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DIREITO CAMBIÁRIO

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DIREITO CAMBIÁRIO E CONTRATOS MERCANTIS
REVISÃO:
DIREITO EMPRESARIAL: ramo do direito privado que regulamenta as relações decorrentes da atividade empresarial.
ATIVIDADE EMPRESARIAL: estrutura econômica organizada que viabiliza a circulação de bens e/ou serviços profissionalmente e com o objetivo de lucro.
EMPRESÁRIO: pessoa física ou jurídica que exerce a atividade empresarial. 
TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO:
CRÉDITO: ampliação da troca. Possibilidade de adquirir algo hoje e pagar futuramente.
ELEMENTOS: 
Prazo;
Confiança;
FUNÇÃO: circulação da riqueza;
TÍTULO DE CRÉDITO: Documento necessário para o exercício o direito literal e autônomo nele mencionado. É título executivo extrajudicial. 
CARACTERÍSTICAS: 
CARTULARIDADE/DOCUMENTAÇÃO – necessidade de documentação do crédito;
LITERALIDADE – só vale aquilo que estiver, expressamente, escrito no título de crédito;
AUTONOMIA/INDEPENDÊNCIA/ABSTRAÇÃO – envolve a não vinculação dos direitos representados no título de crédito, bem como a causa originária da obrigação nele representada;
REQUISITOS GERAIS DE VALIDADE:
EXTRÍNSECOS/ DE FORMA:
DENOMINAÇÃO/ CLÁUSULA CAMBIÁRIA – necessidade de ter denominação expressa do tipo de título de crédito;
OBJETO DA PRESTAÇÃO – o valor;
DATA DA EMISSÃO;
DATA DE PAGAMENTO;
ASSINATURA DO EMITENTE;
INTRÍNSECOS/ DE FUNDO:
CAPACIDADE DAS PARTES – civil e empresarial;
OBJETO LÍCITO;
FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI;
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À RELAÇÃO FUNDAMENTAL:
ABSTRATOS –  são aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser criados por qualquer motivo. Ex: letra de câmbio, nota promissória;
CAUSAIS – são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderão ser emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Ex: cheque, duplicata;
QUANTO AO MODELO:
LIVRE – letra de câmbio, nota promissória;
VINCULADO – cheque, duplicata;
QUANTO À ESTRUTURA:
ORDEM DE PAGAMENTO – possui identificação do sacador/emitente (aquele que dá a ordem), do sacado (aquele que é indicado a pagar) e do tomador/beneficiário (credor). Letra de câmbio, cheque e duplicata;
PROMESSA DE PAGAMENTO – possui identificação do sacador/emitente (devedor) e do tomador/beneficiário (credor);
QUANTO ÀS NORMAS RELATIVAS À CIRCULAÇÃO:
AO PORTADOR – a circulação se dá pela tradição/entrega. Não possui nome indicativo do beneficiário. Só é permitido no Brasil em cheques de até 100 reais;
NOMINATIVO – tem o nome do beneficiário;
À ORDEM: circula através de endosso (assinatura);
NÃO À ORDEM: possui cláusula indicando que circula por cessão civil de crédito;
ESPÉCIES:
PRÓPRIOS – encerram verdadeira operação de crédito. Letra de câmbio, cheque, duplicata e nota promissória;
IMPRÓPRIOS – são aqueles nos quais faltam algumas peculiaridades dos títulos de crédito próprios. 
NATUREZA JURÍDICA DAS OBRIGAÇÕES CAMBIÁRIAS
PRO SOLVENDO: possui função de garantia e se dá enquanto o título de crédito circula;
PRO SOLUTO: possui função de quitação e se dá quando o título de crédito é pago;
TÍTULOS DE CRÉDITO x CÓDIGO CIVIL: os art. 887 à 926 do CC regulamentam os títulos de crédito, mas por determinação do art. 903, somente, são aplicáveis aos títulos de crédito cambiários os dispositivos que não conflitarem com a legislação especial.
TÍTULOS DE CRÉDITO ELETRÔNICOS: o art. 889 §3º CC admite a emissão de títulos de crédito através de computador. Essa prática já tem sido utilizada em relação às duplicatas. 
LETRA DE CÂMBIO
ORIGEM/PERÍDODOS EVOLUTIVOS:
PERÍODO ITALIANO (até 1650) – a letra de câmbio era vinculada aos contratos de câmbio.
PERÍODO FRANCÊS (1650 – 1748) – a letra de câmbio passou a ser utilizada como meio de pagamento. 
PERÍODO ALEMÃO/GERMÂNICO (1748 – hoje) – a letra de câmbio adquire as características que tem hoje, de título de crédito; 
CONCEITO: é um título de crédito que se constitui em uma ordem de pagamento de um determinado valor, o qual deverá ser pago em um determinado período de tempo. 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: 
LUG – Lei Uniforme de Genebra
OBS.: em razão das reservas legais previstas no anexo II da LUG, não vigoram no anexo I:
Artigo 10;
Artigo 31, alínea 1;
Artigo 41, alínea 3;
Artigo 43, alíneas 2 e 3;
Artigo 44, alíneas 5 e 6;
Artigo 45;
Artigo 48;
Artigo 49;
Decreto 2044/1908
OBS.: vigoram apenas os seguintes artigos:
Artigo 3º;
Artigo 10;
Artigo 14;
Artigo 19, II;
Artigo 20, salvo quanto as consequências de inobservância de prazo;
Artigo 36;
Artigo 48;
Artigo 54, I;
REQUISITOS DE VALIDADE (sua falta acarreta ineficácia da letra de câmbio):
REQUISITOS ESSENCIAIS (art. 1º LUG):
DENOMINAÇÃO – chamada de cláusula cambiária, é a exigência do nome do título de crédito expresso no documento;
QUANTIA A PAGAR – deve aparecer em algarismos e por extenso (quando houver divergência, prevalece o valor escrito por extenso);
NOME DO BENEFICIÁRIO/CREDOR – porque é um título nominativo;
NOME DO SACADO – é o nome daquele indicado para pagar o valor representado na letra de câmbio;
ASSINATURA DO SACADOR/EMITENTE – assinatura daquele que dá a ordem de pagamento ao sacado; 
REQUISITOS SUPRÍVEIS (Teoria dos Equivalentes na falta deles, o portador pode completar – art. 2º LUG):
DATA DE EMISSÃO
LOCAL DE EMISSÃO – considerado o domicílio do sacador/emitente;
ÉPOCA DO PAGAMENTO – na ausência de indicação, a letra de câmbio vence à vista, ou seja, no ato da apresentação ao sacado e este, se aceitar, deverá pagar imediatamente;
LOCAL DO PAGAMENTO – considerado o domicílio do sacado; 
INEFICÁCIA DA LETRA DE CÂMBIO: na ausência de algum requisito de validade, fica caracterizada a falta de vigor cambiário, ou seja, a letra de câmbio deixa de ser um título de crédito extrajudicial. 
SAQUE: ato no qual o sacador/emitente preenche a letra de câmbio. Alguns doutrinadores dividem o ato em duas etapas: 
Criação: preenchimento pelo sacador;
Emissão: entrega da letra de câmbio para o beneficiário;
MODALIDADES DE LETRA DE CÂMBIO
COM DATA CERTA – possui previsão com data expressa do vencimento;
A CERTO TERMO DE DATA – tem uma previsão de período de tempo (dia/mês/ano) que vai ser contado a partir da data de emissão;
À VISTA – vence no ato da apresentação;
A CERTO TERMO DE VISTA – possui um período de tempo (dia/mês/ano) contado a partir da data de aceite do sacado;
ENDOSSO
CONCEITO: é uma assinatura que tem a função de estabelecer a circulação da letra de câmbio.
ENDOSSANTE: aquele que transfere a letra de câmbio via endosso, se tornando um coobrigado cambiário.
ENDOSSATÁRIO: aquele que recebe a letra de câmbio via endosso, assumindo a posição de credor.
ESPÉCIES:
EM PRETO – quando o endossante indica o nome do endossatário.
EM BRANCO – quando o endossante não indica o nome do endossatário.
ENDOSSO x TRADIÇÃO: ocorre quando o endosso é em branco, permitindo a circulação da letra de câmbio pela simples entrega manual (tradição).
ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: para a letra de câmbio circular através da cessão civil de crédito, deve ser inserida a cláusula não à ordem.
ENDOSSO PARCIAL: é nulo conforme previsão do art. 12 LUG.
EFEITOS:
TRANSFERÊNCIA DA LETRA DE CÂMBIO E DOS DIREITOS – relacionado à legitimidade do endossatário na posição de credor da letra de câmbio.
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE – se torne coobrigado (devedor) cambiário.
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO: a inserção da cláusula limita a responsabilidade do endossante até o seu endossatário (só o endossatário poderá cobrar do endossante que colocar essa cláusula), mas a letra de câmbio pode continuar circulando. 
SOLIDARIEDADE CIVIL x SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA: na solidariedade civil, o valor da obrigação é repartido entre o número de devedores solidários. Na solidariedade cambiária, todos devem a integralidade do valor.
PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS (art. 17 LUG): não é permitido alegar questões pessoais quanto à origem da obrigação
para justificar o não pagamento da letra de câmbio que circulou.
MODALIDADES DE ENDOSSO:
ENDOSSO MANDATO OU PROCURAÇÃO (art. 18 LUG) – o endossante transfere poderes ao endossatário para que ele atue em seu nome, inclusive para a efetivação da cobrança do título; 
ENDOSSO CAUÇÃO, GARANTIA OU PIGNORATÍCIO (art. 19 LUG) – o título de crédito é dado como penhor (garantia de coisa móvel) ao credor da dívida (endossatário);
ENDOSSO TARDIO OU PÓSTUMO (art. 20 LUG) – endosso realizado após o vencimento do título;
 
ACEITE
CONCEITO: é uma assinatura realizada pelo sacado ao concordar pagar a letra de câmbio.
EFEITO: transforma o sacado (aquele indicado para pagar) no devedor principal da letra de câmbio. 
APRESENTAÇÃO PARA ACEITE:
LEGITIMIDADE – do legítimo portador (credor).
PRAZOS
Letra de câmbio com data certa até o vencimento;
Letra de câmbio a certo termo de data até o vencimento;
Letra de câmbio à vista 1 ano da data de emissão;
Letra de câmbio a certo termo de vista 1 ano da data de emissão;
OBS.: inobservância do prazo determina a perda do direito de ação contra os coobrigados.
CLÁUSULA PROIBITIVA DA APRESENTAÇÃO OU CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL: tem a função de evitar o vencimento antecipado da letra de câmbio pela recusa do aceite. Com essa cláusula, a letra de câmbio só pode ser apresentada para aceite no dia de vencimento.
RESTITUIÇÃO DA LETRA DE CÂMBIO: deve ocorrer tão logo ocorra o aceite ou sua recusa. 
RECUSA DO ACEITE: ocasiona o vencimento antecipado da letra de câmbio, caracterizado pelo protesto por falta de aceite. 
OBS.: caso o sacado assine o aceite e, antes de restituir a letra de câmbio ao apresentante, risque sua assinatura, estará caracterizada a recusa do aceite.
IRRETRATABILIDADE DO ACEITE: o aceite não admite retratação (arrependimento). 
ACEITE QUALIFICADO:
SOB CONDIÇÃO – o sacado aceita sob a condição de pagar em data diferente. 
LIMITADO – o sacado aceite pagar parte do valor representado na letra de câmbio. Nesse caso, o valor não aceito é recusado e poderá ser cobrado antecipadamente. 
AVAL (≠ do aval cível)
CONCEITO: é uma assinatura que acrescenta mais coobrigados na letra de câmbio.
FUNÇÃO: garantia prestada em relação à obrigação contida na letra de câmbio.
AVALISTA: pessoa que fornece a garantia em favor de alguém. Toda pessoa que tenha capacidade civil e/ou comercial pode ser avalista.
AVALIZADO: pessoa que possui a sua obrigação garantida através de aval.
FORMAS DO AVAL:
EM PRETO – quando o avalista indica o nome do avalizado.
EM BRANCO – quando o avalista não indica o nome do avalizado. Nesse caso, a legislação indica o avalizado e, na letra de câmbio, a LUG estabelece que é o sacador. 
AVAL PARCIAL OU LIMITADO: é admitido pela LUG (diferente do que o Código Civil estabelece para os títulos de créditos civis). 
AVAL POSTERIOR AO VENCIMENTO: não tem validade como aval. Poderá ser considerado fiança, desde que cumpridos as exigências do Código Civil para o contrato de fiança. 
AVAL SIMULTÂNEO: quando um avalizado possui mais de um avalista.
AVAL SUCESSIVO: quando uma pessoa é avalista e avalizada concomitante (aval do aval). Ex: A é avalista de B e é avalizado por C. 
AVAL CAMBIÁRIO x AVAL CÍVEL: o aval cambiário não necessita de outorga uxória e pode ser parcial, diferente do aval cível. 
VENCIMENTO
CONCEITO: data na qual a obrigação representada na letra de câmbio deve ser cumprida.
TIPOS DE VENCIMENTO: 
ORDINÁRIO – quando a data estipulada é atingida, variando de acordo com a modalidade da letra de câmbio emitida.
EXTRAORDINÁRIO – quando o vencimento ocorre antes da data prevista. Pode ser ocasionado por duas situações: recusa do aceite e decretação de falência do aceitante (devedor principal). 
PAGAMENTO
CONCEITO: cumprimento da obrigação contida na letra de câmbio.
NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO: o portador legítimo tem a obrigação de apresentar a letra de câmbio para que o pagamento ocorra.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO: no dia do vencimento ou em dois dias da data de vencimento. A prorrogação desse prazo só ocorre excepcionalmente. 
ESPÉCIES DE PAGAMENTO: 
PAGAMENTO ANTECIPADO – pode ocorrer, mas não garante que a letra de câmbio não venha a ser cobrada novamente. 
PAGAMENTO NO VENCIMENTO – é o usual e, quando realizado pelo devedor principal, extingue a relação cambial. 
PAGAMENTO PARCIAL – somente se admite antes do vencimento da letra de câmbio.
EFEITOS DO PAGAMENTO:
EXTINTIVO – quando o pagamento é realizado pelo devedor principal.
RECUPERATÓRIO – quando o pagamento é realizado por um coobrigado cambiário. 
PROTESTO
CONCEITO: ato administrativo realizado perante cartório competente.
LEGISLAÇÃO: Lei 9492/97
FORMAS DE PROTESTO
POR FALTA DE ACEITE – para caracterizar o vencimento antecipado em razão da recusa do aceite.
POR FALTA DE DATA DE ACEITE – não é muito utilizado porque a legislação estabelece que, na ausência de data, se considera realizado no último dia possível, ou seja, um ano após a emissão.
POR FALTA DE PAGAMENTO – realizado, em regra, para assegurar o direito de ação contra os coobrigados (sacador, endossantes e respectivos avalistas). 
ESPÉCIES DE PROTESTO:
NECESSÁRIO – é o pré-requisito para o ingresso da ação cambial contra os coobrigados.
FACULTATIVO – realizado para constituir o devedor em mora, sendo um mecanismo administrativo de cobrança.
CLÁUSULA SEM PROTESTO OU SEM DESPESA: pode ser inserida na letra de câmbio e torna desnecessário o protesto para o ingresso da ação cambial contra os coobrigados.
SUSTAÇÃO DO PROTESTO: mecanismo judicial para tentar evitar que o protesto seja efetivado, visando assegurar obrigado cambiário de possível dano causado por protesto indevido. Ocorre antes da lavratura do protesto;
CANCELAMENTO DO PROTESTO: pode ser realizado, administrativamente, no cartório de protestos ou através de ação judicial. Ocorre depois da lavratura do protesto;
NOTA PROMISSÓRIA
CONCEITO: é uma declaração de promessa de pagamento realizada pelo emitente/devedor/sacador em favor do tomador/credor/beneficiário;
CARACTERÍSTICAS:
É um título extremamente formal (rigor cambiário) em decorrência do princípio da literalidade para assegurar a garantia do credor;
Ato unilateral de vontade de emissor;
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: art. 75 a 78 LUG
REQUISITOS DE VALIDADE:
DENOMINAÇÃO – é a chamada cláusula cambiária demonstrando sua natureza diversa dos demais títulos;
VALOR – em algarismos e por extenso;
NOME DO BENEFICIÁRIO – porque não é permitido no Brasil emitir título ao portador;
DATA DO SAQUE/EMISSÃO – porque ela é necessária para que se verifique a capacidade (civil e/ou empresarial) do sacador e, também, serve de referência para apresentar o título; 
ASSINATURA DO EMITENTE – tem força maior do que em outros títulos de crédito porque o emitente, ao assinar, se torna o devedor principal; 
ÉPOCA DO PAGAMENTO – indicação de quando o título vence. Quando não há data expressa, vence à vista;
LUGAR DO PAGAMENTO – quando não está expresso, é o domicílio do emitente;
LUGAR DE EMISSÃO – quando não está expresso, é o domicílio do emitente; 
NOTA PROMISSÓRIA A CERTO TERMO DE VISTA: exige que o portador apresente a nota promissória ao emitente/devedor para que esse dê um visto e, a partir desse momento, comece a contar o prazo de vencimento. O visto difere do aceite porque este representa o aceite do sacado em fazer o pagamento, já aquele serve apenas para iniciar a contagem do prazo;
SAQUE: ato no qual o sacador/emitente preenche a letra de câmbio. Alguns doutrinadores dividem o ato em duas etapas: 
Criação: preenchimento pelo sacador;
Emissão: entrega da letra de câmbio para o beneficiário;
ENDOSSO
CONCEITO: é uma assinatura que tem a função de estabelecer a circulação da letra de câmbio.
ENDOSSANTE: aquele que transfere a letra de câmbio via endosso, se tornando um coobrigado cambiário.
ENDOSSATÁRIO: aquele que recebe a letra de câmbio via endosso, assumindo a posição de credor.
ESPÉCIES:
EM PRETO – quando o endossante indica o nome do endossatário.
EM BRANCO
– quando o endossante não indica o nome do endossatário.
ENDOSSO x TRADIÇÃO: ocorre quando o endosso é em branco, permitindo a circulação da letra de câmbio pela simples entrega manual (tradição).
ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: para a letra de câmbio circular através da cessão civil de crédito, deve ser inserida a cláusula não à ordem.
ENDOSSO PARCIAL: é nulo conforme previsão do art. 12 LUG.
EFEITOS:
TRANSFERÊNCIA DA NOTA PROMISSÓRIA E DOS DIREITOS – relacionado à legitimidade do endossatário na posição de credor da nota promissória.
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE – se torne coobrigado (devedor) cambiário.
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO: a inserção da cláusula limita a responsabilidade do endossante até o seu endossatário (só o endossatário poderá cobrar do endossante que colocar essa cláusula), mas a nota promissória pode continuar circulando. 
SOLIDARIEDADE CIVIL x SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA: na solidariedade civil, o valor da obrigação é repartido entre o número de devedores solidários. Na solidariedade cambiária, todos devem a integralidade do valor.
PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS (art. 17 LUG): não é permitido alegar questões pessoais quanto à origem da obrigação para justificar o não pagamento da nota promissória que circulou.
MODALIDADES DE ENDOSSO:
ENDOSSO MANDATO OU PROCURAÇÃO (art. 18 LUG) – o endossante transfere poderes ao endossatário para que ele atue em seu nome, inclusive para a efetivação da cobrança do título; 
ENDOSSO CAUÇÃO, GARANTIA OU PIGNORATÍCIO (art. 19 LUG) – o título de crédito é dado como penhor (garantia de coisa móvel) ao credor da dívida (endossatário);
ENDOSSO TARDIO OU PÓSTUMO (art. 20 LUG) – endosso realizado após o vencimento do título;
 
AVAL (≠ do aval cível)
CONCEITO: é uma assinatura que acrescenta mais coobrigados na nota promissória.
FUNÇÃO: garantia prestada em relação à obrigação contida na nota promissória.
AVALISTA: pessoa que fornece a garantia em favor de alguém. Toda pessoa que tenha capacidade civil e/ou comercial pode ser avalista.
AVALIZADO: pessoa que possui a sua obrigação garantida através de aval.
FORMAS DO AVAL:
EM PRETO – quando o avalista indica o nome do avalizado.
EM BRANCO – quando o avalista não indica o nome do avalizado. Nesse caso, a legislação indica que é prestado em favor do sacador/emitente (avalizado).
AVAL PARCIAL OU LIMITADO: é admitido pela LUG (diferente do que o Código Civil estabelece para os títulos de créditos civis). 
AVAL POSTERIOR AO VENCIMENTO: não tem validade como aval. Poderá ser considerado fiança, desde que cumpridos as exigências do Código Civil para o contrato de fiança. 
AVAL SIMULTÂNEO: quando um avalizado possui mais de um avalista.
AVAL SUCESSIVO: quando uma pessoa é avalista e avalizada concomitante (aval do aval). Ex: A é avalista de B e é avalizado por C. 
AVAL CAMBIÁRIO x AVAL CÍVEL: o aval cambiário não necessita de outorga uxória e pode ser parcial, diferente do aval cível. 
VENCIMENTO
TIPOS DE VENCIMENTO: 
ORDINÁRIO – quando a data estipulada é atingida, variando de acordo com a modalidade da nota promissória emitida.
EXTRAORDINÁRIO – quando o vencimento ocorre antes da data prevista. Pode ser ocasionado por duas situações: recusa do aceite e decretação de falência do aceitante (devedor principal). 
PAGAMENTO
NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO: o portador legítimo tem a obrigação de apresentar a nota promissória para que o pagamento ocorra.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO: no dia do vencimento ou em dois dias da data de vencimento. A prorrogação desse prazo só ocorre excepcionalmente. 
ESPÉCIES DE PAGAMENTO: 
PAGAMENTO ANTECIPADO – pode ocorrer, mas não garante que a nota promissória não venha a ser cobrada novamente. 
PAGAMENTO NO VENCIMENTO – é o usual e, quando realizado pelo devedor principal, extingue a relação cambial. 
PAGAMENTO PARCIAL – somente se admite antes do vencimento da nota promissória.
EFEITOS DO PAGAMENTO:
EXTINTIVO – quando o pagamento é realizado pelo devedor principal.
RECUPERATÓRIO – quando o pagamento é realizado por um coobrigado cambiário. 
PROTESTO SOMENTE SE DARÁ POR FALTA DE PAGAMENTO – realizado, em regra, para assegurar o direito de ação contra os coobrigados (sacador, endossantes e respectivos avalistas). 
ESPÉCIES DE PROTESTO:
NECESSÁRIO – é o pré-requisito para o ingresso da ação cambial contra os coobrigados.
FACULTATIVO – realizado para constituir o devedor em mora, sendo um mecanismo administrativo de cobrança.
CLÁUSULA SEM PROTESTO OU SEM DESPESA: pode ser inserida na nota promissória e torna desnecessário o protesto para o ingresso da ação cambial contra os coobrigados.
SUSTAÇÃO DO PROTESTO: mecanismo judicial para tentar evitar que o protesto seja efetivado, visando assegurar obrigado cambiário de possível dano causado por protesto indevido. Ocorre antes da lavratura do protesto;
CANCELAMENTO DO PROTESTO: pode ser realizado, administrativamente, no cartório de protestos ou através de ação judicial. Ocorre depois da lavratura do protesto;
NOTA PROMISSÓRIA x VINCULAÇÃO AO CONTRATO: 
Pesquisar pode ocorrer a vinculação da nota promissória a contrato sem sua descaracterização como título de credito cambiário? 
CHEQUE
CONCEITO: ordem de pagamento à vista, direcionada ao sacado, que tem fundos disponíveis do emitente em seu poder. 
OBS.: o sacado sempre será uma instituição financeira.
CARACTERÍSTICAS:
É um título de crédito de modelo vinculado/padronizado. 
Necessita uma contratação prévia com a instituição financeira.
O devedor principal é o sacador porque é ele quem precisa disponibilizar fundos para que o sacado pague.
O endosso é permitido, nas mesmas condições da Letra de Câmbio (LUG).
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Lei 7.357/85 (Lei do cheque).
POSIÇÕES:
Emitente/sacador
Sacado (instituição financeira)
Tomador/beneficiário
REQUISITOS ESSENCIAIS (art. 1º da Lei do Cheque):
Palavra cheque inserida no texto;
Ordem incondicional de pagar quantia determinada (em algarismos e por extenso);
Nome do sacado, banco ou instituição financeira;
Nome do beneficiário (para cheques a partir de 100 reais);
Lugar do pagamento;
Data e lugar da emissão; 
OBS.: se houver erro na grafia, a lei autoriza que seja definido o último dia útil do mês. 
Assinatura do emitente;
OBS.: se a assinatura foi falsificada, a responsabilidade é do sacado, cabendo a ele o ônus da prova. 
OBS.: se o emitente morrer ou tornar-se incapaz, o cheque continua válido.
REQUISITOS SUPRÍVEIS (art. 2º Lei do Cheque):
Local de pagamento na falta de definição, considera-se o local de emissão;
Local de emissão na falta de definição, considera-se o domicílio do sacador;
ORDEM DE PAGAMENTO x ACEITE (art. 6º): não existe aceite no cheque. 
ENDOSSO
CONCEITO: é uma assinatura que tem a função de estabelecer a circulação do cheque.
ENDOSSANTE: aquele que transfere o cheque via endosso, se tornando um coobrigado cambiário.
ENDOSSATÁRIO: aquele que recebe o cheque via endosso, assumindo a posição de credor.
ESPÉCIES:
EM PRETO – quando o endossante indica o nome do endossatário.
EM BRANCO – quando o endossante não indica o nome do endossatário.
ENDOSSO x TRADIÇÃO: ocorre quando o endosso é em branco, permitindo a circulação do cheque pela simples entrega manual (tradição).
ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: para o cheque circular através da cessão civil de crédito, deve ser inserida a cláusula não à ordem.
ENDOSSO PARCIAL: é nulo conforme previsão do art. 12 LUG.
EFEITOS:
TRANSFERÊNCIA DA LETRA DE CÂMBIO E DOS DIREITOS – relacionado à legitimidade do endossatário na posição de credor do cheque.
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE – se torne coobrigado (devedor) cambiário.
CLÁUSULA PROIBITIVA DE NOVO ENDOSSO: a inserção da cláusula limita a responsabilidade do endossante até o seu endossatário (só o endossatário poderá cobrar do endossante que colocar essa cláusula), mas o cheque pode continuar circulando. 
SOLIDARIEDADE CIVIL x SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA: na solidariedade civil, o valor da obrigação é repartido entre o
número de devedores solidários. Na solidariedade cambiária, todos devem a integralidade do valor.
PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS (art. 17 LUG): não é permitido alegar questões pessoais quanto à origem da obrigação para justificar o não pagamento do cheque que circulou.
MODALIDADES DE ENDOSSO:
ENDOSSO MANDATO OU PROCURAÇÃO (art. 18 LUG) – o endossante transfere poderes ao endossatário para que ele atue em seu nome, inclusive para a efetivação da cobrança do título; 
ENDOSSO CAUÇÃO, GARANTIA OU PIGNORATÍCIO (art. 19 LUG) – o título de crédito é dado como penhor (garantia de coisa móvel) ao credor da dívida (endossatário);
ENDOSSO TARDIO OU PÓSTUMO (art. 20 LUG) – endosso realizado após o vencimento do título;
 
AVAL:
Pode ser prestado ao sacador, ao beneficiário ou ao endossante (em caso de circulação);
OBS.: não pode ser prestado ao sacado.
Se não houver indicação de quem foi avalizado, considera-se que o aval foi dado em favor do emitente;
Os avais em branco são considerados simultâneos e o avalista que pagar tem ação regressiva contra os demais. 
MODALIDADES DE CHEQUE 
CHEQUE VISADO (art. 7º Lei do Cheque):  cheque (nominal e não endossado ainda) em que o banco emitente certifica, durante o prazo de apresentação, que a conta do pagamento tem saldo suficiente para pagar o cheque no momento em que é aposto o visto. Se extrapolado o prazo, o cheque perde a garantia e volta a ser comum.
CHEQUE CRUZADO (art. 44 Lei do Cheque): é aquele que possui dois traços paralelos na frente significando que não pode ser sacado no caixa, somente depositado em conta. Pode ser indicado, entre as linhas, o nome do banco a ser feito o depósito (cruzamento especial) ou não (cruzamento geral). O cheque cruzado pode ser nominal, quando, entre as linhas, é indicado o nome do dono da conta a ser depositada. 
CHEQUE CREDITADO EM CONTA (art. 46 Lei do Cheque): é aquele que possui a cláusula “para ser creditado em conta” a qual proíbe que o cheque seja sacado no caixa. Possui a mesma função do cheque cruzado.
CHEQUE ADMINISTRATIVO (art. 9º II Lei do Cheque): é aquele que o próprio banco emite em favor de terceiro (emitente = sacado) e, no ato da solicitação, já desconta o valor a ser pago da conta do cliente, garantindo que o cheque possui fundos. Precisa ser nominativo para configurar cheque administrativo. Nesse caso, o cheque deixa de ser uma ordem de pagamento e se transforma em promessa de pagamento. 
CHEQUE PRÉ DATADO: a data lançada no cheque é anterior à data real de emissão. Não possui função nenhuma. 
CHEQUE PÓS DATADO (chamado de pré datado): a data lançado no cheque é posterior à data real de emissão. O emitente não possui nenhuma garantia de que o beneficiário descontará o cheque apenas na data compactuada. Nesse caso, o cheque passa a ser promessa de pagamento. 
APRESENTAÇÃO E PAGAMENTO:
Prazo de apresentação
Mesma praça (local de emissão = local de pagamento) 30 dias da emissão;
Praça ≠ (local de emissão ≠ local de pagamento) 60 dias da emissão;
Caso o portador não apresente o cheque dentro do prazo, não poderá executar o emitente se este teve fundos disponíveis durante o prazo e deixou de tê-los depois por motivo alheio a ele. 
O cheque não poderá ser pago se apresentado após o prazo de prescrição;
Se dois ou mais cheques forem apresentados simultaneamente e não haver fundos para o pagamento de ambos, será pago aquele que possuir a data de emissão mais antiga;
SUSTAÇÃO DO CHEQUE: é uma maneira de tirar a validade do documento emitido como forma de pagamento.
CONTRA-ORDEM OU REVOGAÇÃO (art. 35 Lei do Cheque): só pode ser realizada pelo emitente do cheque e só produz efeitos após o prazo de apresentação;
OPOSIÇÃO (art. 36 Lei do Cheque): pode ser realizada pelo emitente ou pelo beneficiário e produz efeitos imediatos. 
PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DE EXECUÇÃO (art. 59 Lei do Cheque): 6 meses contados a partir do término do prazo de apresentação (30 ou 60 dias).
AÇÃO POR FALTA DE PAGAMENTO (art. 47 Lei do Cheque)
O portador pode executar os coobrigados antes da prescrição do cheque.
Não precisa de protesto.
Somente precisará de protesto para pedido de falência;
AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO (art. 61 Lei do Cheque):
Prazo prescricional 2 anos após a prescrição da ação por falta de pagamento;
Pode ser direcionada ao emitente e os demais coobrigados (endossantes e avalistas);
Precisa de prova do prejuízo causado pelo não pagamento do cheque;
PROTESTO: o protesto por falta de pagamento só é obrigatório quando for utilizado para requerer pedido de falência.
DUPLICATA MERCANTIL
CONCEITO: É um título de crédito que representa um crédito derivado de um contrato de compra e venda mercantil a prazo ou de prestação de serviços. O vendedor (sacador/emitente) emite a duplicata contra o comprador (sacado) que, mediante aceite, reconhece a dívida líquida e certa e promete pagá-la. 
POSIÇÕES:
Emitente/sacador = vendedor;
Sacado = comprador;
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Lei da Duplicata e LUG.
REQUISITOS:
A denominação duplicata;
A data da emissão; 
O número de ordem; 
O número da fatura correspondente; 
A data do vencimento ou a declaração de que é à vista; 
Nome e domicílio do vendedor e do comprador;
A importância a pagar, em algarismos e por extenso; 
O lugar de pagamento; 
A declaração de reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial; 
A assinatura do emitente
CARACTERÍSTICAS:
É um título causal porque nele precisa estar descrita a causa de emissão (o número da fatura extraída do respectivo contrato de compra e venda mercantil a prazo ou de prestação de serviços), mas se torna abstrato quando endossado e o portador não pode opor ao devedor as exceções que oporia ao credor originário;
A duplicata emitida sem o número da fatura é irregular e considerada crime;
 A extração da fatura é obrigatória em todos os contratos de compra e venda mercantil com prazo igual ou maior que 30 dias, enquanto a emissão da duplicata é facultativa;
A partir de uma fatura podemos ter várias duplicatas. Mas, uma duplicata não pode estar vinculada a mais de uma fatura concomitantemente;
Para os empresários que emitem duplicatas é obrigatório o Livro de Registro de Duplicatas, pois a falta do mesmo enseja crime falimentar;
Atualmente se utiliza a duplicata virtual;
MODALIDADES DE VENCIMENTO:
DUPLICATA COM DIA CERTO: necessita do aceite
DUPLICATA À VISTA: dispensa o aceite
ACEITE:
É obrigatório O sacado é obrigado cambial independente do aceite, salvo nas escusas legais; 
Não se admite aceite parcial porque o valor da duplicata equivale ao da compra e venda/prestação de serviços;
Prazo para a manifestação, ou não, do aceite e devolução da duplicata 10 dias do recebimento (apresentação);
OBS.: havendo concordância, o sacado poderá reter a duplicata até o vencimento, desde que comunique por escrito o aceite e a retenção. Nesse caso, se não houver pagamento, esta comunicação substituirá o título no ato do protesto e na execução judicial.
Escusas legais: 
Duplicata mercantil
Avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados;
Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Duplicata de prestação de serviços
Não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
Vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados; 
Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Espécies de aceite:
ORDINÁRIO – assinatura do devedor no inferior, lado esquerdo, do título. 
OBS.: Não é admitido na duplicata que utiliza meio magnético.
PRESUMIDO – quando o comprador recebe as mercadorias sem fazer qualquer oposição. 
POR COMUNICAÇÃO – quando o comprador retém o título e comunica a retenção e o aceite.
AVAL:
ENDOSSO: 
APRESENTAÇÃO (art. 6º Lei de Duplicata): 
DIRETA: feita ao sacado pelo próprio sacador. Prazo
30 dias da data de emissão;
INDIRETA: feita ao sacado por representante do sacador (geralmente, bancos) através de endosso-mandato. Prazo 10 dias a contar do recebimento para tal.
PAGAMENTO:
Pode ocorrer antes do aceite ou do vencimento, desde que seja de boa-fé;
Quando a duplicata não tiver circulado, o recibo valerá como prova do pagamento;
Se a duplicata tiver circulado, o pagamento só poderá ser provada pela entrega do título ao sacador;
PROTESTO:
Prazo 30 dias, contados do vencimento;
OBS.: se não for feito nesse prazo, se extingue o direito de propor a ação cambial;
Local mesmo local do pagamento;
Espécies:
Por falta de aceite – necessita do título e do comprovante de recebimento das mercadorias;
Por falta de devolução – ocorre quando não há concordância do sacador e, mesmo assim, o sacado retém a duplicata;
Por falta de pagamento – só poderá ser realizado após o vencimento do título;
AÇÃO CAMBIAL: 
Regra para propor ação de execução o credor deverá apresentar a duplicata aceita ou, se não aceita, acompanhada do instrumento de protesto e de documento que comprove a entrega e o recebimento da mercadoria.
Exceção: duplicata sema aceite bastam o protesto e o comprovante da entrega de mercadorias para servir de base para a ação executiva.
Prazos prescricionais:
Do sacador contra o sacado e seus avalistas 3 anos, contados do vencimento;
Do sacador contra os demais coobrigados 1 ano, contado do protesto;
Dos coobrigados, entre si 1 ano, contado do pagamento;
TRIPLICATA: 2ª via da duplicata emitida quando ocorrer a perda ou extravio da duplicata. Se a duplicata já tiver circulado, será cabível a ação de anulação.
TÍTULOS IMPRÓPRIOS
CARCTERÍSTICAS:
Não reúnem todas as características dos títulos de crédito próprios;
Podem representar operações de crédito, mas também podem representar bens, documentos de financiamento ou documentos que legitimam os portadores à execução de determinados direitos;
São causais, pois são aqueles que estão vinculados a uma causa;
ESPÉCIES:
TÍTULOS DE LEGITIMAÇÃO 
Conferem ao portador a prestação de serviços, participação em agremiações e o ingresso em eventos destinados a pagantes.
Não são suscetíveis de circulação via endosso, apenas conferem espécie de crédito ao portador, não sendo títulos executivos;
Exemplo: passagem aérea, ingressos, etc.
TÍTULOS REPRESENTATIVOS/ DE TRADIÇÃO
Servem de instrumento representativo de mercadorias e outros bens, os quais estão custodiados;
Através destes títulos, incorpora-se ao documento representativo um direito sobre a coisa. Proprietário do bem é quem detém o título, podendo ser negociado e, neste caso, devendo ocorrer a entrega do bem, juntamente com o título.
DE MERCADORIAS DEPOSITADAS: São títulos emitidos por quem está guardando as mercadorias, a pedido do depositante. Só tem a propriedade das mercadorias aquele que estiver na posse o conhecimento de depósito e o warrant (espécie de penhor);
DE MERCADORIAS TRANSPORTADAS: representam as mercadorias que estão em trânsito. São emitidos pela empresa transportadora e servem para provar o recebimento da mercadoria e a obrigação de realizar a entrega no local do destino. 
TÍTULOS DE FINANCIAMENTO: são títulos que representam crédito concedido por instituições financeiras
AÇÃO CAMBIAL: é a ação destinada à cobrança dos títulos de crédito, sendo regulada pelo CPC (ação de execução por quantia certa);
ESPÉCIES:
DIRETA – quando proposta contra devedor principal ou seu avalista;
INDIRETA – quando proposta contra os demais coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas). OBS.: Nesta modalidade, em regra geral o protesto por falta de pagamento é requisito para o ingresso da ação. Apenas não sendo exigido se a NP possuir a cláusula sem protesto ou sem despesas.
PROCEDIMENTO: O devedor é citado para pagar. Não ocorrendo o pagamento, será realiza a penhora, a partir da penhora os bens garantem o pagamento do devido crédito; não ocorrendo o pagamento, os bens são vendidos judicialmente e o produto da venda serve para liquidação do débito
OBRIGAÇÕES E CONTRATOS EMPRESARIAIS
UNIFICAÇÃO LEGISLATIVA DO DIREITO OBRIGACIONAL (a partir do código civil de 2002)
Obrigação: toda consequência que é atribuída a determinado fato.
As obrigações podem ser decorrentes da lei (obrigações legais) ou de contratos (obrigações convencionais);
As obrigações decorrentes de contratos empresariais são todas obrigações convencionais;
ESPECIALIZAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS: embora o direito obrigacional tenha sido unificado, ainda, é possível diferenciar as obrigações cíveis e empresariais. As obrigações empresariais estão relacionadas com o desenvolvimento da atividade empresarial, sendo decorrentes da legislação empresarial e/ou contratos empresariais.
CONTRATOS EMPRESARIAIS
Conceito de contrato: acordo de vontade entre as partes que tem como objetivo criar, modificar ou extinguir direitos e/ou obrigações. 
Especificidades dos contratos empresariais:
Necessidade de duas ou mais pessoas;
Encontro de vontades/interesses;
Fundamento: vontade das partes, atuantes conforme a lei.
Efeitos: criar, modificar ou extinguir direitos e/ou obrigações
Contratos empresariais partes = empresários;
Fundamento legal: art. 421 CC e seguintes;
Importância para o direito empresarial os contratos são a principal fonte de obrigações empresariais
Requisitos de validade dos contratos empresariais:
Capacidade das partes (civil e empresária) – a manifestação de vontade válida exige partes capazes e ausência de vícios;
Objeto lícito;
Forma prescrita ou não defesa em lei;
PRINCÍPIOS (mais importantes para os contratos empresariais)
Princípio da liberdade de contratar (art. 421 CC): a manifestação de vontade das partes não pode ser viciada;
Princípio da boa-fé objetiva (art. 422 CC): abre possibilidade de revisão de cláusulas contratuais nos casos em que há cláusula abusiva e posterior nulidade delas;
Princípio da interpretação favorável ao aderente (para contratos de adesão) (art. 423 CC): existe porque o aderente é considerado a parte mais fraca do contrato, uma vez que não tem muito poder de modificar as cláusulas contratuais, apenas adere ao contrato ou não;
Princípio da nulidade de cláusulas (art. 424 CC): cláusulas abusivas são nulas de pleno direito;
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS
Constituição do vínculo contratual se dá baseada no consensualismo (acordo de vontades) e na relatividade (efeito inter partes);
Fases da contratação:
Pré-contratual – envolve a oferta de bens e/ou serviços juntamente com as negociações preliminares;
Contratação – fase em que é manifestada à vontade entre os contratantes e é estabelecido o vínculo contratual;
Pós contratual – fase de execução do contrato, ou seja, dos direitos e obrigações previstos nele;
Força obrigatória dos contratos pode ser relativizada e permitir a revisão de cláusulas contratuais abusivas;
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
Quanto às partes:
Públicos 
Privados 
Quanto aos efeitos produzidos:
Unilaterais 
Bilaterais/sinalagmáticos 
Quanto à oneração:
Onerosos
Gratuitos 
Quanto ao aperfeiçoamento:
Consensuais
Reais
Quanto à forma:
Solenes
Não solenes
Quanto à existência:
Principais 
Acessórios
Quanto à matéria:
Civis 
Empresariais 
De consumo 
Administrativos 
Trabalhistas 
Quanto à previsão legal:
Típicos/nominados
Atípicos/inominados
Quanto ao estabelecimento das cláusulas:
Paritário 
De adesão 
Quanto à qualidade das partes:
Contratos civis (C2C) – consumidor x consumidor
Contratos de consumo (B2C) – empresário x consumidor
Contratos empresariais (B2B) – empresário x empresário
CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICA DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS:
De colaboração: envolvem parcerias entre empresários;
De logística: envolvem o armazenamento/transporte/distribuição de mercadorias;
Bancários: envolvem recursos financeiros; 
Próprios – envolvem intermediação específica de recursos financeiros;
Impróprios – não envolvem intermediação direta de recursos financeiros.
Ex: alienação fiduciária, contrato de cartão de crédito;
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS
Resilição decorre da vontade das partes;
Unilateral: necessita de previsão contratual específica e o instrumento pelo qual ocorre é chamado denúncia;
Bilateral: é formalizada por distrato;
Resolução: resulta da inexecução das obrigações contratuais;
Resolução por onerosidade excessiva: art. 478 a 480 CC;
Exceção de contrato não cumprido: art. 476 e 477 CC;
CONTRATOS ELETRÔNICOS
COMÉRCIO ELETRÔNICO: circulação de bens e/ou serviços, profissionalmente, de forma a obter lucro, realizada através da internet. Comércio é a própria atividade empresarial e eletrônico é o meio utilizado para efetiva-lo.
CONTRATO ELETRÔNICO: acordo de vontades que visa criar, modificar ou extinguir direitos/obrigações estabelecido utilizando o meio eletrônico (internet). Não é uma modalidade de contrato e sim o meio pelo qual o acordo de vontades se dá.
OBS.: termos de uso + política de privacidade documentos essenciais na utilização do comércio eletrônico;
REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO ELETRÔNICO: 
Capacidade das partes;
Objeto lícito;
Forma prescrita ou não defesa em lei;
PRINCÍPIOS DA CONTRATAÇÃO ELETRÔNICA: 
Princípio da identificação – as partes devem ser individualizadas;
Princípio da autenticação – via assinatura eletrônica ou certificação judicial;
Princípio da verificação – no sentido do armazenamento do contrato para análises posteriores;
Princípio da privacidade – sigilo das informações prestadas e do banco de dados;
Princípio da equivalência funcional dos contratos eletrônicos com os tradicionais – com as devidas adaptações para o instrumento de formalização contratual;
Princípio da boa-fé objetiva – relacionado à possibilidade de se revisar as cláusulas contrárias à boa-fé;
ASSINATURA DIGITAL: é uma modalidade de assinatura eletrônica que associa um certificado digital ao documento eletrônico que está sendo assinado, identificando assim seu emissor. É formada por uma chave privada, de conhecimento exclusivo do signatário e serve para garantir sua identidade, e uma pública que é usada por terceiros para a conferência da assinatura.
CERTIFICADO DIGITAL: é a carteira de identidade do mundo virtual, usado para ligar uma entidade a uma chave pública proporcionando uma identificação segura de pessoas e empresas na internet. 
ESPÉCIES DE CONTRATOS ELETRÔNICOS (todos são atípicos e não solenes, se diferenciam apenas pelas partes contratantes):
Intersistêmicos – utilizado por empresas em relações comerciais de atacado, é aquele que se dá através de rede de dados fechada (extranet) o qual possibilita a troca de informações entre diferentes computadores, ou seja, uma empresa faz o pedido de determinada mercadoria para seu fornecedor o qual também está conectado, dispensando assim a mão de obra humana.
Interpessoais – necessita sempre de mão de obra humana, são transações comerciais feitas através de e-mails, chats, videoconferências, tanto no momento da proposta quanto no do aceite.
Interativos – são aqueles nos quais a comunicação entre as partes é obtida por meio de interação entre uma pessoa e um sistema previamente programado e caracteriza-se pela existência de cláusulas pré-estabelecidas pelo fornecedor. 
CONTRATOS EM ESPÉCIE
COMPRA E VENDA MERCANTIL
Conceito: contrato no qual um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa e o outro a pagar certa quantia em dinheiro;
Requisitos:
Partes empresários;
Objeto insumo (bem destinado a revenda);
Classificação:
Bilateral ambas as partes assumem obrigações;
Consensual ou não solene independem de forma especial, basta que haja consentimento das partes contratantes;
Oneroso ambas as partes auferem vantagem;
Elementos:
Consentimento exige-se capacidade civil e empresarial;
Preço determinado ou determinável;
Coisa insumo;
A venda pode se dar com o uso de:
AMOSTRAS – fragmento ou porção do que se pretende vender;
PROTÓTIPO – exemplar do bem a ser alienado;
MODELO – objeto em pequena escala;
Venda de bem imaterial CESSÃO.
Venda de objeto futuro venda sob encomenda.
O dever de entregar o bem só surge a partir do pagamento do preço integral;
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MERCANTIS
Conceito: contrato que tem como objeto o desempenho de um serviço material ou imaterial, mediante remuneração;
Partes empresários;
Quando o serviço prestado for de natureza trabalhista prestador = pessoa física;
Classificação:
Bilateral;
Oneroso;
Consensual ou não solene;
Comutativo É aquele marcado por um equilíbrio, ambas as partes têm a certeza de que poderão cumprir com as prestações que lhes cabem.
Pode ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos;
Remuneração (em dinheiro) pode ser fixada pelas partes ou por arbitramento;
Não pode ter prazo superior a 4 anos após 4 anos, o contrato é extinto, independente, do serviço ter sido cumprido ou não;
Formas naturais de extinção:
Pelo decurso do prazo;
Conclusão do serviço;
Morte das partes dissolução do contrato;
CONTRATOS BANCÁRIOS
Instituições financeiras pessoas jurídicas públicas ou privadas que possuem atividade de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda corrente nacional ou estrangeira;
Operações bancárias serviços que o banco disponibiliza:
Atípicas ou acessórias – relacionadas a prestação de serviços correlatos, envolvendo o cumprimento de obrigações pecuniárias.
Típicas ou exclusivas – envolvem atividade exclusiva de banco (intermediação de recursos financeiros);
Passiva – relacionada à captação de dinheiro e corresponde a obrigações nas quais o banco figura na qualidade de devedor. 
Ativa – relacionada ao fornecimento de recursos monetários e corresponde a obrigações nas quais os bancos figuram na qualidade de credores.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO: contrato bancário típico de operação ativa, mediante o qual o banco disponibiliza determinado valor monetário ao cliente que poderá ou não o utilizar.
 Similar a um empréstimo pré-aprovado pelo banco;
O cliente só pagará juros caso use o valor;
Conhecido como “cheque especial”;
Pode ter garantias reais (penhor, hipoteca) ou garantias fidejussórias (aval, fiança);
O crédito não pode ser cobrado via ação de execução (execução de título executivo):
Súmula STJ o contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta corrente, não é título executivo porque este precisa ser líquido, certo e exigível e o contrato de abertura de crédito não é porque traz em si obrigações ao cliente (pagar juros, eventuais comissões e despesas) que não são líquidas, visto que o contrato assinado pelo cliente não traz o valor usado de fato, mas o limite até o qual o banco se obrigava a completar eventuais saques para os quais os fundos existentes em conta não fossem suficientes.
Súmula STJ estabelece que a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não pode motivar ação de execução porque está “contaminada” com a iliquidez do contrato. 
A única maneira de cobrar o crédito é via ação monitória (execução de documento que não é título executivo), mediante a apresentação do contrato de abertura de crédito e extrato. 
CONTRATO DE DEPÓSITO: contrato bancário típico de operação passiva, mediante o qual uma pessoa entrega valores monetários a um banco, o qual poderá fazer uso dos valores em suas operações de crédito. 
Classificação:
Contrato real necessita da entrega efetiva do dinheiro ao banco;
O depositante pode resgatar, unilateralmente, o objeto do contrato;
CONTRATO DE CONTA CORRENTE: contrato bancário típico de operação passiva, mediante o qual o banco obriga-se a receber valores monetários e realizar operações por ordem do correntista com os referidos recursos. 
O dinheiro fica à disposição do correntista para ser sacado a qualquer momento;
Todas as operações devem ser autorizadas pelo correntista;
Não gera rendimentos;
CONTRATO DE POUPANÇA: contrato no qual se admite que os valores depositados
possam ser objeto de mútuo concedido pelo banco para outros clientes.
Spread bancário lucro proveniente da diferença entre os juros cobrados no mútuo e os juros pagos na remuneração da poupança;
Gera rendimentos se ficar à disposição do banco durante mais de 30 dias;
CONTRATO DE MÚTUO (empréstimo): contrato bancário típico de operação ativa, mediante o qual o banco empresta quantia em dinheiro para o cliente;
Classificação:
Contrato real necessita da entrega efetiva do dinheiro ao cliente;
Contrato solene apenas quando houver hipoteca;
Objeto do contrato = bem fungível (dinheiro);
Obrigações do mutuário (quem recebe) restituir o valor com correção monetária, juros, comissões e demais taxas nos prazos estabelecidos;
CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA OU PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA: contrato através do qual um devedor, para garantir o pagamento de uma dívida, transmite ao credor a propriedade de um bem, retendo-lhe a posse direta, mediante a condição resolutiva de saldá-la.
Classificação:
Bilateral;
Oneroso;
Real exige a transferência efetiva do domínio.
Permite a aquisição de bens móveis ou imóveis mediante financiamento, para pagamento parcelado, tendo como garantia o bem objeto do contrato;
Partes:
Credor fiduciário recebe a propriedade de um bem em garantia ao pagamento dos valores emprestados, possui a posse indireta do bem alienado e domínio (vínculo legal) resolúvel. 
Devedor fiduciário parte que recebe os valores e aliena a propriedade de um bem como garantia do cumprimento das obrigações, possui a posse direta e é mero depositário (assume a guarda) do bem objeto do contrato
OBS.: súmula vinculante proíbe a prisão de depositário infiel;
Inadimplemento autoriza o ingresso de ação judicial de busca e apreensão, para vender o bem móvel a terceiros e receber o valor emprestado;
	DIFERENÇAS ENTRE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA E OUTRAS GARANTIAS
	Alienação fiduciária é o devedor-fiduciário quem pode reaver o bem e não o fornecedor dele.
	Retrovenda é o fornecedor quem pode reaver o bem.
	Alienação fiduciária:
O devedor-fiduciário tem a posse direta, mas a propriedade do bem é do credor-fiduciário. 
Admite-se alienação fiduciária de bens móveis e imóveis. 
Venda sob condição resolutiva o pagamento extingue os efeitos do negócio jurídico (a propriedade deixa de ser do credor e passa a ser do devedor). 
	Venda com reserva de domínio:
A propriedade da coisa não é transferida para o comprador até que o preço integral seja pago, apenas é transferida a posse direta. 
Somente é admitida na venda de bens móveis.
Venda sob condição suspensiva o pagamento dá início aos efeitos do negócio jurídico (transferência da propriedade ao comprador).
ARRENDAMENTO MERCANTIL
Conceito: contrato de locação caracterizado pela faculdade conferida ao locatário de, ao término, optar pela aquisição do bem locado.
Partes:
ARRENDADOR/ARRENDANTE: é a pessoa jurídica que adquire o bem do fornecedor e arrenda para o arrendatário. Precisa ser instituição financeira ou sociedade de leasing;
ARRENDATÁRIO: quem recebe e usufrui do bem arrendado. Pode ser pessoa física ou jurídica;
FORNECEDOR: fornece o objeto/bem;
Procedimento: 
Ao invés de adquirir a propriedade do bem, pagando-o com recursos próprios ou por meio de financiamento, o arrendatário contrata com o arrendador a aquisição, por esta, do bem desejado;
O arrendador, proprietário do bem, dá este em locação, por prazo determinado, ao arrendatário;
Após o encerramento do prazo, o arrendatário pode devolver o bem ou compra-lo, pagando o preço residual (os aluguéis pagos são abatidos do preço final).
Legislação aplicável: Lei n° 6.099/74 e Resolução do Banco Central n° 2.309/96.
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Bancário;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa.
Formal tem forma especial determinada em lei.
Prazo mínimo = 3 anos;
OBS.: no caso de arrendamento de carros, pode ser diminuído para 2 anos.
Súmula STJ ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora;
Espécies:
LEASING FINANCEIRO:
Pressupõe a intermediação de uma sociedade de Leasing;
Típica operação de financiamento;
Agrega às parcelas pagas a título de locação um valor correspondente a uma antecipação para a aquisição do bem ao final do contrato (VGR – valor residual garantido), tornado a aquisição do bem mais viável no final do prazo;
OBS.: caso o arrendatário opte por não adquirir o bem, o arrendador fica obrigado a restituir os valores pagos a título de antecipação.
Súmula STJ a cobrança antecipada do valor residual garantido não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil;
Distrato (resilição unilateral) + devolução do bem o arrendador alienará o bem em leilão e ficara com o valor.
OBS.: se o valor da venda não cobrir o valor das parcelas, o arrendatário deverá complementar o valor restante.
LEASING BACK:
O dono do bem vende-o para a arrendadora e aluga-o de volta;
Permite ao empresário transformar o ativo imobilizado (dinheiro parado) em capital de giro (dinheiro disponível);
LEASING OPERACIONAL:
EXCEÇÃO não é contrato bancário porque não tem instituição financeira intermediando;
O arrendador é o próprio fabricante do bem e se compromete a prestar assistência técnica ao arrendatário, fornecer treinamentos, reparar possíveis defeitos, realizar manutenções periódicas, além de assumir os riscos de obsolescência no mercado;
Não pode haver valor residual garantido nas parcelas do aluguel.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO
Legislação aplicável: Resolução 3.919/2010 do Bacen.
Partes:
EMISSORA DO CARTÃO pessoa jurídica que se obriga ao pagamento do crédito concedido ao titular do cartão perante terceiro credenciado;
TITULAR DO CARTÃO pessoa física ou jurídica credenciada pela empresa emissora, mediante o pagamento de taxa anual, que adquire bens ou serviços do fornecedor; 
TERCEIRO CREDENCIADO terceiro filiado à empresa emissora que vende produtos ou presta serviços ao titular do cartão, recebendo daquela o respectivo valor;
Obrigações:
Administradora perante o titular do cartão prestar serviço de caixa e garantir o pagamento das faturas dentro do limite de crédito estipulado.
Administradora perante o terceiro credenciado efetuar o pagamento das faturas até o limite do titular.
Terceiro credenciado perante a administradora não recusar o cartão de crédito e conceder o mesmo preço aos portadores de cartão.
Características:
Contrato inominado abertura de crédito + prestação de serviços;
Geralmente utiliza a técnica de adesão;
Súmula STJ os juros relativos ao financiamento nas operações com cartão de crédito não são considerados no cálculo do ICMS, apenas o valor da mercadoria.
Súmula STJ as empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras e, por isso, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as limitações da Lei de Usura (juros máximo = 12% ao ano);
CONTRATO DE SHOPPING CENTER (LOCAÇÃO COMERCIAL)
SHOPPING CENTER: empreendimentos com área bruta locável, normalmente, superior a 5 mil m², formados por diversas unidades comerciais, com administração única e centralizada, que pratica aluguel fixo e percentual.
Conceito: contrato através do qual ocorre um acordo para exploração de atividades compra e venda de produtos ou serviços;
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes; 
Atípico;
Legislação aplicável: Lei 8.245/91 + Regimento Interno do Shopping Center (normas gerais sobre a locação, administração, funcionamento, fiscalização e outras e a participação na associação de lojistas);
Obrigações do lojista:
Pagamento do res esperata/direito de reserva (“luvas”) retribuição ao empreendedor pela cessão do fundo de comércio (conjunto de bens corpóreos ou incorpóreos que facilitam o exercício da atividade
mercantil);
Pagamento de um aluguel fixo;
Pagamento de aluguel percentual/variável consitui % sobre o valor do faturamento;
Pagamento do fundo promocional valor pago ao shopping center para ser utilizado na execução de campanhas publicitárias;
Possibilidade de previsão do “13º aluguel” – pagamento em dobro do aluguel no mês de dezembro;
Obrigações do shopping center:
Realizar obras de reformas ou melhorias que sejam interessantes à estrutura integral do imóvel;
Realizar a manutenção do local;
Realizar obras ou substituições de equipamentos que determinem alteração do projeto original;
Trespasse contrato de alienação ou transferência/cessão do estabelecimento empresarial;
Possibilidade de renovação compulsória do contrato ação renovatória;
Formação do shopping center:
Lojas Âncoras – grandes lojas que atraem clientela;
Lojas Satélites;
Tenant-mix distribuição planejada das lojas, conforme o segmento o ramo, de maneira a otimizar a rentabilidade;
Escritura Declaratória de Normas Gerais composta por:
Normas Gerais Complementares;
Regimento Interno;
Estatuto da Associação de lojistas;
Cláusulas importantes:
Cláusula de Prerrogativa da fiscalização do faturamento das lojas para evitar que ocorra sonegação e tentativa de diminuição do valor do aluguel variável/percentual;
Cláusula de Raio o lojista não pode exercer a mesma atividade em outro estabelecimento, dentro de um raio de distância pré-determinado no contrato;
Cláusula de Imutabilidade do ramo comercial o lojista não pode mudar o ramo comercial porque modificaria o tenant-mix;
Cláusula de res sperata lojista paga retribuição ao empreendedor pela cessão do fundo de comércio (conjunto de bens corpóreos ou incorpóreos que facilitam o exercício da atividade mercantil);
CONTRATO DE KNOW-HOW OU DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
TECNOLOGIA: conhecimento de um determinado processo, que pode ser utilizado na produção de um determinado bem, possuindo valor econômico.
Conceito: contrato que envolve o compartilhamento de certos conhecimentos técnicos exclusivos, empregados na produção e comercialização de bens. 
OBS.: abrange a prestação de assistência técnica necessária que possibilita a fruição completa do ‘Know-how’;
Não possui legislação específica aplica-se o Ato Normativo n° 15/1975 do INPI;
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa.
Personalíssimo (Intuito personae) contratos que são realizados levando-se em consideração a pessoa da parte contratada, ou seja, só ele pode executar a obrigação;
Autônomo mas pode ser utilizado de forma conjunta com outras modalidades de contratações;
Partes:
Transmitente pessoa física ou jurídica que realizou a descoberta ou é possuidor de conhecimentos técnicos originais;
Licenciado pessoa física ou jurídica que recebe o direito de uso do ‘know-how’ mediante pagamento de determinado valor econômico;
Espécies:
Cessão de know-how definitiva;
OBS.: o cessionário só poderá transmitir a terceiro se houver anuência do cedente;
Licença de know-how temporária e a utilização é interrompida com o fim do prazo;
KNOW-HOW ≠ SEGREDO INDUSTRIAL o know-how não, necessariamente, será secreto. 
A remuneração é feita através de royalties quantia que é paga por alguém ao proprietário pelo direito de uso do know-how.
OBS.: pode ser pago à vista ou calculado sob as vendas do produto;
Causas de extinção:
Vencimento do prazo de duração;
Distrato (resilição bilateral);
Resolução descumprimento do contrato;
Modificação do objeto;
Mudança da pessoa licenciada porque é personalíssimo;
CONTRATO DE FRANQUIA/FRANCHISING
Conceito: contrato através do qual um empresário detentor de marca, patente ou produto/serviço cede, mediante remuneração, o uso a outro empresário viabiliza que outras pessoas explorem determinada marca, mantendo a qualidade original, uma vez que o modus operandi é estipulado pelo franqueador.
Legislação aplicável: Lei nº 8.955/1994;
Partes: 
Franqueador detém a titularidade da marca, registrada no INPI, da tecnologia necessária e do know-how do negócio;
Franqueado paga royalties para explorar a marca conforme estabelecido no contrato;
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa.
Solene (típico) forma prescrita em lei;
De trato sucessivo são aqueles que pressupõe reiterados atos, ou seja, não é possível sua satisfação em um só momento;
Não há vínculo empregatício o franqueado possui autonomia jurídica e financeira como empresário, não estando ligado ao franqueador;
OBS.: só há dependência em relação à estrutura fornecida pelo franqueador, ou seja, o franqueado fica submetido a regras impostas pelo franqueador (ex: promoções, etc).
Não se aplica o CDC o franqueado não é considerado parte mais fraca em relação ao franqueador, nem destinatário final de seus produtos e serviços. 
Benefícios da franquia o franqueado inicia um negócio que já está estruturado, é conhecido no mercado, possui treinamento específico para os funcionários, bem como ações de marketing, etc;
O contrato precisa ser registrado junto ao INPI;
Direitos e deveres:
Do franqueador
Participar das receitas do franqueado, além de receber um valor mensal; 
Entregar a Circular de Oferta de Franquia (COF) ao franqueado, no mínimo 10 dias antes da assinatura do contrato;
Do franqueado
Uso de uma marca preferencialmente já consolidada e forte, contudo, de forma limitada, restrita ao objeto do contrato que assinou e na forma determinada pela franqueadora;
Causas de extinção do contrato:
Término do prazo contratual (geralmente fixado entre 01 e 05 anos); 
Resilição bilateral ou unilateral, se houver previsão;
Resolução em caso de descumprimento do contrato.
CONTRATO DE FACTORING/FOMENTO INDUSTRIAL/FATURIZAÇÃO
Conceito: contrato através do qual um empresário cede a outro empresário os créditos decorrentes de suas negociações (compra e venda, etc.) com terceiros, mediante uma remuneração acordada previamente, assumindo o risco de sua liquidação. Incumbe-se de sua cobrança e recebimento, cujo líquido transfere de imediato ao cedente ou faturizado.
Não possui legislação específica aplicam-se as normas da cessão de crédito;
Objeto faturamento;
O valor pago pelos créditos é mais baixo porque a empresa que os recebe assume todo o risco de cobrança e inadimplência;
Classificação:
Contrato atípico;
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Real necessitam não apenas do consentimento mútuo dos contratantes, mas também da entrega da coisa;
Aleatório possui risco, ou seja, o contratante não pode antever a vantagem que receberá.
Partes:
Faturizador aquele que adquire os créditos; 
Faturizado aquele que cede os créditos;
Espécies:
CONVENCIONAL é a modalidade mais utilizada no Brasil, constitui na compra dos direitos de crédito de empresas fomentadas, mediante um contrato de factoring;
MATURITY A empresa de factoring (faturizador) passa a administrar e receber as contas da empresa fomentada, de forma que elimina este encargo da referida empresa;
TRUSTEE Exerce a cobrança e a compra de títulos e, também, presta assessoria administrativa e financeira para a empresa fomentada;
EXPORTAÇÃO Existem 02 empresas de factoring envolvidas, uma no país de origem e outra no país de destino, às quais garantem a operacionalização e liquidação do negócio;
MATÉRIA-PRIMA o faturizador (cessionário) faz a intermediação entre o faturizado (cedente) e o fornecedor de matéria-prima, ou seja, o faturizador compra matéria-prima pelo melhor preço e o faturizado a paga com o faturamento. Utilizado quando o faturizado necessita da matéria-prima para sua produção, mas não tem dinheiro para compra-la no momento.
Direitos/deveres
do faturizador (cessionário):
Selecionar os créditos;
Cobrar as faturas recebidas;
Receber sua remuneração a partir da dedução dos valores creditados ao faturizado;
Examinar os livros do faturizado em relação aos créditos negociados;
Assumir os riscos da cobrança dos valores de terceiros, sem direito de regresso;
Direitos/deveres do faturizado (cedente):
Receber o valor correspondente ao crédito cedido, com a dedução da remuneração acertada com o faturizador;
Pagar o valor da remuneração ao faturizador;
Apresentar as contas para o faturizador analisar se aprovará ou não a negociação;
Prestar todas as informações necessárias para o faturizador receber o crédito;
CONTRATO DE AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
AGÊNCIA: contrato através do qual uma pessoa assume a obrigação de promover a realização de certos negócios – em nome de terceiro, em caráter não eventual, sem vínculo de dependência e mediante retribuição;
DISTRIBUIÇÃO: contrato que pode ser considerado espécie do contrato de agência, diferenciando-se apenas em razão do distribuidor possuir a coisa a ser negociada à sua disposição.
Legislação aplicável: art. 710 a 721 do Código Civil;
Partes:
Proponente em regra, é um fabricante de bens ou um prestador de serviços;
Agenciador ou Distribuidor são comerciantes, pois realizam a intermediação de bens ou serviços entre o produtor/prestador e os consumidores;
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa.
Não solene forma livre;
Remuneração o agente/distribuidor tem direito à remuneração em razão da efetivação do negócio em sua área de atuação, mesmo que a conclusão não tenha envolvido sua participação direta (art. 714 CC);
Caso o proponente deixe de atender às negociações estabelecidas com o agente/distribuidor ou as reduza a ponto de inviabilizar a continuidade do contrato, o agente/distribuidor terá direito à indenização (art. 715 CC);
CONTRATO DE COLABORAÇÃO (mandato e comissão mercantil)
CONTRATO DE MANDATO MERCANTIL
Conceito: contrato que envolve a outorga de poderes por uma das partes, para que a outra parte realize a prática de atos em nome e por conta daquele;
Legislação aplicável: art. 653 a 692 do Código Civil.
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso somente quando o mandatário receber remuneração;
Partes:
Mandante aquele que outorga poderes. Precisa ser empresário para caracterizar mandato/comissão mercantil;
Mandatário aquele que recebe os poderes (referentes à atividade mercantil) para agir em nome do mandante;
Procuração documento que materializa o mandato;
Se houver mais de um mandatário/mandante obrigação solidária;
Os poderes outorgados podem ser gerais ou especiais (quando houver exigência legal específica);
O mandatário não assume riscos, nem é parte contratante (das obrigações do mandante);
Direitos/deveres do Mandante:
Pagar a remuneração ajustada e as despesas para manutenção do contrato;
Ressarcir prejuízos;
Cumprir obrigações contraídas com terceiros, ainda que sejam contrárias às instruções que havia estabelecido.
Direitos/everes do mandatário:
Atuar com zelo;
Exibir a procuração perante terceiros;
Prestar contas;
Possibilidade de substabelecer com ou sem reserva de poderes.
Formas de extinção do contrato:
Revogação ou renúncia;
Morte ou interdição de uma das partes;
Mudança de estado que deixe mandante ou mandatário inabilitado;
Término do prazo ou conclusão do negócio.
CONTRATO DE COMISSÃO MERCANTIL
Conceito: contrato que envolve a outorga de poderes por uma das partes (empresário), para que a outra parte realize a prática de atos (compra e venda) em nome próprio;
Legislação aplicável: art. 693 a 709 do Código Civil.
Partes:
Comitente empresário que outorga poderes;
Comissário empresário que recebe os poderes para agir em nome próprio;
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa.
Personalíssimo (Intuito personae) contratos que são realizados levando-se em consideração a pessoa da parte contratada, ou seja, só ele pode executar a obrigação;
Cláusula del cledere estabelece a responsabilidade solidária do comissário perante o comitente quanto à inadimplência dos negócios que tenha realizado. Como os riscos são assumidos também pelo comissário, a comissão será fixada em percentual superior ao usual.
Direitos/deveres do comissário:
Cumprir o contrato de comissão, conforme as ordens e determinações do comitente, sob pena de ter que reparar danos; 
Assumir os riscos do negócio e agir em nome próprio;
Responder pela insolvência das pessoas que contrataram com ele se tiver atuado com culpa;
Mencionar ou não o nome do comitente;
Receber remuneração em regra, é uma porcentagem dos valores negociados;
Em caso de falência ou insolvência do comitente ter preferência na cobrança do crédito;
Exercer direito de retenção sobre bens e valores em seu poder para reembolso das despesas e recebimento de remuneração;
Direitos/deveres do comitente:
Realizar o pagamento da remuneração;
Adiantar recursos e bens para que o comissário efetive os negócios;
Indenizar as despesas que o comissário tiver realizado;
Dirigir a atuação do comissário;
Fazer modificações quanto as ordens e determinações atribuídas ao comissário;
Cobrar juros de mora do comissário;
Quando houver a cláusula del credere, poderá exigir que o comissário pague os valores dos bens negociados, caso ocorra inadimplência de terceiro;
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 
Conceito: contrato em que uma das partes obriga-se, de forma contínua e não eventual, a realizar determinados negócios para a outra parte, mediante remuneração e sem vínculo empregatício.
Legislação aplicável: Lei nº 4.886/65.
Partes:
Representante autônomo;
Representado 
Classificação:
Bilateral gera obrigações para todas as partes;
Oneroso gera vantagem para ambas as partes;
Consensual se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa;
Formal tem forma especial determinada em lei.
Direitos/deveres do representante:
Realizar os negócios e atuar em nome do representado;
Manter o representado informado;
Observar as instruções do representado;
Direitos/deveres do representado:
Pagar as comissões ajustadas;
Observar e manter a atuação nas zonas negociadas;
Assegurar a exclusividade do representante conforme ajustado no contrato;
Litígio sobre questões contratuais Justiça comum;
Litígio sobre cobrança de remuneração Justiça do Trabalho;

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