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No direito empresarial empresário é o sujeito de direito que exerce a empresa, ou seja, aquele que exerce profissionalmente (com habitualidade) uma atividade econômica (que busca gerar lucro) organizada (que articula os fatores de produção) para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. O empresário pode ser pessoa física (empresário em nome individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária).
Deve-se ressaltar que no segundo caso, os sócios (empreendedores ou investidores) não são empresários, cujo papel é reservado à própria sociedade empresária como um todo, que é um sujeito de direito com personalidade autônoma em relação aos sócios.
Deve-se desde logo acentuar que os sócios da sociedade empresária não são empresários. Quando pessoas (naturais) unem seus esforços para, em sociedade, ganhar dinheiro com a exploração empresarial de uma atividade econômica, elas não se tornam empresárias. A sociedade por elas constituída, uma pessoa jurídica com personalidade autônoma, sujeito de direito independente, é que será empresária, para todos os efeitos legais. Os sócios da sociedade empresária são empreendedores ou investidores, de acordo com a colaboração dada à sociedade (os empreendedores, além de capital, costumam devotar também trabalho à pessoa jurídica, na condição de seus administradores, ou as controlam; os investidores limitam-se a aportar capital). As regras que são aplicáveis ao empresário individual não se aplicam aos sócios da sociedade empresária – é muito importante apreender isto.
Sabemos que Empresário é “quem desenvolve atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços” (art. 966, CC), e que Empresa é a atividade econômica organizada, praticada pelo Empresário.
A Empresa pode ser praticada por grupos de pessoas, que se unem com um firme propósito comum, ou por uma só pessoa.
O grupo de pessoas com finalidade de obtenção de lucro é denominado Sociedade Empresária, instituto que se manifesta com a ‘congregação de capital e trabalho para o empreendimento de atividade empresarial’ (WILGES BRUSCATO, in Manual de Direito Empresarial Brasileiro, p. 164), conforme os parâmetros dados pelo artigo 981, do Código Civil, e nasce com o devido registro na Junta Comercial, seu ato constitutivo.
Quando uma só pessoa se dispõe ao exercício da Empresa, manifesta-se a figura do Empresário Individual, aquele que age na prática de atividades empresárias sem o concurso de sócios.
Percebemos, até aqui, dois sujeitos Empresários, quais sejam: i) a Sociedade Empresária, formada por sócios empreendedores (e não empresários); e ii) o Empresário Individual, o próprio.
A diferença entre os tipos Empresários acima destacados, entretanto, não se encerra na quantidade de pessoas envolvidas na Empresa.
A Sociedade Empresária, devidamente constituída e cadastrada na Junta Comercial, possui personalidade jurídica própria, sendo sujeito de direitos e obrigações perante terceiros. Disso, decorrem alguns efeitos, tais como “a individualização da sociedade, como sujeito único e distinto das pessoas de seus integrantes, possuindo patrimônio próprio (iniciado com o capital social), que não se confunde com o dos sócios, capacidade negocial e processual. Por isso, a sociedade passa a ser titular de direitos e pode assumir compromissos e obrigações, defendendo seus interesses em juízo e fora dele” (WILGES BRUSCATO, in Manual de Direito Empresarial Brasileiro, p. 93-94).
De maneira diversa, o Empresário Individual recebe tratamento jurídico peculiar. Em primeiro lugar, esclareça-se que o Empresário Individual é sempre pessoa física, natural, e não se reveste da personalidade jurídica afeta às Sociedades, ainda que indispensável seu registro com CNPJ na Junta Comercial.
Diante disso, a proteção patrimonial não lhe é estendida. O patrimônio do Empresário Individual é único, confundindo-se bens particulares e profissionais, de modo que os bens afetos ao desenvolvimento da Empresa se sujeitam à resolução de dívidas de natureza pessoal e vice versa, bens estritamente pessoais podem ser penhorados para garantir dívidas da firma.
O registro “comercial” do Empresário Individual se presta para fins administrativos e tributários, de modo a facilitar o cadastro dos órgãos governamentais e as devidas cobranças fiscais. Não enseja em uma criação de ente novo, mas somente a atribuir novas condições à pessoa natural.
Por fim, as divagações acerca da personalidade Empresário Individual se resumem a uma máxima: “O sujeito é um só: a empresa é exercida por ele, o nome empresarial o identifica, os bens são de sua titularidade” (WILGES BRUSCATO, in Manual de Direito Empresarial Brasileiro, p. 93-94).
Fonte
a) Empresário Individual: Exerce em nome próprio uma atividade empresarial. Atua individualmente, sem sociedade. Sua responsabilidade é ilimitada (responde com seus bens pessoais pelas obrigações assumidas com a atividade empresarial). O empresário pode exercer atividade industrial, comercial ou prestação de serviços, exceto serviços de profissão intelectual.
Não pode ser empresário o prestador de serviços que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística como médicos, engenheiros, arquitetos, psicólogos e entre outros. Esses atuarão individualmente como autônomos (pessoa física com registro na Prefeitura Municipal) ou com sócios através da constituição de uma Sociedade Simples.
Esses profissionais poderão ser empresários, caso o exercício da profissão intelectual tenha elemento de empresa. Elemento de empresa: exercício profissional de uma atividade econômica organizada (organização dos fatores de produção = capital, trabalho, natureza e tecnologia). Trata-se de empresa entregando produtos e serviços, diferentemente do serviço pessoal intelectual. Exemplos: Médico = Hospital, Engenheiro = Construtora, etc.
b) MEI - Microempreendedor Individual:
MEI - Microempreendedor Individual – é o empresário individual com receita bruta anual até R$ 60.000,00, e a partir de 2018, R$ 81.000,00, optante pelo Simples Nacional e SIMEI.
O Simples Nacional estabelece valores fixos mensais para o MEI, que não seja sócio, titular ou administrador de outra empresa, que possua no máximo 01 (um) empregado que receba exclusivamente o piso da categoria profissional, não tenha mais de um estabelecimento (não ter filial) e entre outros requisitos. Ver artigo 18-A da Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
O MEI paga os seus tributos na forma do SIMEI por valores fixos mensais (5% de um salário mínimo, relativo ao INSS do Empresário + R$ 1,00 relativo ao ICMS (indústria, comércio ou serviço de transporte intermunicipal ou interestadual) + R$ 5,00 relativos ao ISS (prestação de serviços). Está dispensado de escrituração contábil e é segurado da Previdência social - Contribuinte Individual (tem direito a alguns benefícios previdenciários, entre eles, a aposentadoria por idade).
O registro do MEI é gratuito e pode ser efetuado pela Internet através do site www.portaldoempreendedor.gov.br, onde é possível verificar as atividades permitidas e obter maiores informações. Vale lembrar que no caso de início de atividades no próprio ano-calendário, o limite de receita bruta acima mencionado será proporcional ao número de meses de atividade.
c) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI:
Atuação individual - sem sócios. Responsabilidade do empresário é limitada ao capital social (valor do investimento, em dinheiro ou bens). Obrigatoriedade de capital social integralizado de no mínimo 100 salários mínimos. A EIRELI possibilita a atuação individual – sem sócios – porém, com responsabilidade limitada. Protege o patrimônio pessoal do empresário através da separação patrimonial. A EIRELI é uma pessoa jurídica, com patrimônio próprio, não se confundindo com a pessoa física do empreendedor e seu respectivo patrimônio.
O empresário titular da EIRELI poderá responder com seu patrimônio pessoal por obrigações da empresa nas mesmas hipóteses previstas para as Sociedades Limitadas.
d) SociedadeEmpresária:  Neste tipo de empresa é possível a atuação coletiva entre dois ou mais sócios, sendo sua responsabilidade limitada ao capital social. Deverá adotar uma das espécies de sociedade existentes (S/A, Sociedade Limitada - LTDA, etc.). A espécie de sociedade empresária mais adotada no Brasil é a Sociedade Limitada (LTDA.), por ser mais simples e pela proteção ao patrimônio pessoal dos sócios.
Sociedade para o exercício da atividade própria de empresário (produção, circulação de bens e prestação de serviços, exceto profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística). A Responsabilidade dos sócios é limitada ao capital social (os sócios não respondem com seus bens pessoais pelas obrigações da empresa após a integralização do capital social).
A Sociedade Empresária Limitada é pessoa jurídica que possui patrimônio próprio, não se confundindo com a pessoa física do dos sócios e seus respectivos patrimônios.
Os sócios podem responder com seus bens pessoais nos casos de comprovação de má-fé, sonegação fiscal, confusão patrimonial, estelionato, fraude contra credores e etc. Dívidas trabalhistas: A Justiça do Trabalho, recorrentemente, condena os sócios ao pagamento da dívida trabalhista com o patrimônio pessoal, no caso de os bens da empresa não serem suficientes.
e) Sociedade Simples: Empresa com atuação Coletiva, ou seja, 02 (dois) ou mais sócios. A responsabilidade dos sócios é ilimitada. Porém, poderá adotar a espécie societária de Sociedade Limitada - Sociedade Simples Ltda., passando a responsabilidade dos sócios a ser limitada ao capital social, não respondendo com seus bens pessoais pelas obrigações da sociedade, exceto nas hipóteses mencionadas no item anterior (sociedade empresária limitada).
A Sociedade Simples é uma pessoa jurídica para a prestação de serviços de profissão intelectual, de natureza científica, artística ou literária, sem elemento de empresa (ex. médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, etc.).
 
Passo a passo do processo de formalização de uma empresa
Alcantara (2017) aponta que: “As normas legais sobre o registro público de empresas mercantis estão dispostas na Lei nº 8.934 [...] e em seu regulamento, que é o Decreto nº 1.880.”
Pelos dispositivos legais apresentados, podemos conceituar o processo de formalização de uma empresa como um processo complexo, envolvendo diversas representatividades de regulação estatal, no âmbito federal, estadual e municipal, atuando de forma independente e diferenciada uma das outras.
De forma resumida, podemos apontar os seguintes passos que formam o referido processo de formalização:
1. Antes de começar o processo em si, é importante constituir o contrato social.
2. Na sequência, faz-se necessário ir até à junta comercial para oficialização da empresa, para obtenção do Número de Identificação do Registro de Empresa – Nire.
3. Dando continuidade, o destino é a Receita Federal, buscando registrar a empresa como contribuinte, obtendo o CNPJ.
4. O próximo destino é a prefeitura, a secretaria regional ou a secretaria municipal da fazenda, para obter o alvará de funcionamento. Vários documentos pertinentes são solicitados nesse processo.
5. Segue-se o processo, indo agora à secretaria estadual de fazenda, para obtenção da inscrição estadual, que é necessária para obtenção da inscrição no ICMS. Novamente, vários documentos são solicitados nessa parte do processo.
6. A ida à agência da previdência social é a próxima etapa, no sentido de efetivar o cadastro de ordem trabalhista da empresa.
7. Retorna-se, então, à prefeitura ou à secretaria estadual da fazenda para providenciar a autorização para emissão de notas fiscais (prefeitura para notas de serviços e secretaria estadual para notas de comércio ou indústria), concluindo-se o processo de formalização de uma empresa.
Leitura recomendada
· ALCANTARA, S. A. Direito empresarial e direito do consumidor. Curitiba: Intersaberes, 2017. cap. 2. Disponível na Biblioteca Virtual.

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