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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Campus Poços de Caldas Fichamento do livro: Tratado de Arquitetura - Vitrúvio Capítulos 1, 2 e 3 Estela Cristina da Silva Ramos Arquitetura e Urbanismo 2° Período 2018/01 Nos três primeiros capítulos da obra de Vitrúvio, define-se o arquiteto como aquele que deve entender de muitas disciplinas e deve possuir muitos saberes. O arquiteto é o conjunto dos elementos práticos e teóricos, pois um depende do outro, visto que, aquele que tiver ambos conhecimentos alcançará mais rápido e com maior prestígio o que propõem. O arquiteto deve ser criativo e habilidoso, versado em literatura para que seus projetos sejam entendidos mesmo sem a apresentação de plantas ou maquetes, deve também conseguir representar suas ideias manualmente. Matematicamente, é necessário o entendimento da geometria, para correta utilização do compasso e esquadros nos desenhos manuais; também a óptica e aritmética auxiliam o profissional no seu ofício. A história também é fundamental na formação do arquiteto para que os feitos passados sirvam de inspiração e instrução em seus projetos. A filosofia entra nesse contexto para fazer com que o arquiteto pense “fora da caixa” questionando o que está ao seu redor, chegando a premissas pelas quais seus serviços irão resultar. É indispensável também às ciências da Terra, para resolver muitas e variadas questões naturais, como às condutas de água; topografia acidentada entre outros. O conhecimento dos astros para compreensão da posição solar, a fim de criar ambientes aconchegantes e confortáveis sem que haja muita ou pouca interferência do sol dentro do recinto projetado. Neste mesmo cenário entra a área medicinal, de forma que cada cômodo receba a quantidade de luz solar necessária para promover o bem-estar físico e mental, vale lembrar que o sol tem efeito bactericida. Deve-se compreender que o arquiteto precisa saber de todas as áreas, mas não perfeitamente cada. Vitrúvio mostra que a perfeição é atingida por aquele que se especializou em apenas uma arte e, parece ter sobressaído o indivíduo que possui conhecimento médio das partes e teorias necessárias à arquitetura. Vitrúvio define a arquitetura como resultante da união de: ordenação (harmonia de cada parte entre si e com o todo), disposição (colocação adequada das coisas e o efeito estético da obra), euritmia (forma exterior elegante e o aspecto agradável), comensurabilidade (equilíbrio dos membros da própria obra e na correspondência de uma determinada parte), decoro (aspecto irrepreensível das obras, dispostas com autoridade através de coisas provadas, de costume, ou então naturalmente) e distribuição (repartição apropriada dos meios o do solo, como um equilíbrio econômico nas despesas da obra). Já às partes da própria arquitetura são: edificação, gnomônica e mecânica. A edificação divide-se em duas partes, a primeira consiste na instauração dos recintos fortificados e das obras comuns nos lugares públicos, a outra diz respeito ao levantamento dos edifícios privados. Às obras comuns públicas dividem-se em três classes: defesa, religião e utilidade pública. É então definida a chamada Tríade Vitruviana, que mostra que toda edificação deva ter os princípios de solidez, da funcionalidade e da beleza. Uma vez que falte beleza, não será considerado arquitetura, apenas edificação; a falta de funcionalidade mostra um caráter escultórico da obra, e por fim a falta de solidez demonstra que o projeto não passa do papel.
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