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2-Modulo1_bacteriologia_1sem2018DDIP_ITGen

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Profa. Luciene Andrade da Rocha Minarini
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES DO TRATO
GENITAL
BACTERIOLOGIA
Diadema - SP
INFECÇÕES TRATO GENITAL
TRATO GENINAL FEMININO E MASCULINO E SUAS DOENÇAS
Uretrite, cervicite, úlcera genital, vaginite e vaginose
INFECÇÕES TRATO GENITAL
CLASSIFICAÇÃO
1. Doenças sexualmente transmissíveis
- Uretrite e cervicite: Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, 
Mycoplasma e Ureaplasma
- Úlcera genital: Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum
Vírus: vírus herpes simples, papilomavirus humano e citomegalovirus
2. Doenças não transmitidas por contato sexual
- Vaginite e vaginose: Gardnerella vaginalis
Fungo: Candida albicans; Protozoário: Trichomonas vaginalis
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
1. Neisseria gonorrhoeae
Características gerais
- Cocos Gram-negativos, dispostos aos pares (diplococos); 
- Podem fazer parte da microbiota de oro e nasofaringe;
- 0,6 e 1,5µm; imóveis; microaerófilas, lados adjacentes achatados;
- Condição ideal de crescimento: 35 e 37ºC, CO2, fastidioso;
- Possui vários sorotipos baseados na antigenicidade da proteína do pili (fímbrias), 
resultante de rearranjos cromossômicos – mais de 100 sorotipos. Responsável 
pela variação antigênica.
Gonor “esperma” e rhoia “fluxo”
Fonte: CDC
106 milhões de
infectados em todo
mundo
Epidemiologia
INFECÇÕES TRATO GENITAL
1.2. Patogênese
Patogênese
Fimbrias e proteínas de
membrana da bactéria interagem
com células da mucosa por meio
de receptores.
Em seguida a bactéria é
internalizada pela célula, e
células adjacentes.
Nota-se que Neisseria pode
sobreviver em neutrófilos,
inclusive atingir corrente
sangúínea.
INFECÇÕES TRATO GENITAL
Fatores de virulência do microrganismo
- Presença de pili, LOS (Lipoligossacarídeo-endotoxina), OMP, produção de
proteases e betalactamase
Manifestações clinicas
- Grupo principalmente acometido: homens e mulheres entre 18 e 29 anos;
-Nos homens: uretrite acompanhada de disúria e corrimento purulento;
- Nas mulheres: infecção localizada no endocérvice (cervicite), causando 
corrimento vaginal purulento e sangramento, a complicação é geralmente uma 
infecção ascendente nos canais uterinos o que pode levar à esterilidade (DIP);
- No recém nascido: conjuntivite gonocóccica;
- Ainda, faringite, infecção anal retal, infecção gonocóccica disseminada.
“N. gonorrhoeae has progressively developed resistance to each of the
antimicrobials used for treatment of gonorrhea. Most recently, declining
susceptibility to cefixime (an oral cephalosporin antibiotic) resulted in a
change to the CDC treatment guidelines, so that dual therapy with
ceftriaxone (an injectable cephalosporin) and azithromycin is now the only
CDC-recommended treatment regimen for gonorrhea. The emerging threat
of cephalosporin resistance highlights the need for continued surveillance of
N. gonorrhoeae antimicrobial susceptibility.”
Fonte: CDC
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
2. Chlamydia trachomatis
Características gerais
- patógeno intracelular obrigatório;
- possuem parede celular rígida mas não possuem uma camada típica de
peptideoglicano. a parede se assemelha à de bactérias Gram-negativas;
- deficiência na produção de ATP endógeno;
- infecta células encontradas em mucosas.
Fonte: CDC
Epidemiologia
15
INFECÇÕES TRATO GENITAL
Mulheres 
15-24 anos
As clamídias têm ciclo replicativo diferente: se inicia quando o corpo elementar extracelular, inerte,
semelhante a um esporo, entra na célula e se reorganiza em um corpo reticulado, maior e
metabolicamente ativo. Essa estrutura passa por divisões binárias repetidas para formar corpos
elementares filhos, que são liberados da célula
Patogênese
INFECÇÕES TRATO GENITAL
Manifestações clínicas
- Uretrite não gonocócica (UNG)
No homem: Pode ocorrer epididimite, 
até esterilidade
Na mulher: DIP
-Conjuntivite de inclusão
-Linfogranuloma venéreo (LGV)
-Sintomatologia: = gonorréia, porém mais brando, secreção uretral aquosa, 
sensação de formigamento no pênis.
- Podem ser assintomáticas.
- Possibilidade recorrência da doença
Sorotipo Doença
A, B1,B2, C Tracoma endêmico
D, E, F, G, K Uretrite/Síndrome uretral aguda
Oftalmia
Cervicite
Bartholinite
Endometrite
Salpingite (DIP)
Pneumonia do RN
DST
L1, L2, L3 Linfogranuloma venéreo
INFECÇÕES TRATO GENITAL
Tratamento
Precisa de atravessar membrana da célula e ter sua ação intracelularmente
Doxiciclina (7 dias) ou azitromicina (única dose)
Gonorreia: azitromicina associada a ceftriaxona. Em casos graves de 
multirresistência, carbapenêmicos
Co-infecção com Neisseria gonorrhoea
Tratamento do parceiro sexual
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
3 Haemophilus ducreyi
Características gerais
- Bacilos Gram-negativos pequenos (cocobacilos) e imóveis que necessitam de
fatores presentes no sangue para seu crescimento: (1) hemina (fator X); (2)
nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD, fator V);
- Causador de doença sexualmente transmissível: cancro mole ou cancróide;
- A doença se inicia com lesões penianas doloridas (abaixo do prepúcio), úlceras
moles com base hemorrágica, bordas irregulares e maleáveis que tendem a ulceração
e linfadenopatia inguinal hipersensível à palpação. Em mulheres, lesões na vagina,
grandes lábios e área perianal.
-Acomete principalmente homens, na relação 3:1 a 25:1, em relação às mulheres;
-Tratamento: azitromicina (1 dose), ceftriaxona (IM dose unica) ou fluoroquinolona
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
4 Treponema pallidum subsp pallidum
Características gerais
- Agente da sífilis;
- Bacilo espiralados flexíveis com
parede celular fina, espiroquetas,
não cultiváveis;
- São móveis através da ondulação
de filamentos axiais presentes na
camada externa,
- Treponemas são células
extremamente finas, visualizados
por microscopia de campo
escuro, impregnação pela prata e
IF.
- Crescimento lento,
nutricionalmente exigentes,
anaeróbios facultativos
INFECÇÕES TRATO GENITAL
Patogênese
- T. pallidum subespécie pallidum – não produz toxinas ou enzimas importantes
- Porta de entrada: contato direto com as lesões ( risco de 30%);
- São introduzidos no organismo hospedeiro através da mucosa, de um corte 
ou algum abrasão da pele;
- Sítio de inoculação – há multiplicação das espiroquetas ocorrendo formação 
de uma úlcera;
- Manifestação clínica: Principalmente resposta imune do hospedeiro.
INFECÇÕES TRATO GENITAL
SÍFILIS PRIMÁRIA – úlcera sifilítica (cancro duro)
3 a 4 semanas após o contágio, regride em 1 a 5 semanas ;
apresenta base lisa e dura e borda elevada, indolor e sem secreção;
grande quantidade de bactérias nas lesões.
SÍFILIS SECUNDÁRIA – síndrome pseudogripal, lesões cutâneas
2 a 6 semanas após cancro inicial
Aparecimento de lesões secundárias : palmas (mãos) e planta (pés) 
Nas áreas intertriginosas úmidas aparecem amplas placas úmidas
(condilomas planos) com abundância de espiroquetas infecciosos.
11 milhões de novos casos ocorrem
em todo mundo entre adultos de 15-49 anos
Re-emergente nos Estados Unidos
INFECÇÕES TRATO GENITAL
SÍFILIS TARDIA OU TERCIÁRIA
Depois de vários anos, 1/3 dos casos de sífilis se cura sem tratamento, 1/3
permanece latente, sem lesões aparentes, 1/3 restante, a doença pode
progredir para estado terciário, ocorrendo danos em vários sistemas.
- Aparece granulomas principalmente na pele e ossos, tumores
denominados gomas, envolvimento do SNC ou lesões cardiovasculares;
- O intervalo entre a doença primária e as complicações neurológicas é de
5 a 20 anos (sífilis meningovascular e neurossífilis.
- Pode ocorrer surdez e comprometimento visual.
Associação com HIV: lesões facilitam sua aquisição. Há persistência de sintomas.
SÍFILIS CONGÊNITA
- Mulheres grávidas infectadas pelo treponema podem transmitir a bactéria 
para o feto após o terceiro mês de gestação – infecção intra uterina dofeto via placentária;
- Na criança, aparece como sífilis secundária, com anormalidade em ossos 
e dentes;
- Frequente morte do feto;
- Destruição óssea tardia.
INFECÇÕES TRATO GENITAL
“historical data demonstrate that untreated 
early syphilis in pregnant women may result in 
perinatal death of the infant in up to 40% of 
cases and, if acquired during the 4 years before 
pregnancy, can lead to infection of the fetus in 
80% of cases” Fonte: CDC
VAGINITE E VAGINOSE
BACTERIOLOGIA
INFECÇÕES TRATO GENITAL
-
CARACTERÍSTICAS DO ECOSSISTEMA VAGINAL
- Sistema complexo em equilíbrio;
- Apresenta 109 UFC;
- Contém variadas espécies bacterianas produzindo metobólitos;
- É clara e sem odor;
- Microbiota residente: bactérias G+/G-, patogênicas ou não;
- Domínio: Lactobacillus (Bacilos de Doderline)
INFECÇÕES TRATO GENITAL
CARACTERÍSTICAS DO ECOSSITEMA VAGINAL
Secreção vaginal normal
pH: 3,8 – 4,2
Contém variedade de compostos
Sem odor 
Presença de células epiteliais escamosas
Presença de até 5 leucócitos por campo (x40)
Predomínio: Lactobacillus –
produz ácido lático + H2O2 + lactocina
Equilíbrio 
Relação 200:1 (Lactobacillus:outros)
-
Tamanho do inóculo
+ 
condições variáveis do local no 
hospedeiro (pH, teor de O2, 
metabólitos, variação hormonal) 
= 
desequilíbrio
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS NÃO TRANSMITIDAS PELO CONTATO SEXUAL
VAGINITES
Processo infeccioso inflamatório em mucosa vaginal;
Tipos:
candidíase vulvovaginal (Levedura - Candida spp.) – 20 a 25% dos casos
vaginite por tricomonas (Protozoário-Trichomonas vaginalis) – 10% dos casos
vaginose – 30 a 35% dos casos
infecções mistas – 10 a 15% dos casos
Outros agentes:
Streptococcus agalactiae
Staphylococcus aureus
Enterobactéria
DOENÇAS NÃO TRANSMITIDAS PELO CONTATO SEXUAL
VAGINOSE
Denifição: Alteração na microbiota residente da mucosa vaginal sem
característica inflamatória devido ao aparecimento de numerosas células de
bactérias endógenas com diminuição de lactobacilos. Pode ser assintomática.
Principais agentes: Gardnerella vaginalis, Prevotella, Mobiluncus.
INFECÇÕES TRATO GENITAL
INFECÇÕES TRATO GENITAL
DOENÇAS NÃO TRANSMITIDAS PELO CONTATO SEXUAL
1 Gardnerella vaginalis
Características gerais
- Cocobacilo Gram-negativo (às vezes, Gram-variável – propriedades da parede)
- Pode ser microbiota normal em 20-40% das mulheres, porém o número de
células bacterianas aparece em número bem menor;
- No homem: balanite / balanopostite
Colonização assintomática – reinfecção
da mulher tratada
- Pode ser isolada em ITU superior e inferior,
principalmente em mulheres (piúria é rara)
INFECÇÕES TRATO GENITAL
SINTOMATOLOGIA: descarga de secreção aumentada e amarelada, prurido,
dor, irritação, e odor anormal. Se não tratada, gera complicações obstétricas –
ginecológicas, incluindo o neonato.
VAGINOSE POR Gardnerella vaginalis
Níveis elevados de 
atividade de sialidase no 
líquido vaginal
pH: Grande número de 
Gardnerella
Odor: Níveis altos de 
poliaminas e ácidos
graxos na secreção
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
Swab Dacron
Uretra
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
PROCEDIMENTO
CULTURA
Meio de Amies Lâminas fixadas
MICROSCOPIA
GRAM
FONTANA
EXAME DIRETO
Campo escuro
EXAME DIRETO – Gardnerella vaginalis
Presença de células indicadoras (“clue cells”) 
sugestivo de vaginose por Gardnerella 
vaginalis. Raros leucócitos.
Teste do odor – 10% KOH
Odor de peixe (produção de aminas)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
EXAME DIRETO – Trichomonas vaginalis
Mucosa eritematosa 
secreção bolhosa
Microscopia eletrônica
Presença de estruturas sugestivas de Trichomonas vaginalis
Numerosos leucócitos
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
EXAME DIRETO – Candida albicans
Presença de células arredondadas em brotamento e pseudo-hifas que sugerem Candida spp.
Presença de lactobacilos e leucócitos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
GRAM – Secreção vaginal normal
Células epiteliais e numerosos bacilos Gram-positivos sugestivo de Lactobacillus sp.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
Células epiteliais e numerosos bacilos Gram-positivos sugestivo de Lactobacillus sp.
Evidente citólise e ausência de leucócitos sugestivo de vaginose citolítica.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
GRAM – Gardnerella vaginalis
Presença de numerosos cocobacilos Gram-variáveis característica de Gardenerella vaginalis e
bacilos curvos Gram-variáveis sugestivo de Mobiluncus. Raros leucócitos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
GRAM – Trichomonas vaginalis
Estrutura celular com núcleo excêntrico contendo flagelo sugestivo de Trichomonas vaginalis. Presença
de bacilos Gram-positivos e Gram-negativos. Alguns cocos Gram-positivos. Numerosos leucócitos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
GRAM – Candida spp
Presença de células arredondadas Gram-postitivo em brotamento e pseudo-hifas que sugerem
Candida spp. Presença de bacilos Gram-positivos e leucócitos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
GRAM – Neisseria gonorrhoeae
Presença de diplococos Gram-negativos e numerosos neutrófilos sugestivo de processo infeccioso
por Neisseria gonorrhoeae.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
Fluido vaginal de uma paciente com cervicite causada por Chlamydia trachomatis .
Este fluido vaginal contém microbiota mista e numerosos neutrófilos, cuja presença indica inflamação. Há
suspeita de uretrite não gonocócica (por Chlamydia trachomatis) devido à ausência de “clue cells”,,
leveduras e tricomona. Chlamydia trachomatis não é visível, com coloração de Gram.
GRAM 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
RACIOCÍNIO
1. Presença de leucócitos?
2. Presença de “clue cells”?
3. Presença de lactobacilos?
1. Não
2. Sim
3. Não
Vaginose por Gardnerella
1. Sim
2. Não
3. Variável
Vaginite
Protozoário: Trichomonas vaginalis
Levedura: Candida sp
Bacteriana: Chlamydia trachomatis, 
Neisseria gonorrhoeae, Streptococcus 
agalactiae
Virus: Herpes, HPV
Vaginose citolítica:
Presença de numerosos Lactobacillus
Ausência de outros agentes
Citólise evidente, pH <4,5
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CERVICITE, URETRITE E VAGINITE
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ÚLCERA GENITAL 
O diagnóstico de úlcera genital pode ser realizado por microscopia direta, microscopia
de imunoflorescência, métodos moleculares ou cultura, dependo do microrganismo
isolado e da situação clínica.
-Haemophilus ducreyi – Gram e cultura
- Chlamydia trachomatis – LGV – sorologia e/ou cultura
-Treponema pallidum – raspado de lesão da base cancro mole (sífilis primária) –
microscopia em campo escuro, imunofluorescência e sorologia
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ÚLCERA GENITAL 
GRAM – Haemophilus ducreyi
Gram de um paciente com cancro mole e linfadenopatia (linfonodos aumentados). A imagem mostra
os cocobacilos Gram-negativos, intra e extracelularmente dispersos, com distribuição em forma de "cardume”.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
Coloração Fontana Tribondeau – Treponema pallidum
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA
AMOSTRAS
Secreções
vaginal e 
uretral
AS/TM
TODD ou THIO
V ágar
Lesões
AS/CHOC
Urina 1ºjato, 
secreção
prostática, 
esperma
Alça calibrada
1:100
AS/TM
Abscessos e 
aspirados
AS/TM
THIO
Secreção
cervical
AS/TM
AS, ágar sangue; TM, ágar Thayer Martin; THIO, caldo tioglicolato, CHOC, ágar 
chocolate; V ágar, vaginalis ágar
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA
1. Semeadura das amostras colhidas em swab: em 3 direções
Ágar sangue de 
carneiro (5%)
Ágar Thayer Martin
Antibióticos + fatores de 
crescimento
Caldo tioglicolato
AS/TM/V ágar: INCUBAÇÃO EM ESTUFA DE CO2
CALDOS: AEROBIOSE
35ºC
V ágar
Base deÁgar Columbia
Sangue humano 5%
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA
2. Semeadura de amostras quantitativas
a) Esperma ou líquido prostático
Ágar sangue Ágar Thayer Martin
Álça calibrada 0,01 mL
INCUBAÇÃO EM
ESTUFA DE CO2
35ºC
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA
2. Semeadura de amostras quantitativas
b) Urina de 1° jato
Ágar sangue
Ágar Thayer Martin
- Centrifugar 10 mL de urina a 2000 rpm por 5 min
- Semear o sedimento com alça calibrada 0,01 mL
- Interpretação: 
Alça de 0,01mL (1:100) 
1 colônia = 100 x 10 (concentração da
amostra por centrifugação) ou 103 UFC/mL
INCUBAÇÃO EM ESTUFA DE CO2
35ºC
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA
3. Avaliação das placas de origem
-Verificar resultado da bacterioscopia (Gram) correlacionando com a quantidade de 
crescimento de microrganismos e o tipo morfológico;
-Iniciar a trigem das placas após 24h, verificando primeiramente as placas de TM e 
CHOC; se não houver crescimento, reincubar novamente por até 72h;
- Se a placa de CHOC com amostra de lesão genital não apresentar crescimento 
nas 72h, liberar resultado parcial e incubar por até 5 dias antes de liberar como 
negativo para Haemophilus ducreyi
- V ágar: deixar por até 48h
Haemophilus ducreyi é um microrganismo de difícil
crescimento, e na maioria das vezes, o diagnóstico é feito
pelo Gram.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA Gardnerella vaginalis
Colônias de Gardnerella vaginalis em V ágar
IDENTIFICAÇÃO
1. Característica morfotintorial
2. Colônias beta-hemolíticas
Identificação em nível de espécie
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA Neisseria gonorrhoeae
Colônias de Neisseria gonorrhoeae 
no meio de Thayer Martin
(vancomicina, colistina, nistatina e trimetoprim)
Colônias em ágar chocolate
IDENTIFICAÇÃO
Neisseria gonorrhroeae
Característica morfotintorial
Identificação em nível de espécie
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
PROCEDIMENTO
CULTURA Haemophilus ducrey
Colônias de Haemophilus 
ducreyi em ágar chocolate
- Colônias pequenas, não mucóides, cor 
amarelada
- Destaca-se facilmente do meio com a 
alça.
-Produzem suspensão heterogênea 
grumosa em solução salina.
-- Gram: cocobacilos Gram-negativos em 
grupos
Alternativa: Meio Mueller Hinton 5% sangue 
de cavalo e 1% Isovitalex
Usar discos de vancomicina – eliminar cultura 
mista – H. ducreyi é resistente
Entre os testes laboratoriais disponíveis para a detecção direta da clamidia estão
a cultura de células, a imunofluorescência direta, o enzimaimunoensaio (EIA),
a sonda de DNA e as técnicas de amplificação de ácidos nucléicos (PCR) que
apresentam maior sensibilidade. Há ainda testes diagnósticos indiretos através
da pesquisa de anticorpos como a imunofluorescência indireta além do exame
citológico para detecção das inclusões citoplasmáticas (Seadi et al., 2002).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
Chlamydia trachomatis
- Cancro inicial: microscopia de campo escuro -visualização dos espiroquetas
no raspado de superfície de lesão. MOTILIDADE
Testes sorológicos não-específicos ou não treponêmicos: extratos de tecidos
normais de mamíferos (cardiolipinas) reagem com Ac presentes nas amostras
de soro de pacientes com sífilis (reaginas).
Ex: 1. VDRL – TESTE FLOCULAÇÃO EM LÂMINA. 2. RPR – mesmo
procedimento, porém em cartão e com carvão
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
Treponema pallidum
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INFECÇÃO TRATO GENITAL
Testes sorológicos específicos ou treponêmicos: uso de antígenos de Treponema
fluorescente e Ac específicos do soro de pacientes. Ex. FTA-ABS
Outros: Imunofluorescência e Biologia molecular
LAUDO
Exemplo 1: Cultura de secreção vaginal
Microrganismo identificado: Neisseria gonorrhoeae
As amostras de urina 1º jato, secreção prostática e esperma, os resultados devem 
ser expressos de forma quantitativa em UFC/mL
Exemplo 2: cultura de secreção prostática
Contagem: 1,5 x 104 UFC/ml
Escherichia coli
TRATAMENTO INFECÇÃO TRATO GENITAL
Tratamento
-Uretrite e cervicite gonocócica
Cefalosporinas de terceira geração, ciprofloxacina
-Infecções por clamídia
Azitromicina ou eritromicina, ofloxacina
-Vaginose bacteriana
Metronidazol ou clindamicina
-Vaginite por tricomonas
Metronidazol
-Vulvovaginite por Candida
Derivados azólicos

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