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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Principais características das Periapicopatias * Crônicos são ASSINTOMÁTICOS, por isso não é o foco nas urgências Etiologias Físicos – Pericementite traumática - mecânicos (traumas) - térmicos (frio ou calor) Químicos – Pericementite química Bacteriano – Pericementite bacteriana - mais comum Pericementite traumática Traumas: - extrações - separação imediata dos dentes - sobreinstrumentação * - sobreobturação * - restaurações traumáticas - movimentos ortodônticos * situações de polpa morta Pericementite química - soluções irrigantes (alta concentração do hipoclorito de sódio) - medicação intracanal (paramonoclorofenol, formocresol, tricresol formalina) Embora a medicação mate microorganismos, também mata células teciduais e promovem respostas inflamatórias nos tecidos periapicais * atualmente ocorre em menor grau Pericementite bacteriana A invasão de microorganismos provenientes da necrose pulpar permite as alterações patológicas sediadas no periápice A causa mais comum destas alterações é a contaminação do sistema de canais radiculares, como sequela da cárie. Inflamação: - são os subprodutos do metabolismo bacteriano que alcançam o tecido periapical os responsáveis pela inflamação - independente da virulência ou quantidade, porém restritas ao canal radicular Infecção: - é quando os microrganismos alcançam os tecidos periapicais diretamente, em volume grande ou de bactérias de alta virulência Pericementite Aguda Sinais e sintomas - dor intensa, espontânea e localizada - mobilidade dental (nem sempre perceptível clinicamente) - sensação de dente crescido - teste de vitalidade negativo *nos casos de polpa viva responde - percussão exacerba a dor (é o principal) - palpação (+ ou -) - achados radiográficos (espessamento do ligamento periodontal apical Teste de vitalidade positivo Causada por: - contato prematuro - afastamento dental brusco - apoio indevido de alavanca - ativação inadequada de aparelho ortodôntico * histórico do paciente é importante Tratamento emergencial - eliminação da causa (agente agressor) - alivio oclusal Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - prescrição de analgésico e ou anti-inflamatório Tem como objetivo tirar o paciente da fase aguda (aliviar a sintomatologia – tirar a dor) Qual a causa da dor nas pericementites? - mediadores inflamatórios - edema (entre o dente a o trabeculado ósseo) Tratamento imediato Pericementite traumática (polpa morta) Pericementite bacteriana - drenagem do exudato inflamatório via canal 1 – Anestesia a distancia 2 – Isolamento absoluto 3 – Acesso ao canal 4 – Irrigação abundante 5 – Desobstruir o forame (no comprimento real do dente, JAMAIS além do forame, movimento de penetração desinfetante intercalado com I/A/I) 6 – Espera de 10’ a 15’ 7 – Remover o exsudato 8 – Medicação intracanal 9 – Selamento provisório 10 – Remover o isolamento 11 – Verificar a oclusão 12 – Analgésico / Anti-inflamatório Pericementite química 1 – Anestesia a distancia 2 – Isolamento absoluto 3 – Acesso ao canal 4 – Irrigação abundante (com água destilada ou soro fisiológico) 5 – Desobstruir o forame (no comprimento real do dente, JAMAIS além do forame) 6 – Espera de 10’ a 15’ 7 – Remover o exsudato 8 – Algodão estéril, sem medicação 9 – Selamento provisório 10 – Remover o isolamento 11 – Verificar a oclusão 12 – Analgésico / Anti-inflamatório Inflamação -> Infecção - quando as bactérias que estão restritas ao canal radicular são levadas, pelo uso incorreto das técnicas, aos tecidos periapicais de uma única vez, aumentando a quantidade de bactérias nessa região. Nesse momento há uma resposta do organismo pelos neutrófilos que fagocitam as bactérias e liberam enzimas lisossomais e morrem, formando uma substância semi-flúida, o pús, que se forma em quantidade e busca uma via de drenagem, passa pelas 3 fases: INICIAL OU INTRAÓSSEO - pode se evoluir rapidamente - pus está confinado nos tecido periapicais, entre tecido ósseo e cemento, no espaço periodontal (não confundir com lesão periapical, que é característica de fase crônica, demora 3 meses para formar) Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto EM EVOLUÇÃO OU SUBPERIOSTAL - já invadiu o tecido ósseo e chegou ao periósteo EVOLUIDA OU SUBMUCOSA - quando untrapassa o periósteo, atingindo a mucosa - uma pericementite química ou traumática polpa viva, não evoluem para infecção, a não ser que tenha contaminação posterior Sinais e sintomas: - dor intensa, localizada e espontânea - edema visível (na fase inicial não vê, nas outras sim) - mobilidade dental - sensação de dente crescido - teste de vitalidade ao frio (não altera sintomatologia – necrose pulpar) - percussão vertical/palpação (exacerba a sintomatologia) - achados radiográficos (sem alteração visível, pode ter espessamento do ligamento periodontal) - o único sinal que diferencia as fases é o Edema: Inicial – ausente Em evolução – presente, totalmente endurecido Evoluído – presente com ponto de flutuação - diagnóstico diferencial do em evolução e do evoluído é a Palpação Abscesso periapical: - necrose pulpar em 100% dos casos - periodonto sadio Abscesso periodontal: - vitalidade pulpar - presença de bolsa periodontal * quando há uma associação dos sintomas, estamos diante de um problema Endo-periodontal, inicialmente tratamento a endodontia e depois da periodontia Tratamento imediato - tem por objetivo tirar a sintomatologia - edema faz a compressão de terminações nervosas livres e causa dor, por isso o tratamento consiste na drenagem do pus Fase inicial - via canal Fase em evolução - via canal Fase evoluída - drenagem cirúrgica Fase inicial e em evolução - anestesia a distancia - isolamento absoluto - acesso ao canal - irrigação abundante - desobstruir o forame - esperar 10’ a 15’ - remover pus - medicação intra-canal - selamento provisório - remover isolamento - verificar a oclusão - prescrição de analgésico e/ou antibióticos Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto * é o mesmo da pericementites bacteriana, a única diferença é a prescrição medicamentosa Quando prescrever antibiótico terapia em paciente com abscesso? - febre nas ultimas 24hrs - paciente com mal-estar ou imunocomprometidos - triismo - áreas com enfartamento ganglionar (linfadenopatia) - edema difuso em progressão Fase evoluída - anestesia - drenagem cirúrgica (incisão abaixo do ponto de flutuação) - divulsão dos tecidos - colacação de dreno - prescrição de antibiótico (obrigatoriamente) - verificar a oclusão e a necessidade de analgésico e/ou anti-inflamatório (geralmente é prescrito, a não ser que o paciente possa ter alguma complicação na prescrição desse medicamento) - curativo com gaze e micropor (para que o pus drenado fique na gaze e não escorra pelo rosto), trocar 3-4x por dia - depois de 4 dias o dreno é removido Abscesso apical crônico - a partir do tratamento imediato o abscesso dento- alveolar agudo o quadro torna-se crônico - o paciente é orientado a realizar o plano de tratamento/penetração desinfetante Se não tratar, na infecção, os neutrófilos atacam e matam os microorganismos liberando leucotrienos e prostaglandinas (potencializa a histamina e bradicinina – mediadores álgicos, responsáveis pela dor). O leucotrieno atrai mais neutrófilos e macrófagos para a área, e os macrófagos ativam os osteoclastos.. Vias de atuação na dor: - descompressão por meio da drenagem do pus - prescrição de antiinflamatórios para controlar os mediadores, principalmente a prostaglandina (que aumenta os mediadores álgicos) Toda fase crônica pode agudizar,o que chamamos de abscesso fênix (presença de lesão + com abscesso) Pericementite Crônica - abscesso crônica - granuloma - cisto
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