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Prevenção de doenças

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MED – Geriatria Júlia Azzolini
MED
 Prevenção de doenças
GERIATRIA 2
CUIDADOS PALIATIVOS 3
VACINAS 3
MORDEDURAS 4
�1
Júlia Azzolini
MED – Geriatria Júlia Azzolini
GERIATRIA
* NÃO é normal o idoso adoecer, mas tem RISCO maior
* Doenças graves podem ter apresentações atípicas como delirium ou perda funcional.
* Polifarmácia: ≥2 medicamentos por período > 240 dias/ano
* Envelhecimento da população:
* ↓ fecundidade e mortalidade
* ↑ esperança de vida
* Estilo de vida saudável = menor risco de incapacidade
* IMC normal no idoso: 22 a 26,9
- Prevenção primária: evitar a instalação de doenças (VACINAS)
- Prevenção secundária: eliminar a doença em sua fase mais precoce, ainda assintomática (RASTREA-
MENTO)
- Prevenção terceária: evitar as complicações de uma doença
- Prevenção quarternária: evitar iatrogenia
Alterações fisiológicas do envelhecimento:
- Alteração de neurotransmissores e atrofia cerebral → NÃO é normal depressão, Parkinson, apesar de ser 
mais comum
- Alterações fisiológicas: mais suscetível a hipotensão e bradicardia
- Rigidez: vascular, VE, parede torácica
- ↓ músculos respiratórios, ↓ função mucociliar (↑propensão a pneumonias)
- ↑ complascência pulmonar (o que não é bom)
- ↓ filtração glomerular e continência urinária
- ↓ massa ósea e muscular
- ↓ água e ↑ tecido adiposo
**Apresentam maior propensão à – 5 I’s da geriatria:
- Insuficiência cerebral
- Imobilidade
- Incontinência
- Instabilidade, quedas, fraturas
- Iatrogenia
**Quem é o paciente mais vulnerável (FRAGILIDADE)? ≥ 3 fatores
- Fadiga (autorreferida)
- Fatless (perda ponderal ≥ 5% no ano)
- Força reduzida
- Física (atividade física limitada)
- Função (marcha lentificada)
* TRÍADE da fragilidade: 
* Alterações neuromusculares
* Desregulação do sistema neuroendócrino
* Disfunção do sistema imunológico
Avaliação geriátrica ampla (AGA):
- Cognição: fluência verbal, desenho o relógio, mini-mental (depende da escolaridade)
- Humor: escala de depressão geriátrica (Yesavage)
- Capacidade funcional:
- Atividades básicas da vida diária (AVDs): escala de Katz
- Atividades instrumentais (AIVDs): escala de Lawton
- Outros: marcha, visão, audição, continência
* Mini-mental: é um teste de RASTREAMENTO que depende da escolaridade. Não faz diagnóstico
* Katz: avalia a independência como tomar banho, usar o banheiro, continência, vestir-se, comer. "gato é 
um animal independente".
* Lawton: avalia as atividades instrumentais como telefonar, fazer compras, cozinhar, lavar e passar, arru-
mar a casa. É a interação com o meio ("auau – cachorro faz truques")
* Yesavage: 15 perguntas para avaliar depressão. Investigar > 5. "a vida é selvagem"
�2
MED – Geriatria Júlia Azzolini
Organização do plano terapêutico:
- 1. Urgência: queixa principal e HPP
- 2. Promoção de saúde e prevenção primária: estilo de vida e imunização
- 3. Prevenção secundária: rastreamento de doenças
- 4. Prevenção terciária (reabilitação) e quaternária (iatrogenia)
CUIDADOS PALIATIVOS
Abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que en-
frentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do 
sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de 
natureza física, psicossocial e espiritual.
Princípios básicos:
-Alívio da dor e outros sintomas desagradáveis
-Afirmar a vida e considerar a morte um processo natural – não acelerar nem adiantar a morte
-Oferecer suporte ao paciente até o momento da morte
-Abordagem multidisciplinar dos pacientes e seus familiares
-Melhorar a qualidade de vida
* Quando não é possível a administração por via oral, a via preferencial é a subctânea
* NÃO usar por essa via: diazepam, diclofenaco e fenitoína
VACINAS
Imunização do adulto e do idoso:
* MS só paga vacina anti-pneumocócica para o asilados e com comorbidades
* dT: 
* Adultos e idosos não vacinados ou sem comprovação das 3 doses, seguir o esquema de 3 doses
* Vacinados anteriormente com todas as doses, administrar reforço após 10 anos da última dose
* Se gravidez ou ferimentos graves: antecipar o reforço para 5 anos (mínimo 20 dias antes do parto)
* Febre amarela:
* Contra-indicada para gestantes e lactantes
* Dose única *** Não faz mais o reforço em 10 anos
* Tríplice:
* Administrar 1 dose em mulheres até 49a e homens até 39s se não tiver comprovação vacinal
* Pneumocócica:
* Administrar 1 dose em campanha de vacinação do idoso se ≥ 60 anos institucionalizados e com co-
morbidades
Rastreamento do doenças (prevenção 2ª) – Check-up:
- Circulatórias:
- Diabetes
- Dislipidemia
- Aneurisma de aorta abdominal
- Neoplásicas:
- Colorretal
- Pulmão
- Colo uterino
- Mama
- Externas:
- Osteoporose
≥ 20 anos
Hep B
Difteria/tétano (dT)
Tríplice viral
Febre Amarela
3 doses
Reforço a cada 10 anos
Mulher até 49a, homem até 39a
Área recomendada
≥ 60 anos
Influenza
Pneumococo
Herpes-zóster
Anual
1 dose e reforço em 5 anos
Dose única. Somente na rede privada****
�3
MED – Geriatria Júlia Azzolini
* NÃO ha recomendação formal na população assintomática de hemograma, creatinina e ECG
* HIV: indicado para gestantes e pacientes de 15 a 65 anos (ou outra idade com risco aumentado – compor-
tamento sexual de risco, uso de drogas injetáveis, DST, hemotransfusão entre 1978-1985)
* Depressão: está indicado o rastreamento apenas em serviços com estrutura para assegurar o diagnóstico, 
tratamento e seguimento.
* Violência doméstica: rastreamento e mulheres em idade fértil
* Pelo USPSTF só há recomendação de rastreamento de diabetes em pacientes com PA > 135/80mmHg, 
pois não há estudo que avaliam a efetividade. Já a ADA recomenda o rastreamento para todos os pa-
cientes > 45 anos ou aqueles com sobrepeso e outros fatores de risco.
Reabilitação e iatrogenia (prevenção 3ª e 4ª):
- Medicamentos no idoso:
- ↑ meia-vida dos lipossolúveis
- ↑ concentração de medicações hidrossolúveis (digoxina, digitais)
- ↓ metabolização hepática / eliminação renal
- Evitar/ cautela – Critérios de Beers ("o que você toma"):
- Antidepressivos: tricíclicos / fluoxetina → muito efeitos adversos
- Benzodiazepínicos e antivertiginosos
- Digitálicos, diuréticos, laxativos, relaxante musculares (faz sedação)
* Benzodiazepínico não é para tratamento de insônia, e sim para ansiedade a CURTO prazo
* Vertix pode fazer parkinsonismo no idoso
MORDEDURAS
Complicações:
- Infecção bacteriana secundária: anaeróbios (Pasteurella), estrepto, estafilo
- Infecção viral: raiva
- Toxina: Clostridium tetani
Bacteriano:
- Lavar exaustivamente
- NÃO suturar
- Antibiótico se necessário. Se imunodeprimido, ferida profunda e extremidades = amoxicilina + clavulana-
to 3 a 5 dias
* Nas mordidas humanas, as bactérias mais comuns são: S.aureus e Strepto alfa-hemolítico
* Sempre prescrever antibióticos para os ferimentos de mordedura humana, de cães ou gatos quando hou-
ver envolvimento de cartilagem, mãos, pés e articulações, ou quando as lesões forem profundas. 
* Imunocomprometidos, esplenectomizados, etilistas, cirróticos e diabéticos sempre recebem antibióticos.
Recomendação por faixa etária:
Idade Morbidade Teste Observação
20 anos Dislipidemia Perfil lipídico 5/5 anos* Se prova de preventiva: H>35a e M> 45
25 anos Câncer colo uterino Papanicolaou Até 65 anos
45 anos Diabetes Glicemia jejum, HbA1c, TOTG * Se prova de preventiva: 40a + sobrepeso/obesidade
50 anos Câncer colorretalCâncer mama
Colono, RSG, sangue oculto
Mamografia
* Se prova de preventiva: NÃO orienta 
pesquisa de câncer de próstata. Na 
prova de cirurgia SIM
* Pesquisar mama e colorretal até 75a
55 anos Câncer pulmão TC de baixa dosagem anual
Tabagista ou que cessaram há 15 anos 
(com carga tabágica de 30 maços/ano)
Até 80a
65 anos
Osteoporose Densitometria Mulher (ou antes se fator de risco)Homens > 70a pode
AAA USG Homens de 65-75 anos que já fumaram
�4
MED – Geriatria Júlia Azzolini
Raiva:
- Doença viral transmitida pela saliva de animais infectados
- Vírus tem neurotropismo
- Transmissores: cães, gatos e morcegos. Coelhose roedores NÃO 
- Após a mordedura → vírus faz replicação local em um nervo periférico → segue até chegar ao SNC → 
ENCEFALITE: agressividade, espasmos, hidrofobia, sialorreia (pelo espasmo faríngeo)
- Mãos e pés apresentam mais terminações nervosas – maior risco
- Isolamento respiratório: na teoria é possível a contaminação pela saliva do doente
- Letalidade: ~100%
- Clínica:
- Pródromos inespecífico: ansiedade e transtorno do humor
- Encefalite aguda: febre, agressividade, delírios, espasmos musculares, convulsão
- Hidrofobia, sialorreia intensa
- Paralisia, retensão urinária, constipação
- Morre por: disautonomia ou insuficiência respiratória
* Notificação imediata
* A profilaxia deve ser iniciada o mais rápido possível. Entretanto, pode ser feita até o início dos sintomas 
(independente do tempo transcorrido)
* Lavar o ferimento o mais rápido possível
* Nunca fazer apenas soro
* Soro: apenas nos acidentes graves
* O animal suspeito não pode fazer agressões espontâneas, principalmente se for contra o dono (ai ele tem 
raiva).
* Avaliar a procedência (se no local teve casos de raiva)
* Avaliar a sociabilidade do animal e dos animais em contato com ele
* Na dúvida = suspeito
* Animais silvestres/interesse econômico (bovinos, suínos): SEMPRE 5 doses
* Disk dúvida: 037 14 28
* Se a pessoa for vacina e depois levar outra mordida:
* Se dentro de 90 dias: não faz nada
* Se > 90 dias: novo esquema com 2 doses
Tétano:
- Doença aguda não contagiosa
- Bactéria vive no solo (pele, fezes, terra, galhos, poeira) ou no TGI de alguns animais, na forma de esporos
- Inoculação acidental ou neonatal → colonização e organização → liberação de toxinas → EXCITAÇÃO 
DO SNC: rigidez, trismo, opistótono (grandes contraturas), riso sardônico
- Tétano acidental: introdução dos esporos em solução de continuidade de pele ou mucosas
- Tétano neonatal: contaminação com esporos durante a manipulação do coto umbilical. Acomete o RN nos 
primeiros 28 dias de vida, costumando apresentar-se nos primeiros 7 dias – tétano umbilical ou mal dos 
sete dias
* NÃO há transmissão direta de um indivíduo para o outro
* Todos os indivíduos são suscetíveis ao tétano. A doença NÃO confere imunidade
* DIAGNÓSTICO: conjunto de elementos EPIDEMIOLÓGICOS e CLÍNICOS
* Quando menor o período de incubação, mais grave é a doença 
PROFILAXIA Cão/gato NÃO suspeito Cão/gato suspeito
Acidente leve
- Observar o animal por 10 dias
- Se desenvolver raiva, morrer ou 
desaparecer: vacina (5 doses: 0, 3, 7, 
14, 28)
- Vacina (2 doses) e observar por 10 
dias
- Se desenvolver raiva, morrer ou 
desaparecer: completar vacina (+3)
Acidente grave
(cabeça, pés, mãos, 
profundo, mordedura de 
mucosa, morcego, animais 
silvestres)
- Vacina (2 doses) e observar por 10 
dias
- Se desenvolver raiva, morrer ou 
desaparecer: completar vacina (+3) + 
SORO
- Vacina (5 doses) + SORO
�5
MED – Geriatria Júlia Azzolini
- Letalidade: 
- 10 - 30%
- É maior em lactentes e idosos
- Fatores de risco:
- Baixa cobertura vacinal em mulheres em idade fértil
- Partos domiciliares
- Ausência ou baixa qualidade de pré-natal
- Alta hospitalar precoce e acompanhamento deficiente da puérpera e RN 
- Baixo nível socioeconômico e escolar
- Clínica:
- Febre baixa
- Nível de consciência preservado
- Hipertonia muscular mantida, hiperreflexia, espasmos dolorosos
- Hiperativação do SNC
- Neonatal: choro constante, irritabilidade, dificuldade de sucção (contratura dolorosa da mandíbula), 
rigidez de nuca, hiperextensão MMII e hiperflexão MMSS, opistótono, dificuldade respiratória
- Tratamento:
- Suporte: hidratação, analgesia, oxigênio, heparina (se risco de TVP), sedação
- NOTIFICAÇÃO
- Sulfato de magnésio: para o tratamento da disautonomia
- Neutralização da toxina (imunoglobulina IM ou soro IM/EV) +
- Eliminação da bactéria (antibiótico – penicilina G ou metronidazol)
- Debridamento do foco
* Sempre que o paciente tiver recebido esquema vacinal completo a < 5 anos, seja o ferimento de baixo 
ou alto risco, NÃO há necessidade de nenhuma medida específica – apenas limpeza da lesão.
* Vacina: pentavalente com 2, 4 e 6 meses. Reforço com DTP aos 15 meses e 4 anos.
* O debridamento é feito após a administração da imunoglobulina
PROFILAXIA
Ferida de baixo risco Ferida de alto risco 
(profundos ou superficiais sujos, 
queimaduras**, mordeduras, por armas)
História 
vacinal
≥ 3 doses VACINA 
(se última dose > 10 anos)
VACINA
(se última dose > 5 anos)
Incerta ou < 3 doses VACINA VACINA + SORO
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	GERIATRIA
	CUIDADOS PALIATIVOS
	VACINAS
	MORDEDURAS

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