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RESUMO GENÉTICA EM ENFERMAGEM II

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GENÉTICA-BIOQUÍMICA 
A individualidade química requer uma especificidade 
química. Deve-se esperar que a diferença entre indivíduos 
seja sútil e difícil de detectar, surgindo assim a genética 
bioquímica. 
Erro inato do metabolismo (EIM): Efeito de um gene 
mutante. Suspensão total ou parcial da atividade de uma 
enzima que catalisa alguma reação do metabolismo 
intermediário. 
Inato: que nasce conosco. 
Metabolismo: é o conjunto de transformações que as 
substâncias químicas* sofrem no interior dos organismos 
vivos. 
*Substâncias químicas relevantes para o metabolismo: 
aa, proteínas, lipídeos, carboidratos, coenzimas (vitaminas, 
sais minerais e cofatores). Algumas Moléculas obtidas 
endogenamente e/ou do ambiente (nutrição). 
 
 Eventos do metabolismo 
 1. Catabolismo: Quebra para utilização 
 Digestão; 
Energia de compostos orgânicos; 
Fosforilação oxidativa; 
Energia de compostos inorgânicos. 
 2. Anabolismo: síntese\armazenamento 
 Armazenamento de carboidratos; 
Ácidos graxos e esteroides; 
Proteínas; 
Síntese de nucleotídeos. 
 
Quase todos eventos metabólicos necessitam de 
enzimas; 
Variações na atividade enzimática são comuns; 
Minoria causa doença. 
 
“Temos dois genes para todas as funções do corpo humano 
(com exceção dos cromossomos sexuais, todos os outros são 
produzidos em dose dupla). São produzidas duas enzimas, uma em 
cada gene, se uma sofre uma mutação e não consegue produzir, 
ainda tem a outra produzindo, tendo a reação metabólica 
funcionando normalmente. Se tiver uma mutação, causando uma 
enzima defeituosa, a pessoa consegue ter uma vida basicamente 
normal. No entanto, se tiver dois genes alterados na mesma enzima 
(duas mutações), a pessoa não terá enzima funcionante, 
consequentemente, não irá conseguir processar determinada 
reação bioquímica (passo metabólico).” 
 
 As variações causam doenças através da mutação. Um 
processo fundamental, o qual pode possuir vantagens ou 
prejuízos (variabilidade, diversidade, resistência, doenças 
adaptabilidade, vulnerabilidade). 
 A mutação ocorre no gene, mas a alteração vai aparecer 
na função da proteína. 
 
 Efeito de uma mutação na função da proteína: 
 Perda de função: 
Proteína estruturalmente anormal (instável); 
Concentração celular reduzida; 
Função diminuída. 
 Ganho de função: 
Intensificação da função da proteína, aumento da 
quantidade ou capacidade de executar uma função. 
 
 Propriedade nova: 
Alteração da sequência de aminoácidos. 
 Expressão heterocrônica/ ectópica: 
Alteração da região reguladora do gene em época ou 
local anormal. 
 Consequência da variação enzimática: 
 Sequência de reações normais: A  B  C  D  E 
 As “” são as enzimas; 
 E: produto final\fenótipo 
Se uma enzima da sequência (que catalisa a reação) perder a função: Ex. C  D 
1. C irá se acumular; 
1.1 D e E não serão 
produzidos, ou 
1.2 sua produção será em 
quantidades insuficientes. 
 
2. O acúmulo do precursor 
imediato (P.I.) da reação bloqueada não 
ocorrerá se as reações anteriores ao 
ponto do bloqueio forem reversíveis. 
 Se em consequência de uma mutação, a enzima que 
catalisa a reação C D perder 
sua atividade ou não atingir a 
atividade da enzima normal, 
o resultado poderá ser o 
acúmulo de uma substância 
precursora em algum ponto 
anterior à reação bloqueada. 
3. Mutações que diminuem a atividade de uma enzima 
podem ter maiores consequências quando inclui mais de uma 
via metabólica como, por exemplo: onde A f g h é a via 
metabólica alternativa e as letras minúsculas indicam que a 
quantidade de substância A metabolizada por essa via é 
menor. 
 
 Se houver um bloqueio da reação C D, o resultado pode 
ser não apenas a ausência de 
substâncias D e E (ou sua 
produção em quantidade 
insuficiente), e o acúmulo da 
substância A mas, ainda, um 
aumento de substâncias 
resultantes da via alternativa, 
em decorrência da utilização forçada dessa via metabólica. 
 Manifestações clínicas decorrem, portanto: 
1. Acúmulo de substrato de uma reação. 
(Galactosemia); 
2. Falta do produto final da reação. (Albinismo); 
3. Acúmulo de substância originada de rota metabólica 
alternativa. (Fenilcetonúria). 
Ocorrendo, portanto, 
Acúmulo de substâncias que deveriam estar em 
pequena quantidade, causando: deficiência de produtos 
intermediários críticos; deficiências de produtos finais 
específicos; e excesso de produtos das vias metabólicas 
alternativas. 
 
Prevalência dos EIM 
 Cerca de 500 doenças conhecidas; 
Embora Raros, sua soma é Incidência 1/2500 
nascimentos; 
Contribuição é substancial para mortalidade e 
morbidade pois é porcentagem comum dentre as doenças 
genéticas; 
São 10% de todas condições monogênicas em crianças; 
 Morbidade é subestimada (diagnóstico difícil). 
 
Herança dos defeitos metabólicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maioria autossômica recessiva (AR); 
Ligado ao X; 
Autossômica dominante (AD); 
Herança mitocondrial. 
 
 
 Quais são os sintomas clássicos de um EIM: 
 1. Atraso ou regressão neurológica; 
2. Hepatomegalia; 
3. Atraso do crescimento; 
4. Convulsões; 
5. Vômitos, letargia. 
 
 Processos metabólicos afetados: 
 A) Metabolismo dos aminoácidos; 
B) Metabolismo dos carboidratos; 
C) Metabolismo dos lipídios; 
D) Metabolismo de nucleotídeos - Vias degradativas 
(distúrbios do armazenamento lisossômico e ciclo da ureia); 
E) Produção de energia; 
F) Sistemas de transporte. 
 
 
 
A) METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS 
Unidades  proteínas 
Aminoácidos essenciais (exógenos) e não essenciais 
(endógenos). 
Exemplos de doença: alcaptonúria, fenilcetonúria, 
albinismo 
 
 ALCAPTONÚRIA (AKU) 
Cerca de 1/250.000; 
Autossômica recessiva; 
Reconhecida por Garrod (séc XX); 
Acúmulo de Ácido homogentísico (HGA). Metabólito 
intermediário do metabolismo da fenilalanina e tirosina. 
HGA é excretado em grandes quantidades na urina  urina 
escura. 
Doença causada por mutação de perda de função em 
homogentisato 1,2–dioxigenase (HGO). 
 
 
 
Mecanismo da AKU: 
A diminuição da HGO que se expressa fígado e rins é 
acompanhada pelo acúmulo de HGA em diversos órgãos e 
excretada na urina. 
Pigmento tem alta afinidade ao colágeno  discos 
intervertebrais e causando artropatias 
 
Principais sintomas: 
Urina escura; 
Manchas negras na parte branca do olho, ao redor da 
orelha e laringe; 
Surdez; 
Artrite (causando dores nas articulações e limitação 
dos movimentos); 
Rigidez das cartilagens; 
 
 FENILCETONÚRIA (PKU) 
Cerca de 1/10.000; 1/90.000 na África é menor; 
Maioria causada por mutação fenilalanina hidroxilase 
(PAH)  PKU clássica. Mutação em 12q24; 
Fenilalanina é aminoácido essencial  manter o 
balanço (ingestão/excreção) é necessário para vida toda. 
A deficiência de fenilalanina hidroxilase ou seu cofator 
(tetrahidrobiopterina) leva a acumulação de fenilalanina nos 
tecidos. 
Fenilalanina – tirosina. 
A fenilcetonúria (PKU) clássica tem sido 
justificadamente chamada de epítome dos erros inatos do 
metabolismo. É um distúrbio autossômico recessivo do 
catabolismo da fenilalanina resultante de mutações no gene 
codificador da PAH, a enzima que converte fenilalanina em 
tirosina. 
Os pacientes com PKU acumulam fenilalanina nos 
líquidos corporais por serem incapazes de degradar este 
aminoácido. 
A hiperfenilalaninemia prejudica o desenvolvimento 
do sistema nervoso central no início da infância e interfere na 
função do cérebro maduro. 
Níveis elevados de fenilalanina: interrompe processos 
celulares cerebrais, mielinização, etc, podendo causar retardo 
mental severo; 
Gestantes com PKU devem seguir dieta especifica, pois 
o feto pode desenvolver microcefalia, malformações, retardo 
mental (independente de qual seja o genótipo do feto). 
“Diferentes deficiências em diferentes enzimas causam doenças 
diferentes e manifestações clínicas diferentes” 
 
B) METABOLISMODOS CARBOIDRATOS 
Diversas são as funções dos carboidratos nos 
organismos; 
A falha de utilização desses açúcares responde pela 
maioria dos EIM do metabolismo destes. 
Exemplo de doenças: Galactosemia; Armazenamento 
de glicogênio (doença de Pompe); Intolerância hereditária à 
frutose; Diabetes melito tipo 1. 
 
 GALACTOSEMIA 
 Cerca de 1/35000 a 1/6 000; 
Autossômica recessiva; 
Mutação no gene que codifica galactose-1-fosfato uridil 
transferase (GAL-1-P uridil transferase); 
Função diminuída (não converte galactose em glicose); 
Restrição alimentar. 
 Esse distúrbio resulta da incapacidade de metabolizar 
galactose, um monossacarídeo que é um componente da 
lactose (açúcar do leite). Indivíduos com essa doença 
autossômica recessiva carecem da enzima galactose-1-
fosfatouridiltransferase (GALT), que normalmente catalisa a 
conversão de galactose-1-fosfato para uridina 
difosfogalactose (UDPG). 
 
 Principais sintomas: 
Dano cerebral, catarata, icterícia, fígado aumentado, 
dano nos rins. 
Se um bebê galactosêmico ingerir leite, os açúcares não 
metabolizados do leite se acumularão afetando 
principalmente o fígado, os olhos, os rins e a região cerebral. 
Crianças com galactosemia são geralmente normais ao 
nascerem, mas começam a desenvolver problemas 
intestinais, cirrose hepática e catarata nas semanas seguintes 
à ingestão de leite. 
Uma vez não detectada, a galactosemia causa 
retardamento mental severo, sendo muitas vezes fatal. 
 
A retirada de leite da dieta, pode proteger contra a 
maioria das consequências prejudiciais da deficiência em 
GALT, embora, a deficiência no aprendizado seja comum 
mesmo nos pacientes tratados. 
Além disso, apesar do tratamento consciencioso, a 
maioria das mulheres com galactosemia têm disfunção 
ovariana que parece resultar de toxicidade persistente da 
galactose. 
 
 DOENÇA DE POMPE 
Distúrbio no armazenamento do glicogênio, não há 
conversão em glicose. 
Defeito na alfa-glicosidase lisossômica; 
Tecidos afetados: músculo esquelético e coração; 
Acúmulo de glicogênio, causa: hepatomegalia, 
hipoglicemia, fraqueza progressiva e cardiopatia. 
 
Principais sintomas - infantil: 
Respiratório: Infecções respiratórias frequentes, 
respiração com distúrbios do sono, progressão para 
insuficiência respiratória, morte prematura por insuficiência 
cardiorrespiratória. 
 
Principais sintomas – adultos: 
Musculoesquelético: Fraqueza muscular proximal, 
anormalidades da marcha, dor muscular, dificuldade em subir 
escadas, quedas frequentes, asa escapular. 
 
C) METABOLISMO DOS LIPÍDEOS 
Funções estruturais; 
Energéticas; 
Constituintes hormonais; 
Mensageiros intracelulares; 
Jejum, exercícios  ácidos gráxos (AG)  substratos 
para produção de energia no fígado, músculo esquelético e 
cardíaco. 
Etapas de captação, ativação e transporte pelas 
membranas mitocondriais externa e interna; 
Defeito em cada uma dessas etapas já foram descritos, 
embora defeitos na oxidação dos AG sejam mais comuns. 
 DEFICIÊNCIA DE MCAD (Acil-CoA Desidrogenase 
de Cadeia Média) 
É um distúrbio da oxidação do ácido graxo que 
geralmente não produz sintomas, mas se manifesta 
clinicamente quando o paciente se torna catabólico. 
Crianças e jovens afetados possuem risco muito alto de 
desenvolver hipoglicemia que ameaça a vida na primeira 
infância, durante o estresse catabólico causado por uma 
doença intercorrente, como uma infecção viral. 
Aproximadamente um quarto das crianças com 
deficiência MCAD não-diagnosticada morrerá em seu 
primeiro episódio de hipoglicemia. 
Cerca de 1/20.000; 1p31 
Episódios de hipoglicemia por jejum, vômitos e 
letargia; 
Acúmulos de intermediários do ácido graxo, falha na 
produção de cetonas e exaustão de suprimentos de glicose; 
Pode ocasionar: Edema cerebral e encefalopatias. 
 
 
 
 HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAL (FH) 
Um distúrbio autossômico dominante (AD) que leva à 
doença cardíaca coronariana prematura, causado por 
mutações no gene LDLR; 
Mutação no gene estrutural que codifica o receptor da 
LDL (redução de receptor). 
Os raros pacientes homozigotos apresentam uma 
doença mais grave, com uma idade mais precoce de início e 
uma expectativa de vida muito mais curta, do que os 
heterozigotos, relativamente mais comuns. 
Níveis elevados do Colesterol plasmático → 
transportado pela LDL. 
Incidência: 1:500 (heterozigoto) 
Homozigoto: 1: 1milhão 
A FH ocorre entre todas as raças e apresenta uma 
prevalência de 1 em 500 na maioria das populações 
caucasianas. 
Ela responde por menos de 5% dos pacientes com 
hipercolesterolemia. 
 
Heterozigotos: Aumento do colesterol sangue, causa 
risco de doença coronária; 
Sintomas: depósitos nas paredes das artérias 
(ateromas) e depósitos na pele e tendões (xantomas) 
Homozigotos: níveis mais elevados de colesterol no 
sangue, leva a doenças coronárias na primeira infância. 
Sintomas: a maioria tem infartos antes dos 20 anos e 
poucos sobrevivem além dos 30 anos de idade. 
 
D) METABOLISMO DE NÚCLEOTIDEOS 
 
o Defeitos no ciclo da ureia: 
5 reações  ureia 
Papel do ciclo da ureia: prevenir acúmulo de resíduos 
nitrogenados, função produzir arginina de novo; 
Apresentações clínicas de todas alterações neste ciclo 
se apresentam de maneira similar: letargia e coma, morte; 
A maioria é AR, porém a deficiência da ornitina 
transcarbanilase é recessiva ligada ao X; 
Neonatal ou a qualquer tempo de apresentação; 
Deficiência de arginase  quadriplegia espástica e 
retardo. 
 
 ORNITINA TRANSCARBAMILASE (OTC) 
 É um distúrbio do metabolismo do ciclo da ureia, pan-
étnico e ligado ao cromossomo X, causado por uma mutação 
no gene codificante da ornitina transcarbamilase (OTC). 
Possui uma incidência de 1 em cada 30.000 homens (a 
incidência exata de mulheres manifestantes é desconhecida). 
Os bebês do sexo masculino com deficiência completa 
da OTC nascem normais, mas começam a vomitar, se tornam 
letárgicos, e por fim entram em coma entre 48 a 72 horas de 
vida. Normalmente, eles também estão desidratados, devido 
aos vômitos. 
Meninos com mutação nula que não são tratados 
morrem na primeira semana de vida. 
Mesmo se o paciente com deficiência da OTC é tratado 
prontamente e com sucesso no período neonatal, o risco 
permanece alto para surtos recorrentes de hiperamonemia, 
especialmente durante doenças intercorrentes. Isso ocorre 
porque o controle completo da deficiência grave de OTC é 
difícil, mesmo com restrição proteica na dieta e 
medicamentos que desviam a amônia para vias não-tóxicas. 
A cada episódio de hiperamonemia, o paciente pode 
sofrer danos cerebrais ou morrer em questão de apenas 
algumas horas após o início da descompensação metabólica. 
 
o Defeitos no armazenamento lisossômico: 
Maioria dos distúrbios lisossômicos são devido a 
deficiências enzimáticas; incapacidade de ativação 
enzimática ou transporte; 
Efeito fundador: prevalência 
Mucopolissacaridoses (MPS) 
Maioria AR, com exceção da síndrome de Hunter 
(recessiva ligada ao X). 
Doença de Tay-Sachs; Doença de Gaucher; Doença de 
Fabry. 
 MUCOPOLISSACARIDOSES (MPS) 
São um grupo heterogêneo de mais de uma dúzia de 
doenças por armazenamento. Os mucopolissacarídeos 
acumulam-se nos lisossomos como resultado da deficiência 
de uma das enzimas necessárias para a sua degradação. 
Todos causam deterioração progressiva: audição, 
visão, articulações, cardíacas; 
Os distúrbios são distinguidos por avaliação clínica, 
bioquímica e molecular. 
As duas primeiras mucopolissacaridoses identificadas 
foram a síndrome de Hunter recessiva ligada ao X e a 
síndrome de Hurler autossômica recessiva mais grave. 
 
E) DISTÚRBIOS NA PRODUÇÃO DE ENERGIA 
 Produção de energia envolve o catabolismo de diversos 
substratos: glicose, cetonas, aminoácidos, ácidos graxos; 
Sistema de fosforilação oxidativa (OXPHOS): passagem 
e íons hidrogênio; 
Alternativamente anaeróbia; 
Controle depende do aporte de oxigênio, hormônios, 
transcrição, etc. 
+ 20 distúrbios são identificados; 
Inserções e deleções no mtDNA; 
Todas raras, autossômicas, ligadas ao X, multiplos loci. 
 Enorme dimensão de variedade 
 
 
F) DISTÚRBIOS DE TRANSPORTE 
Fenótipo dos defeitos de transporte são dependentes 
do grau de danos dos compartimentos dos quais o trafego 
está comprometido. 
 
 
 
 
 
 
 
Distúrbios de transporte de metais pesados: 
Doença de Wilson 1/50.000; 
Produto mutante ATP7B; 
13q14; 
AR; 
Anomalias hepáticas, por acúmulo de cobre; 
Encefalopatia grave e progressiva. 
 
 OUTRAS DOENÇAS DE IMPORTÂNCIA PARA 
GENÉTICA BIOQUÍMICA 
A) Adrenoleucodistrofia 
B) Deficiência de anti-alfa 1 tripsina 
C) Hipercolesterolemia familial (FH) 
D) Fibrose cística 
E) Distrofias 
F) Osteogênese imperfeita 
G) Doença de Alzheimer 
A) ADRENOLEUCODISTROFIA 
Cerca de 1:15.000 a 1:100.000 nascimentos 
masculinos; 
Óleo de Lorenzo; 
Herança recessiva ligada ao X; 
Deficiência na beta oxidação de ácidos graxos de 
cadeia muito longa; 
Falha na ALDP – transportador de coenzima (Xq28 – 
mais de 340 mutações); 
Início dos sintomas: 2-20 anos de idade 
Sintomas: Ataxia, cegueira, convulsões, demência; 
Morte em 2 anos após início dos sintomas. 
B) DEFICIÊNCIA DE ANTI-ALFA1 TRIPSINA 
Uma importante condição autossômica recessiva 
associada a um risco substancial de doença pulmonar 
obstrutiva crônica (enfisema) e cirrose hepática. 
Prevalente entre caucasianos 1/2.500; 
AR; 
 Diagnóstico feito no meio da fase adulta; 
95% nunca serão diagnosticados 
 Alfa1 inibe elastase de neutrófilos; 
Pacientes que fumam tem pior prognóstico; 
 
C) OSTEOGENESIS IMPERFEITA 
Um grupo de doenças hereditárias caracterizadas por 
ossos frágeis que se quebram com facilidade. 
 A osteogênese imperfeita é causada por genes 
defeituosos que afetam o modo como o corpo produz 
colágeno (deficiência no colágeno), uma proteína que ajuda 
a fortalecer os ossos. 
AD na maioria; 
Pode ocorrer AR, existe 4 tipos de OI, sendo tipo II e III 
(recessivas as mais graves); 
Pode surgir AD de mutação nova; 
“ossos de vidro”; 
Sintomas: Fragilidade óssea; Rosto de forma triangular; 
Esclerótica (parte branca do olho) azulada; Perda progressiva 
de audição entre os vinte e os trinta anos; Escolioses; Pele 
delicada; Dentinogênesis Imperfecta; Estatura média. 
 
 TESTES TRIAGEM 
Dados uteis para Epidemiologia  endemia 
Teste do pezinho no Brasil: 
DOENÇAS TRIADAS (conforme estruturação do serviço 
SUS): 
Fibrose Cística; 
Hemoglobinopatias; 
Hipotireoidismo congênito; 
Fenilcetonúria; 
Hiperplasia adrenal primária* (SP) 
Deficiência de biotinidase* (SP). 
 Características necessárias a um programa de triagem 
populacional: 
1. A doença deve: 
Ser um problema importante de saúde pública; 
Ter a sua história natural bem entendida; 
Ser passível de diagnóstico no período pré-sintomático 
ou sintomático inicial. 
2. O teste deve: 
Ser simples, seguro, confiável, barato e aceitável pelas 
pessoas que serão triadas; 
Associar-se a valores bem estabelecidos e que separem 
claramente os indivíduos “em risco” daqueles “sem risco” 
(pontos-de-corte); 
Ser sucedido, nos casos positivos, pela investigação 
diagnóstica; 
Associar-se a um risco de causar danos físicos e/ou 
psicológicos às pessoas triadas menor do que a chance de que 
elas sejam beneficiadas pela triagem. 
3. O tratamento deve: 
Ser efetivo; 
Associar-se a um melhor prognóstico caso seja iniciado 
em período assintomático ou sintomático inicial da doença. 
4. O programa de triagem deve: 
Ser clinicamente, socialmente e eticamente aceitável; 
Associar-se a acesso igualitário; 
Ser custo-efetivo; 
Possuir estrutura de suporte que garanta e que controle 
a sua qualidade. 
 
 TRATAMENTO DE DOENÇAS GENÉTICAS 
A Busca por Terapia eficiente: 
Compreender a doença 
Objetivos das terapias: curar, amenizar ou gerenciar 
Avaliação de risco ao Paciente x família 
Tipos de tratamento: Substituição da parte defeituosa, 
administração direta, transplante célula ou órgão, terapia 
gênica, modificação de expressão gênica. 
 
 
 DOENÇAS GENÉTICAS COMPLEXAS 
Multifatoriais  influência do ambiente 
Tanto o Componente genéticos quanto ambientais 
pouco entendidos 
Exemplo de Intervenção eficaz  reposição de insulina 
em diabéticos. 
 
 DOENÇAS MONOGÊNICAS 
Tratamento completo ainda é precário. 
Quando o defeito bioquímico é bem conhecido, maior 
chance de sucesso. 
Situações ruins para tratamento: Genes não 
identificados; Doença não elucidada; Danos fetais pré-
dignosticados. 
Obs: fenótipos severos são mais difíceis de intervir 
 
 SITUAÇÕES AO LONGO DO TRATAMENTO 
Tratamento inicialmente bem sucedido pode se mostrar 
imperfeito; 
Algumas imperfeições são observadas a longo prazo; 
Comprometimento inesperado de um órgão 
inicialmente não afetado; 
Efeitos colaterais. 
 
 TERAPIA DIRECIONADA AO FENÓTIPO 
Intervenções cirúrgicas – Coração (Ducto arterioso 
SWB) 
 
 DOENÇAS METABÓLICAS 
Restrição alimentar; 
Fenilcetonúria  pela vida toda; 
Atenção as gestantes com PKU 
 
 Reposição  Administrar a enzima ausente. Ex. doença 
de Pompe 
É a forma que tem mais êxito no tratamento; 
Mas existem poucas doenças tratáveis por este 
mecanismo  Ex.: Doença de Gaucher tipo I e 
mucopolissacaridoses. 
 Desvio  Consiste em desviar a rota metabólica 
alterada para uma rota alternativa desde que o produto da 
rota alternativa não seja tóxico. 
Exemplo: distúrbios do ciclo da ureia 
Benzoato de sódio + amônia= hipurato [tóxico] 
 
Inibição farmacológica de enzimas. 
Ex. tratamento da Tirosinemia tipo I 
As estratégias utilizadas para o tratamento das 
doenças lisossomais incluem o transplante de células 
hematopoiéticas; a reposição de órgãos danificados 
(especialmente o rim); o uso de inibidores da síntese de 
substrato; e a depleção de substrato acumulado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS 
Diversos níveis de tratamento  diversas etapas 
Desde o diagnóstico até a escolha de tratamento; 
Educar o paciente a respeito. 
 
 TRATAMENTO MOLECULAR 
Tratamento em nível proteico: 
 Melhora da função da proteína mutante  moléculas de 
baixo peso; 
EIM responsáveis a vitamina; 
Aumentar dobramento de polipeptídeo mutante; 
Permitir saltos sobre códons mutantes. Ex. salto sobre 
um stop codon mutante  DMD 
 
 REPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS 
Extracelular; 
Substituição enzimática, reposição de enzima 
intracelular; 
Reposição direcionada. 
 MODULAÇÃO DE EXPRESSÃO GÊNICA 
Aumentar a expressão de um gene normal; 
Reduzir a expressão de um gene; 
Utilização de microRNAs  Ex. doenças pulmonares 
 
 MODIFICAÇÃO DO GENOMA SOMÁTICO 
Transplante: introduzir cópias selvagens; reposição 
celular em órgãos 
Células tronco: 
Transplantes heterólogo  imunossupressores, 
rejeição; 
Transplantes autólogo  quimioterapia, reimplante 
 
 CÉLULAS TRONCO PLACENTÁRIAS 
Receptores são mais tolerantes; 
Grande disponibilidade de sangue placentário; 
Risco reduzido de doença enxerto-hospedeiro; 
 
 
 TERAPIA GÊNICA 
Gene introduzido para atingir o efeito terapêutico; 
Corrigir mutação de perda de função; 
Substituir ou inativar alelo mutante dominante; 
Alcançar efeito farmacológico 
 
 ESTRATÉGIAS DA TERAPIA GÊNICA: 
Atingir a Célula alvo; 
Transferência de DNA por vetores; 
Riscos e questões éticas. 
 
Muitas condições não representam a cura, certamente significam 
muito melhora da qualidade de vida dos afetados e maior sobrevida; 
O tratamento dos EIM é uma situação complexa e que deve ser 
abordada por uma equipe multidisciplinar: pediatra, geneticista, 
neuropediatra, intensivista, patologista clínico e outros profissionais, 
como nutricionista, enfermeiro e fisioterapeuta, etc. 
Diagnóstico precoce,triagem neonatal e pré-natal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO E DIFERENCIÇÃO SEXUAL NORMAL E 
PATOLOGICA 
 Os cromossomos sexuais desempenham um papel 
determinante na especificação sexual primária (gonadal). O 
número de genes localizados em ambos os cromossomos 
sexuais e autossomos está envolvido na determinação sexual 
e subsequente diferenciação sexual. 
Cromossomo X: Possui mais de 300 genes situados em 
si, destes cerca de 4 ou 5 são destinados ao sexo 
 Cromossomo Y: (Possui 17 genes situados em si) é 
relativamente pobre em genes e contém apenas cerca de 50 
genes, sendo todos eles relacionados ao desenvolvimento 
gonadal e genital (ligados a determinação e diferenciação de 
espermatozoides). 
 
 CROMOSSOMO Y 
 Yq12: Região heterocromática, nela não existe genes, 
sendo, possivelmente, responsável pela estabilidade do 
cromossomo. 
 Regiões pseudo-autossômicas: localizadas abaixo dos 
telômeros (tanto do braço curto, quanto do longo). Essa 
região irá fazer o pareamento com X, durante a meiose 
(Crossing-Over). 
 
 Gene Testículo-determinante, SRY: 
 SRY codifica uma proteína ligada ao DNA que 
provavelmente é um fator de transcrição, embora genes 
específicos que fazem esta regulação sejam desconhecidos. 
Então, por todos os critérios genéticos e de desenvolvimento, 
SRY é equivalente ao gene TDF no cromossomo Y. 
 Encontra-se próximo à região pseudo-autossômica do 
cromossomo Y, está presente em muitos homens 46,XX, e é 
deletado ou mutado em uma proporção de pacientes 
mulheres 46, XY, portanto implicando fortemente SRY na 
determinação sexual masculina. 
 Pareamento dos cromossomos X e Y na meiose I: 
Cromossomos X e Y 
normalmente se recombinam 
no segmento pseudo-
autossômico Xp/Yp na 
meiose masculina. Se a 
recombinação ocorre abaixo 
do limite da região pseudo-
autossômica, entre porções 
X-específica e Y-específica 
dos cromossomos, 
sequências responsáveis 
pela diferenciação sexual 
masculina (incluindo o gene 
SRY) podem ser translocadas 
de Y para X. A fertilização por um espermatozoide contendo 
tal cromossomo X resultará em um homem XX. Em 
contraposição, a fertilização por um espermatozoide 
contendo um cromossomo Y que perdeu o gene SRY levará a 
uma mulher XY. 
 
 Gene DAZ: 
 Codifica proteínas ligadas ao RNA que se expressam 
apenas nas células germinativas pré-meióticas dos testículos. 
 Fatores de azoospermia (AZF): são localizados no 
cromossomo Y, três regiões não sobrepostas em Yq (AZFa, 
AZFb e AZFc). Se essa região for deleta o individuo masculino 
não formará espermatozoide, passando a ser estéril. 
 Nem todos os casos de infertilidade masculina são 
devidos a deleções cromossômicas. 
 
 CROMOSSOMO X 
 A presença do X é fundamental para existência da vida. 
Quando o Cromossomo X está ativo, não tem a 
coloração da cromatina. 
 Corpúsculo de Barr = coloração da cromatina sexual = 
cromossomo X inativado. 
 
 Inativação do cromossomo X: 
 Inativação aleatória do cromossomo X no início do 
desenvolvimento feminino 
Consiste em um processo fisiológico normal, no qual 
muitos genes de um dos dois cromossomos X em mulheres são 
epigeneticamente silenciados e falham em produzir qualquer 
produto, ou seja, um cromossomo X é (em grande parte) 
inativado nas células somáticas nas mulheres normais (mas 
não nos homens normais), igualando a expressão da maioria 
dos genes ligados ao X em ambos os sexos. 
 Nas células normais femininas, a escolha de qual 
cromossomo X deve ser inativado é aleatória, logo, algumas 
células expressam alelos do X herdados do pai, mas não 
herdados da mãe, enquanto outras células fazem o oposto. 
 Logo após a concepção de um embrião feminino, ambos 
os cromossomos X herdados por parte paterna e materna 
estão ativos. Na primeira semana de embriogênese, um ou 
outro X é escolhido de forma aleatória para tornar-se o futuro 
X inativo. Esse X então se torna o X inativo na célula e na sua 
linhagem, formando o corpúsculo de Barr no núcleo em 
interfase. 
 Características Cromossômicas da Inativação do X: 
Replicação tardia na fase S; Massa heterocromática 
(corpúsculo de Barr); Expressa RNA do XIST; Associada a 
modificações de histona macroH2A na cromatina. 
 O Centro de Inativação do X (XIC) e o Gene XIST: 
XIST é o gene responsável pela inativação do 
cromossomo X, logo, a inativação do X não pode ocorrer na 
sua ausência. Tem a expressão de apenas um alelo do X 
inativado, é silencioso no X ativo tanto em células masculinas 
quanto femininas. 
O produto do XIST é um RNA não codificado que 
permanece no núcleo em íntima associação com o 
cromossomo X inativo e o corpúsculo de Barr. 
Nem todos os genes no cromossomo X estão sujeitos a 
inativação! 
 
 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DAS GONODAS 
Até determinado 
momento da gestação, 
a gônada em 
desenvolvimento, seja 
cromossomicamente 
XX ou XY, é bipotencial 
e é frequentemente 
referida como 
indiferenciada, logo, 
não há uma 
diferenciação externa 
sexual. 
O desenvolvimento em ovário ou testículo é 
determinado pela ação coordenada de uma sequência de 
genes que leva normalmente ao desenvolvimento ovariano 
quando o cromossomo Y está ausente ou ao desenvolvimento 
testicular quando o Y (com o gene TDF\SRY) está presente. 
Cromossomo Y presente: 
O tecido medular forma testículos típicos com túbulos 
seminíferos e células de Leydig que, sob a estimulação da 
gonadotrofina coriônica da placenta, se tornam capazes de 
secretar androgênio. 
Cromossomo Y ausente: 
A gônada começa a diferenciar-se para formar um 
ovário, o córtex desenvolve-se, a medula regride, e a 
ovogônia começa a desenvolver-se em folículos. 
 
Formação da parte externa: 
A formação da genitália externa masculina é por meio 
de indução, pois desenvolve-se sob a influência dos 
androgênios (através de receptores da 5a-redutase). 
Enquanto, a formação da genitália externa feminina 
ocorre sem indução, sendo formada independentemente da 
presença de um ovário. 
 
 SEXO 
É uma das estratégias da natureza para a manutenção 
de determinada espécie. Diante disso, para manutenção ou 
preservação da espécie, tem-se os sentidos e nos mamíferos, 
estes são dotados de prazer e\ou dor. 
Na espécie humana: tato, olfato, paladar, visão e 
audição (gozo, abolido nas civilizações ocidentais – religião 
cristã\judia). 
Categorias Homem Mulher 
1- Sexo 
cromossômico 
46, XY 46, XX 
2- Sexo nuclear Cromatina Y Cromatina X 
3- Sexo gonadal Testículos Ovários 
4- Sexo genital 
Interno 
Canais deferentes; 
Vesícula seminal; 
Epidídimo 
Tuba; 
Útero; 
1/3 superior da 
vagina 
5- Sexo genital 
externo 
Glande; 
Corpo do pênis; 
Escroto; 
Uretra peniana 
Clitóris; 
Lábios menores; 
 Lábios maiores; 
2/3 inferiores da 
vagina 
6- Sexo 
endocrinológico 
Andrógenos Estrógenos 
7- Sexo social Menino Menina 
8- Sexo 
psicológico 
Masculino Feminino 
 
 
 
 
SEXO CROMOSSÔMICO 
Fenótipo feminino: S. de Turner 
Fenótipo masculino: S. de Klinefelter 
 
SEXO NUCLEAR 
 NORMAL ANORMAL 
MULHER 46, XX 
Cromatina do X: + 
Cromatina do Y: - 
S. Turner (45, XY) 
Cromatina do X: - 
Cromatina do Y: - 
HOMEM 46, XY 
Cromatina do X: - 
Cromatina do Y: + 
S. Klinefelter (XXY) 
Cromatina do X: + 
Cromatina do Y: + 
 
 SEXO GONADAL E GENITAL INTERNO 
 Para alguns recém-nascidos, a determinação do sexo é 
difícil ou impossível porque suas genitálias são ambíguas, 
com anomalias que tendem a fazer que pareçam com o oposto 
do sexo cromossômico. 
Hermafroditismo: presença de tecido gonadal de sexos 
diferentes; 
Ovotestis: gônada com tecido ovariano e tecido 
testicular; 
Ovotestis + ovotestis: equivalem a 30% dos casos 
Ovotestis + testículos ou ovário: 45% 
Testículos + Ovários: 25% (de um lado tem-se SRY e do 
outro não)  Cariótipo, onde tem uma translocação do X e Y 
(homens 46 XX mais um ‘pedaço’ doY ou mosaicismo com 
células tanto XX (de um lado) quanto XY (do outro) 
 
 Variabilidade de anomalias: 
 - Homem: Presença de pênis e ovário; Condição de 
hipospadia (presença da uretra no lado de baixo do pênis ou 
no períneo, no lugar da glande) 
- Mulher: Clitóris aumentado; Presença de vulva, ovário 
e testículo. 
 
 SEXO GENITAL EXTERNO - INTERSSEXO 
 Pseudo-hermafroditismo Masculino: 
Fenótipo – intersexo ou feminino (aparência 
intermediária ou serão homens que terão a aparência de 
mulheres). 
Cariótipo – 46, XY; Genitais externos femininos e 
internos masculinos. 
Uma das formas de insensibilidade androgênica que 
resultam em pseudo-hermafroditismo masculino, é a 
deficiência de 5 α-redutase esteroide (enzima responsável por 
converter o hormônio masculino testosterona em sua forma 
ativa diidrotestosterona). 
Esta condição hereditária resulta em feminilização da 
genitália externa em homens afetados. Embora o 
desenvolvimento testicular seja normal, o pênis é pequeno e 
há uma vagina de fundo-cego. A definição de gênero pode ser 
difícil. 
 
 Síndrome de insensibilidade androgênica 
(feminilização testicular) 
Mulheres altas. 
Neste distúrbio, as pessoas afetadas têm cromossomo 
masculino (cariótipo 46, XY) com genitália externa feminina 
aparentemente normal, vagina em fundo-cego, ausência de 
útero ou tubas uterinas, pelos axilares ou pubianos são 
esparsos ou ausentes, os testículos estão presentes tanto no 
abdome como no canal inguinal, possui ausência 
total/parcial de hormônio androgênicos, amenorreia 
primária e esterilidade. 
 
 Pseudo-hermafroditismo Feminino: 
 Fenótipo – intersexo ou masculino 
 Cariótipo – 46, XX 
 O desenvolvimento ovariano é normal, porém a 
produção excessiva de androgênios causa masculinização da 
genitália externa, com hipertrofia do clitóris e fusão labial, 
para formar uma estrutura semelhante a bolsa escrotal. 
 É usualmente causado por hiperplasia adrenal 
congênita (HAC), um distúrbio hereditário oriundo de 
defeitos específicos em enzimas do córtex adrenal 
(necessárias à biossíntese do cortisol e resultando em 
virilização de lactentes do sexo feminino). 
 Além disso, a HAC responde por cerca de metade de 
todos os casos com genitália ambígua externa. 
 
 Síndrome de hiperplasia da suprarrenal 
 Déficit de 21-hidroxilase, causando excesso de 
testosterona. 
Homens baixos, apresentando musculatura masculina, 
hipospádia/abertura vaginal, "menstruação" e esterilidade. 
 Enquanto o lactente feminino (46, XX) com deficiência 
de 21-hidroxilase nasce com genitália ambígua, lactentes 
masculinos (46, XY) afetados têm genitália externa normal e 
podem não ser reconhecidos no início da infância. 
 
 SEXO SOCIAL 
 Baseia-se em conotações sociais impostas 
culturalmente, criadas pela sociedade (jeito que a sociedade 
lida com o dimorfismo sexual). 
 Distúrbio no sexo social: apresentar/vestir a filha como 
menino ou vice e versa. 
 
 SEXO PSICOLÓGICO 
 Como a pessoa se sente, como sua psique se sente. 
 Homossexualidade: variação do comportamento 
normal (libido para indivíduos do mesmo sexo) 
 Transexualidade: patologia passível de intervenção 
médica (cirurgia). 
 
 
ONCOGENÉTICA 
 O câncer remete a um grupo de doenças genéticas 
complexas que envolvem alterações dinâmicas no genoma, 
as quais possuem um processo caracterizado por proliferação 
celular descontrolada (de origem multifatorial), resultando 
em uma massa ou tumor (neoplasma - deve ser maligno para 
ser um tumor), ou seja, ocorre um “desbalanço” da 
homeostase celular dos tecidos e órgãos, pois as células 
individuais crescem em detrimento das vizinhas, destruindo 
toda a sociedade celular sadia adjacente. 
 Derivado de uma única célula somática e suas 
descendentes; 
Clone neoplásico acumula uma série de alterações 
genéticas; 
Fenótipo alterado está sujeito à seleção (Evolução 
perpetuou); 
Células anormais desconsideram o controle normal da 
proliferação 
 
 
 
Existem três formas principais de câncer: 
Os sarcomas, nos quais o tumor surge em um tecido 
mesenquimal, como o osso, músculo, tecido conjuntivo ou no 
sistema nervoso; 
Os carcinomas, que se originam de tecido epitelial, 
como as células que revestem os intestinos, os brônquios ou 
os ductos da mama; e 
Os neoplasmas malignos hematopoiéticos e linfoides, 
como as leucemias e os linfomas, se espalham por toda a 
medula óssea, pelo sistema linfático e pelo sangue periférico. 
Dentro de cada um dos grupos principais, os tumores 
são classificados de acordo com o local, o tipo de tecido, a 
aparência histológica e o grau de malignidade 
 
Todo câncer é uma anomalia genética! 
Câncer + frequente na população BR: Mama (M), 
Próstata (H) e Pele (Geral). 
 
“Câncer como consequência de um processo caótico, uma 
combinação das leis de Murphy e Darwin: o que pode dar errado, 
dará e em um ambiente competitivo, o mais bem adaptado 
sobrevive e prospera” 
 Desvendando as raízes do câncer: 
As células melhores adaptadas (neoplásicas) devem 
obter pelo menos seis alterações gênicas. 
Continuariam a se dividir, em situações em que células 
normais esperariam por novos estímulos. 
Células tumorais morrem rápido, logo, devido a 
desorganização do material genético que possuem 
necessitam crescer (proliferaram rápido). 
 Retrospectiva histórica: 
 Broca, 1866: Síndrome do Câncer hereditário; 
Boveri 1914: Teoria da mutação somática no Câncer; 
Nowell & Hungerford, 1960: Cromossomo Philadelphia 
(Ph); 
Levan e van-Stenis, 1966: Ploidia em tumores gástricos; 
Rowley, 1973: (Ph) é o resultado da t(9;22); 
Atualmente: Molecular = ABl/BCR (Os estudos 
moleculares mostram que o cromossomo Ph é uma junção de 
2 genes, o gene ABL e o BCR 
 
 
 Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer: 
Tabaco; álcool; carne grelhada, sol; infecção por 
papiloma vírus; e abestos 
 
 Tratamento das neoplasias: químico, medicamentoso 
ou cirúrgico. 
 
 Fases (psicológicas) que uma pessoa pode passar, após 
receber diagnóstico de câncer: choque, negação, tristeza e 
raiva, equilíbrio e reorganização, respectivamente. 
 
 Tumores: Massa anormal de tecido cujo crescimento 
excede e é incoordenado em relação àquele dos tecidos 
normais e que persiste da mesma maneira excessiva após a 
parada do estímulo que provocou a alteração. 
 
 O padrão de crescimento maligno é o resultado de uma 
alteração genética que pode ser transferida para as células 
filhas, por mutações somáticas ou acúmulo de várias 
mutações. 
 
 Pode ocorrer por: exposição a mutágenos, erros de 
duplicação e efeitos do envelhecimento 
 
 Características do fenótipo da célula cancerosa: 
Desconsideração dos sinais de parada da proliferação; 
Desconsideração dos sinais para diferenciação; 
Capacidade de manter a proliferação; 
Evasão da apoptose; 
Invasão do tecido e metástase; 
Auto-suficiência em sinais de crescimento; 
Insensibilidade em sinais de anti-crescimento; 
Potencial de duplicação ilimitado; e 
Potencial de angiogênese. 
Portanto, terá várias dessas alterações, resultando na 
célula cancerígena 
 
 A combinação dos genes envolvidos, determina a 
especificidade tecidual. 
 
 GENES ENVOLVIDOS NO PROCESSO TUMORIGÊNICO 
 Oncogêneses: 
São genes predisponentes a tumores, uma versão 
alterada do gene normal, sendo eles dominantes a nível 
celular, codificando proteínas estimuladoras do crescimento, 
descontrolando as divisões celulares. Entre eles temos os 
genes supressores de tumor e os genes de reparo a danos no 
DNA 
Genes supressores de tumor: genes recessivos, que 
atuam reprimindo a divisão celular e ativando a apoptose. 
Sua função pode ser perdida/alterada por deleção ou 
mutação pontual, contribuindo assim para o 
desenvolvimento de câncer; e 
Genes de reparo a danos no DNA: Quando esse gene 
está alterado o DNA sofre um determinado dano e não é 
reparado (dano se prolifera),a ausência do reparo pode 
resultar em mutações. 
 
 Oncogenes: 
Mutação ativadora; 
Eventos - amplificação, rearranjos cromossômicos, 
inserção DNA viral. 
Dominantes (ganho de função) 
Supressores de tumor: 
Reguladores negativos da proliferação celular; 
Inativação por mutação (2 etapas). 
Recessivos (perda de função) 
Reparo: 
Reconhecimento e reparo de nucleotídeos pareados 
incorretamente; 
Influencia na estabilidade do genoma. 
Recessivo (perda de função) 
 
 GTS - TSGS (GENES SUPRESSORES TUMORAIS) 
Inibição da proliferação celular; 
Reparo ou apoptose. 
A malignidade era um traço recessivo que poderia ser 
suprimido em células híbridas. Transferência de cromossomos 
humanos específicos, suprimia a proliferação de células em 
diferentes linhagens de câncer “in vitro” 
 
Eles podem ser classificados em genes controladores 
(gatekeepers) ou de manutenção (caretakers). 
Genes controladores: controlam o crescimento celular. 
Inibição do crescimento; Morte celular programada; 
Varia de acordo com o tecido; e Inativação específica. 
 
Tipos de defeitos nos Gatekeepers: 
Retinoblastoma; 
Síndrome de Li-Fraumeni; 
Tumor de Wilms; 
Neurofibromatose Tipo I e II; 
Carcinoma renal; 
Melanoma maligno; 
Síndrome de Cowden; 
Câncer de pele; 
Câncer de mama; e 
Tumor colo-retal 
Genes de manutenção: atuam reparando danos no 
DNA, mantendo a integridade genômica e evitando a 
instabilidade genética. 
Não promovem diretamente o crescimento do tumor; 
A inativação de um gene supressor do tumor do tipo 
caretaker leve ao incremento na instabilidade genética. 
Tipos de Defeitos nos caretakers: 
Xeroderma pigmentoso; 
Ataxia telangiectasia; 
Síndrome de Bloom; 
Anemia de Fanconi; e 
Síndrome de Werner 
 
 Perda de parte de um cromossomo, terá uma 
hemizigose – deleção (perda de material), não se tem a 
função do gene. 
 Perda de heterozigose - LOH: Perda de um alelo normal 
de uma região de um cromossomo pertencente a um par, 
permitindo que um alelo defeituoso no cromossomo 
homólogo se manifeste clinicamente – mutação (deixa de 
funcionar). 
 Um alelo está inativado por mutação somática ou 
herdada – LOH. 
 Perda do outro alelo bem como os marcadores 
adjacentes - Hemizigose. 
 A LOH é uma característica de vários outros tumores 
hereditários e esporádicos e é sempre considerada evidência 
da existência de um TSG, mesmo quando esse gene é 
desconhecido. 
 Rb: Inibe a atividade de vários fatores de transcrição; 
Localização: 13q14 
1º criança desenvolve: Retinoblastoma infantil 
(perde o olho); 
2º pode desenvolver um segundo câncer por 
causa da primeira mutação: Osteossarcoma (adulto), 
podendo ser um sarcoma de partes moles ou melanoma 
 
 Tp53: Fator de transcrição que regula proteínas que 
inibem CDKS necessárias a progressão de um ciclo celular. 
 Localização: 17p13.1 
 Responsável pela formação de: Sarcomas; 
Linfomas, principalmente em SNC; e pela Síndrome de Li-
Fraumeni (AD – câncer diferentes, qualquer faixa etária, em 
qualquer região). 
 
 PROTO-ONCOGENES | ONCOGENESES 
Os proto-oncogenes são uma classe de genes normais 
que codificam proteínas que promovem o crescimento e a 
sobrevivência das células. O oncogene é um alelo mutante do 
proto-oncogene (uma versão alterada do gene normal), eles 
facilitam a transformação maligna por estimularem a 
proliferação ou a inibição da apoptose. 
Os oncogenes codificam proteínas tais como: 
Proteínas das vias de sinalização para a proliferação 
celular; 
Fatores de transcrição que controlam a expressão dos 
genes promotores de crescimento; 
Inibidoras da maquinaria de morte celular programada. 
Nas células normais, a expressão de proto-oncogenes é 
rigorosamente regulada. Desta forma, os proto-oncogenes não 
causam malignidade. 
Numa célula maligna, esta progressão ordenada (ciclo celular, 
mitose e diferenciação) é parcialmente alterada ou perdida, quando 
um ou mais proto-oncogene é mutado em oncogene. 
 
GANHO DE FUNÇÃO | Dominante (Alteração da 
estrutura, quantidade ou expressão do DNA) 
Progressão ordenada do ciclo, divisão e diferenciação 
celular, vão alterar: 
- Fatores de crescimento 
- Citocinas extracelulares 
- Receptores transmembrana de fator de crescimento 
- Proteínas citoplasmáticas de sinalização nuclear 
- Fatores de transcrição 
- Enzimas de controle de replicação. 
 
 c-MYC: Ativação transcricional e estímulo do 
crescimento celular 
 Localização: 8q24 
 Está envolvido com: Linfoma de Burkitt; LLA-B; 
Neuroblastoma; Retinoblastoma; e Câncer de pequenas 
células do pulmão. 
 
PROPRIEDADE GST ONCOGENES 
Alelos mutados no CA 2 Alelos 1 Alelo 
Transmissão alelo mutante 
pela linhagem germinativa 
Frequente Raro 
Mutação somática envolvida 
formação do tumor 
Perda da função Ganho 
Efeito crescimento tumor Inibe Promove 
Predisposição CA como 
resultado da mutação 
CA tipo-especifico Muitos CA 
 
 GENES DE REPARO DE DANOS NO DNA 
Não controla diretamente o crescimento celular, mas 
atua no controle da taxa de acúmulo de mutações. 
 Os genes de reparo de danos no DNA, quando 
alterados, permitem que as células acumulem mutações em 
todas os genes em uma taxa elevada, contribuindo para 
tumorigênese. 
 Pacientes com alterações nestes genes apresentam 
maior susceptibilidade ao desenvolvimento do câncer. 
 
 S. do Câncer familial 
Bases genéticas do câncer; 
Predisposição a eventos esporádicos 
 Função destes genes cobre todos os aspectos do 
controle celular variando desenvolvimento 
embrionário até as vias de sinalização: 
Contato e interação celular; 
Transcrição; 
Controle do ciclo celular; 
Diferenciação celular; e 
Morte celular programada (apoptose) 
 
 METODOLOGIAS CLÁSSICAS PARA DIAGNÓSTICO E 
PROGNÓSTICO DAS NEOPLASIAS E PERSPECTIVAS 
FUTURAS 
 A Citopatologia refere-se às técnicas diagnósticas 
utilizadas no exame de células oriundas de vários pontos do 
organismo para determinar a causa ou a natureza da doença. 
 
 CARCINOGÊNESE 
Leucemia Mielóide Crônica: T(9;22) 
Leucemia Linfocítica Aguda: Inv(14q11.2;q32.3) 
Linfoma de Burkitt: T(2;8); T(8;14); T(8;22) 
Carcinoma de próstata: Del(10)(q23-24q36) 
Leiomioma uterino: Del(7q21-31) 
Retinoblastoma: Del(13q14) 
 
 LEUCEMIAS 
Neoplasias do tecido hematopoiético, com acúmulo ou 
multiplicação irregular de células leucêmicas, substituindo as 
células normais e se infiltrando nos demais tecidos, são 
derivadas de mutações genéticas adquiridas e acumuladas 
nas células primordiais da medula óssea. Nelas há um 
crescimento anormal dos glóbulos brancos que perdem as 
suas funções, mas mantém a sua capacidade de proliferação, 
aumentando o seu número no sangue periférico. 
Podem ocorrer por predisposição genética, mas 
também por mutações somáticas, como alterações 
cromossômicas de translocações e inversões nas células da 
medula óssea. 
 4 grandes grupos: leucemia mieloide aguda (LMA), 
leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda 
(LLA), leucemia linfoide crônica (LLC). 
As agudas são progressivas e faz com que células 
primitivas percam a capacidade de desempenhar suas 
funções, enquanto que as crônicas são mais lentas, 
permitindo crescimento das células normais. 
 
 
 CÂNCER DE MAMA 
Câncer de mama é caracterizada por uma longa 
duração, marcado pela heterogeneidade entre cada paciente. 
Possui um dos crescimentos mais lentos, sendo a maior causa 
de mortes por neoplasia no Brasil; 
- 32% de todos carcinomas nos EUA; 
- 13% Colon, Reto e Pulmão; 
- Associado com hormônios estrógeno (estradiol). 
 
 Dois genes aumentam a suscetibilidade ao câncer de 
mama, o BRCA1 no cromossomo 17q21 e o BRCA2 no 
cromossomo 13q12.3. Em conjunto, esses dois loci são 
responsáveis por cerca de metade e de um terço do câncer de 
mama familiar autossômico dominante, respectivamente, 
mas por menos que 5% de todos os cânceres de mama napopulação. 
 
 Anormalidades genéticas e progressão em tumor de 
mama: 
 Epitélio normal  hiperplasia e displasia  Carcinoma 
in situ  Carcinoma invasivo  Carcinoma metastático. 
 
 Profilaxia preventiva em pré-disposição: 
Seguimento intensivo: exame clinico semestral a partir 
dos 25 anos e mamografias semestrais a partir dos 35; 
Quimio-prevenção: uso de Tamoxifeno por 5 anos ou 
Raloxifeno por 9 meses; e 
Cirurgia profilática: mastectomia (90% de eficiência) 
 
 HIPERPLASIA E NEOPLASIA DE PRÓSTATA 
A próstata é uma glândula acessória do trato 
reprodutivo masculino, localizada no abdome, em frente a 
bexiga urinária, possui consistência fibroelástica e produz 
secreções que mantém a viabilidade dos espermatozoides. 
 Exames: PSA (antígeno específico da próstata), 
ultrassonografia, análise de alterações genéticas – toque 
retal. 
 Mais comum após o câncer de Pulmão no sexo 
masculino; 
Andrógenos - diferenciação e o desenvolvimento da 
próstata; 
Responsáveis - hiperplasia benigna e câncer prostático; 
95% envolvido é a testosterona; 
5% nas adrenais - adenocorticotrófico (ACTH) - hipófise. 
 
 
 
 CÂNCER DE PELE 
É o mais comum de todos os cânceres. 
Incidência: 1\4 de todos os tipos de câncer (em cada 
100 casos de câncer, 25 são câncer de pele). 
Quando diagnosticados precocemente, 90% dos 
tumores são curáveis. 
São divididos em três principais tipos: carcinoma 
basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma maligno. 
 
 C. Basocelular 
 Nódulo integro ou ulcerado, rosado ou translúcido. É o 
menos agressivo, com crescimento lento transformando-se 
em ferida. Mutação se inicia no folículo piloso. 
 C. Espinocelular: 
 Apresenta-se como um nódulo quase sempre ulcerado 
e crostoso, e se não diagnosticado e tratado adequadamente, 
pode metastizar. As mutações ocorrem nas células de 
queratina. 
 M. Maligno: 
 Apresenta-se quase sempre como uma lesão 
enegrecida, decorrente ou não de um "sinal" prévio. Sua 
malignidade está relacionada ao fato de sofrer metástase 
para outros órgãos. Inicia-se nos melanócitos. 
 
 Melanoma 
Atualmente ocorre um vigoroso aumento do 
melanoma, um dos tipos de câncer de pior prognóstico; 
35% das pessoas que desenvolvem melanoma morrem; 
Quando a exposição à radiação UV é excessiva os 
melanócitos normais da pele podem sofrer uma série de 
transformações genéticas e morfológicas, desenvolvendo 
câncer. 
 Modelos para a progressão dos melanomas - cinco 
etapas: 
1) Nevus comum apresentando melanócitos 
estruturalmente normais; 
2) Nevus displásico com estruturas morfológicas 
celulares atípicas; 
3) Melanoma primário em fase de progressão radial 
(RGP); 
4) Melanoma primário em fase de crescimento vertical 
(VGP); 
5) Melanoma metastático (M), composto por células 
invadindo locais 
 
 TERAPIA GÊNICA 
Intervenção médica baseada em modificações do 
material genético em células vivas, havendo reposição de um 
gene mutante por uma cópia correta, restaurando o 
funcionamento celular normal e alterando terapeuticamente 
o fenótipo maligno. 
 Algumas doenças são causadas por genes 
defeituosos. 
Ex: fibrose cística, hemofilia, fenilcetonúria 
 Em algumas outras doenças, a ativação ou o 
bloqueio de genes específicos pode auxiliar a 
cura. 
Ex: Câncer (GST e PO), AIDS 
 
 TIPOS: 
 Terapia gênica in vivo: é a inserção de genes nas células 
e tecidos de um indivíduo, afim de suplementar através de 
alelos funcionais, aqueles que estão defeituosos\mortos; 
Vacinas de DNA: Introdução do gene que codifica uma 
proteína do patógeno, ativação do sistema imune, levando a 
imunização; 
Vetores: Todos os veículos usados para transportar o 
DNA para a célula ou organismo alvo. 
Microinjeção in vitro; 
Microinjeção in vivo; 
Biobalística: método de transferência direta de genes 
em uma célula, com o objetivo de criação de organismos 
transgênicos - DNA ligado a micropartículas; 
Transferência gênica (vetores virais): utiliza adenovírus 
para transferir e expressar genes heterólogos para células-
alvo do hospedeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA FETAL - DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL 
 Steele & Greg (1966): 
 Mostraram que a constituição cromossômica de um feto 
podia ser determinada por análises de células cultivadas do 
líquido amniótico. 
 
 A medicina fetal\diagnóstico pré-natal possui como 
objetivo: 
 Fornecer escolhas informadas aos casais com risco de 
virem a ter filhos afetados; 
Dar apoio e reduzir ansiedade, entre os grupos de risco; 
Casais em risco de filho afetado, iniciem a gestação 
conscientes – DPN; 
Propiciar aos casais conduta apropriada para o 
nascimento psicológica, cuidados gestacionais/parto e 
cuidados pós-natais; 
Possibilitar o tratamento pré-natal da criança. 
 
 
 As anomalias congênitas podem ocorrer devido a 
causas: 
 - Genéticas; 
- Ambientais; 
- Multifatoriais; 
- Desconhecidas. 
 
 O diagnóstico pré-natal possui 4 vertentes: 
Análises morfológica, citogenética, bioquímica e 
molecular 
 
 Métodos de Diagnóstico e Triagem Pré-natais 
A) Testes não-invasivos: podem ser feitos em todas as 
gestações 
1. Sorologia (verificar se a mãe possui algum problema 
sorológico); 
2. Glicemia (controlar os níveis de glicemia da gestante. 
Em caso de Diabetes Gestacional, evitar que isso cause danos 
ao feto); 
3. Triagem em sangue materno no 1º e 2º trimestre 
(Alfa-feto proteína do soro materno); 
4. Ultrassonografia (Ultrassom morfológico). 
 
Triagem em sangue materno (Alfa feto proteína – AFP) 
 A AFP é uma globulina formada no saco vitelínico e 
fígado, apresenta-se em altos níveis no líquido amniótico e 
soro materno, estando presente em defeitos do tubo neural. 
 É certo dizer que quando se tem um nível de AFP muito 
mais levado, pode-se estar presente de uma 
cromossomopatia (geralmente S. de Down) ou de erros de 
fechamento do tubo neural, os quais possuem um espectro de 
patologias. 
Causas de AFP do Soro Materno Elevada: Anencefalia, 
espinha bífida aberta, sangramento fetal intraútero, ameaça 
de abortamento, gravidez múltipla, síndrome nefrótica 
congênita, defeito da parede abdominal. 
Baixa concentração de AFP: em casos de baixa 
concentração de AFP não existe indicação de problemas com 
o tubo neural, no entanto, pode-se ser um indicativo de S. de 
Down. 
 
Os defeitos durante o fechamento do tubo neural (DTN) 
irão produzir uma série de malformações, dependendo do 
momento, extensão e altura da falha (ex.: anencefalia, 
encefalocele e espinha bífida). 
 
Ultrassom morfológico 
 O ultrassom morfológico possui melhor resolução, 
quando comparado a ultrassonografia comum. Apresenta 
importância crescente para a avaliação geral da idade fetal, 
gestações múltiplas (verificação do nº de fetos), verificar o 
crescimento, determinar o sexo, auxiliar na escolha do tipo 
de parto e viabilidade fetal, bem como para a detecção de 
anomalias morfológicas específicas (diagnosticar defeitos 
congênitos) e guiar a colheita de amostras (amniocentese, 
biópsia de vilosidade coriônica, cordocentese). 
 
 Transluscência nucal: 
 TN é uma medida realizada na região da nuca do feto 
que estima o risco do mesmo apresentar algumas doenças, 
como S. de Down. A TN consiste no aumento\excesso da 
espessura do espaço livre de eco entre a pele e o tecido mole 
que recobre o aspecto dorsal da espinha cervical, a ultrassom 
podem detectar o excesso anormal de líquido no tecido mole 
do pescoço. 
 A transluscência nucal deve ser determinada com 
relação à idade gestacional, uma vez que ela varia com a 
idade do feto. 
 
 Características que podem ser verificadas na US para 
indicação de S. de Down: transluscência nucal, osso nasal 
(narinas antevertidas) e idade gestacional. 
 
 Além da transluscência nucal, pode-se observar na 
ultrassonografia: rim (cistos), hidrotórax (derrame pleural), 
atresia duodenal e higroma cistico. 
 
 US tridimensionalpode detectar: fenda labial, 
polidactilia, “pé torto” e micrognatia (podendo causar uma 
tríade de anomalias, conhecida como Sequência de Pierre R.). 
A Sequência de Pierre R., é uma malformação 
caracterizada por uma tríade de anomalias, constituída por: 
micrognatia (mandíbula pouco desenvolvida), glossoptose 
(língua deslocada para trás) e fissura palatina (fenda labial - 
céu da boca aberto). 
 B) Testes invasivos: devem ser indicados em casos 
especiais 
 1. Amniocentese (líquido amniótico); 
2. Punção de vilosidades coriônicas (formações no 
córion que irão formar a placenta); 
3. Cordocentese (sangue do cordão); 
4. Diagnóstico genético pré-implantação; 
5. Biópsia fetal; 
6. Exames: Raio-X, RM e CT 
 
 Principais Indicações para Testes Invasivos: 
Idade materna avançada (igual ou maior que 35 anos); 
Filho anterior com alteração cromossômica; 
Presença de alteração cromossômica estrutural em um 
dos genitores; 
História familial de alteração genética que pode ser 
diagnosticada ou excluída por análise bioquímica ou do DNA; 
História familial de distúrbio ligado ao X para o qual 
não há teste DPN específico; 
Risco de defeito do tubo neural; 
Alteração na triagem do soro materno e/ou no US 
morfológico. 
 
 Amniocentese: 
Procedimento no qual se insere uma agulha por via 
transabdominal no saco amniótico e se extrai uma amostra 
do líquido amniótico com seringa. 
Antes da amniocentese, é realizada uma 
ultrassonografia para avaliar a viabilidade fetal, a idade 
gestacional, o número de fetos, o volume do líquido 
amniótico, a normalidade das estruturas anatômicas fetais e 
a posição do feto e da placenta, para saber a posição ideal 
para a inserção da agulha. 
Além da análise cromossômica do feto, a concentração 
de alfa-fetoproteína (AFP) pode ser medida no líquido 
amniótico para detectar NTDs abertos. 
 
 Punção de Vilosidades Coriônicas: 
 Envolve a biópsia de tecido da área vilosa do córion por 
via transcervical ou transabdominal. 
Principal vantagem da CVS (comparada com a 
amniocentese de meio trimestre): Permite que os resultados 
estejam disponíveis em um estágio mais inicial da gestação, 
reduzindo o período de incerteza e permitindo que a 
interrupção da gestação, se for o caso, seja realizada no 
primeiro trimestre. 
 
Vilosidade X Líquido amniótico 
Mais precoce (9 a 12s) Mais tardia (16s) 
Risco de aborto 1% Risco de aborto 0,5% 
Resultados duvidosos 
(cromossômicas) 
Resultados mais precisos 
(cromossômicas) 
Não permite AFP Pode AFP 
 
 Cordocentese: 
 Procedimento usado no diagnóstico pré-natal para 
obter uma amostra do sangue fetal diretamente da placenta. 
 Final da gestação  cordão umbilical grande. Colhido 
na base 
 Indicado: quando já foi apresentado alguma anomalia 
em amniocentese ou vilosidade coriônica, para realizar 
exame bioquímico do feto e introdução medicamentosa para 
o feto. 
 Fetoscopia: Técnica para visualização direta do feto 
(pouco usado atualmente). 
 
 Diagnóstico genético pré-implantação: 
 Uso de técnicas moleculares ou citogenéticas durante a 
fertilização in vitro, para selecionar embriões livres de uma 
condição genética específica e transferi-los para o útero. 
Pode ser realizado por meio de técnicas de 
micromanipulação para remover um glóbulo polar ou por 
biópsia de uma única célula de um embrião de seis a oito 
células após a fertilização in vitro. 
 
 
 
 
 
 
 
ACONSELHAMENTO GENÉTICO 
 
Consultoria genética (erroneamente conhecida como 
aconselhamento genético) é o processo de comunicação que 
lida com os problemas humanos associados a ocorrência, ou 
ao risco de ocorrência, de uma doença genética em uma 
família. 
 A consultoria genética é um conjunto de atividade 
profissionais que: 
Auxiliam no diagnóstico da afecção; 
Avaliam as condições sociais, econômicas, emocionais e 
psicológicas dos familiares; e 
Transmitem as informações médicas (em uma 
linguagem que o paciente compreenda). 
 
 Possui cinco etapas (processos): 
1ª etapa: Diagnóstico 
2ª etapa: Cálculo de risco (qual o risco futuro de ocorrer 
um problema) 
3ª etapa: Comunicação (conversa com a família) 
4ª etapa: Apoio as decisões 
5ª etapa: Manutenção (acompanhamento com o 
indivíduo, durante a vida toda) 
 Deve ser constituído por uma equipe multidisciplinar, 
com médicos, biomédicos, biólogos, bioquímicos, psicólogos, 
nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermeiros e assistentes 
sociais. 
 
A) 1ª etapa  Diagnóstico 
 Para se chegar ao diagnóstico, utiliza-se da 
propedêutica genética, realizando o levantamento do 
histórico familiar, histórico gestacional, histórico pediátrico, 
da avaliação genético-clínica, hipótese diagnóstica, de 
exames complementares e por fim, a confirmação 
diagnóstica. 
 
1. HISTÓRICO FAMILIAR 
O levantamento do histórico familiar deve contemplar 
informações sobre: 
Anamnese sobre a composição da família; 
Construção do heredograma; 
Ocorrência ou recorrência de anomalias; 
Consanguinidade; e 
Planejamento Familiar. 
2. HISTÓRICO GESTACIONAL 
Anamnese de intercorrências gestacionais; 
Anamnese de utilização de drogas medicamentosas (ou 
não); 
Tocotraumatismos (traumatismo no parto). 
 
3. HISTÓRICO PEDIÁTRICO 
Anamnese do período neonatal; 
Apgar; 
Intercorrências pediátricas; e 
Evolução pediátrica. 
 
4. AVALIAÇÃO GENÉTICO-CLÍNICA ou SEMIOLOGIA 
GENÉTICA 
Avaliação antropométrica: 
comprimento/estatura, peso, perímetro cefálico, 
envergadura, distância intercantal interna e externa, 
comprimento das mãos, comprimento dos pés, comprimento 
do pênis e volume testicular. 
 
 Avaliação Genético Clínica (ordem cefalo-caudal): 
crânio, face, pescoço, tórax, coluna, abdômen, genitais, 
membros superiores, membros inferiores, pele e anexos e 
condições gerais (tônus, flexibilidade, etc.) 
 
5. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
Afecção monogênica (mendeliana); 
Aberração cromossômica; 
Herança multifatorial; 
Fatores ambientais - intrauterino (não genéticos). 
 
 Afecção monogênica (mendeliana): 
 Herança Autossômica Dominante (Acondroplasia); 
Herança Autossômica Recessiva (Albinismo); 
Herança Ligada ao X Recessiva (Hemofilia tipo A); 
Herança Ligada ao X Dominante (Raquitismo 
hipofosfatêmico | Resistente a Vit. D); 
Herança Mitocondrial. 
 
 Aberração cromossômica: 
 Aberrações cromossômicas dos autossomos (S. de 
Down); 
Aberrações dos cromossomos sexuais (S. de Turner); 
Microdeleções (S. de Williams). 
 
 Herança multifatorial: 
 Monotópicas (um só sistema está afetado) – Ex. erro de 
fechamento do tubo neural, ocasionado por fatores 
genéticos e ambientais 
 
6. FATORES AMBIENTAIS (NÃO-GENÉTICOS) 
Fatores físicos (Hipertermia materna – febre acima de 
38,5º por 4 dias ou mais - Dengue), 
Fatores químicos (uso de álcool – Mãe etilista, criança 
com hipomimia), 
Fatores biológicos (Diabete gestacional, macrossomia). 
 
7. EXAMES SUBSIDIÁRIOS E COMPLEMENTARES 
 Citogenética clínica: 
Cariótipo por coloração convencional; 
Cariótipo por bandamento GTG, CBG, QFQ, RBG, NOR, 
TCI, etc. 
 Citogenética Molecular: 
Hibridização in situ por Fluorescência (FISH); 
Cariótipo Espectral (SKY) 
 Genética Molecular: 
PCR; 
Southern Blot; 
Sequenciamento. 
Radiologia (verificar a caixa craniana do paciente) 
Sorologia (sífilis congênita) 
Bioquímica (EIM – S. Smith-Lemli-Opitz | SLOS) 
Oftalmologia (Doença de Tay-Sachs) 
Dermatologia (Ictiose – Doença da escama de peixe) 
Patologia (autopsia) 
 
8. CONFIRMAÇÃO DA HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
 
B) 2º Etapa  Cálculo de risco 
Afecção monogênica (mendeliana) 
Leis mendelianas 
Probabilidades Relativas (método bayesiano) 
Aberração Cromossômica 
de novo 
portadores de translocações 
Herança multifatorial 
Riscos empíricos (mudar o ambiente\comportamento, 
para mudar o risco de repetição) 
Fatores ambientais (não genéticos) 
Sem risco de recorrência na ausênciado fator causal 
 
C) 3ª Etapa  Comunicação 
Utilizando-se de metodologia psicológica (método 
rogeriano – centrado na pessoa) e entrega de relatório por 
escrito. 
A transmissão das informações visa ajudar os 
indivíduos a: 
Compreender os fatos médicos, inclusive o diagnóstico, 
a causa provável da afecção e o tratamento possível. 
 Apreciar a contribuição da hereditariedade para a 
afecção e o risco de recorrência para os parentes específicos. 
Entender opções frente ao risco de recorrência 
(gravidade da doença também deve ser levada em conta). 
Escolher a conduta que lhes pareça apropriada, tendo 
em vista o risco e as aspirações da família, e agir de acordo 
com a decisão tomada. 
Ajustar-se aos indivíduos afetados da família, e ao risco 
de recorrência. 
Tomada de decisões e as consequências referentes a 
terapêutica e reprodução, proporcionando-lhes o apoio 
necessário a obtenção dos meios para realizar suas decisões 
(auxiliar para ‘facilitar’ processos como anticoncepção 
definitiva ou adoção, visto que, existe o risco de 
conceber\gerar um filho com má formação). 
 
 Relatório genético-clínico 
 Identificação do paciente. 
Descrição dos históricos familiares, gestacionais e 
pediátricos. 
Descrição dos resultados de exames subsidiários e 
complementares. 
Conclusão = Diagnóstico 
Risco de Recorrência 
Sugestões de terapias de suporte 
Avaliações periódicas 
 
D) 4ª Etapa  Apoio as decisões 
Decisões Reprodutivas 
 Métodos anticoncepcionais: 
Métodos de barreira 
Métodos naturais 
Métodos hormonais 
 Anticoncepção definitiva: 
Laqueadura 
Vasectomia 
Diagnóstico Pré-natal de futuras gestações 
 Métodos não invasivos: 
Ultrassonografia 
Testes de Triagem neonatal 
Cardiotocografia 
 Métodos Invasivos: 
Análise de trofoblastos 
Amniocentese 
Cordocentese 
Reprodução Assistida: 
ICSI 
FIV 
Doação heteróloga 
 Adoção 
E) 5ª Etapa  Manutenção 
Terapias de suporte: 
Fonoaudiologia, 
Psicologia, 
Psicopedagogia, 
Dietética, 
Fisioterapia, 
Ludoterapia (terapia do prazer, envolvendo o “brincar” 
para estimular o desenvolvimento da criança), 
Terapia Ocupacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA EM GENÉTICA 
 
 A ética possui como base, uma tríade composta por 
justiça, benevolência e igualdade. Portanto, para que algo 
seja considerado ético, deve-se seguir, obrigatoriamente, os 
três componentes que sustentam\baseiam a ética. Além 
disso, a ética irá justificar uma ação, a qual estará revestida 
de moral (voluntário) e de direito (obrigatório). 
 Justiça: Particularidade daquilo que se encontra de 
acordo com o que entende-se e/ou julga-se como correto 
 Benevolência: Fazer o bem, sem causar danos 
 Igualdade: assegurar que todos indivíduos sejam 
tratados igualmente, sem apresentar diferenças de 
qualidade, valor, proporções, dimensões, naturezas, 
aparências e intensidades. 
 Moral: é a diferenciação de intenções, decisões e ações 
entre aquelas que são distinguidas como próprias e 
impróprias, socialmente. A moral constitui-se por preceitos e 
regras voluntárias, estabelecidos e admitidos por uma 
sociedade que tende a regulamentar o comportamento das 
pessoas. 
 Direito: conjunto de regras/normas obrigatórias da 
vida em sociedade, que buscam expressar e alcançar um ideal 
de justiça, mantendo e/ou regulando a vida em sociedade 
 Ética: conjunto de regras e preceitos de ordem 
valorativa e moral (de indivíduos, grupos, etc.), é a 
investigação geral sobre aquilo que é bom. 
 Na prática a ética é sempre uma resposta a problemas 
que provocam reflexões, como direito à saúde, etc. (Papel da 
Mulher/Feminismo; Usos e Abusos de Animais; Direitos das 
Crianças; Degradação do Ambiente; Guerra/Paz; Pesquisa em 
Seres Humanos; e Alocação de Recursos) 
 
 BIOÉTICA: 
 Estuda os problemas e implicações morais levantados 
pelas pesquisas científicas em biologia e medicina, 
abrangendo questões como a utilização de seres vivos em 
experimentos, a legitimidade moral do aborto ou da 
eutanásia, as implicações profundas da pesquisa e da prática 
no campo da genética etc. 
 Atualmente, a biótica enfrenta como desafios pautas 
envolvendo: Início da vida de uma pessoa; Morte e Morrer; 
Privacidade e Confidencialidade; Abusos contra a pessoa; e 
Deveres com as gerações futuras. 
 Ética em pesquisa: 
Conselho Nacional de Saúde (CNS) – resoluções 
aplicadas como leis de demandas da população para o poder 
público, controlando implicações sociais na saúde; 
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) – 
função consultiva, deliberativa, normativa e educativa, 
visando implementar as normas e diretrizes 
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos; 
Ambos com composição multidisciplinar, com 
participação de pesquisadores, estudiosos de bioética, 
juristas, profissionais de saúde, das ciências sociais, humanas 
e exatas e representantes de usuários.

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