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Radiofármacos-Parte II- 2020-1

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RADIOFÁRMACOS PARA FINS DIAGNÓSTICO e TERAPÊUTICO
1. INTRODUÇÃO:
A Medicina Nuclear u�liza radiofármacos, que têm na sua composição um radionuclídeo,
que emite radiação ionizante. Os radiofármacos são u�lizados como um composto químico
traçador que ao ser administrado ao paciente auxilia na observação das alterações fisiológicas ou
distribuição anormal por todo o corpo, e também como um traçador para estudos bioquímicos e
fisiológicos.
Aspectos inesperados na biodistribuição ou farmacociné�ca dos radiofármacos podem
estar associados com uma doença. Portanto, muitos fatores, tais como drogas terapêu�cas,
radioterapia além dos processos patológicos podem afetar a biodisponibilidade do radiofármaco.
Até mesmo a dieta do paciente pode interferir com a biodistribuição do radiofármaco. Quando a
interação da droga com o radiofármaco é conhecida, se desejada ou indesejada, a consequência
natural é o diagnós�co correto e evita-se a repe�ção do exame com um aumento de dose de
radiação para o paciente.
Cada radiofármaco é usado para propósitos diagnós�cos correlatos a áreas diferentes do
corpo. Isto é alcançado pela habilidade da droga iden�ficar-se com a área de estudo específica e
permanecer lá por algum tempo. A área iden�ficada com a droga radioa�va é visualizada e
imagens são formadas através de um equipamento especializado para este fim. Dependendo da
natureza do teste e a capacidade do equipamento imagens está�cas ou dinâmicas são formadas.
Imagens está�cas iden�ficam coisas como forma, tamanho e presença de lesão. Uma lesão é uma
mudança 7sica que normalmente resulta em dano ou doença. As imagens dinâmicas são usadas
para determinar o funcionamento de um órgão. As funções de órgão podem ser determinadas
pela quan�dade de radiofármaco que se acumula no órgão, e seu movimento dentro do órgão.
Também pode ser avaliado pela medida da radioa�vidade emi�da pelo corpo.
2. APLICAÇÃO DOS RADIOFÁRMACOS:
Os radiofármacos são usados para diagnos�car doenças ou para avaliar a progressão de
uma patologia depois de intervenção terapêu�ca específica. Também podem ser usados para
avaliar a toxicidade induzida por fármacos e para tratar tecidos doentes.
O padrão de distribuição de radiofármacos pode ser u�lizado para obter imagens que
proporcionem informações diagnós�cas sobre órgãos ou vários sistemas orgânicos. Os
procedimentos de imagem são classificados como dinâmicos ou está
cos. O estudo dinâmico
fornece informações úteis por meio da velocidade de acúmulo e de remoção do radiofármaco de
um órgão específico. O estudo está�co fornece informações morfológicas, isto é, tamanho, forma,
posição, presença de lesões que ocupam espaço em um órgão.
Os radiofármacos são u�lizados também para avaliar a resposta do paciente à
farmacoterapia e à cirurgia. Esses agentes podem detectar alterações iniciais da função fisiológica
que precedem as morfológicas ou bioquímicas. Permite observar o estado fisiológico dos tecidos
de forma não invasiva, através da marcação de moléculas par�cipantes nesses processos
fisiológicos com marcadores radioa�vos, que marcam sua localização com a emissão de par@culas
detectáveis.
A aplicação dos radiofármacos para fins terapêu�cos é em grau limitado, tendo como
obje�vo destruir sele�vamente o tecido doente no qual ele reside.
Os radiofármacos u�lizados para diagnós�co são classificados em radiofármacos de
perfusão (ou 1ª geração) e radiofármacos específicos (ou 2ª geração). Os radiofármacos de
perfusão são transportados através do sangue e a�ngem o órgão alvo. Não têm locais específicos
de ligação e são distribuídos de acordo com tamanho e carga do composto. Os radiofármacos de
perfusão apresentam um conjunto de caracterís�cas que permitem uma fixação ele�va: rápida
eliminação sanguínea, elevada captação no órgão alvo (aproximadamente 60%, 2 - 3 horas após a
sua administração) e uma profusa eliminação urinária. Os radiofármacos específicos são
direcionados por moléculas biologicamente a�vas, como, por exemplo, an�corpos e pep@deos,
que se ligam a receptores celulares ou são transportados para o interior de determinadas células.
A capacidade de a biomolécula reconhecer os receptores vai determinar a fixação do radiofármaco
no tecido pretendido e não deverá ser alterada com a incorporação do radionuclídeo.
3. PROBLEMAS ASSOCIADOS COM RADIOFÁRMACOS:
Um dos problemas mais comuns associados com radiofármacos é uma alteração na
biodistribuição que pode ter um impacto clínico significa�vo na segurança, levando a uma
informação enganosa quanto a interpretação do teste diagnós�co. Os principais fatores que
afetam a biodistribuição de radiofármacos incluem: (A) problemas na preparação e formulação do
radiofármaco; (B) problemas causados durante as técnicas e procedimentos na administração dos
radiofármacos; (C) por alterações bioquímicas e fisiopatológicas; (D) procedimentos médicos
anteriores, tais como cirurgia, terapia com radiação e diálise; e (E) por interações medicamentosas.
As evidências com respeito ao seu poder em alterar a biodistribuição são resultantes da
coadministração com outras drogas terapêu�cas, como também de certos estados de doença,
condições nutricionais, e outros fatores (idade, estresse, tabagismo, entre outros).
As reações adversas causadas pelo uso de radiofármacos comparadas aos outros fármacos
são consideradas insignificantes. Es�ma-se que em 100.000 procedimentos ocorra cerca de 1 a 6
reações. Isto se deve provavelmente pelas pequenas quan�dades de material que são u�lizadas na
formulação de radiofármacos. Quando ocorrem, essas reações são em geral leves e passageiras,
requerem pequeno ou nenhum tratamento médico, variam de acordo com o radiofármaco
u�lizado. Os efeitos adversos mais comuns incluem náusea, vômito, dispneia, broncoespasmos,
queda de pressão, eritema, tosse, taqui ou bradicardia, tonteira, placas alérgicas, prurido, febre ou
calafrio, entre outros. É essencial conhecer e informar todos os eventos adversos dos
medicamentos administrados ao paciente, e assim, melhorar a precisão do diagnós�co e
tratamento.
As possíveis explicações para o aparecimento das interações adversas dos radiofármacos
são: - modificação do radiofármaco; - alteração da eficiência de marcação do radiofármaco;
- modificação do alvo; - modificação do não alvo; - alteração da ligação do radiofármaco aos
elementos distribuidores dos radiofármacos no organismo.
Interações farmacêu�cas podem acontecer por contaminação durante a manipulação e
administração do radiofármaco e, ainda, interação entre radiofármaco e os componentes dos
objetos de sua aplicação (cateteres ou seringas).
Eventos adversos também podem acontecer como resultado de algum medicamento em
uso pelo paciente que interfere com o radiofármaco. Embora não tenha sido relatado nenhum
evento que leva a risco ou perigo para o paciente, tais divergências inesperadas podem acontecer
na farmacociné�ca.
O an�ssép�co pode interagir com o radiofármaco e produzir impurezas radioquímicas. Se o
an�ssép�co u�lizado no frasco não secar totalmente, pode entrar no frasco quando a agulha
perfurar a tampa. Proviodina, clohexidina e álcool isopropílico interagem principalmente com
radiofármacos 99mTC, podem liberar pertecnetato livre.
Alguns grupos de fármacos apresentam efeitos adversos mais pronunciados:
� �Difosfonatos, u�lizados para obtenção de imagens do esqueleto, é o que mais se tem
informações quanto às reações adversas (eritema, náusea, vômito e mal-estar). Estes efeitos
surgem 2 a 3 horas após a administração.
��Colóides que são usados para 7gado e cin�lografia de baço. As reações incluem palidez, náusea,
rubor e alterações de pulso.
��Cor
sona, ou preparações que contêm ferro para fins de obtenção de imagem óssea.
� �Cor
sona, podesuprimir a captação de 67Ga-citrato em tumores cerebrais (a causa é a
diminuição extracelular da concentração de sódio e água, levando ao diagnós�co equivocado da
diminuição do edema).
��Nifedipine pode produzir problemas para obtenção de uma boa imagem cin�lográfica, inclusive
dificuldades na radiomarcação de células vermelhas (para cin�lografia cardíaca), onde a droga
parece evitar a ligação do radiofármaco ao órgão.
� �Muitas drogas alteram a metabolização dos hormônios promovendo divergências em sua
biodistribuição.
- Die�es�lbestrol, digitálicos, gonadotrofinas, feno�azinas e cime�dina que elevam bastante o
nível de estrógenos.
- Espironolactona, interefe na captação de 131iodome�lnorcolesterol pelo córtex adrenal, se
elevada resulta no diagnós�co falso posi�vo de adenoma adrenocor�cal e feocromocitoma.
- Contracep�vos orais também aumentam a 131iodome�lnorcolesterol, pois eleva a a�vidade
renina plasmá�ca, e, por conseguinte há es�mulação adrenocor�cal, aumento da secreção de
cor�sol, levando a problemas na interpretação das cin�lografias adrenais.
Outras drogas terapêu�cas podem causar ou podem agravar a doença, e a própria doença
pode produzir uma biodistribuição inesperada de radiofármaco. Um exemplo é a toxicidade
hepá�ca como resultado de ingestão de altas doses de paracetamol (acetaminofeno), aspirina,
drogas citotóxicas, tetraciclina e halotano. A imagem do 7gado seria projetada de forma a emi�r
análise equivocada.
Alguns autores mencionam que produtos sinté�cos ou naturais no sangue, como também,
outras condições de marcação podem ter efeito sobre a marcação das células vermelhas do sangue
u�lizando Tecnécio 99m (Tc99m). Células do sistema circulatório marcadas com Tc99m têm sido
aplicadas em obtenção de imagem do sistema cardiovascular, detecção de hemorragia
gastrointes�nal e localização de hemangioma intramuscular. A metodologia de marcação pode ser
in vitro ou in vivo, u�lizando como agente redutor o cloreto de estanho. Nesta metodologia
algumas substâncias causam efeitos adversos prejudicando a eficácia da marcação. Por exemplo, a
presença de hidralazina e me�ldopa diminuem a eficiência da marcação (oxidam o íon estanho), e
doses clínicas de propanolol, verapamil, cloro�azida ou frusemida, reduzem a eficácia da
marcação.
Outro fator que pode influenciar é a condição clínica do paciente e se o paciente está
u�lizando cânulas intravenosas. Heparina e agentes quimioterápicoss têm significantes efeitos
adversos. A heparina compete com a célula vermelha do sangue pelos sí�os de ligação do íon
estanho e alguns agentes quimioterápicos podem causar alterações na membrana eritrocitária
quando estas células são marcadas com Tc99m. Heparina interfere com Tc99m-PYP (pirofosfato)
diminuindo a a�vidade cardíaca e aumentando a a�vidade renal que por sua vez aumentará a
eliminação do radiofármaco não permi�ndo a visualização do coração durante o exame.
Existem alguns estudos relatando sobre o efeito das plantas medicinais sobre a marcação
de elementos sanguíneos com Tc99m, indicando que a interferência é benéfica para a marcação.
Algumas drogas alteram a biodistribuição dos radiofármacos aumentando a captação
destes pelo órgão alvo. Por exemplo:
��Mitomicina C – aumenta a absorção de Tc99m-MDP no �mo, ovário, útero, coração, estômago,
pâncreas, rins, baço e pulmões.
��Getamicina – causa absorção renal anormal nas cin�grafias ósseas com Tc99m-MDP
� �Ciclofosfamida – capaz de alterar a meia vida efe�va do radiofármaco Tc99m-MDP e
Tc99mpertecnetato.
Outras drogas alteram a biodistribuição dos radiofármacos diminuindo a captação destes
pelo órgão alvo. Por exemplo:
� �Vincris�na – diminui a absorção de Tc99m-MDP no �mo, ovário, útero, baço e linfonodos
(inguinal e mesentérico), rim, 7gado, pâncreas, estômago, coração, cérebro e osso.
��Vincris�na – diminui a captação de Tc99m-PYP pelo baço, �mo, linfonodos, rim, pulmão, 7gado,
pâncreas, estômago, coração e cérebro. Aumenta a captação pelos ossos e �reóide.
Fatores como hábito de fumar podem afetar diminuindo a absorção do Tc99m-RBC
(eritrócitos) e Tc99m-PP9 (proteína plasmá�ca) pelas células sanguíneas prejudicando a eficiência
da marcação e consequentemente interferindo na obtenção da imagem do órgão.
Há relatos de ocorrência de dificuldades respiratórias ou circulatórias ou perda da
consciência. Foram citadas manifestações clínicas como, por exemplo, fraqueza, palidez, sudorese
ou hipotensão, náusea e vômito, ur�cária, broncoespasmo, eritema e prurido. Em relação ao uso
de Iodo-131 há relatos de perda do paladar, boca seca, náusea e vômito, febre ou calafrio, irritação
estomacal, sensibilidade na região do pescoço e glândulas salivares, tosse ou rouquidão, fezes
enegrecidas. A anemia e leucopenia também são possíveis.
Fonte: Reações adversas a radiofármacos: revisão sistemá�ca (A. Santos; A.Jesus).P Porto
5. RADIOISÓTOPOS MAIS UTILIZADOS COMO RADIOFÁRMACOS:
o TECNÉCIO-99m – É um radionúclideo ar�ficial, criado pelo homem. Sua meia vida 7sica é de seis
horas, decaimento por emissão de radiação gama pura, com fótons de 140 keV, eficientemente
detectada pela gamacâmara. De prá�ca obtenção a par�r de um sistema gerador de molibdênio-
99/tecnécio-99m (99Mo / 99mTc). O Tecnécio é ob�do sob a forma de uma solução salina de
pertecnetato de sódio (99mTcCO4-Na+) estéril e apirogênica a par�r da eluição do gerador 99Mo / 99mTc
com soro fisiológico. É ideal como agente diagnós�co in vivo, principalmente devido ao seu
período de desintegração 7sica de 6 horas (sua meia vida efe�va é de 4 horas) e a ao fato de decair
por emissão de radiação gama com uma energia de 140 keV. Estas caracterís�cas condicionam
favoravelmente a penetração tecidular e a boa aquisição de imagens cin�gráficas, resultando numa
baixa dose de radiação absorvida pelo paciente. Sob a forma de pertecnetato de sódio, tem uma
distribuição biológica semelhante à do Iodo, não sendo, no entanto fixado como este úl�mo.
Concentra-se principalmente na �reóide, nas glândulas salivares, mucosa gástrica e plexo coroideu
(O plexo coróide é a área do cérebro que produz o líquido que banha o cérebro e a medula). Sua
administração é via intravenosa. Esse radioisótopo permite boa visualização do cérebro, glândulas
salivares, �reóide e outros órgãos e tecidos, podendo diagnos�car principalmente cânceres, lesões
e obstruções por coágulos sanguíneos. No estudo de ven�lação pulmonar u�liza-se aerossol
marcado com o 99mTc. O 99mTc é um elemento capaz de se ligar, de maneira covalente, a
determinadas estruturas químicas. Sendo assim, apresenta a capacidade de ligação efe�va a
compostos químicos que apresentam determinado tropismo para órgãos ou sistemas orgânicos
específicos. 
O tempo de meia-vida do Tecnécio-99m é suficientemente longo para a preparação dos
radiofármacos, administração e aquisição das imagens e suficientemente curto para minimizar a
dose de radiação para o paciente.
Compostos químicos marcados com 99mTc
Os radiofármacos de tecnécio são preparados pela adição de pertecnetato de sódio a “kits”
liofilizados, que contém os componentes necessários para preparar diferentes radiofármacos.
Apresentam baixo índice de reações adversas, quando comparado a outros agentes de contraste, o
que favorece sua ampla u�lização.
o IODO-131 – Emissor beta menos e gama. Energia máxima do raio gama é de 0,364 MeV. Meia
vida 7sica é de oito dias e a meia vida efe�va é de 7,6 dias. U�lizado para exames de Captação
Tireoideana de Iodo, Cin�lografia da Tireóide e para tratamento de Carcinoma de Tireóide. Sob a
forma de solução ou cápsula (iodeto de sódio) é u�lizado na correção de desordens na função da
�reóide ou em tumores nessa glândula, permite sua absorção pelo organismo no tempo
necessário para que o radiofármaco chegueaté a �reóide, execute o tratamento e seja eliminado.
Também na pesquisa de corpo inteiro para inves�gação e detecção de metástases de tumores
diferenciados da �reóide após a �roidectomia. Também na forma de iodopiruvato de sódio e
injetado via intravenosa, para o exame denominado de renografia, estudo dinâmico para avaliar a
função renal em pacientes com transplante de rim. Os túbulos renais secretam a�vamente este
composto na urina. Na forma de Iodo-Metaiodobenzilguanidina (MIBG 131-I) é u�lizado em
cin�lografias de feocromocitomas e neuroblastomas.
Para a realização de teste com Iodo recomenda-se que o paciente evite medicamentos que
tenham iodo em sua cons�tuição (alguns vermífugos, medicamentos que afetam a a�vidade da
�reóide, xarope para tosse, mul�vitaminas - vitamina B12), não coma qualquer alimento que
contenha iodo (produtos do mar, refrigerante �po cola, uísque, couve-flor, agrião, repolho,
alcachofra, caqui). Informar também se é alérgico ao Iodo.
o IODO-125 – U�lizado em procedimentos in vitro (radioimunoensaio), devido a energia do raio
gama emi�do ser de 0,035 MeV e meia vida 7sica de 60 dias, proporcionando uma velocidade
menor de suas radiações e melhor interação dentro do detector de radiação, possibilitando maior
número de contagens. O Iodo-125 está sendo u�lizado com sucesso no tratamento de câncer de
próstata, como cápsulas implantadas no interior órgão (Braquiterapia* BTD), não havendo perigo
ao individuo, pois o Iodo perde a radioa�vidade em alguns meses. Outra aplicação do Iodo-125 é
na braquiterapia com placas o^álmicas, no combate ao câncer dos olhos.
o IODO-123 iomazenil – Tem sido usado em tomografia por emissão de fóton único (SPECT) para
localizar focos epilép�cos no tecido cerebral. O [123I] iomazenil está sendo aplicado para avaliar
estados patológicos como isquemia, doenças neurodegenera�vas e transtornos psiquiátricos em
seres humanos vivos. Administração via intravenosa. Apresenta rápida metabolização no plasma
(10% da a�vidade inicial é observada 20 minutos após a administração). Não apresenta efeitos
farmacológicos em doses de saturação de receptor. Meia-vida = 13 horas.
o GALIO-67 – Cin�grafia de tumores e localização de processos inflamatórios. U�lizado para
demonstrar a presença e extensão da Doença de Hodgkin e Linfomas. U�lizado para o diagnós�co
de miocardite e rejeição de transplante cardíaco. Administração por via intravenosa. Liga-se às
proteínas plasmá�cas (transferina), difundindo-se para os espaços extracelulares e, em pequenas
quan�dades, nos rins. A maior vascularização das neoplasias e a sua maior necessidade de ferro
leva à acumulação do radiofármaco nas células neoplásicas, associado à ferri�na. Meia vida 7sica =
78 horas e meia vida biológica = 1 a 2 semanas. Ob�do em gerador de Gálio.
o TALIO-201 – Na forma de cloreto (201TlCl) é u�lizado em inves�gação de doenças coronarianas,
em repouso e em sobrecarga provocada pelo esforço 7sico ou por fármacos (dipiridamol e
adenosina). Administração intravenosa. Meia vida 7sica = 72 horas e meia vida biológica = 1 a 2
semanas. É também empregado para detecção de tumores.
o CROMO-51 – Emissor gama (0,32 MeV). Ob�do sob a forma de cromato de sódio. Marcador de
glóbulos vermelhos é u�lizado para medida da massa eritrocitária e também para medida da perda
de sangue gastrintes�nal. Na forma de Edetato de cromo para medida da função glomerular.
Administração via intravenosa. Meia vida 7sica= 27,8 dias. Meia vida biológica = 125 dias.
o COBALTO-60 – Irradiação de órgãos/células. Emissor beta e gama.
o COBALTO-57 – Emissor gama. U�lizado como marcador de vitamina B-12 (Cianocobalamina)
para diagnós�co das anemias perniciosas e nas alterações neurológicas por deficiência de
absorção de vitamina B-12. Administração via oral e as amostras biológicas analisadas são fezes e
urina. Meia vida biológica = 270 dias.
No teste de Schilling (realizado para avaliar se a vitamina B12 é absorvida pelo
organismo) são administrados 100 mg de vitamina B12 via intramuscular e um
comprimido de 1 mg de vitamina B12 radioa�va via oral. Após 24 horas é realizado
um teste de urina. Em indivíduos normais a vitamina radioa�va é inteiramente
absorvida, devido à fixação dos sí�os de receptores da vitamina B12, e rapidamente
excretada pela urina. No paciente com anemia megaloblás�ca, devido à deficiência
no organismo, a absorção é bem maior, consequentemente, levando a ausência ou
diminuição significa�va na urina de vitamina B12. Este teste tem sido subs�tuído,
em parte, pela determinação dos an�corpos an�-factor intrínseco e an�-células
parietais.
o XENONIO-133 – Usado na forma gasosa para estudos de ven�lação e perfusão pulmonares e
perfusão cerebral. É administrado via intravenosa.
o CRIPTONIO- 81m – Usado na forma gasosa para estudos de ven�lação pulmonar.
o FÓSFORO-32 – Emissor beta. Meia vida 7sica = 14,29 dias. Administrado sob a forma de Solução
de fosfato de sódio (P-32 Na3PO4) para diagnós�co de tumor ocular e tratamento de policitemia
vera. Também u�lizado na irradiação da medula óssea em pacientes com metástases ósseas
disseminadas.
o IRIDIUM-192 - Usado em alta a�vidade, permite dosimetria e distribuição precisa da dose de
radiação nos tumores, com o mínimo de efeitos colaterais nos tecidos circunvizinhos
(Braquiterapia de Alta Taxa de Dose). Reves�dos de pla�na, com diâmetro de 0,3 mm e
comprimento de 50 cm, esses fios podem ser cortados na medida necessária e adaptam-se às
regiões do corpo afetadas (por isso são indicados para tratamentos em partes moles). Depois de
algum tempo, são re�rados e podem ser reu�lizados enquanto mantêm a radioa�vidade. Meia-
vida é de 74 dias.
o SELENIO-75 - A Selenome�onina (75Se), é dos poucos marcadores que possibilita a realização de
cin�grafia do pâncreas.
o ENXOFRE-35 – Emissor beta. Meia vida 7sica = 87,8 dias.
o CARBONO-13 – Usado para medir a quan�dade de CO2 exalado. Refere-se o teste da bílis ácida
feito com a ingestão de (13C) ácido glicólico e o teste da uréia marcada, também ingerida, para
demonstrar a presença de Helicobacter pylori na mucosa gástrica, dado esta bactéria ser rica em
urease, que desdobra a uréia libertando CO2.
o FLÚOR-18: Marca a Fluorodeoxiglicose (FDG) radioa�va que é um análogo da Glicose. É usado
para estudar o metabolismo dos órgãos e tecidos. Meia vida de 2 horas. Revela, pela emissão de
pósitrons, as áreas do organismo com metabolismo intenso de glicose, como o cérebro, o coração
e os tumores, ainda que em estágio muito inicial.
o NITROGÉNIO-13: É usado para marcar amônia radioa�va que é injetada no sangue para estudar
a perfusão sanguínea de um órgão (detecção de isquemia e fibrose, por exemplo).
o OXIGÉNIO-15: Usado em estudos do cérebro.
o RUBÍDIO-82: Usado em estudos de perfusão cardíaca.
o ESTRÔNCIO-89; SAMARIO-153 e RENIO-186: Emissores β que se localizam no osso, com
captação em metástases osteoblás�cas, promovendo a terapêu�ca palia�va com eficácia na
diminuição da dor óssea após 1 a 4 semanas. Samário-153 atua na causa da dor, diferentemente
de medicamentos usados para o mesmo fim, como a Morfina. O uso do radioisótopo permite a
diminuição destes remédios, que são extremamente fortes, e também de an�inflamatórios, sem
que haja perda na eficácia do tratamento.
153Sm-EDTMP (Samarium lexidronam; ethylene diamine tetramethylene phosphonate)
186Re-HEDP (hydroxyethylidenediphosphonate)
o TRICIO (H3)– Emissor beta. Energia máxima =0,018 MeV. Meia vida 7sica = 12,6 anos. Meia vida
biológica = 10 dias. Marcação in vitro do material biológico.
o CARBONO-14 – Emissor beta. Energia máxima = 0,156 MeV). Meia-vida de 5.715 anos que se
emprega de forma extensiva na datação de espécimes orgânicos.
 
6. NANORRADIOFÁRMACOS:
Radiofármacos cuja matéria radioa�va está em escala nano (o equivalente a um milionésimo de
milímetro). Os nanocompostos têm no seu interior umasubstância de interesse e no seu
exterior/cobertura insere-se, pelo processo de marcação, o elemento radioa�vo. Por essa dosagem
menor e, portanto, com menor risco de afetar órgãos sadios próximos. Já estão sendo u�lizados
nanorradiofármacos de Samário-157(para câncer ósseo), de Tecnécio-99m (avaliar sua
biodistribuição em vários órgãos), de Hólmio-166 (Ho-166). Este úl�mo além de ser um emissor
gama tem propriedades paramagné�cas e pode ser u�lizado também em ressonância magné�ca
nuclear. O Hólmio-166 emite ainda radiação beta, que pode ser empregada no tratamento de
tumores.
7. A grande inovação da medicina nuclear foi a difusão da Tomografia por Emissão de Pósitrons
(PET). A técnica é indicada para diagnós�cos principalmente na oncologia, mas também tem
espaço na avaliação de doenças neuropsiquiátricas, como Alzheimer, Epilepsia e Parkinson, e em
diagnós�cos cardíacos e de processos infecciosos.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
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RESOLUÇÃO-RDC Nº 64, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2009
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