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TCC Concreto Reciclado (Final)

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UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
LEANDRO DE CARVALHO
CONCRETO RECICLADO
Uso de agregados provenientes da reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção da Civil
Guarujá – SP
2019
LEANDRO DE CARVALHO
CONCRETO RECICLADO
Uso de agregados provenientes da reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção da Civil
Monografia de Graduação apresentada à Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob a orientação do Prof.ª Dra. Luciana Jandelli Gimenes.
GUARUJÁ - SP
2019
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
Carvalho, L.
Concreto Reciclado - Uso de agregados provenientes da reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção da Civil – Carvalho, L. – Guarujá, SP, 2019.
56 p. (número de páginas)
Orientadora: Prof.ª Dra. Luciana Jandelli Gimenes
Monografia (Bacharelado) – Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, Campus Guarujá. Engenharia Civil, Guarujá, 2019.
Palavras chave: Concreto sustentável; reciclagem de resíduos da construção; agregado reciclado; resíduos sólidos da construção civil; sustentabilidade.
LEANDRO DE CARVALHO
Concreto Reciclado: Uso de agregados provenientes da reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção da Civil
Monografia de Graduação apresentada à Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob a orientação da Prof.ª Dra. Luciana Jandelli Gimenes.
Área de concentração:
Data de defesa: ____ de ________________ de 2019
RESULTADO: __________________________
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Prof. 
Universidade de Ribeirão Preto
______________________________________
Prof.
Universidade de Ribeirão Preto
______________________________________
Prof.
Universidade de Ribeirão Preto
“Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. (Romanos 8:37) ”.
Dedico esta conquista com muito amor e carinho:
À minha esposa, Andreia.
Ao meu filho, Leonardo.
À minha mãe, Valdira.
À minha Família.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me capacitado, me dado sabedoria e discernimento, ter me fortalecido espiritualmente nos momentos mais difíceis. Toda honra e toda glória a Ti Senhor.
A minha digníssima e amada esposa Andreia, por ser sempre minha principal incentivadora, por me apoiar e dar todo o suporte em momentos delicados dessa trajetória, pelos momentos de lazer sacrificados em prol deste projeto de vida. Agradeço profundamente. Te amo!
A meu filho e “Amor maior” Leonardo, que apesar de apenas seus 2 anos de vida, entre brincadeiras e sermões, soube compreender o momento de abdicação e sacrifícios ao qual foram esses últimos períodos. Com seu imenso carinho, me fortaleceu e me encheu de motivos para trilhar este caminho em busca do sucesso. Te amo meu tesouro!
A minha guerreira, minha mãe Valdira, que apesar das dificuldades impostas pela vida, agradeço pela educação, por se dedicar incansavelmente em minha criação, pelo incentivo em todos os meus objetivos e realizações e pelo amor incondicional.
Ao meu sogro Francisco, que com sua extrema bondade, sempre me auxiliou e me socorreu em vários momentos de necessidade, com participação direta neste projeto, por se deslocar por várias cidades em busca de materiais para a conclusão deste estudo. Agradeço pela confiança e dedicação.
	Aos meus queridos e amados irmãos e irmãs: Elenivalda, Elenuzia, Erivaldo, Cristiana, Alexandra e Maicon, pelo carinho, pelo incentivo, e por toda a confiança. 
	A minha orientadora Prof.ª Dra. Luciana Jandelli Gimenes, meu agradecimento especial pela orientação, incentivo, colaboração, pela confiança, por acreditar no meu trabalho. Muito obrigado!
8
 
RESUMO
A construção Civil vem sendo destaque com seus impulsos de aspectos econômicos, colocando de lado os seus impactos negativos em relação ao meio ambiente, que por sua vez, sempre foi um grande consumidor de recursos naturais e gerador de altos volumes de resíduos, responsável por 50% dos resíduos urbanos gerados. Atualmente existem leis e normas que regulamentam a destinação deste tipo de resíduo, porém, ainda assim, existem descartes e depósitos irregulares destes materiais, principalmente gerados em construções, reformas e demolições informais ou empresas que agem na coleta e destinação de resíduos de forma irregular. O Conselho Nacional do Meio Ambiente atribui a responsabilidade sob os resíduos sólidos de modo compartilhado entre os geradores, transportadores e gestores municipais. Fica sob a responsabilidade do Município, cobrar e fiscalizar a destinação adequada dos Resíduos Sólidos da Construção Civil (RSCC) através de planos de gerenciamento de resíduos sólidos para a correta destinação final e local autorizado/licenciado e, combate a disposição irregular. Este estudo demonstra a importância da correta disposição final e reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil. Aponta ainda a importância, viabilidade e eficiência do concreto confeccionado com agregados reciclados a partir de resíduos da construção civil, comprovados através de ensaio de compressão dos corpos-de-prova, que por sua vez, teve como objetivo, obter a resistência à compressão de cada uma das amostras de acordo com a sua composição, conforme apresentado nos ensaios. Os resultados mostraram que o concreto com agregados 50% natural e 50% reciclado a partir de entulhos de Classe A, apresentou uma eficiência 77% proporcional ao desempenho do concreto convencional, possibilitando assim a aplicação do mesmo para diversas finalidades não estruturais na construção civil conforme ABNT NBR 15116:2004. Foi possível concluir que o uso de resíduos como agregados no concreto, apresenta uma resistência à compressão muito próxima quando comparado ao concreto com agregados naturais. De um ponto de vista sustentável e econômico, a utilização de RSCC como agregado na mistura do concreto, é uma opção para contribuir em partes com a destinação correta destes resíduos.
Palavras-chave: Concreto sustentável; reciclagem de resíduos da construção; agregado reciclado; resíduos sólidos da construção civil; sustentabilidade.
ABSTRACT
Civil construction has been highlighted with its impacts of economic aspects, putting aside its negative impacts in relation to the environment. In turn, it has always been a major consumer of natural resources and generator of high volumes of waste, responsible for 50% of urban waste generated. Currently there are laws and regulations that regulate the disposal of this type of waste. However, there are still discards and irregular deposits of these materials, mainly generated in buildings, reforms and informal demolitions or companies that act in the collection and destination of waste of irregular form. The National Environment Council assigns liability under solid waste shared between generators, transporters and coutry managers. It is the responsibility of the Municipality to charge and supervise the proper destination of the RSCC through solid waste management plans for the correct final destination and authorized / licensed site, and to combat irregular disposal. This study demonstrates the importance of correct final disposal and recycling of solid waste from construction. It points out the importance, feasibility and efficiency of the Concrete made with recycled aggregates from Civil Construction waste, proven by a test of compression of the Test specimens. Which, in turn, aimed to obtain the compressive strength of each of the samples according to their composition as presented in the tests. Where the results showed that the concrete with 50% natural and 50% recycled aggregates from Class A debris showed a 77% efficiency proportional to the performance of theconventional concrete, thus allowing the application of the same to several non-structural purposes in the civil construction according to ABNT NBR 15116: 2004. It was possible to conclude that the use of residues as aggregates in concrete presents a very close compressive strength when compared to concrete with natural aggregates. And from a sustainable and economical point of view, the use of RSCC as an aggregate in the concrete mix is ​​an option to contribute in parts with the correct destination of this waste.
Keywords: Recycled concrete; recycling of construction waste; recycled aggregate; solid waste from construction; recycling
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Distribuição de RCC do município de São Carlos.	21
Figura 2. Ponto de triagem de resíduos baixo volume.	24
Figura 3. Área de transbordo e triagem.	24
Figura 4. Bica corrida reciclada.	26
Figura 5. Areia reciclada.	27
Figura 6. Pedra tipo 1 reciclada.	27
Figura 7. Centro Tecnológico de Engenharia UNAERP.	31
Figura 8. Areia reciclada argamassa.	32
Figura 9. Areia reciclada RSCD.	32
Figura 10. Agregado graúdo reciclado de argamassa.	33
Figura 11. Agregado graúdo reciclado de RSCD.	33
Figura 12. Balança.	34
Figura 13. Balde graduado.	35
Figura 14. Haste metálica de socamento.	35
Figura 15. Molde cilíndrico.	36
Figura 16. Prensa hidráulica.	36
Figura 17. Materiais reciclados embalados.	37
Figura 18. Materiais reciclados obtidos.	38
Figura 19. Mistura pronta do concreto.	43
Figura 20. Corpo-de-prova moldado.	44
Figura 21. Corpos-de-prova moldados.	45
Figura 22. Corpo-de-prova após o desmolde.	45
Figura 23. Corpo-de-prova posicionado para início do ensaio.	47
Figura 24. Corpo-de-prova rompido.	47
Figura 25. Esboço dos tipos de ruptura.	48
Figura 26. Resultados do ensaio de compressão de corpos-de-prova.	52
 LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Classificação dos Resíduos da construção civil.	20
Quadro 2. Requisitos para agregado reciclado destinado ao preparo de concreto sem função estrutural.	28
50
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultados do ensaio de compressão descritos em conformidade com ABNT NBR 5739.	49
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRECON - Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição 
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Governo Federal
NBR – Norma Brasileira 
RCC – Resíduos da construção civil 
RCD – Resíduos da construção e demolição 
RSCC – Resíduos sólidos da construção civil 
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	15
2. OBJETIVOS	17
2.1 OBJETIVO GERAL	17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	17
3. JUSTIFICATIVA	18
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	19
4.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL	19
4.1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS	20
4.2. PLANO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL	22
4.2.1. PLANO INTEGRADO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL	22
4.2.2. DESTINAÇÃO	23
4.3. RECICLAGEM DOS RESÍDUOS	25
4.4. AGREGADO RECICLADO NO CONCRETO	26
4.5. TRAÇO DO CONCRETO	28
5. MATERIAL E MÉTODOS	31
5.1. MATERIAIS UTILIZADOS	31
5.2. MÉTODOS	37
5.2.1. PENEIRAMENTO	37
5.2.2. DEFINIÇÃO DO TRAÇO	39
5.2.3. QUANTIDADE E PROPORÇÃO DE MATERIAL	40
5.2.4. MISTURA E CONFECÇÃO DO CONCRETO	42
5.2.5.	MOLDAGEM DOS CORPOS-DE-PROVA	43
5.2.6.	CURA DOS CORPOS-DE-PROVA	44
5.2.7.	ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA	46
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO	49
7. CONCLUSÃO	53
8. REFERÊNCIAS	54
1. INTRODUÇÃO
Os resíduos sólidos da construção civil e demolição (RSCD) são inevitáveis. Há tempos a construção civil vem sendo destaque com seus impulsos de aspectos econômicos, colocando de lado os seus impactos negativos ao meio ambiente, que por sua vez, sempre foi sinônimo de grande consumidor de recursos naturais e gerador de altos volumes de resíduos. 
Atualmente no Brasil, os resíduos sólidos da construção civil, representam mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos (IPEA, 2012). Um dos agravantes é a destinação e disposição inadequada destes resíduos, que em sua grande parte, são praticados por obras e reformas informais.
O constante crescimento da construção civil no Brasil traz alguns aspectos negativos quando se trata do Meio Ambiente. Com isso cresce também a preocupação e a responsabilidade em diminuir esses impactos de forma expressiva.
Atualmente existem alguns projetos por parte do Governo Federal, em relação a destinação correta destes resíduos. Como por exemplo a criação da Resolução n. 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que visa regulamentar e responsabilizar os geradores, transportadores e gestores municipais. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem sua contribuição direta através da NBR 15112, NBR 15113 e NBR 15114 que fornecem diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de manejo de resíduos, onde as NBRs 15115 e 15116 estabelecem normas para o uso de agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Porém ainda há muito o que se fazer para conscientizar a população sobre à tamanha importância destas ações. 
A partir de estudos relacionados à reutilização de Resíduos da Construção Civil (RCC), há o intuito de utilizar todo o material possível que provem de resíduos gerados em canteiros de obras e demolições. 
Através de pesquisas e ensaios realizados neste estudo, é constante o interesse em demostrar a importância, a viabilidade e a eficiência do Concreto com agregados reciclados na Construção Civil. Com ênfase na correta disposição final e reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil (RSCC) e a análise das possibilidades de uso do concreto com agregados reciclados com diferentes proporções na composição de cada traço de concreto apresentado.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar um estudo demonstrando a importância, viabilidade e eficiência do Concreto com agregados reciclados na Construção Civil.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Demostrar a importância da correta disposição final e reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil;
· Analisar a possibilidade de uso do concreto com agregados reciclados;
· Realizar um ensaio experimental e comparativo. 
3. JUSTIFICATIVA 
	
O constante crescimento da construção civil no Brasil traz alguns aspectos negativos quando se trata do Meio Ambiente. Com isso cresce também a preocupação e a responsabilidade em diminuir esses impactos de forma expressiva. 
Através de estudos relacionados à reutilização de resíduos da construção civil (RCC), objetiva-se utilizar todo o material possível que provem de resíduos gerados em canteiros de obras e demolições.
Em países de primeiro mundo, esta prática de reciclagem e reaproveitamento de RSCC’s já é uma realidade muito presente no cotidiano da construção civil.
No Brasil, existem alguns projetos por parte do Governo Federal e algumas prefeituras, porém ainda há muito o que se fazer para conscientizar a população sobre à tamanha importância deste tema. 
A substituição dos agregados naturais pelos agregados reciclados no concreto, é uma forma de minimizar estes problemas de disposição final de resíduos, visto que é um modo eficaz, quando se trata de seu desempenho de resistência mecânica e sustentável, pois não apresenta danos ao meio ao qual é empregado.
Este estudo procura mostrar diretrizes para composição e aplicações do concreto com o reuso de agregados oriundos da reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil. 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
	Resíduos sólidos da construção civil são inevitáveis, estão presentes em todo tipo de obra e segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Governo Federal (IPEA) a construção civil é responsável por gerar 50% dos resíduos de todo o pais (IPEA, 2012).
Atualmente em um canteiro de obras, são gerados inúmeros resíduos de todos os tipos: tijolos, pisos, restos de concreto e outros.
	De acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 307, Art. 2º, parágrafo I, são considerados resíduos da Construção Civil:
	I - Resíduosda construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
	
	Todo responsável técnico ou legal da construção, também é responsável pelos resíduos gerados, desde a produção na sua obra até a destinação final destes.
	Ainda na RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, Art. 2º, parágrafo II:
	
	“II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução”.
	Resíduos em sua maioria, são depositados em caçambas ainda no canteiro de obras e geralmente essas caçambas pertencem a uma outra empresa terceirizada, assim como a coleta e destinação final destes. Segundo o CONAMA, os transportadores, sendo pessoa física ou jurídica devidamente cadastrados, são encarregados da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação (RESOLUÇÃO CONAMA n. 307, Art. 2º parágrafo III). 
 4.1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Os resíduos existentes em uma obra são identificados e classificados de acordo com sua composição, segundo a resolução CONAMA n. 307, Art. 3º (Quadro 1).
Quadro 1. Classificação dos Resíduos da construção civil.
	CLASSE
	DESCRIÇÃO DO RESÍDUO
	A
	São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas nos canteiros de obras.
	B
	São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
	C
	São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.
	(CONTINUAÇÃO)
	CLASSE
	DESCRIÇÃO DO RESÍDUO
	D
	São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
 Fonte: CONAMA (2002).
	Em relação aos outros tipos de resíduos, os de classe A, representam em média 90% de todos os resíduos gerados em obras (Cardoso, 2017).
	É de extrema importância ter conhecimento apurado da composição dos resíduos da construção para um adequado gerenciamento e aproveitamento do mesmo. Como exemplo, tem-se um demonstrativo abaixo (Figura 1.), referente a uma caracterização e classificação de resíduos, realizada no município de São Carlos (São Paulo), por Marques Neto (2003).
 
Figura 1. Distribuição de RCC do município de São Carlos
 Fonte: Marques Neto (2003).
4.2. PLANO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
	Atualmente existem leis e normas que regulamentam a destinação deste tipo de resíduo, porém, ainda assim, existem descartes e depósitos irregulares destes materiais, principalmente gerados em construções, reformas e demolições informais ou empresas que agem na coleta e destinação de resíduos de forma irregular.
	O CONAMA atribui em sua resolução nº 307, a responsabilidade sob os resíduos sólidos de modo compartilhado entre os geradores, transportadores e gestores municipais. 
	Fica sob a responsabilidade do município em cobrar e fiscalizar a destinação adequada dos RSCC através de planos de gerenciamento de resíduos sólidos para a correta destinação final e local autorizado/licenciado e, combate a disposição irregular (Ministério Público SP, 2017).
4.2.1. PLANO INTEGRADO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
	Este instrumento contempla a elaboração pelos municípios, ao qual deverá incorporar o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (RESOLUÇÃO CONAMA nº 307).
	O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, é elaborado unicamente pelo Município, e destinado a pequenos geradores, que estabelece diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades e em conformidade com os critérios do sistema de limpeza urbana (RESOLUÇÃO CONAMA nº 307).
	O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, é elaborado e implementado pelos grandes geradores de resíduos, terão o dever de estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequada (RESOLUÇÃO CONAMA nº 307).
4.2.2. DESTINAÇÃO
	Para uma eficácia maior na destinação adequada dos resíduos, o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos, seguido de uma triagem que deverá ser realizada pelo gerador ou em áreas de destinação licenciadas para essa atividade, separando os resíduos conforme classificação estabelecidas no Art. 3º da RESOLUÇÃO CONAMA nº 307.
	É de extrema importância garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, que deverá ser transportado de acordo com ABNT NBR 13221:2010, que estabelece diretrizes para o transporte terrestre de resíduos.
	Segundo Art. 10º da Resolução Conama nº 307, os resíduos deverão ser destinados das seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; 
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem GESTÃO DE RESÍDUOS E PRODUTOS PERIGOSOS – Tratamento. RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 de 2002 574 RESOLUÇÕES DO CONAMA futura; 
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
	A ABNT NBR 15112, estabelece diretrizes para a triagem e transbordo de resíduos da construção civil e resíduos volumosos.
	Existem pontos públicos que são destinados à atração e triagem dos resíduos de pequenos geradores (Figura 2). 
Figura 2. Ponto de triagem de resíduos baixo volume
 Fonte: Ministério das Cidades.
	
	Esses pontos recebem apenas pequenos volumes de resíduos da construção civil. Por meio do documento Controle de Transporte de Resíduos (CTR) é feito o controle de recebimento de resíduos: origem, quantidade e qualidade.
	As Áreas de transbordo e triagem de resíduos sólidos da construção civil e resíduos volumosos, são destinados à captação dos entulhos de grandes geradores e tem o compromisso com a total triagem e correta destinação dos resíduos e rejeitos resultantes (Figura 3).
Figura 3. Área de transbordo e triagem
Fonte: Ministério das Cidades.
	Os aterros que recebem os resíduos da construção civil e resíduos inertes tem como norma a ser seguida, a ABNT NBR 15.113, que estabelece regras, condições e técnicas de disposição de resíduos da construção civil de classe A, preservando os materiais segregados, de forma a possibilitar o uso dos materiais ou futura utilização da área, mantendo o menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
	Esses aterros ficam sujeitos ao licenciamento ambiental quanto à localização, operação e instalação. 
4.3.RECICLAGEM DOS RESÍDUOS 
	Atualmente existem várias empresas capacitadas e especializadas em receber, efetuar a triagem e reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil.
As áreas de reciclagem devem atender a NBR 15114:2004 com as condições estabelecidas para implantação, projeto e operação. 
Voltado ao reuso desses materiais como agregados para a Construção Civil, apenas resíduos de Classe A podem ser reaproveitados, segundo Resolução CONAMA nº 307:2002.
	A coleta dos entulhos é feita através de empresas devidamente licenciadas e são destinados à usinas que efetuam todo o serviço de reciclagem (ABRECON 2015).
	Na usina é efetuada a triagem dos resíduos e retirada as impurezas. Após este processo, os resíduos de Classe A, são submetidos a um processo de moagem, onde são triturados através de britadores até obter-se o tamanho dos grãos desejados (Figura 4) (ABRECON 2015).
Figura 4. Bica corrida reciclada
Fonte: Foccus Gerenciamento de Resíduos.
	Esses produtos por sua vez, após o tratamento adequado, são comercializados com valores consideravelmente inferiores a produtos naturais de mesma aplicação, segundo Foccus Gerenciamento de Resíduos, empresa localizada na cidade de Praia Grande – São Paulo (ABRECON 2015).
	
4.4. AGREGADO RECICLADO NO CONCRETO
	É crescente a quantidade de estudos sobre a viabilidade do uso de agregados reciclados para a produção de concreto para diversos fins na construção civil.
	A sua viabilidade técnica ainda é muito questionada quando se trata de sua resistência mecânica à compressão, devido a maior absorção de água em relação aos agregados naturais, sendo assim não recomendado a substituição da areia e brita para fins estruturais, segundo Levy (2006).
	A Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (ABRECON) fornece diretrizes e recomendações para o emprego dos agregados na mistura do concreto. Por sua vez, são considerados aceitáveis para a execução do concreto: Areia reciclada (Figura 5) com dimensões máxima inferior a 4,8 mm isento de impurezas e brita reciclada (Figura 6) com dimensões máxima de 39 mm isento de impurezas (ABRECON 2015). 	
Figura 5. Areia reciclada
Fonte: Foccus Gerenciamento de Resíduos.
 
Figura 6. Pedra tipo 1 reciclada
Fonte: Foccus Gerenciamento de Resíduos.
	Segundo a ABNT NBR 15116/ 2004, o concreto com agregados reciclados sem função estrutural, pode ser destinado para o uso como enchimentos, contra piso, calçadas e fabricação de artefatos não estruturais, como blocos de vedação, meio-fio (guias), sarjetas, canaletas, mourões e placas de muros. Todas essas aplicações implicam o uso de concreto de classes de resistência C10 e C15 da ABNT NBR 8953.
	Ainda segundo a ABNT NBR 15116:2004, os resíduos de classe A devem obedecer alguns requisitos para serem destinados ao preparo do concreto, conforme Quadro 2.
Quadro 2. Requisitos para agregado reciclado destinado ao preparo de concreto sem função estrutural.
 Fonte: ABNT NBR 15116 (2004).
	A composição granulométrica do agregado deve estar de acordo com a ABNT NBR 7211 e pode ser corrigida pela adição de agregados convencionais (ABNT NBR 15116:2004).
	
4.5. TRAÇO DO CONCRETO 
	O correto traço do concreto e sua relação água/cimento é fundamental para que se obtenha um resultado, características e desempenho de acordo com o Concreto de Resistência (Fck) desejado (Silva, 1975).
	A confecção do concreto utilizando agregados reciclados apresentam uma menor trabalhabilidade e devido a sua alta absorção de água, há um aumento do consumo de cimento (Angulo, 2005).
	De acordo com estudos, os agregados miúdos reciclados absorvem 80% a mais de água quando comparado ao material natural, esta diferença está relacionada a sua maior porosidade (Tenório, 2007).
	Com relação ao concreto de um modo geral, é necessário estabelecer uma relação entre água/cimento e a relação água/materiais secos. Se estabelecido uma relação entre esses dois valores conhecidos de modo que estejam relacionados a composição, peso e quantidade de cimento, areia e brita, é possível obter-se uma relação entre as quantidades dos materiais secos (SILVA, 1975).
	
Por definição, temos que:
No volume unitário a quantidade de cimento é a unidade de medidas para as demais quantidades, se fixado as quantidades de areia, brita, e água a partir do peso do cimento contido no volume unitário (SILVA, 1975), tem-se:
· Quantidade de cimento no volume unitário = C = 1 unidade de medida;
· Quantidade de areia no volume unitário = a. C = a unidade de medida;
· Quantidade de brita no volume unitário = b. C = b unidades de medida;
· Quantidade de água contida no volume unitário = x. (1) = x;
· Quantidade de água contida no volume unitário = A (quantidade de cimento mais areia mais brita) = A. (1+a+b) = A (1+m).
Considerando que o volume unitário a quantidade total de água é um valor perfeitamente definido (SILVA, 1975), temos a seguinte igualdade:
 
Consequentemente, após conhecido o fator água/cimento (x) e o fator água/ materiais secos (A) é possível, de um modo fácil, estabelecer uma primeira relação cimento/agregado (SILVA, 1975).
 
Quando estabelecido os valores de areia e de brita, consegue-se expressar a composição unitária, em peso (SILVA, 1975): 
· 1 - parte de cimento;
· a - partes de areia; 
· b - partes de brita;
· x - partes de água.
Ou também: 
· 1 : a : b : x. 
		
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1. MATERIAIS UTILIZADOS 
	Abaixo encontra-se uma lista com os materiais utilizados para a realização da confecção do concreto convencional, concreto reciclado, montagem dos corpos de prova e o ensaio de compressão. Todo o processo foi realizado no Centro Tecnológico de Engenharia Civil e Produção da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Campus Guarujá (Figura 7).
Figura 7. Centro Tecnológico de Engenharia UNAERP.
Fonte: O autor (2019).
	
Matéria Prima utilizada:
· Água potável;
· Areia natural;
· Areia reciclada a partir de restos de argamassa e concreto (Figura 8);
· Areia reciclada a partir de RSCC classe A (Figura 9); 
· Agregado graúdo reciclado a partir de restos de argamassa e concreto (Figura 10);
· Agregado graúdo reciclado a partir de RSCC classe A (Figura 11) 
· Brita 1 natural;
· Cimento Portland tipo CPII – E32.
 
Figura 8. Areia reciclada argamassa.
Fonte: O autor (2019).
Figura 9. Areia reciclada RSCC.
Fonte: O autor (2019).
Figura 10. Agregado graúdo reciclado de argamassa.
Fonte: O autor (2019).
Figura 11. Agregado graúdo reciclado de RSCC.
Fonte: O autor (2019).
Equipamentos e ferramentas utilizadas:
· Balança (Figura 12); 
· Balde graduado (Figura 13);
· Balde convencional de 30 litros;
· Colher de pedreiro;
· Haste metálica de socamento (Figura 14);
· Moldes cilíndrico (dimensões: Ø 100 x 200 mm) (Figura 15);
· Peneira para obter areia tipo fina (30);
· Prensa hidráulica (Figura 16).
Figura 12. Balança.
Fonte: O autor (2019).
Figura 13. Balde graduado.
Fonte: O autor (2019).
Figura 14. Haste metálica de socamento.
Fonte: O autor (2019).
Figura 15. Molde cilíndrico.
Fonte: O autor (2019).
Figura 16. Prensa hidráulica.
Fonte: O autor (2019).
5.2. MÉTODOS
Toda a matéria prima reciclada utilizada como agregado e objeto de estudo deste trabalho, foi adquirido através da Empresa Metropolitana Usina de Reciclagem, localizada na Cidade de São Vicente – SP. Foram fornecidos 60 kg de cada tipo de material, compostos por 3 sacos de 20 kg (Figura 17). Esta empresa é licenciada conforme Resolução CONAMA nº 307 e executa os serviços de coleta, triagem e reciclagem de RCC.
Figura 17. Materiais reciclados embalados.
Fonte: O autor (2019).
5.2.1. PENEIRAMENTO
Devido à dificuldade de encontrar os agregados miúdos e graúdos reciclados na região e devidamente separados e em suas respectivas granulometrias, os materiais reciclados adquiridos eram heterogêneos, principalmente os agregados reciclados a partir de RSCD de classe A conforme RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, que eram compostos por restos de tijolos, revestimentos, concreto e outros. 
Foi observado a necessidadede utilização de peneiras e todo o material reciclado a partir de restos de argamassa e RSCC foi disposto ao processo de peneiramento manual, com a utilização de uma peneira tamanho 30. Após este processo, toda a areia que passou pela peneira em ambos os casos, foi considerada areia tipo media conforme ABNT NBR 7211/1983 com dimensões entre 0,2 mm e 0,6 mm e todo o material retido na peneira foi considerado agregado graúdo sem a especificação de sua granulometria.
Ao final deste processo obteve-se quatro tipos de materiais conforme especificação a baixo (Figura 18):
· Agregado graúdo reciclado a partir de RSCC classe A em geral (material escuro);
· Areia media reciclada a partir de RSCC classe A em geral (material escuro);
· Agregado graúdo reciclado a partir de resto de argamassa (material claro);
· Areia media reciclada a partir de resto de argamassa (material claro). 
Figura 18. Materiais reciclados obtidos.
Fonte: O autor (2019).
 
5.2.2. DEFINIÇÃO DO TRAÇO
	Com o objetivo de comparar resultados de diferentes tipos de mistura com a mesma quantidade de material, o traço de concreto adotado é baseado na mistura convencional do mesmo, que se refere a areia e pedra natural, água e cimento. 
	Foi escolhido um tipo de traço de concreto com base no livro Manual de Traços de Concreto, publicado no ano de 1975 pelo Autor e Engenheiro Gildásio da Silva Rodrigues, que foi responsável por grandes obras no estado do Rio de Janeiro, uma delas muito conhecida, como a Ponte do Rio-Niterói. Com base neste manual, optou-se por um traço de concreto com resistência de 15 Mpa.
	O cálculo para a dosagem e a quantidade de material utilizado foi realizado conforme item 4.5 especificado anteriormente de acordo com SILVA (1975).
	Após os cálculos obteve-se:
· 1 - parte de cimento;
· 3,3 - partes de areia; 
· 4,2 - partes de brita;
· 0,84 - partes de água.
Ou:
· Traço: 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84.
Em todos os traços da mistura do concreto com resistência de 15 Mpa, utilizou-se:
· 1 Kg de cimento;
· 3,3 Kg de areia; 
· 4,2 Kg de brita;
· 0,84 Kg de água.
 
5.2.3. QUANTIDADE E PROPORÇÃO DE MATERIAL 
	Com o objetivo de obter-se resultados variados de acordo com as características de cada traço de concreto e efetuar um comparativo através das resistências a compressão obtidas, foram definidos traços de concreto com a mesma quantidade de água, cimento, areia e pedra com relação a resistência desejada, porém com diferentes proporções de agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra) naturais e/ou reciclados. Abaixo estão relacionados os traços de concreto natural e reciclado ao qual todos foram elaborados:
· Concreto com agregados 100% natural, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84:
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (areia natural);
· 4,2 kg de agregado graúdo (pedra tipo brita 1 natural);
· 0,84 kg de água.
· Concreto com agregados 100% reciclados a partir de restos de argamassa e concreto, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84: 
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (areia reciclada);
· 4,2 kg de agregado graúdo (pedra reciclada);
· 0,84 kg de água.
· Concreto com agregados 100% reciclados a partir de entulhos Classe A de modo geral, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84: 
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (areia reciclada);
· 4,2 kg de agregado graúdo (pedra reciclada);
· 0,84 kg de água.
· Concreto com agregados 50% natural e 50% reciclados a partir de restos de argamassa e concreto, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84: 
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (1,65 kg de areia natural e 1,65 kg de areia reciclada);
· 4,2 kg de agregado graúdo (2,1 kg de pedra tipo brita natural e 2,1 de pedra reciclada);
· 0,84 kg de água.
· Concreto com agregados 50% natural e 50% reciclados a partir de entulhos Classe A de modo geral, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84: 
 
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (1,65 kg de areia natural e 1,65 kg de areia reciclada);
· 4,2 kg de agregado graúdo (2,1 kg de pedra tipo brita natural e 2,1 de pedra reciclada);
· 0,84 kg de água.
· Concreto com agregados 50% reciclados a partir de restos de argamassa e concreto e 50% reciclados a partir de entulhos Classe A de modo geral, traço 1 : 3,3 : 4,2 : 0,84: 
· 1 kg de cimento;
· 3,3 kg de agregado miúdo (1,65 kg de areia reciclada e 1,65 kg de areia reciclada);
· 4,2 kg de agregado graúdo (2,1 kg de pedra reciclada e 2,1 de pedra reciclada);
· 0,84 kg de água.
5.2.4. MISTURA E CONFECÇÃO DO CONCRETO 
	O processo de confecção do concreto foi executado no Centro Tecnológico de Engenharia Civil e Produção da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Campus Guarujá.
	Devido a pequena quantidade de concreto necessária para a realização do estudo, não houve a necessidade do uso de uma betoneira para a mistura do mesmo, sendo esta etapa realizada pelo processo manual.
Todo o processo foi semelhante para todos os traços de quantidades e proporções especificados no item 5.2.3, com as seguintes etapas e respeitando a ordem:
 
1. Com uma balança, foi efetuado a pesagem da quantidade de materiais a serem utilizados; 
2. Em um balde convencional de 30 litros, foram acrescentados cimento e areia;
3. Com uma colher de pedreiro, foram misturados o cimento e areia;
4. Foi adicionado pedra, e com a colher de pedreiro foi misturado junto à areia e o cimento; 
5. Ao final, foi adicionada água e com a colher de pedreiro, foram misturados os materiais até obter-se a homogeneidade do concreto desejada (Figura 19).
Figura 19. Mistura pronta do concreto.
Fonte: O autor (2019).
5.2.5. MOLDAGEM DOS CORPOS-DE-PROVA 
Para o processo de moldagem dos corpos-de-prova, foram utilizados cilindros com dimensões de 100mm de diâmetro x 200 mm de altura, conforme ABNT NBR 5738:2015.
Os corpos-de-prova foram devidamente limpos, lubrificados e preparados conforme ABNT NBR 5738:2015.
Após a confecção do concreto, foi introduzido uniformemente no molde em uma primeira camada com volume igual a metade da capacidade do cilindro. Feito isso, foi executado o adensamento de forma manual, aplicando 12 golpes, utilizando uma haste metálica com ponta semiesférica conforme ABNT NBR 5738:2015. Novamente o concreto foi introduzido no molde até completar sua capacidade total, e por mais uma vez foi executado o adensamento com mais 12 golpes.
Por fim, com uma colher de pedreiro adequada, foi executado o processo de rasamento da superfície com a borda do molde (Figura 20), conforme ABNT NBR 5738:2015.
Figura 20. Corpo-de-prova moldado.
Fonte: O autor (2019).
5.2.6. CURA DOS CORPOS-DE-PROVA 
Após a moldagem, todos os corpos-de-prova foram identificados conforme a sua composição e colocados sobre uma superfície horizontal e rígida de acordo com a ABNT NBR 5738:2015. Todos estes, foram armazenados em local protegidos de intempéries (Figura 21). 
Figura 21. Corpos-de-prova moldados.
Fonte: O autor (2019).
Logo após o período de cura inicial, todos os corpos-de-prova foram desmoldados conforme estabelecido na ABNT NBR 12655:2015 (Figura 22).
Figura 22. Corpo-de-prova após o desmolde.
Fonte: O autor (2019).
Por fim, todos os corpos-de-prova foram armazenados conforme ABNT NBR 5738:2015 por um período total de cura de 28 dias.
5.2.7. ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA
O ensaio de compressão dos corpos-de-prova, teve como objetivo, obter a resistência à compressão de cada uma das amostras de acordo com a sua composição, visando atingir a resistência de 15 Mpa, conforme o traço de concreto escolhido e executado.
Para este ensaio, todas as etapas e procedimentos foram semelhantes para todos os corpos-de-prova de traços de concreto especificados no item 5.2.3. O processo foi executado no Centro Tecnológico de Engenharia Civil e Produção da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Campus Guarujá.
Para o procedimento foi utilizado uma maquia de ensaio de compressão de corpos-de-prova, composta por uma prensa hidráulica, com uma célula digital de medição, com a aplicação de carga realizada através de uma bomba hidráulica, com acionamento manual.
Para o início do processo,foram adicionados nas extremidades da máquina, dois pratos de compressão compostos em aço conforme ABNT NBR 5739:1994.
Todos os corpos-de-prova de suas respectivas composições, foram cuidadosamente colocados em posição de ensaio, de modo centralizado no prato inferior conforme ABNT NBR 5739:1994 (Figura 23).
Figura 23. Corpo-de-prova posicionado para 
início do ensaio.
Fonte: O autor (2019).
A carga foi aplicada de forma continua e sem choque de acordo com a ABNT NBR 5739:1994. A aplicação da carga findou-se no momento em que se notou a ruptura dos corpos-de-prova (Figura 24).
Figura 24. Corpo-de-prova rompido.
Fonte: O autor (2019).
Os resultados do ensaio foram expressos conforme ABNT NBR 5739:1994, em uma tabela mencionada no item 6.1, contendo:
a) Número de identificação do corpo-de-prova; 
b) Data de moldagem; 
c) Idade do corpo-de-prova; 
d) Data do ensaio; 
e) Resistência à compressão, expressa com aproximação de 0,1 MPa; 
f) Tipo de ruptura do corpo-de-prova.
O tipo de ruptura é classificado conforme figura 25, com parâmetros estabelecidos pela ABNT NBR 5739:1994. 
Figura 25. Esboço dos tipos de ruptura.
Fonte: ABNT NBR 5739 (1994).
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Mediante ao teste de compressão, os corpos-de-provas apresentaram comportamento bastante peculiares de acordo com o tipo de suas composições. Os traços com composições semelhantes, apresentaram resistência com valores aproximados.
Em relação a eficiência, o concreto de traço com agregados 100% natural, foi o que mostrou o maior nivel de resistência. Todos os outros apresentaram níveis inferiores comparados ao concreto de mistura convencional. Constatou-se ainda, que o concreto contendo 50% agregados naturais e 50% de agregados reciclados a partir de entulhos de Classe A, de modo geral, foi o que mais aproximou-se da resistência obtida pelo concreto com agregados 100% naturais. Devido a diversidade de tipos de materiais que compõem os agregados reciclados a partir de entulhos de classe A, não há como obter padrões de resistência caracteristica deste tipo de material
Os resultados obtidos provenientes dos ensaios de compressão de corpos-de-provas, foram fielmente descritos conforme constam na tabela 3.
Tabela 1. Resultados do ensaio de compressão descritos em conformidade com ABNT NBR 5739.
	Identificação do corpo-de-prova
	Número do corpo-de-prova
	Data de moldagem
	Cura (dias)
	Data do ensaio
	Resistência obtida (MPa)
	Tipo de ruptura
	Concreto com agregados 100% natural
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	9,76
	Cônica
	
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	9,46
	Cônica
	Concreto agregados 100% reciclados de argamassa e concreto
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	4,93
	Colunar
	(Continuação)
	Identificação do corpo-de-prova.
	Numero do corpo-de-prova
	Data de moldagem
	Cura (dias)
	Data do ensaio
	Resistência obtida (Mpa)
	Tipo de ruptura
	Concreto agregados 100% reciclados de argamassa e concreto
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	4,68
	Colunar
	Concreto agregados 100% reciclado de entulhos
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	5,68
	Cisalhada
	
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	5,07
	Colunar
	Concreto agregados 50% natural / 50% reciclado de argamassa e concreto
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	4,16
	Cônica
	
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	4,38
	Cônica e bipartida
	Concreto agregados 50% natural / 50% reciclado de entulhos
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	8,06
	Cisalhada
	
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	8,03
	Cisalhada
	Concreto agregados 50% reciclado de restos de argamassa e concreto / 50% reciclado de entulhos
	1
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	5,53
	Cônica
	(Conclusão)
	Identificação do corpo-de-prova.
	Numero do corpo-de-prova
	Data de moldagem
	Cura (dias)
	Data do ensaio
	Resistência obtida (MPa)
	Tipo de ruptura
	Concreto agregados 50% reciclado de restos de argamassa e concreto / 50% reciclado de entulhos
	2
	26/04/219
	28
	24/05/2019
	5,01
	Cônica
 
Para efeito comparativo, foi representado através de gráfico, uma média da resistência mediante a compressão ao qual cada um dos corpos-de-prova suportaram (Figura 26). 
Figura 26. Resultados do ensaio de compressão de corpos-de-prova.
Fonte: O autor (2019).
	Os resultados mostraram que o concreto com agregados 50% naturais e 50% reciclados a partir de entulhos de Classe A, apresentou uma eficiência 77% proporcional ao desempenho do concreto convencional. Já o concreto com agregados 100% reciclados a partir de entulhos de Classe A, apresentou 52% de eficiência proporcional ao concreto convencional. Com isso, foi apontado, que ambos os tipos de concreto, podem ser empregados para diverssas finalidades não estruturais na construção civil conforme ABNT NBR 15116:2004. 
	Alguns estudos trazem o RSCC como uma opção viável no emprego como agregado na composição do concreto. Em alguns casos, a utilização do agregado reciclado no concreto, em proporções convenientemente dosadas, não afetou a resistência à compressão (Vieira; Molin; Lima, 2004).	
7. CONCLUSÃO
	Ainda são necessárias mais ações por parte dos órgãos públicos, para que se tenha uma maior eficácia no controle e fiscalização da geração, transporte e disposição final de resíduos sólidos da construção civil.
	Pode-se afirmar, que a utilização de RSCC como agregado na mistura do concreto, é uma opção para contribuir em partes com a destinação correta destes resíduos. 
	Conforme apontado no estudo, foi possível concluir que o uso de resíduos como agregados no concreto, apresenta uma resistência à compressão muito próxima quando comparado ao concreto com agregados naturais. Vale ressaltar, que se deve estabelecer proporções adequadas conforme especificado na ABNT NBR 15116:2004. É de extrema importância que os resíduos recebam um tratamento adequado no processo de triagem e reciclagem. Desta maneira, é possível ter conhecimento de suas características e desempenho. 
	Este trabalho buscou contribuir de forma positiva para uma construção civil mais sustentável. Assim relacionando a importância do correto tratamento primário dos resíduos gerados em obras, a correta destinação final destes detritos, a reciclagem e o emprego destes materiais de forma correta na mistura do concreto, como uma alternativa econômica e eficaz para amenizar os impactos ambientais causados por essa indústria que só tende a crescer. 
	
8. REFERÊNCIAS
ANGULO, S. C. Caracterização de Agregados de Resíduos de Construção e Demolição Reciclados e a Influência de Suas Características no Comportamento Mecânico de Concretos. São Paulo, 2005. 167 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: concreto: procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova: especificação. Rio de Janeiro, 2003c.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto: ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: especificação. Rio de Janeiro, 2007.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: agregados para concreto: especificação. Rio de Janeiro, 2005b.   
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.221: transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.112: Áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.113: Aterros para resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.114: Área de reciclagem para resíduos sólidos da Construção civil. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.115: Procedimentos para que agregados reciclados de resíduossólidos da construção civil sejam utilizados na execução de camadas de pavimentação. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.116: Requisitos para que agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil sejam utilizados na execução de camadas de pavimentação. Rio de Janeiro, 2004.
CÓRDOBA, R. E. Estudo do sistema de gerenciamento integrado de resíduos de construção e demolição do município de São Carlos. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.
IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA SOCIAL, Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil, Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012. 
LEVY, S. M. Produzindo concretos ecologicamente e politicamente corretos. Exacta, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 375;384, julho/dezembro. 2006.
Ministério das Cidades Secretaria de Saneamento Ambiental. Propostas iniciais para diretrizes de licenciamento de áreas de manejo - Resíduos da Construção Civil, volumosos e Inertes, 2005.
Ministério do Meio Ambiente. Resolução Conama nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Diário Oficial da União, Brasília, 17 jul. 2002.
 
Ministério do Meio Ambiente. Resolução Conama no 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução Conama no 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Diário Oficial da União, Brasília, 17 ago. 2004.
MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SUBPROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA JURÍDICA E COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA, ATO NORMATIVO Nº 1.040/2017-PGJ, Diário Oficial: Poder Executivo – Seção I, v. 127, n.161, p.76-77, São Paulo, 25 de agosto de 2017. 
SILVA, G. R. Manual de Traços de Concreto. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Solivro, 1975.
TENÓRIO, J. J. L. Avaliação das propriedades do Concreto com agregados reciclados de Resíduos Da Construção E Demolição visando aplicações estruturais. Maceió, 2007. 138 F. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Escola de Engenharia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2007.
VIEIRA, G. L., MOLIN, D. C. C., LIMA, F. B. Resistência e durabilidade de concretos produzidos com agregados reciclados provenientes de resíduos de construção e demolição. Repositírium, n. 19. Portugal, 2004.
Leste	
Cêramica 	Areia/solo	Pedra 	Gesso	Madeira	Argamassa	Fibrocimento	Plástico	Ferro	Concreto	Cerâmica Polida	26	9	10	1	7	8	2	8	2	19	14	
Cêramica 	Areia/solo	Pedra 	Gesso	Madeira	Argamassa	Fibrocimento	Plástico	Ferro	Concreto	Cerâmica Polida	
Resultados do ensaio de compressão
Concreto agregados 100% natural	
9.61	Concreto agregados 100% reciclados de argamassa e concreto	
4.8099999999999996	Concreto agregados 100% reciclado de entulhos 	
5.38	Concreto agregados 50% natural e 50% reciclado de argamassa e concreto	
4.2699999999999996	Concreto agregados 50% natural e 50% reciclado de entulhos 	
8.0500000000000007	Concreto agregados 50% reciclado de restos de argamassa e concreto 50% reciclado de entulhos 	
5.27	Corpos-de-provas rompidos
Resistência à compressão (MPa)

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