operação. Estão disponíveis em di versos valores de tensão e cor- rente e em vários modelos de encapsulamenco; o mais comum é o T -220. CAPITULO ◄ Figura4.l7 EléT~ÔNICA 1 XX representa valor de tensão regulada na salda. Por exemplo: 7805 fornece na saída tensão regulada de 5 V e 7912, tensão regulada de -12 V. Os reguladores 78XX e 79XX têm pinagem diferente um do outro e, e.aso a corrente solicitada esteja próxima da maxima, deve ser usado dissi pador. Figura 4.28 Encapsu lamentos TO-220 Pilf3 regul,1dores (a) 7SXX e (b) 79XX Regulador de tensão fixa O regulador integrado de três terminais é um circuito que fornece uma tensão altamente regulada a pardr de uma ren iio qu alquer (em geral , é udlizado na salda de um mificador com fihro). Esse componente: pode fornece r ten õcs regu !adas positivas ou negativas com valores entre 5 e 24 V. Uma de suas apl ic:i õcs é na on 1rução de um regulador no loca l, poi ele dimina pro- blema~ asso íado ô d is1 ribuiçtio d" 1e11,óe~ qu~ndo existe unrn t111 i • fome de alimemaçáo. Os regubdores integrados poS<uem prorcçáo inrerna cont ra sobrecarga de corrente e eleva ão de cempera1u.r:i. Est o disponíveis em vários encapsulamentos. O modelos mais onhccido são o TO-220 e o TO-3, com capacidade de conente de até 2 A (deve-se coomlra, o datasheer, pois, depen- dendo do fabrica me, esse valor pode mudar). A principai famílias de rcgu ladorc integrado de crês 1crmina i são: • 78XX: regu ladores de ten /in fixft po. itiva ; • 79 · : reguladores de 1t11siio lixa negat iva. A figura .28 mosrr a pinagem para en apsulamenro TO-220 para reguladore da fumífü 78XX e 79XX. 1 ' ) (ai (b) A figura 4.29a apresenta a configuração básica para esses reguladores . É impor- tante enfatizar que, para funcionamento adequado, a entrada deve ter tensão mí- nima de XX+ 2,5 V. Assim, no caso do regulador 7805, para obter 5 V na saída, o valor de entrada mínimo tem de ser 7,5 V. Existe rambém um valor de tensão de entrada máximo, que, em geral, não pode exceder 40 V (é importante consul- tar o valor exato no datasheet do fubricame). Recomenda-se o uso dos capacitares C1 e C2, porém, sem eles, o circuito funciona. O C1 deve ser ut ili zado quando o capacitor do filtro do tcrificador estiver discante do regulador e o capacitor C 2 melhora a resposta transiente de proteção contra ruídos. O circuito da figura 4.296 apresenta um regulador para tensão positiva com re- forço de corrente na saída. esse modelo, a corrente de saída (IJ é calculada por: em que ~ é o ganho de corrente do transistor (média ou alta potência) e lREG a con eme no regulador. (a) (b) v. ---1_ v. 1N ,~T· l<A7 G D - 30 e, e, O,l3µf circulto da figura __ 9b npre. e11ta um regulador par.a cen áo po. i1 iva com re- forço de orrenrc na s.~/d . Ne ·e moddo, a corrente de ida (IJ é • 1 ubda p r: em que fJ é o g,mho de corrente do transisror (média ou alia potência) e IREG a corrcnrc no regulador. A figura .30 mosrra uma apli ação do regulador KA7 XXE como fome de ·orrc1irc. bscrvc que lcnsfo regulada ( •x) fomec:id pelo mponcnrc é. aplicada no resismr R, 1 e, portanto, a corrente e a rensáo em R, são constantes. Desse modo, a corrente na carga rnmbém será conscanre e va lerá: 1 = Vxx + I L R, Q em que Vxx é a tensão regulada - para o cücu ito integrado 7805, por aemplo, Vxx = 5 V - e 10 a rrcn1e de polarização, norma lmente da o rdem de µA . v, E J v, \ O,l"F l =a.. +ll!',,.-V,.111,I Figura 4.29 (a) Orcull.o básico para reguladores de saída fixa postllVa ou negativa e (b) saída de alta corrente. Figura 4.30 Regulador de corrente constante. CAP ITULO ◄ EléT~ÔNICA 1 Figura 4.31 Regul.idor de tensão aiustável: (a) circuito bás,co e (b) orcu;to completo. Regulador de tensão ajustável Esse regulador (figura 4.31) fornece uma tensão de referência da ordem de 1,25 V e é indicado para a construção de fontes ajustáveis. Existe grande variedade de modelos, entre os quais o mais conhecido é o LM317, que fornece até 1 A de corrente (dependendo do encapsulamento) na faixa de tensão entre 1,25 V e 35 V. 'sse modelo nece ir:1 de: um cl r ulro 0 111 doi rcsi. r rc · po ui proceç o comr:i sobre orrcnre e .robrecarb"' ,érmi c;i. (a) v, o----""" O LM317 gera uma tensão de referência fixa de 1,25 V entre o terminal de saída (OUT) e o terminaJ de ajuste (ADJ). Em uma primeira anáfüe, se considerar- mos a corrente de polari-zaçáo (l,.0 J) desprezível em relação ils outras correntes, podemo;. afirmar que 11 = 12. EncCio, eq ,rncionando na malha de ída, temos: 1,25 V 1,25 R I,=-- e Vs= 1.25 + R2 -12 = 1,25 + R2 --= 1,25 -(1 +:..:l ) R, R, R, e leva.rm em conra l,.0 J, devemos incluir na expressá.o acima o termo R2 · IADJ• É imporranrc ressalta r qllc a rcsiirência.s R, e R2 devem rcr va lore, baixos para garantir que a corrente de polarização seja desprezível. Uma aproximação razoá- vel é considerar que a soma das duas resistências não exceda 5 kO. As funções dos demais compcmentts do circuito aptcsentàdo aa figura 4.30b sáo as seguimcs: C 1: não é fun cional, mas recomendado, em e~pecial se o fil [ro do rerificador não estiver próximo do regulador. C2: melhora a resposta rr:rnsiente e deve ser usado, principa lmen,e, para prevenir que ruido prejudiquem o funcionamcmo de dispo irivo ligados na saída d regulado r. C3: melhora a rejeição ao ripp/e da fonte, sobretudo quando o ajuste é feito com ganho elevado. Caso esse capacitar seja usado, é meU10r colocar os d iodos de proteção. D1 e D2 : sáo urfüzados para providenciar um caminho de baixa impedância caso a en[rada seja zero, evirando que os capacirores se descarreguem na saída do circuito integrado. Exemplos 1. Calcule a máxima e a mínima tensão na saída do regulador do circuito da fi- gura 4.32. Considere desprezível a corrente de polarização do circuito integrado. IN v. Soluçdo: A tensão de saída é dada pela expressão: cm que R1 = 470 O e R 2 = 3k3 (0 a 3k3). A saída é máxima quando R 2 = 3k3: 3300 VS(nu!xl = 1,25 , (1+--)= 10 V 470 OUT 470 V, CAP ITULO ◄ Figura 4.32