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ANÁLISE DE CASO SIMULADO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO - Resenha

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ANÁLISE DE CASO SIMULADO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
A OFICINA 2013. Direção: André Gomma de Azevedo /Edição: Jean Lima e Rafael Matos CEAD/UnB. Gravação/arte/finalização: Equipe CPCE/UnBTV. Acompanhamento pedagógico: Janaina Angelina Teixeira – CEAD/UnB. Realização: Secretária de Reforma do Judiciário, Ministério da Justiça e Conselho Nacional de Justiça. Atores: Jurandir Ribeiro de Lavor (Autor/ Codinome: Plínio), Veronica Maria Almeida Campos (Ré/ Codinome: Telma), e Mediador: André Gomma de Azevedo. 
AUDIÊNCIA ON-LINE. Ação de Cobrança. Processo n. 081025867 2016 8 12 0001. Justiça Comum Cível – Audiência de Instrução – Juiz Alessandro Carlos Meliso Rodrigues. Disponível em: https://audienciasonline.com.br/#/audiencia/5cf9880de7dae90d553307bc Acesso em: 07/05/2020. 
Vinicius Almeida de Oliveira
UNIFACS - Universidade Salvador. Matrícula:369201112. Disciplina: Meios Adequados de Resolução de Conflitos. Docente: Fernanda Valadares. Turma: 1º Semestre. Turno Matutino. Feira de Santana-Bahia, 2020. 
A análise do primeiro vídeo da simulação da mediação nos traz um conflito jurídico entre duas pessoas conhecidas a respeito de uma demanda de serviço. O autor, o Sr. Plínio entrou com uma ação contra a Dr.ª Telma. O Objetivo da ação foi o não pagamento do serviço e a falta de respeito e consideração por parte da ré (Telma) na época da contratação do serviço. 
No dia da mediação as partes compareceram. O mediador se apresentou informando qual seu papel e qual o papel de cada parte. O mediador não é um juiz, não apresenta imposição, é um facilitador da conversação entre as partes não influenciando na decisão acordada. Expõe também, que, na mediação não há necessidade de apresentação de provas, de testemunhas, apenas conversas e esclarecimentos sobre o que houve e uma negociação que seja favorável para ambas as partes. O mediado também esclarece que, em casos de duvidas pode entrar em contato com seu advogado de confiança, além disso, explica a cada um que terá a sua vez dentro do tempo necessário para expor suas insatisfações e reclamações, sem que haja a interferência do outro, nesse caso o mediador pedira que haja um respeito na vez. 
Assim, o interesse primordial diante do conflito da parte autora e o adimplemento pelo serviço e o restabelecimento do respeito e da consideração por parte da ré, que antes de mais nada faz parte do convívio de amizade, e que ultrapassou os limites dentro do estabelecimento do auto. A demanda em questão trata-se de um serviço de oficina mecânica. A ré (Telma) procurou pelos serviços de mecânica do autor (Plínio), pois, seu veículo estava com um barulho estranho. O Plinio, então, fez um orçamento às pressas que deu no valor de R$650,00, sem especificar quais serviços e peças seriam trocadas e não deu a atenção devida como a ré gostaria. Assim, como questão objetiva é o serviço efetuado e a prestação não adimplida.
Como questão subjetiva houve a abordagem sentimental de ambos os lados. O Sr. Plínio se sentiu ofendido em ser chamado de “picareta”, dentro do seu estabelecimento comercial, e, pela agressão atribuída ao seu funcionário Fernando de tantos anos de serviço e homem de sua confiança. De outro lado a Dr. Telma julgou descaso no atendimento, principalmente após apresentar valor de R$650,00 e logo em seguida de R$1.200,00, por isso se expressou contra o autor como o nome “picareta”, sentiu um descaso no atendimento, já que como era de costume ser o mecânico preferencial de toda sua família há 17 anos, além disso, da falta de postura pessoal e, também, do não atendimento telefônico pessoalmente do Sr. Plinio, entretanto, soube-se que a falta de retorno a ligação telefônica da D. Telma não foi realizada pois, naquele momento o mesmo passava por questões pessoais de saúde com um membro muito próximo da família – sua irmã com câncer-. Na mediação notamos que a insatisfação não foi tanto pelo valor não pago, mais sim, pela falta de respeito e cordialidade, e amizade que tinha se quebrado, os ânimos se exaltaram e o rumo das coisas se tornou estranhas, o que levou a uma demanda judicial, mas que no final poderia apresentar uma autocomposição favorável. 
O mediado por sua vez, manteve sua postura como determina o artigo 166 do CPC, dentre os princípios básicos, ele apresentou o Princípio da imparcialidade, não interferindo nas decisões dos participantes. No princípio da independência, deixou as partes livres para se expressarem, desde que não houvesse desrespeito a sessão e seguissem as orientações dadas no início da mediação. Ao Princípio da oralidade, o mediador administrou da melhor maneira possível, ou seja, apresentou o direito de fala primeiramente ao autor da ação (Plinio), em seguida a ré (Telma). Para melhorar a conversação, o mediador realizou a sessão individual com tempo de 5 a 10 minutos para cada uma das partes, começando com a ré, já que o autor teve sua foz ouvida no início da sessão. Ao Princípio da Confidenciadade, o mediador perguntou várias vezes ao fim da sessão individual se gostaria de manter alguma parte da conversa em segredo para com a parte contraria, bem como no início da sessão deixou claro sobre a sessão quer correria sobre segredo e confidencial, não saindo das dependências da jurisdição. Por fim, o Princípio da informalidade e da decisão informada, também foram expostas no início da sessão, ou seja, que toda sessão chegando a um acordo ou não seria registrado em Ata de Conciliação, assinada pelas partes e levada ao juiz para homologação. E que poderiam aguarda a decisão informada pelo juiz da Vara. 
A atuação do mediador nos ensina ter equilíbrio, ponderação, informação necessária a ajudar nos conflitos que se apresentam todos os dias, mais principalmente se manter imparcial, não influenciar decisões que possam levar ao arrependimento, afinal, a opinião do mediador nesses assuntos não lhe cabe. E por fim, a situação foi resolvida da seguinte forma: o autor pediu desculpas pela falta de atenção necessária naqueles dias, e explicou detalhadamente quais serviços e peças foram trocadas no veículo, e o porquê do valor de R$1.200,00, e, não o valor inicial dado de R$ 650,00, pois, foi encontrado vários outros problemas no veículo devido à falta de zelo da proprietária e ré da ação. De outro lado a ré Telma, também se desculpou pelo excedente, elogiou o serviço efetuado e após explicações do serviço concordou em pagar o valor de R$1.200,00 em 2 vezes, e que mantivesse o velho e bom atendimento se sempre. 
O segundo vídeo nos traz uma audiência de instrução e julgamento, é a questão objetiva /jurídica do conflito é uma demanda civil de cobrança tendo como requerente Ronaldo Rosa Andrade, contra requerido Emilio de Deus Machado e Luiz Flávio Vilhalba. No dia 23/04/2007 o requerente comprou 228 cabeças de gado, entre gêmeas paridas, vacas e novilhos, o total da compra se deu no valor de R$ 66.280,00, sendo que o gado ficaria nas terras, pois haveria um arrendamento das terras a ser combinado posteriormente. Ouve o destrato da venda do gado, e o valor devolvido seria de R$75.000. Desse valor ficou restando quitar R$ 30.000. 
Da parte autora (o requerente) o interesse pleiteado é o adimplemento da parte restante do acordo de compra e venda do gado que foi logo em seguida objeto de distrato. Entretanto, o contrato foi realizado de boca entre o mandatário (Luz Flavio), sem que o mandante soubesse (Emílio), e sem que houvesse documentação escrita, apenas o canhoto e xerox de uma folha de cheque provando a transação. Da parte dos litisconsórcios (Luiz e Emílio), alegam apenas dever R$20.000, e não os R$ 30.000 alegados na inicial. Não pretende de início fazer qualquer acordo. 
A questão de natureza subjetiva se apresenta como própria da particularidade humana e intrínseca ao indivíduo que compõe seu contexto central. Nesse caso, estamos falando da que os membros dessa demanda estão ligados por um vínculo de respeito, ou seja, antes de ser um contrato formal, havia a questão da responsabilidade e na confiança depositada na ‘palavra’. Houveum confiança mutua entre o autor (Ronaldo) e o mandatário (Luiz), mas, não houve por parte do mandante (Emílio). Essa falta de palavra que gerou o desacordo levou proporções de consenso até certo ponto, mais quando da finalização em pagar o valor final, não houve o cumprimento moral e ético da ‘palavra’. 
Nessa audiência de instrução exige-se a presença de um juiz togado para resolver o conflito. Nesse caso ele é o conciliador, que se apresenta, informa a qualificação das partes, e qual a causa demandada, além de confirmar a presença das partes do processo. 
O conciliador, manteve sua postura como determina o artigo 166 do CPC, dentre os princípios, ele apresentou o Princípio da imparcialidade, não interferindo nas decisões dos participantes, como foi o caso em que aceitou o direito das advogadas da parte ré não desejarem fazer qualquer acordo. No princípio da independência, no período da produção do depoimento das partes para fazer o juízo de valores da causa, deixou as partes livres em suas respostas, sem qualquer interferência de qualquer presente na audiência, ou que houvesse qualquer manipulação nas perguntas direcionadas as partes, desde que não houvesse desrespeito a sessão e seguissem as orientações dadas no início da audiência. Ao Princípio da oralidade, o conciliador administrou da melhor maneira possível, ou seja, apresentou o direito de fala primeiramente ao autor da ação (Ronaldo), em seguida o réu presente (Luiz), seguido cada qual no seu tempo determinado em lei, bem como o direito de pergunta aos advogados das partes. Para melhorar a conversação, o conciliador realizou a sessão individual com tempo de aproximadamente 10 minutos ou menos para cada uma das partes, começando com autor, e em seguida do réu presente. Ao Princípio da Confidenciadade, o conciliador deixa claro sobre a confidencialidade dada a cada audiência no Tribunal. Por fim, o Princípio da informalidade e da decisão informada, também foram expostas no início da sessão, bem como no final, ou seja, que toda sessão seria registrada em Ata de Audiência, dando aos advogados o direito de juntada de documentos das notas contábeis da fazenda ulterior ao processo, por meio de manifestação de deferimento de documentos, e, se as partes gostariam de apresentar alegações finais dando prazo para tais alegações. E que poderiam aguarda a decisão informada pelo juiz da Vara.

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