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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM LINHA ESPECÍFICA EM COMÉRCIO EXTERIOR TALITA GAVA NETTO ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR LOGÍSTICO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA/SC CRICIÚMA, JUNHO DE 2010. TALITA GAVA NETTO ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR LOGÍSTICO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA/SC Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. Wagner Blauth CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 TALITA GAVA NETTO ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS DO SETOR LOGÍSTICO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTES NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA/SC Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, .... de ..............de 2010. (data da defesa) BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição) - Orientador _______________________________________________ Prof. Fulano de Tal -Titulação - (Instituição) _______________________________________________ Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição) Dedico esta conquista aos meus pais e minha irmã. Velânia, Roberto e Nathalia. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por em muitos momentos de fraqueza não ter deixado com que eu desanimasse. Aos meus pais, amor maior do mundo, pelo apoio, incentivo e paciência em todos os momentos, com todos esses anos de faculdade. O meu eterno agradecimento. A minha irmã, fonte de alegria na casa, sempre com seus vocabulários engraçados fazendo com que em momentos de desanimo, jamais deixasse de rir e enfrentasse os acontecimentos de forma alterada. As minhas amigas do coração, amigas de verdade, sempre ouvindo, convidando para sair, relaxar, e fazendo com que tirasse da cabeça assuntos, medos e preocupações muitas vezes desnecessários. E ao meu querido orientador Wagner, mais do que um professor, um amigo querido, todos os sábados prestando seu apoio e dedicação na biblioteca da Unesc, com seu bom humor e paciência. “O ser humano, mortal e frágil, tem lá seus defeitos, comete erros e faz suas bobagens, mas quando ele é estimulado a substituir o coração por um chip ou máquina registradora, o mundo deve ter medo.” Freitas RESUMO NETTO, Talita Gava. Análise da Qualidade de Vida no trabalho dos funcionários do setor logístico em uma empresa de transportes no município de Criciúma/SC. 2010. 72 folhas. Monografia do Curso de Administração com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. Esta monografia consiste em um estudo de caso realizado em uma empresa do setor Logístico de Criciúma/SC. O principal objetivo do estudo é analisar os métodos utilizados para a qualidade de vida no trabalho (QVT) dos funcionários de uma empresa de transportes, apontando assim as barreiras enfrentadas por eles, o grau de satisfação dos mesmos, a preocupação dos lideres com o bem estar de seus funcionários e a satisfação deles diante as necessidades diárias. Para expor o assunto de maneira objetiva e clara, foi utilizada na fundamentação teórica, assuntos desde conceitos de organização, tipos de organização, a importância do fator humano, motivação e suas teorias e por fim os métodos do ambiente de trabalho. Foi realizada uma pesquisa através de um questionário, com abordagem quantitativa, para avaliar a satisfação dos colaboradores diante vários aspectos enfrentados dentro da empresa no dia-a-dia, logo após as respostas, as mesmas foram aplicadas em gráficos para uma melhor analise. Com os resultados da pesquisa, foram analisadas insatisfações referentes a alguns aspectos pelos colaboradores na empresa. Com isso foram sugeridas soluções de melhoria no que foram solicitadas pelos colaboradores, para não só a maioria, mais sim, todos, viverem num ambiente de trabalho satisfeitos, podendo assim realizar seu trabalho, atingindo os melhores resultados possíveis. Palavras-chave: Organização. Colaboradores. Motivação. Qualidade de Vida no Trabalho LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Pirâmide das Necessidades de Maslow .......................................... 21 Figura 2: Idade dos Entrevistados ................................................................... 39 Figura 3: Sexo dos Entrevistados ................................................................... 40 Figura 4: Estado Civil dos Entrevistados ......................................................... 41 Figura 5: Grau de Instrução dos Entrevistados ............................................... 42 Figura 6: Tempo que os entrevistados trabalham na empresa ....................... 43 Figura 7: Setor que cada funcionário trabalha ................................................ 44 Figura 8: Percepção do entrevistado com relação a higiene e segurança no ambiente de trabalho ........................................................................................ 45 Figura 9: Freqüência de bom relacionamento com seus colegas de trabalho ........................................................................................................................... 46 Figura 10: Freqüência do bom relacionamento com a chefia de seu departamento ................................................................................................... 47 Figura 11: Freqüência de bom relacionamento entre gerentes e subordinados ................................................................................................... 48 Figura 12: Primam por um bom ambiente de trabalho ................................... 49 Figura 13: Necessidades básicas são analisadas com respeito e preocupação .................................................................................................... 50 Figura 14: Segurança de estabilidade na empresa ....................................... 51 Figura 15: Empresa apresenta perspectiva de crescimento ........................... 52 Figura 16: Sente-se satisfeito com as funções que desempenha .................. 53 Figura 17: Sente-se reconhecido dentro da empresa ..................................... 54 Figura 18: Existe um programa de exercícios para os funcionários dentro da empresa ........................................................................................................... 55 Figura 19: Qualidade do programa de exercícios ........................................... 55 Figura 20: Trabalho é reconhecido quando bem feito .................................... 57 Figura 21: Aspectos de trabalho influenciam na vida pessoal ........................ 58 Figura 22: Motivação de cada funcionário na sua função .............................. 59 Quadro 1: Teoria dos Fatores Motivadores ..................................................... 24 Quadro 2: Teoria dos Fatores Higiênicos ........................................................ 25 Quadro 3:Teoria de McGregor ....................................................................... 27 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Idade do Perfil dos Entrevistados .................................................. 39 Tabela 2 – Sexo do Perfil dos Entrevistados ................................................... 40 Tabela 3 – Estado Civil do Perfil dos Entrevistados ........................................ 41 Tabela 4 – Grau de Instrução do Perfil dos Entrevistados .............................. 42 Tabela 5 – Tempo que trabalha na empresa ................................................... 43 Tabela 6 – Setor que trabalha ......................................................................... 44 Tabela 7 – Percepção do entrevistado com relação a higiene e segurança no ambiente de trabalho .................................................................................. 45 Tabela 8 – Freqüência de bom relacionamento com seus colegas de trabalho ............................................................................................................ 46 Tabela 9 – Freqüência do bom relacionamento com a chefia de seu departamento ................................................................................................... 47 Tabela 10 – Freqüência de bom relacionamento entre gerentes e subordinados ................................................................................................... 48 Tabela 11 – Freqüência com que primam por um bom ambiente de trabalho 49 Tabela 12 – Percepção da preocupação da empresa em estudo com relação às necessidades básicas ................................................................................. 50 Tabela 13- Segurança de estabilidade na empresa ....................................... 51 Tabela 14 – Empresa apresenta perspectiva de crescimento ......................... 52 Tabela 15 – Freqüência com que se sente-se satisfeito com as funções que desempenha ................................................................................................... 53 Tabela 16 – Freqüência com que se sente reconhecido dentro da empresa .. 54 Tabela 17 – Existe um programa de exercícios para os funcionários dentro da empresa ...................................................................................................... 55 Tabela 18 – Qualidade do programa de exercícios ......................................... 56 Tabela 19 – Freqüência com que o trabalho é reconhecido quando bem feito... ........................................................ ...................................................... 57 Tabela 20 – Freqüência com que os aspectos de trabalho influenciam na vida pessoal ........................................................ ............................................ 58 Tabela 21 – Motivação de cada funcionário na sua função ............................. 59 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11 1.1 TEMA ......................................................................................................... 12 1.2 PROBLEMA .............................................................................................. 12 1.3 OBJETIVOS .............................................................................................. 12 1.3.1 Objetivo Geral ....................................................................................... 12 1.3.2 Objetivo Especifico ............................................................................... 12 1.4 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ................................................................... 14 2.1 ORGANIZAÇÃO: CONCEITOS BÁSICOS ............................................... 14 2.2 A IMPORTANCIA DO FATOR HUMANO ................................................. 17 2.3 MOTIVAÇÃO ............................................................................................. 18 2.3.1 Teorias da Motivação ........................................................................... 19 2.3.1.1 Teoria da Expectativa ........................................................................ 20 2.3.1.2 Teoria de Maslow ............................................................................... 21 2.3.1.3 Teoria das Necessidades de McClelland ......................................... 23 2.3.1.4 Teoria de Dois Fatores ...................................................................... 24 2.3.1.5 Teoria da Fixação dos Objetivos ...................................................... 26 2.3.1.6 Teoria de McGregor ........................................................................... 26 2.4 ASPECTOS NO AMBIENTE DE TRABALHO .......................................... 27 3 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 36 3.1 TIPOS DE PESQUISA ............................................................................... 36 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ..................................................................... 36 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................... 37 4 EXPERIENCIA DE PESQUISA .................................................................... 39 5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 63 REFERENCIAS ............................................................................................... 65 APENDICE ...................................................................................................... 68 ANEXO ............................................................................................................ 72 11 1 INTRODUÇÃO A Qualidade de Vida no Trabalho vem se tornando um tema cada vez mais discutido nas empresas. A relevância deste tema se dá, a partir da relação existente entre as condições de trabalho e a produtividade dos colaboradores que há muito vem sendo estudada. Nas mais diversas organizações, líderes, psicólogos e pessoas de todas as áreas do conhecimento, entendem que a QVT deve ser conduzida como algo fundamental até mesmo para a existência da humanidade. Nunca se ouviu falar tanto em QVT como nos tempos atuais. As organizações nos dias de hoje tem que estar em constantes mudanças, devido aos seus colaboradores e clientes estarem exigindo cada vez mais nas funções que vão exercer, no produto que vão comprar, e também com a preocupação de deixarem os clientes cada vez mais satisfeitos e assim tornar o mercado cada vez mais competitivo. As pessoas dentro das organizações são de extrema importância para o sucesso de uma empresa, pois são elas que garantem o funcionamento da mesma. A presente monografia tem como objetivo, analisar a Qualidade de Vida dos trabalhadores de uma empresa do setor logístico, com a finalidade maior de, identificar o grau de satisfação de seus colaboradores. Com isto, a pesquisa apresenta caminhos para a solução deste problema, que vem desenvolvendo grandes esforços por parte das organizações. No primeiro momento do estudo, serão tratados assuntos para um melhor entendimento do tema principal, começando pela organização, motivação até chegar no foco principal. Após a fundamentação será apresentada uma pesquisa de campo com a intenção de analisar os pontos que devem ser melhorados e o que podem ser mantidos ou serem ainda mais melhorados. Como encerramento é apresentada à conclusão do estudo, onde a pesquisadora analisa os pontos que devem ser melhorados, e assim são mostrados para a empresa em estudo com as sugestões de melhoramento nos pontos negativos que os colaboradores estão insatisfeitos. 12 1.1 TEMAAnálise da Qualidade de Vida dos funcionários do setor logístico em uma empresa de transportes no município de Criciúma/SC. 1.2 PROBLEMA Quais os métodos utilizados em uma empresa do setor de transporte de Criciúma/SC, para melhorar a Qualidade de Vida dos seus funcionários no setor logístico? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Analisar a Qualidade de Vida no trabalho dos funcionários do setor logístico em uma empresa de transportes no município de Criciúma/SC. 1.3.2 Objetivo Específicos • Apontar as barreiras do dia-a-dia enfrentadas pelos colaboradores; • Estudar o grau de satisfação dos colaboradores dentro da empresa; • Verificar com os funcionários se seus lideres se preocupam com o bem estar dos mesmos; • Diagnosticar a satisfação dos funcionários diante as necessidades do dia-a-dia. 1.4 JUSTIFICATIVA A empresa que deseja ter um ambiente de trabalho motivador e sadio com seus funcionários, comprometendo-se com as funções exigidas dentro da organização, necessita garantir e intervir na qualidade de vida. Dessa forma, proporcionando condições de bem-estar e crescimento para realização com eficácia na execução das tarefas. 13 Para melhorar a qualidade de vida no dia-a-dia das pessoas nas organizações, é preciso a implementação de programas educativos e de treinamentos, pois a grande maioria das pessoas não sabe administrar sua rotina de trabalho. Operários, donas de casa, administradores ou profissionais liberais, quase sempre, tem sua condição de saúde e qualidade de vida relegada a segundo plano, pelo fato das demandas por sobrevivência e dos interesses de seus superiores em relação a produtividade e a lucratividade. Um programa eficaz de Qualidade de Vida busca formar um ambiente de trabalho satisfatório, a fim de realizar as necessidades individuais e coletivas do empregado dentro da organização, para que tenha maior produtividade. Na empresa em estudo, o trabalho é relevante pelo fato de se tornar possível a melhoria nos resultados a partir de uma política de qualidade de vida no ambiente de trabalho. Para a acadêmica e pesquisadora do tema deve contribuir no aprofundamento de conceitos embasados teoricamente e colocados em pratica a partir do estudo proposto. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A contestação acerca do tema “Qualidade de Vida” nas empresas tem se tornado constante nos últimos tempos. Às empresas, não basta mais apenas cumprir com suas obrigações legais. O diferencial competitivo entre elas percorrem caminhos que levam a observar suas ações sociais dentro e fora da organização, inserindo-se na sociedade como um todo. Para se entender o processo da Qualidade de Vida no Trabalho, faz-se necessário apresentar os conceitos e modelos desenvolvidos na literatura a cerca deste tema, e as etapas que compreendem a história da qualidade de vida, evidenciando a empresa de transportes – foco central deste estudo. 2.1 ORGANIZAÇÃO: CONCEITOS BÁSICOS Existe uma variedade enorme de organizações. Empresas dos mais variados ramos que podem estar voltados desde produção de bens ou produtos, até a prestação de serviços em geral, como organizações industriais, econômicas, comerciais, religiosas, militares, educacionais, sociais, políticas entre outras, exercem influência sobre a rotina de vida das pessoas. Desta forma, estas organizações são diretamente responsáveis pela maneira como seus empregados vivem, trabalham, se alimentam e como suas expectativas de vida são atendidas e vice-versa, pois também as organizações são sempre muito influenciadas pelo modo de agir, pensar e ser das pessoas. (CHIAVENATO, 2004) Para Galbraith (1997), a organização é uma composição de pessoas com a finalidade de alcançar algum objetivo, compartilhando com a divisão das funções que precisam ser cumpridas dentro da empresa. A fim de entender os vários tipos de organização na sociedade, Chiavenato (2000) explica que o homem passa a maior parte do seu tempo dentro delas, pois é o meio mais eficiente de satisfazer suas necessidades primárias e atingir os objetivos de realização profissional. Maximiano (1992, p. 95) corrobora com o conceito afirmando que: 15 Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organização. Chiavenato (2000) explica que, toda organização é diferente uma da outra, não existem duas semelhantes, pois há diversas características, diferentes tamanhos e estruturas organizacionais. Cada empresa tem detalhes peculiares que as deixam com características singulares, desde produção, vendas, logística, etc. e cada uma tem um ambiente diferente, tecnologia que se modificam a cada dia, estratégias de crescimento distintas, comportamentos diferentes. Por esses motivos é que as empresas são tão complexas, pois além de ser totalmente diferentes elas acabam influenciando uma as outras. Para Faraco (2007) as organizações estão presentes em todos os lugares, elas fazem parte da sociedade e visa cumprir as necessidades das pessoas, essas organizações devem ser acompanhadas por uma ou mais pessoas, para melhor controle e desenvolvimento de suas tarefas. Conforme Silva (2007), as organizações têm duas formas de serem analisadas: organização formal e organização informal. A organização formal é “feita como seus administradores desejam, conforme o planejamento efetuado”. A organização informal é feita pela “necessidade das pessoas, conforme seus interesses e preferências”. Para Chiavenato (1999 apud PERROTI, p.16), uma organização constitui uma das maiores preferências da administração, pois a função de uma organização é ajudar no alcance dos objetivos da empresa, servindo como: • Estrutura básica – contribui para implementar planos, como para alocação de pessoas e de recursos para as atividades que precisam ser desenvolvidas e ao proporcionar ajuda para coordenar as tarefas. Nessas regras, se assume a forma de como descrever um cargo, organogramas. • Mecanismo de operação – indica as pessoas da organização quais suas funções, procedimentos a cumprir no trabalho, recompensas, sistemas de comunicação, sistema de avaliação. 16 • Mecanismo de decisão – inclui o fornecimento de arranjos favoráveis, etapas para tratamento de informação, informações no ambiente externo. Conforme Maximiano (1986) explica que para unir todas as tarefas exigidas, é necessário estabelecer uma relação entre os indivíduos da organização, de forma que seus trabalhos sejam coordenados e coerentes com a tarefa final. Isto é um tipo de organização. Sendo assim está estrutura não define apenas as atribuições especificas, mais também como devem estar ligados os diversos grupos, chamados departamentos. Na opinião de Robbins (2002), o objetivo da estrutura organizacional é definir como vão ser desenvolvidas, distribuídas e coordenadas as tarefas. Sendo que cada organização tem uma estrutura diferente, fazendo assim cada qual ter um impacto sobre as atitudes e comportamentos de seus funcionários. Hicks e Gullet (apud CHIAVENATO, 2000) apontam três motivos para a existência das organizações: a) Razões Sociais: O ser humano precisa de relacionamento com outras pessoas para viver. As pessoas se organizam para atender suas necessidades sociais que somente as organizações atendem. (Chiavenato, 2000) b) Razões Materiais: As pessoas se organizam para alcançar três coisas que isoladamente jamais conseguiram: Aumento de habilidades, Compreensão de tempo, Acumulação de conhecimento. (Chiavenato,2000) c) Efeito Sinergístico: As organizações apresentam um efeito multiplicador de seus membros, através da sinergia entre as atividades. Desta forma, o resultado final das atividades é mais do que a soma das tarefas individuais. (Chiavenato, 2000). O autor afirma ainda que as organizações são construídas para atingir algum objetivo e reconstruídas na medida em que se descobrem melhores métodos para se atingir o mesmo objetivo com menor custo e menor esforço. “Uma organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a mudanças”. (CHIAVENATO, 2000, p. 44) Na visão de Daft (2003), as organizações prestam determinados serviços ou fazem produtos com a idéia de sempre satisfazer seus clientes, e sempre buscar 17 maneiras eficientes para alcançar determinados objetivos para conquistar seu cliente e até mesmo a parte interna da organização. “Qualquer organização é composta de duas ou mais pessoas que interagem entre si, por meio de relações recíprocas, para atingir objetivos comuns”. (BERNARD, apud CHIAVENATO, 2000, p. 43) 2.2 A IMPORTÂNCIA DO FATOR HUMANO O cidadão que trabalha em uma organização nos dias de hoje, em qualquer lugar do mundo, é conhecido pela expressão empregado. São as pessoas que trabalham para alguma instituição, que buscam novas oportunidades, depende daquele serviço para seu sustento. (DRUCKER, 1991) É através dos ambientes de trabalho que se busca uma função na sociedade, como também é a partir delas que se corre atrás de sua satisfação e da realização profissional e social. O mundo do trabalho virou uma parceria de funcionários. Mas os funcionários, tem emoções, sentimentos, e uma valor inestimável para toda e qualquer organização. (DRUCKER, 1991) Drucker (1991, p. 37) contribui ainda afirmando a forma como as organizações devem interpretar a influência de seus colaboradores em seus processos: Significa considerar o ser humano como um organismo dotado de propriedades fisiológicas e psicológicas, de habilidade e limitações que lhe são peculiares, e dono de um modo de agir distinto. Significa considerar o Fator Humano não como objeto, mas como seres humanos que – ao contrario dos outros recursos – tem personalidade, cidadania, controle sobre se trabalhavam, quanto e quão bem; e que, portanto, exigem responsabilidade, motivação, participação, satisfação, incentivos e recompensas, liderança, posição social e função. Paladini (1990) afirma que os estudiosos da qualidade em geral são de comum acordo com a importância do fator humano, falam ainda que sem a presença do fator humano nas organizações e a dedicação para um melhor sucesso não se tem a melhor qualidade, o máximo que pode ter é o resultado prático. Na sociedade moderna, todos os processos produtivos são realizados dentro de organizações com a ajuda do fator humano. O homem passa o maior 18 tempo da sua vida dentro das empresas e depende delas para sua existência e sobrevivência. A maior veracidade da grande quantidade de organizações é o fato que as são os meios mais eficientes de satisfazer um grande número de necessidades humanas. Sema as organizações certos objetivos seriam inviáveis de se atingir, e se tivesse condições de se atingir sozinho levaria muito tempo e consumiria mais esforço de um único individuo. (CHIAVENATO, 2000) 2.3 MOTIVAÇÃO Segundo Chiavenato (2004), a motivação no ambiente de trabalho está sempre relacionada com o clima organizacional dos membros que fazem parte da organização. Quando existe grande motivação entre os participantes, o clima organizacional tende a ser elevado e proporciona satisfação, animação e interesse de colaboração entre os participantes. E sempre que existir baixa motivação entre os participantes, seja por frustração ou por insatisfação das necessidades pessoais a motivação para o trabalho tende a cair em grande nível. O clima organizacional inadequado é visto por desinteresse, insatisfação, depressão, podendo em casos elevados chegar à agressividade, tumultos, fatos típicos de situações em que os membros não estão em conformidade um com os outros. Já para Cohen e Fink (2003) uma das melhores formas de prever o comportamento de qualquer ambiente de trabalho é a recompensa usada diante dele. A maioria das pessoas faz quando lhe traz uma retribuição gratificante. E isso é um pouco delicado, pois as organizações nem sempre cumprem o que prometem de inicio, e os funcionários nem sempre interpretam corretamente como será, e o que será recompensado, sendo que muitas vezes os grupos de pessoas se recusam a valorizar o que a empresa vai devolver como agradecimento. Oliveira (2000), também afirma que vários fatores que influenciam o estabelecimento de uma organização são: fator humano, fator sistema de objetivos e estratégias fator ambiente externo e fator tecnologia. Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2004, p. 245) conceituam motivação como sendo: 19 Motivar os empregados é certamente uma difícil missão para os gestores em geral. O processo motivacional é demasiado complexo para ser explicado por uma única teoria. Além das conhecidas abordagens clássicas, tem surgido outras que podem ajudar a compreender melhor o tema. Certamente não há uma fórmula para se obter a motivação e o comprometimento. Marras (2000, p. 278) aponta uma questão bastante freqüente nas organizações que buscam a motivação de seus colaboradores. Na pratica do dia-a-dia constatamos a veracidade dessa afirmativa ao ouvir lamentações constantes, relacionadas à produtividade e qualidade dos empregados, através de frases como: “por que fazemos tudo para ‘motivar’ os nossos empregados e eles não vestem a camisa da empresa?” A partir do exposto, pode-se perceber que muitas vezes a organização simplesmente cumpre com os princípios básicos a condição de trabalho de seus colaboradores gerando apenas satisfação ao invés de motivação. “Satisfazer, portanto, é fundamentalmente diferente de motivar. O trabalho pode estar satisfeito mais não necessariamente motivado”. Marras (2000, p. 279) 2.3.1 Teorias da Motivação Marras (2000) explica que a motivação humana é um assunto que concentra não só os interesses dos estudiosos, mais de todos que precisam do trabalho como fonte de renda e sustento para suas vidas, pois é um assunto que veio á tona no inicio do século XX, quando foram sancionados os primeiros estudos científicos nessa área. Marras (2000, p. 33), ainda explica que: Surpreendentemente, as conclusões desse estudo apontaram para outra direção. Provou-se que a ‘atenção’ dada ao trabalhador conseguia influir na sua produtividade. Foi o passo inicial para que por volta dos idos de 1950 se reiniciassem sérios estudos sobre o processo motivacional. Fleury et all (2002, p. 251) enfatiza que: 20 “Existem varias teorias que explicam a motivação, cada uma com sua forma peculiar. Todas elas são a expressão de uma maneira especial de ver o ser humano e nenhuma representa a verdade absoluta sobre o tema.” 2.3.1.1 TEORIA DA EXPECTATIVA De acordo com Stoner e Freeman (1999) a teoria da expectativa leva em conta a diferença entre pessoas e situações e que o esforço para alcançar um bom desempenho tem mais a ver com a resposta da investigação, se o esforço feito valer a recompensa. Os três principais componentes da teoria da expectativa, segundo Stoner e Freeman (1999) são: • Expectativa de resultado do desempenho feito: diz que, cada individuo durante o desenvolvimento de suas atividades, se questiona, se vai existir alguma gratificação diante do trabalho realizado. • Valência: é o poder que, depende de pessoa para pessoa, depende do comportamento, se todo esforço feito é valido para determinado resultado. • E a ultima, é a expectativa deesforço-desempenho: o que a pessoa espera encontrar de dificuldades para ter um bom desenvolvimento de suas obrigações, e se pergunta, se o resultado vale também todo o seu esforço. Casado (2002, p. 256), cita os três conceitos de Vroom para um melhor entendimento: Valência: é a orientação afetiva em direção a resultados particulares. Pode-se traduzi-la como preferência em direção, ou não, a determinados objetivos. Diz-se que algo tem valência positiva se atrai o comportamento em sua direção. Um objetivo de valência zero é aquele ao qual uma pessoa é indiferente. Um alvo de valência é aquele que o individuo prefere não buscar. Expectativa: é o grau em que a pessoa acredita, ou espera, que seus objetivos sejam atingidos. É definida como a crença de que determinado ato será seguido de um resultado em particular. Trata-se de uma associação entre ação. Força é similar ao conceito de energia para a ação. Fleury et all (2002, p. 257) analisa a teoria sob a ótica de como o individuo tem a competência para alcançar seus objetivos. 21 A teoria da expectativa vê o individuo como um ser pensante que tem desejos e crenças e atua com base na antecipação e no planejamento dos eventos de sua vida, colocando em suas ações o esforço adequado e a direção apropriada de modo a atingir seus objetivos. Percebe-se, a partir do exposto, que a teoria da expectativa ou teoria da expectância leva em consideração principalmente a expectativa que o colaborador tem com relação ao premio pelo alto desempenho como fator de motivação. 2.3.1.2 TEORIA DE MASLOW Segundo Maslow, a motivação das pessoas tem níveis, desde necessidades primarias, que pode-se chamar de simples, até as mais complicadas. (MARRAS,2000) Figura 1: Pirâmide das Necessidades de Maslow Fonte: http://tgp-mba.pcc.usp.br/TG-005/Aulas%202003/Aula%202/Aula%202%20TG- 005%20Grupo%202.pdf 22 Percebe-se a partir da figura apresentada que Maslow desenvolveu uma hierarquia de necessidades que servem de base para o desenvolvimento do ser humano. Para Marras (2000) a teoria desenvolvida por Maslow afirma que todas as pessoas tem necessidades, cada uma delas com peculiaridades e intensidades distintas. Isso faz com que elas sempre estejam tentando satisfazer essas necessidades. A motivação é a força motriz que alavanca as pessoas a buscarem a satisfação. Enquanto perdura a situação, perdura a motivação. Ao satisfazer a necessidade, acaba a motivação. No mesmo instante, contudo, nasce uma nova necessidade e, por via de conseqüência, uma nova força motriz impele o individuo a novamente buscar outra satisfação. Instala-se assim um motor-contínuo, que renova a motivação do sujeito. Marras (2000, p. 34) complementa ainda sua análise do trabalho de Maslow afirmando que: Todas as necessidades representam carências ou falta de alguma coisa que vem do meio circundante (exterior) para completar o individuo, à exceção dôo último estágio, que é o da auto-realização. Essa necessidade é puramente intrínseca e, em geral, manifesta-se em indivíduos que são independentes, que tem o poder de se autogovernar. Trata-se de pessoas que não buscam retornos materiais ou financeiros, mas, sim, satisfação pessoal. Por exemplo, realizar um trabalho bem-feito, ter um sentimento de dever cumprido, sentir o próprio crescimento pessoal ou profissional etc. Gil (2001), explica que a teoria de Maslow é de extrema importância no trabalho, pois com ela nota-se que para a realização e satisfação das pessoas não é apenas necessário recompensa salarial e sim algo que satisfaça e motive seu dia-a- dia de trabalho. Fleury et all (2002, p. 257) discute a Teoria de Maslow afirmando que: 23 Embora a teoria de Maslow seja uma das mais conhecidas, existem poucas pesquisas sobre suas predições do comportamento humano. Dentre os estudos existentes, os resultados alcançados mostram que trabalhadores de níveis mais baixos tendem a preocupar-se mais com as necessidades de baixa ordem (fisiológicas e de segurança), enquanto gerentes e trabalhadores de nível mais alto voltam-se mais para o atendimento das necessidades de alta ordem (auto-estima e auto-realização). Ainda que a teoria de Maslow possa explicar esses resultados, eles não representam um deste para ela. 2.3.1.3 TEORIA DAS NECESSIDADES DE McCLELLAND A Teoria das Necessidades Socialmente Adquiridas de McClelland foi desenvolvida por David Mc-Clelland e seus associados, e segundo Leonardo (2002), a pesquisa de Mc-Clelland explica que os profissionais que são realizadores ao extremo apresentam uma vontade de produzir qualitativamente. Clayton Alderfer é outro autor que concorda com essa teoria, no qual se interessou pelos estudos dos fatores de Maslow, e que sugere um modelo de entendimento motivacional através de Fleury et all (2002) com algumas diferenças comparadas a teoria de Maslow, onde cita três níveis de necessidades: • Existência, uni-se as necessidades fisiológicas e de segurança de Maslow, ou seja as necessidades básicas humanas. • Relacionamento corresponde às necessidades de estima de Maslow, onde explica os fatores de uma pessoa para outra. • Crescimento uni-se as necessidades de realização pessoal de Maslow que cita o desenvolvimento de cada individuo. Leonardo (2002) afirma também que as pessoas podem ter diferentes escalas, necessitando de três tipos: Realização: conseguir o sucesso com as atividades profissionais, onde a realização pessoal tem maior valor do que as recompensas; Poder: algumas empresas costumam dar certa independência para seus funcionários, aumentando suas responsabilidades e deixando suas metas que devem ser cumpridas mais desafiadoras e por final recompensar o resultado de seu desempenho; Afiliação: querem um ambiente de amizade e companheirismo ao invés de competição um com os outros. 24 2.3.1.4 TEORIA DOS DOIS FATORES A teoria dos dois fatores segundo Pontes (2002), divide os fatores de motivação em higiênicos e motivadores, sendo que os fatores higiênicos unem todos os benefícios disponibilizados pela empresa, como: ambiente de trabalho, relação com os superiores, segurança, benefícios sociais e salários, isso tudo são visto como fatores de possíveis insatisfações. Já os fatores motivadores estão ligados com a função ocupada pelo funcionário e completa: reconhecer e dar oportunidades no progresso profissional, responsabilidade e realização. Marras (2000, p. 36) cita elementos que pertencem a teoria. Fatores motivadores Determinantes Realização O termino com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Reconhecimento pela realização O recebimento de um reconhecimento publico, ou não, por um trabalho bem feito ou resultado conseguido. O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. Responsabilidade Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho de outros. Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social. Possibilidade de crescimento Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Quadro 1 – Teoria de dois Fatores Fonte: Marras (2000) Analisando a tabela nota-se que os fatores motivadores são totalmente ligados a satisfação ou insatisfação dos colaboradores que o ambiente de trabalho pode causar. Já os fatores higiênicos são aqueles que não motivam seus colaboradores, mais com sua ausência pode causar transtornos e insatisfação. 25 Fatores higiênicos Determinantes Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados. Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças de companhia.Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Relações interpessoais Transações pessoais e de trabalho com os pares, os subordinados e os superiores. Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais. Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço. Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal. Quadro 2 – Teoria de Fatores Higienicos Fonte: Marras (2000) Já para Herzberg (1997), o crescimento de um cargo, é ver a satisfação do funcionário, pois este enriquecimento de aumento de cargo é uma forma de ter uma oportunidade de crescimento. As primeiras mudanças devem ter um período grande e os que são ágeis podem mostrar melhor a habilidade e conseguir cargos maiores na empresa. Herzberg (1997, p. 61), explica ainda que: Os fatores envolvidos na produção e satisfação (e motivação) no trabalho são separados e distintos dos fatores que levam à insatisfação no trabalho. Já que é necessário considerar fatores separados, dependendo do fato de estarmos examinando a satisfação ou insatisfação no trabalho, segue-se que esses dois sentimentos não são antagônicos. O oposto de satisfação no trabalho não é insatisfação no trabalho, mais sim a ausência de satisfação, e, da mesma forma, o oposto de insatisfação no trabalho não é satisfação no trabalho, mais sim ausência de satisfação. 26 2.3.1.5 TEORIA DA FIXAÇÃO DOS OBJETIVOS Teoria da fixação dos objetivos relata que funcionários concentram seus esforços com os objetivos. As metas, segundo a teoria, devem possuir algumas características de auto-estima, e, para gerar motivação na empresa:devem ser aceitáveis, ter sentido para todos e não apresentar conflitos com seus valores pessoais. Estabelecer metas com funcionários, faz com que sua aceitação gere mais comprometimento. As metas devem ser desafiadoras, mais com possível chegada ao bom resultado. (CAVALCANTI, 2005). 2.3.1.6 TEORIA DE MCGREGOR O conhecimento da teoria é baseado no conhecimento de cada administrador, gerando assim uma visão tradicional a respeito da motivação no trabalho. Já na visão dos funcionários que varia com a eficiência e habilidade de cada um, surgiu então, através de fatos de comportamentos de empregados no trabalho, a teoria de McGregor, conhecida também por Teoria X e a Teoria Y. (SILVA, 2004) Essa teoria mostra duas formas complemente diferentes de ‘ver’ ou de ‘ser’ do trabalhador, Marras (2000, p. 35) exemplifica os dois tipos. Um trabalhador X, ou um trabalhador visto por um gerente de visão X, não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido. Não gosta de assumir responsabilidade, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo segurança. Um trabalhador Y, ou um trabalhador visto por um gerente de visão Y, é alguém que, pelo contrario, sente-se bem no trabalho e busca atingir os objetivos que lhe são colocados, é alguém criativo e com potencialidade que podem e devem ser exploradas. Assim , a questão de ser X ou Y tanto pode se referir ao ‘ser’ do próprio individuo como ao ‘ser’ do gerente que o observa e o avalia. Em outra palavras, o trabalhador pode não ser X, mas pode ser visto como tal pelo gerente. Ou vice-versa. De acordo com Marras (2005), a forma com que os lideres vêem seus funcionários pode gerar impacto nas organizações, a forma de ‘ver’ ou de ‘ser’ tem uma importância grande para as pessoas, sendo que este fator pode intervir nos relacionamentos organizacionais. 27 Chiavenato (2002, p. 405) apresenta a tabela das duas teorias X e Y, que se opõem entre si. Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitam trabalho. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem ser automotivas e autodirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. Quadro 3 – TEORIA DE MCGREGOR Fonte: Chiavenato (2002) Analisando a tabela acima, pode-se perceber que as duas teorias expostas são totalmente distintas uma das outras, mostrando assim as formas de ser e ver o trabalhador. 2.4 ASPECTOS NO AMBIENTE DE TRABALHO Fazendo uma passagem na linha do tempo, chega-se ao século XX onde muitos pesquisadores estudaram para compreender a satisfação do individuo no trabalho. Cita-se entre eles Helton Mayo (Escola das Relações Humanas), que com o case Hawthorne (1927-1932), obteve, sendo sujeito a variações de alguns parâmetros, como: mudança de horário, a iluminação do ambiente de trabalho afetava diretamente na produtividade dos horários. (CHIAVENATO, 2000) Chiavenato (2004 p. 350), cita também três grupos de condições que fazem parte para a influencia das pessoas no trabalho. 28 1. Condições ambientais de trabalho: como iluminação, temperatura, ruído, etc. 2. Condições de tempo: como duração da jornada de trabalho, horas extras, períodos de descanso etc. 3. Condições sociais: como organização informal, relacionamento, status etc. Albrecht (1990) dividiu em três categorias: fatores físicos, sociais e fatores emocionais, a fim de compreender o estudo sobre o estresse nos indivíduos dentro da organização: Fatores Físicos são os agentes do ambiente individual e imediato, que fazem com que ele fique fisicamente estressado ou apreensivo quanto a possíveis conseqüências. Exemplo: calor, frio, barulho, vibração, poluidores de ar, lesões físicas, radiação, sol forte, etc... Fatores Sociais são ligados ao relacionamento do individuo com outras pessoas como parte de sua vida e seu trabalho na organização, compreende nesse grupo os chefes, colegas de trabalho, clientes fornecedores, os stakeholders. Já os Fatores Emocionais são os aspectos abstratamente concebidos da relação do empregado com o ambiente que levam a ansiedade, à frustração, à apreensão, à raiva ou as outras emoções causadas pelo estresse, podem ser identificadas como: prazos, risco percebido de lesão física, risco financeiro pessoal, expectativa de fracasso, expectativa de desaprovação de outras pessoas importantes. A constante busca pela melhor qualidade no trabalho é um processo continuo de melhoria para todos os setores da empresa, sem diferenciação de nível hierárquico. Nos dias de hoje, a qualidade total é um tema bastante falado entre os administradores, onde expõem com a qualidade total, a forte preocupação das empresas em sempre produzirem produtos e serviços de alta qualidade, sempre antenados as preferências e gostos dos seus consumidores. (FERNANDES, 1996) Analisando historicamente, a preocupação com a qualidade de vida, aparece intrinsecamente desde os ensinamentos de Euclides (300 a.c) de Alexandria, sobre como os Princípios da Geometria serviam para aperfeiçoar o método de trabalho dos agricultores à margem do Nilo, bem como a Lei das 29 Alavancas – Arquimedes, a fim de minorar o esforço físico de muitos trabalhadores. (RODRIGUES 1976 apud VASCONCELOS, 2001, p. 1) Segundo Vieira (1996), somente na década de 60 tomaram impulso iniciativas de cientistas sociais, lideres sindicais, empresários e governantes, na busca de melhores formas de organizar o trabalho a fim de minimizar os efeitos negativos do emprego na saúde e bem-estar geral dos trabalhadores, sendo assim o termo “Qualidade de Vida” no trabalho só foi introduzida no inicio da década de 70, pelo professor Louis Davis (UCLA, Los Angeles), ampliando o seu trabalho sobre o projeto e delineamento de cargos. Fleury (1976) sugere oito categoriascom a função de avaliar a QVT nas empresas: • Remuneração justa e adequada: refere-se ao salário com o trabalho desenvolvido. • Segurança e salubridade do trabalho: trata-se de os trabalhadores não ameaçarem sua saúde com o serviço que tiver que fazer. • Oportunidade de utilizar e desenvolver habilidades: a utilização da capacidade devem atender requisitos, como, planejamento da atividade feita, habilidades diversas, informações. • Oportunidade de progresso e segurança no emprego: aparece no desenvolvimento pessoal da carreira, na segurança no desenvolver do trabalho e na remuneração. • Integração social na organização: um ambiente que ajuda nas relações pessoais e automaticamente sem preconceitos. • Leis e normas sociais: a maneira com que os funcionários interagirem dentro da empresa, faz com que ele tenha direito a privacidade e a liberdade de opiniões. • Trabalho e vida privada: o possível crescimento de cargo dentro da empresa, não deve interferir na vida particular do funcionário. • Significado social da atividade do empregado: a performance social da empresa tem significado de extrema importância para os funcionários tanto no seu ponto de vista da empresa quanto em sua auto-estima. 30 Marras (2000, p. 31) também explica, o problema comum dos trabalhadores: Enquanto as organizações preocupam-se em ser mais competitivas, produzindo mais e melhor a custos menores, os empregados buscam no interior das empresas onde trabalham a compensação do estresse causado pela busca frenética de resultados. A conscientização do desejo de ‘viver qualitativamente melhor’ é algo patente e palpável para a grande massa dos trabalhadores. Albrecht (1990) cita um método promitente que ajuda os gerentes a reduzir o estresse e fazer com que sua produtividade aumente sempre, este método chama-se de Engenharia do Trabalho e é dividido em passos que ajuda no desenvolvimento do trabalho. Inicialmente deve-se definir os objetivos do trabalho; converter os dados superficiais em informações relevantes para melhorar os resultados; em um segundo momento deve-se delimitar as condições físicas que serão executados os trabalhos; alinhado à isso, as ferramentas que serão necessários; focar a otimização dos processos; simular o projeto antes de colocar em prática, para analisar possíveis erros, e por fim, reavaliar, reesquematizar e reestruturar quando necessários, pois sempre está sendo desenvolvidos novos métodos a fim de ganhar mais produtividade, com maior eficácia. (ALBRECHT 1990, p. 146) Chiavenato (2004, p. 348), resume o que pensa exatamente sobre os ambientes de trabalho das organizações: Qual é a organização que não gostaria de ser o melhor lugar para se trabalhar? E qual é a pessoa que não gostaria de trabalhar numa organização que fosse excepcionalmente bacana neste aspecto? Qualidade de vida implica criar, manter e melhorar o ambiente de trabalho seja em suas condições físicas (higiene e segurança), seja em suas condições psicológicas e sociais. Tudo isso redunda em um ambiente de trabalho agradável e amigável e melhora substancialmente a qualidade de vida das pessoas na organização. Os gurus da qualidade dizem que a qualidade externa nunca é maior do que a qualidade interna: é apenas uma decorrência. O mesmo se aplica à qualidade de vida das pessoas. Considera-se, portanto, que se os funcionários estiverem trabalhando felizes automaticamente sua produtividade dentro da empresa será maior. Sendo 31 assim, as empresas são desafiadas a reconhecer e investir mais em seus funcionários que tem na organização fazendo assim, que seu ambiente de trabalho fique cada vez mais motivados a realizarem suas funções. (GIL, 2001) Ressalta-se ainda, que a gestão de recursos humanos está definida no ponto de vista de cada empresa e do ambiente das mesmas. E evidencia que o conjunto das condições físicas, sociológicas, psicológicas e tecnológicas do ambiente de trabalho é que irá alcançar a satisfação do empregado. (MEDEIROS, 2002) Albrecht (1990, p. 152) colabora com o tema, mostrando como a satisfação do empregado afeta diretamente todo o desempenho da organização. O clima psicológico de uma organização tem uma influência direta nas atitudes, no bem-estar e nos níveis de estresse de cada empregado. A alta produtividade e os elevados níveis de satisfação no trabalho requerem um clima organizacional saudável e de apoio. Cabe à direção criar e manter um ambiente social no qual as pessoas possam trabalhar com afinco e bem e possam ficar satisfeitas e receber recompensas que as mantenham interessadas no trabalho. Embora o termo clima seja muito abstrato e os cientistas do comportamento tenham tido dificuldades de medi-lo, podemos identificar algumas características básicas, ou “dicas”, para avaliarmos o clima de uma organização típica e que possamos usar como orientação para melhorá-lo. Corrêa (1993) entende QVT (Qualidade de Vida no Trabalho), como qualquer tipo de modificação que vem sendo descoberto aos poucos. Neste caso, o estudo do contexto sócio-econômico se faz preciso para o entendimento dos valores e sua motivação. A autora cita quatro etapa para entender a qualidade de vida no trabalho: 1º) Inclui as condições de sustento, como salário compatível com o cargo a exercer, prevenção se acidentes, segurança e aposentadoria. 2º) Menciona os incentivos salariais, eficiência administrativa e participação nos lucros. Nele fala as idéias de Taylor e Fayol, criadas em torno de 1980, nos EUA, no movimento de engenharia industrial e de produção. 3º) Fala da liderança democrática, a participação e a moral do grupo como grandeza da qualidade de vida no trabalho, o reconhecimento social e o treinamento. Foi surgida em 1930, diante dos trabalhos da Escola de Relações Humanas. 32 4º) Auto-realização, desenvolve as teses de desenvolvimento, pequenos grupos, flexibilidade no horário de trabalho, criatividade e pequenos grupos. Corrêa (1993) também explica que é muito difícil encontrar as quatro etapas citadas, pois a opressão com a pratica e a aceitação total das medidas citadas dependem de fatores em níveis social, organizacional e individual. No Brasil, de acordo com os dissídios, é possível existir as quatro etapas, mas com o predomínio da primeira sobre todas as outras. Corroborando com o conceito de QVT, França (1997, p. 80) afirma que: Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como m todo, o que, o que chamamos de enfoque biopsicossocial1. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnostico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa. Walton (1973) afirma que QVT abrange vários aspectos sociais, como: oportunidades de trabalho iguais para todos, legislação trabalhistas, trabalho seguro, planos de crescimento de cargos e a relação positiva, todos estes valores e idéias, vindos desde o inicio do século passado, para ajudar nas condições de trabalho e, de acordo com seu ponto de vista, ir bem além, destacando, também, as necessidades e desejos; almejando como seria o perfil de chefe ideal. Faz parte da QTV a preocupação com os valores humanos e ambientais, deixados de lado pela sociedade em favor das inovações tecnológicas, o crescimento econômico de cada dia e a produtividade. (Fernandes, APUD MEDEIROS, 2002) Para Werther e Davis (1983) os esforços para melhorar a qualidade no trabalho sempre nos dá, cargos mais produtivos e que nos de satisfação.Apesar que são usadas muitas técnicas diferentes quando se refere a “qualidade de vida no trabalho”, a maioria dos métodos gera ajustes de cargos, com o envolvimento dos funcionários atingidos. Segundo os autores citados, buscando também torna-los mais eficientes e um ambiente mais agradável para todos, pois estes não são 1 Uma teoria do desenvolvimento que diz que o crescimento psicológico ocorre através de fases e estágios. 33 apenas “um lugar para ganhar dinheiro, mas também tem que ser um ambiente onde satisfaça suas necessidades e que te de vontade de trabalhar”. Para Albrecht (1990), toda organização empresarial é um sistema social formado por seres humanos reais com atitudes, valores, sentimentos e comportamentos concretos, bem como um sistema técnico com capital, materiais e os fatores de produção a eles associados. Fundamental para todo sistema sócio técnico é um clima social bem definido no qual as pessoas vivam, trabalhem e se relacionem uma com as outras. Segundo Medeiros (2002, p. 29) Entretanto, sabemos que nem toda a insatisfação do empregado pode ser resolvida pela reformulação do cargo, pois a QTV também é afetada por vários outros fatores , como a supervisão, as condições de trabalho e a remuneração. Incentivos para a auto-realização adquirem maior significação, como estimulo ao desempenho, somente quando necessidades de outra ordem, como econômicas e sociais, já estão atendidas de forma satisfatória. O comprometimento dos empregados com o seu trabalho não pode, enfim, ser sustentado apenas através de fontes motivadoras de ordem psicossocial, nem tampouco apenas com incentivos financeiros. A Qualidade de Vida no Trabalho nada mais é, portanto, que um trabalho que não ofereça riscos e ameaças a saúde física e mental do trabalhador, que oferece possibilidades a um ambiente democrático e justo onde o trabalhador possa expor suas idéias e influenciar em decisões diante a sua profissão para melhoria e sucesso na sua organização. (VIEIRA, 1996) Albrecht (1990) afirma que o conceito de qualidade de vida no trabalho vem lenta, porém, seguramente, ganhando destaque como uma questão de responsabilidade da direção. Para Fleury et all (p. 301) O estresse é vivido no trabalho pela capacidade de adaptação, na qual sempre está envolvido o equilíbrio obtido entre exigência e capacidade. Se o equilíbrio for atingido, obter-se-á o bem-estar; se for negativo, gerará diferentes graus de incerteza, conflitos e sensação de desamparo. O estresse é, talvez, a melhor medida do estado de bem-estar da pessoa, já que a qualidade de vida no trabalho é individualizada por meio de suas diferentes manifestações de estresse. 34 Albrecht (1990) cita os principais fatores para a satisfação geral no trabalho e automaticamente para um bom equilíbrio entre a recompensa e o estresse no ambiente de trabalho para todo o tipo de pessoas, são eles: • Carga de trabalho: faz o funcionário e seu chefe sentir-se como um importante elemento do trabalho. Deixar o funcionário com uma sobrecarga grande faz com que ele possa não concluir a tarefa dada durante um período por falta de tempo ou habilidade, provocando assim ansiedade, frustração e um sentimento de perda. Mas se a atividade que ele tem que exercer for pequena pode causar as mesmas frustrações. • Variáveis físicas: define-se pela zona de conforto que a pessoa tem que trabalhar que são, posição cansativa para fazer o trabalho, temperatura, tempo, barulho, exposição ao sol, poluição do ar, produtos químicos nocivos a saúde. • Status do trabalho: tem uma zona de conforto intermediaria ao invés de indeterminado, pois trabalhos com status social inferior causam um certo desconforto diante da pessoa que exerce. • Prestação de contas: define-se até que ponto importantes resultados precisa depender da forma com que o funcionário desempenhou a atividade em relação ao grau de controle exercido sobre a atividade cumprida. • Variedade de tarefas: é os mais variados tipos de tarefas para resolver, vai desde tarefas monótonas até as mais complicadas e muitas vezes desprogramadas. • Contato humano: significa uma conversa satisfatória ou até mesmo um encontro casual com outras pessoas, que satisfaça as necessidades da própria pessoa. • Desafio físico: é risco de perigo, resistência. • Desafio mental: é atividades mentais que faz com que a pessoa fique psicologicamente envolvida nas suas tarefas que vai ter que resolver no trabalho. 35 Estes oito fatores citados anteriormente demonstram alguns dos princípios da satisfação no trabalho, e servem também como base para analisar os mais variados tipos de trabalho existente. Fazendo uma analise da Qualidade de Vida no Trabalho, resume-se que ela vem ganhando uma manifestação cada vez maior no ambiente de trabalho. Seja pelo aumento de produtividade, seja pela importância da competitividade e da modernidade, ou seja nas exigências por um melhor atendimento que os clientes querem. É através das melhorias nas condições de trabalho que fazem parte a QVT, e as respostas conquistadas podem ser o alcance dos objetivos da empresa, fazendo assim, com que a empresa enfrente as competições lá fora e assim comprometa os funcionários com as metas que tem que atingir a empresa. Sendo assim o desafio maior da QVT é investir o reconhecimento do compromisso das pessoas com as empresas e automaticamente no desenvolver das suas funções e assim gerar melhores condições de vida. (FLEURY et all, 2002) 36 3 METODOLOGIA DA PESQUISA Chegar à verdade dos fatos é a finalidade da ciência. Todavia, somente pode-se dizer que um conhecimento é científico, quando existe a possibilidade da sua verificabilidade. Metodologicamente, e para cumprir com a finalidade a que se propunha, o trabalho exigiu que se procedesse a uma profunda revisão bibliográfica onde foi levantado o conhecimento disponível na área, avaliando-se o que poderia contribuir para o objeto desta investigação. (GIL, 1999). 3.1 TIPOS DE PESQUISA A primeira etapa do estudo foi caracterizada por uma exaustiva exploração bibliográfica onde a pesquisadora buscou conhecer e aprofundar os conceitos relativos ao tema proposto. A pesquisa bibliográfica tem por finalidade “conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno.” (OLIVEIRA, 1997, p. 119). A partir do estudo bibliográfico, a segunda etapa caracterizou-se por uma pesquisa descritiva e de campo onde a pesquisadora buscou entender os fenômenos relativos à qualidade de vida dos colaboradores da empresa em estudo através de um instrumento de coleta de dados aplicado a uma amostra delimitada. O método descritivo permite uma maior cobertura sobre um fenômeno, no que poderia obter através de uma pesquisa de campo. (GIL, 1991) Com isso a pesquisa tornou-se quantitativa, e segundo Ramos, Ramos, Busnello (2003, p. 25): “Tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificar e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.” 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA A análise dos dados foi realizada através de uma pesquisa com os colaboradores da empresa em estudo, utilizando um erro amostral de 5%, sendo que a empresa possui 215 funcionários. Com isso aplicou-se a formula de Barbetta 37 (2004) para delimitação da amostra de quantos colaboradores seriam entrevistados, chegando-se a uma quantidade de 140 colaboradores a serem entrevistados. no=1/Eo² n=N.no/N+no Onde: n= Tamanho da população N= Valor da amostra considerandopopulação finita no= Uma primeira aproximação para o tamanho da amostra Eo²= Erro amostral tolerável 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS A coleta de dados ocorreu no período de Abril de 2010, sendo que a pesquisadora responsabilizou-se pela aplicação do instrumento de forma direta in loco na empresa em estudo. Os colaboradores entrevistados tiveram elucidadas suas duvidas com relação aos questionamentos no momento da aplicação do instrumento. O instrumento utilizado contou com 21 questionamentos fechados visando uma coleta simplificada para uma analise quantitativa. CENARIO DE PESQUISA A empresa em estudo é localizada na cidade de Criciúma/SC, onde é sua matriz. Foi fundada em 01/04/2001 e conta hoje, com 215 colaboradores, com clientes pelo Brasil inteiro. Possui 14 filiais em SC, 2 filiais em RS, 1 filial no PR, 2 filiais em SP e 1 filial em MG, possui 65 caminhões próprios, 95 caminhões agregados e sistema com rastreadores via satélite para dar maior segurança e tranqüilidade para o cliente. A empresa oferece diversos treinamentos no contexto comportamental, abrangendo desde ergonomia até hábitos saudáveis, possui também uma psicóloga, que além de outras atividades, acompanha individualmente os 38 funcionários com problemas diversos ( família, financeiro, doença, trabalho), afim de lhe proporcionar um melhor ambiente de trabalho, sentindo-se acolhido e compreendido. Os colaboradores afastados recebem visita domiciliar da Psicóloga acompanhada da diretoria, para continuarem assim sentindo-se parte da empresa, saberem do seu reconhecimento profissional e da preocupação da empresa para com sua saúde. 39 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA A seguir, apresentam-se os resultados obtidos a partir da coleta de dados efetuada dentro da empresa em estudo. GRUPO 1 – PERFIL DOS ENTREVISTADOS: Tabela 1 – Idade Idade Freqüência Absoluta Freqüência relativa 16 à 20 anos 9 6% 21 à 30 anos 54 39% 31 à 40 anos 42 30% 41 à 50 anos 33 24% 51 à ... 2 1% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 6% 39% 30% 24% 1% 16 à 20 anos 21 à 30 anos 31 à 40 anos 41 à 50 anos 51 à ... Figura 2: Idade dos Entrevistados Fonte: Dados da Pesquisa Os resultados demonstram que 6% dos funcionários tem idade entre 16 à 20 anos, 39% que representam o maior grupo tem entre 21 à 30 anos, 30% tem entre 31 à 40 anos, 24% apresentam idade entre 41 e 50 anos e apenas 1% dos colaboradores tem mais de 50 anos. 40 Tabela 2 – Sexo Sexo Freqüência Absoluta Freqüência relativa Feminino 20 14% Masculino 120 86% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 14% 86% Feminino Masculino Figura 3: Sexo dos Entrevistados Fonte: Dados da Pesquisa A figura relaciona os colaboradores da empresa por sexo, sendo que o sexo masculino é maioria na organização, ele abrange 86% dos funcionários, sendo que 14% é do sexo feminino. 41 Tabela 3 – Estado Civil Estado Civil Freqüência Absoluta Freqüência relativa Solteiro 98 70% Casado 35 25% União Estável 2 1% Divorciado 0 0 Viúvo 5 4% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 70% 25% 1% 0% 4% Solteiro Casado União Estável Divorciado Viúvo Figura 4: Estado Civil dos Entrevistados Fonte: Dados da Pesquisa Ao analisar os dados da figura 4, nota-se que 70% dos funcionários são solteiros, 25% casados, 1 % tem uma união estável, 4% são viúvos e não existe divorciados. 42 Tabela 4 – Grau de Instrução Grau de Instrução Freqüência Absoluta Freqüência relativa E.F.C 12 9% E.F.I 5 4% E.M.C 39 27% E.M.I 23 16% E.S.C 33 24% E.S.I 24 17% P.G 4 3% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 9% 4% 27% 16% 24% 17% 3% E.F.C E.F.I E.M.C E.M.I E.S.C E.S.I P.G Figura 5: Grau de Instrução dos Entrevistados Fonte: Dados da Pesquisa A pesquisa apresentou que 9% tem o ensino fundamental completo, 4% tem o ensino fundamental incompleto, 27% tem ensino médio completo, 16% tem o ensino médio incompleto, 24% tem ensino superior completo, 17% tem o ensino superior incompleto e 3% são pós graduados. 43 Tabela 5 – Tempo que trabalha na empresa Tempo que trabalha na empresa Freqüência Absoluta Freqüência relativa 0 à 1 ano 9 6% 2 à 4 anos 18 13% 5 à 7 anos 59 42% 8 à 10 anos 42 30% Mais de 10 anos 12 9% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 6% 13% 42% 30% 9% 0 à 1 ano 2 à 4 anos 5 à 7 anos 8 à 10 anos Mais de 10 anos Figura 6: Tempo que os entrevistados trabalham na empresa Fonte: Dados da Pesquisa Com relação ao tempo de serviço que os colaboradores tem dentro da empresa, 6% dos funcionários trabalham na empresa á menos de um ano, 13% trabalham de 2 à 4 anos, 42% trabalham de 5 à 7 anos, 30% trabalham de 8 à 10 anos, e 9% trabalham mais de 10 anos na empresa. 44 Tabela 6 – Setor que trabalha Setor que trabalha Freqüência Absoluta Freqüência relativa Recepção 3 2% Gerencia 4 3% Administrativo 40 29% Financeiro 2 1% Expedição 5 4% Depósito 36 26% Motorista 50 35% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 2% 3% 29% 1%4% 26% 35% Recepção Gerencia Administrativo Financeiro Expedição Depósito Motorista Figura 7: Setor que cada funcionário trabalha Fonte: Dados da Pesquisa Analisando os cargos da empresa, constatamos que 2 % dos funcionários trabalham na recepção, 3% trabalham na gerencia, 29% trabalham no setor administrativo, 1% trabalham no financeiro, 4% na expedição, 26% trabalham no depósito, e, 35% que é maioria dos funcionários, trabalham como motoristas. 45 GRUPO 2 – QUESTÕES RELATIVAS AO AMBIENTE DE TRABALHO Tabela 7 – Percepção do entrevistado com relação a higiene e segurança no ambiente de trabalho Percepção do entrevistado com relação à higiene e segurança no ambiente de trabalho Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, plenamente 131 94% Sim, na maioria da vezes 9 6% Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 94% 6% 0% Sim, plenamente Sim, na maioria da vezes Não, nunca Figura 8: Percepção do entrevistado com relação a higiene e segurança no ambiente de trabalho Fonte: Dados da Pesquisa Diante dos aspectos de higiene e segurança no trabalho, 94% dos entrevistados afirmam que a empresa é plenamente respeitadora com estes dois fatores, já 6% acham que é na maioria das vezes que a empresa respeita e nenhum funcionário acha que a empresa não se preocupa com os fatores. 46 Tabela 8 – Freqüência de bom relacionamento com seus colegas de trabalho Freqüência de bom relacionamento com seus colegas de trabalho Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 129 92% Sim, na maioria das vezes 11 8% Sim, raramente 0 0 Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 92% 8% 0%0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 9: Freqüência de bom relacionamento com seus colegas de trabalho Fonte: Dados da Pesquisa A pesquisa demonstrou que 92% dos funcionários tem sempre um bom relacionamento com seus colegas, já 8% na maioria das vezes tem uma boa convivência e nenhum se sente frustrado ou acha que não existe um bom relacionamento um com os outros. 47 Tabela 9 – Freqüência do bom relacionamento com a chefia de seu departamento Freqüência do bom relacionamento com a chefia de seu departamento Freqüência Absoluta Freqüênciarelativa Sim, sempre 23 16% Sim, na maioria das vezes 117 84% Sim, raramente 0 0 Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 16% 84% 0%0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 10: Freqüência do bom relacionamento com a chefia de seu departamento Fonte: Dados da Pesquisa A pesquisa mostra que 16% dos funcionários, têm sempre um bom relacionamento com sua chefia, e 84% na maioria das vezes se sente bem relacionado com seus superiores, e ninguém sente que seu relacionamento com seus superiores seja prejudicado. 48 Tabela 10 – Freqüência de bom relacionamento entre gerentes e subordinados Freqüência de bom relacionamento entre gerentes e subordinados Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 27 19% Sim, na maioria das vezes 113 81% Sim, raramente 0 0 Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 19% 81% 0%0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 11: Freqüência de bom relacionamento entre gerentes e subordinados Fonte: Dados da Pesquisa Analisando os dados da figura 11, pode-se perceber que a empresa tem um excelente relacionamento com seus funcionários e se preocupa com os mesmos. O gráfico acima demonstra que 81% acham que a empresa se preocupa na maioria das vezes com a boa convivência entre gerentes e subordinados e 19% acha que a empresa está sempre preocupada. 49 Tabela 11 – Freqüência com que primam por um bom ambiente de trabalho Todos primam por um bom ambiente de trabalho Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 13 9% Sim, na maioria das vezes 127 91% Sim, raramente 0 0 Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 9% 91% 0%0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 12: Primam por um bom ambiente de trabalho Fonte: Dados da Pesquisa O resultado da pesquisa demonstra que 91% dos funcionários primam por um bom relacionamento na maioria das vezes. 50 Tabela 12 – Percepção da preocupação da empresa em estudo com relação às necessidades básicas Percepção da preocupação da empresa em estudo com relação as necessidades básicas Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 24 17% Sim, na maioria das vezes 98 70% Sim, raramente 18 13% Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 17% 70% 13% 0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 13: Necessidades básicas são analisadas com respeito e preocupação Fonte: Dados da Pesquisa Conforme resultados da pesquisa 70% acham que as necessidades básicas que necessitam na maioria das vezes são sempre muito bem tratadas, já uma minoria sente que a empresa se preocupa pouco com as necessidades. 51 GRUPO 3 - QUESTÕES RELATIVAS A MOTIVAÇÃO DO COLABORADOR Tabela 13- Segurança de estabilidade na empresa Segurança de estabilidade na empresa Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, plenamente 14 10% Sim, na maioria da vezes 114 81% Não, nunca 12 9% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 10% 81% 9% Sim, plenamente Sim, na maioria da vezes Não, nunca Figura 14: Segurança de estabilidade na empresa Fonte: Dados da Pesquisa Como a tabela 13 demonstra, a segurança e a estabilidade na empresa é bem vista pelos colaboradores, sendo que 81% dos colaboradores se sentem na maioria das vezes seguros. 52 Tabela 14 – Empresa apresenta perspectiva de crescimento A empresa apresenta perspectiva de crescimento Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim 120 86% Não 20 14% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 86% 14% Sim Não Figura 15: Empresa apresenta perspectiva de crescimento Fonte: Dados da Pesquisa Ao analisar os dados obtidos, nota-se que a empresa sempre expõe aos seus funcionários que eles podem crescer profissionalmente dentro da empresa. 53 Tabela 15 – freqüência com que se sente-se satisfeito com as funções que desempenha Sente-se satisfeito com as funções que desempenha Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 80 57% Sim, na maioria das vezes 50 36% Sim, raramente 10 7% Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 57% 36% 7% 0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 16: Sente-se satisfeito com as funções que desempenha Fonte: Dados da Pesquisa Quanto as funções que cada um desempenha dentro da empresa, 57% sente-se satisfeito com a sua função que exerce dentro da empresa, já 36% na maioria das vezes está satisfeito, e um numero pequeno de funcionários sente-se raramente satisfeito com seu trabalho. 54 Tabela 16 – freqüência com que se sente reconhecido dentro da empresa Sente-se reconhecido dentro da empresa Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 30 21% Sim, na maioria das vezes 90 65% Sim, raramente 20 14% Não, nunca 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 21% 65% 14% 0% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 17: Sente-se reconhecido dentro da empresa Fonte: Dados da Pesquisa Conforme o resultado da pesquisa, a maioria dos funcionários se sentem reconhecidos dentro da empresa, mas existe um percentual de 14% que sente raramente reconhecido. 55 Tabela 17 – Existe um programa de exercícios para os funcionários dentro da empresa Existe um programa de exercícios para os funcionários dentro da empresa Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, semanalmente 140 100% Sim, quinzenalmente 0 0 Sim, mensalmente 0 0 Não apresenta 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 100% 0%0%0% Sim, semanalmente Sim, quinzenalmente Sim, mensalmente Não apresenta Figura 18: Existe um programa de exercícios para os funcionários dentro da empresa Fonte: Dados da Pesquisa De acordo com a pesquisa, 100% dos funcionários admite que a empresa tem um programa de exercícios para uma melhor Qualidade de Vida no Trabalho. 56 Tabela 18 – Qualidade do programa de exercícios Qualidade do programa de exercícios Freqüência Absoluta Freqüência relativa Ótimo 10 7% Bom 120 86% Regular 10 7% Insatisfatório 0 0 Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 7% 86% 7% 0% Ótimo Bom Regular Insatisfatório Figura 19: Qualidade do programa de exercícios Fonte: Dados da Pesquisa Através dos resultados, percebe-se que 7% dos funcionários relaciona os exercícios pra uma boa QVT como ótimo e 7% como regular, sendo que a maioria dos colaboradores gosta do programa. 57 Tabela 19 – Frequência com que o trabalho é reconhecido quando bem feito O trabalho é reconhecido quando bem feito Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 35 25% Sim, na maioria das vezes 89 63% Sim, raramente 11 8% Não, nunca 5 4% Total de entrevistados 140 100% Fonte: Dados da Pesquisa 25% 63% 8% 4% Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, raramente Não, nunca Figura 20: Trabalho é reconhecido quando bem feito Fonte: Dados da Pesquisa Referente ao reconhecimento diante das tarefas bem feita, 63% revela que são reconhecidos quando alcançados o sucesso. 58 Tabela 20 – Frequência com que os aspectos de trabalho influenciam na vida pessoal Aspectos de trabalho influenciam na vida pessoal Freqüência Absoluta Freqüência relativa Sim, sempre 26 19%
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