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caso 02 carol

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EXELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA COMARCA DE ________`.
JOANA, BRASILEIRA, CASADA, TÉCNICA EM CONTABILIDADE, INSCRITA NO CPF N°, PORTADORA DO RG N°, ENDEREÇO ELETRÔNICO, DOMICILIADA E RESIDENTE À RUA, BAIRRO, ITABUNA-BA, CEP. POR SEU ADVOGADO DEVIDAMENTE CONSTITUÍDO, COM ESCRITÓRIO SITUADO NESTA CIDADE, À RUA, ONDE RECEBE INTIMAÇÕES E AVISOS, VEM, À PRESENÇA DE VOSSA EXELENCIA COM FULCRO OS ARTIGOS 156 E 171,II DO NCPC E SOB O PROCEDIMENTO COMUM ( NCPC, ARTIGO 318), AJUIZAR A PRESENTE 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
EM FACE DO SENHOR JOAQUIM, BRASILEIRO, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, INSCRITO NO CPF N°, PORTADOR DO RG N°, ENDEREÇO ELETRÔNICO, DOMICILIADA E RESIDENTE À RUA, BAIRRO, ITABUNA-BA, CEP. PELOS FATOS E FUNDAMENTOS A SEGUIR DELINEADOS. 
 
 DOS FATOS 
 No dia 20/12/16, Joana recebeu a noticia que seu filho havia sido preso de forma ilegal, procurando assim um advogado, o qual o mesmo cobrou o valor R$ 20.000,00 (vinte mil) de honorários. Sabendo de tal fato, Joaquim ofereceu o respectivo valor para comprar seu carro, o que na época valia aproximadamente R$ 50.000,00 (cinquenta mil), compactuando assim o contrato. No entanto no dia seguinte Joana descobriu que o avô de seu filho já tinha contratado outro advogado, pedindo então a Joaquim o desfazimento do negócio jurídico, negando ele a atender tal pedido. 
 DO DIREITO 
 Segundo o artigo 156 do CC/15, configura como estado de perigo, quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação onerosa. A situação preenche todos os requisitos para a caracterização da deste dispositivo. Ficando evidente que a ré agiu de má-fé aproveitando a situação para aquisição do objeto, pois a mesma tinha conhecimento do perigo e da necessidade, deixando claro, como dizem alguns doutrinadores “dolo de aproveitamento”.
 Outrora a gravidade das circunstancias fez com que a vítima vendesse seu bem móvel para salvar seu filho de um perigo atual, pois o mesmo teve sua liberdade restringida de forma ilegal, não havendo outra possibilidade a não ser vender seu carro por um valor inferior, trazendo assim prejuízo à parte. 
 Em face do exposto, é notória a aplicação do artigo 171, II do NCPC, que dispõe a anulação do negocio jurídico, entre os quais está presente o estado de perigo, lesionando o negócio jurídico. 
 Ademais, atentando a era pós-positivista podemos citara como base de fundamentação alguns princípios adequado ao contrato jurídico, como:
o Principio da Revisibilidade do Contrato, onde poderá ser alterado o negocio jurídico em situações que sejam extremamente oneroso para uma parte e excessivamente benéfica para outra. Sendo, portanto vedado pelo artigo 884 do CC/15, o enriquecimento ilícito.
Princípio da Boa-fé, que em resumo expressa que todos devem comporta-se de acordo com um padrão ético de confiança e lealdade. Observando que a parte ré agiu claramente de má-fé, estando expressamente tipificado no artigo 442, CC/15, ao se referir que os contratos ao obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução , os princípios de probidade e boa-fé. 
 
 DO PEDIDO 
 Diante do exposto, requerer que Vossa Excelência.:
I. Designação de uma possível audiência de conciliação ou mediação na forma da lei prevista no artigo 334 NCPC;
II. Citação do réu para oferecer a resposta no prazo legal sub pena de preclusão, revelia e confissão;
III. Devolução ou pagamento do valor do objeto da ação;
IV. Que julgue procedente os pedidos 
 
 DO VALOR DA CAUSA 
 Dar-se-á o valor da causa de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
PEDE DEFERIMENTO.
LOCAL, DATA
ADVOGADO
OAB

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