Buscar

ANATOMIA E DOENÇAS DA ORELHA EXTERNA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anatomia e Doenças da Orelha Externa 
Prof. Samuel Lopes Benites
Otorrinolaringologista
Anatomia da Orelha Externa
 Constituição:
 Pavilhão auricular 
 Conduto Auditivo Externo
Pavilhão Auricular 
Conduto Auditivo Externo 
-1/3 externo: Cartilagem 
Unidade apopilossebácea
-2/3 internos: ósseo 
Ausência de pêlos e outros 
anexos
Mecanismos de defesa do 
CAE
 Tragus e cartilagem da concha
 Pêlos
 Istmo (junção das porções cartilaginosa e óssea)
 Cerume: 
 pH ácido
 Hidrofóbico
 proteção física
 Migração Epitelial
Otalgias
 Primária
 Otites externas
 Otites médias
 Secundária
 ATM
 Cervical / faríngea (neoplasias)
Otites Externas
 Conceito:
 Inflamação ou infecção do Conduto 
Auditivo Externo (CAE) e/ou pavilhão 
auricular
Otites Externas
Fatores Predisponentes
▪Ausência de cerúmen
▪Traumatismos 
▪Supurações da orelha média 
Otites Externas
Fatores Predisponentes
▪Queimaduras
▪Corpos estranhos 
▪Lavagens repetidas
▪Alterações de temperatura e umidade do ambiente
▪Banhos de imersão
Otite Externa Difusa Aguda
Quadro Clínico - Sintomas
▪ Prurido
▪ Dor intensa irradiada para região temporal e 
mandibular → dor à mastigação
▪ Sensibilidade à palpação e manipulação
▪ Perda auditiva condutiva e plenitude auricular
Edema e hiperemia difusa do MAE
*Pode chegar a obstruir completamente a 
luz do meato
Associação com banhos de imersão
Otite Externa Difusa Aguda
Quadro Clínico – Sinais
▪Hiperemia do Conduto 
▪Estenose
▪Otorréia purulenta
▪Falsas membranas e lesões crostosas
▪Nos quadros mais avançados, febre e 
linfonodomegalia
Otite Externa Difusa Aguda 
...
Otite Externa Difusa Aguda
Agentes Etiologicos
Pseudomonas aeruginosa (50%)
Staphylococcus aureus (20-30%)
Descamação do epitélio, eritema e diminuição da 
secreção ceruminosa
Causas
Retenção de água no MAE 
Corpos estranhos
Corrimento purulento crônico de uma OMA
Ferimentos e escoriações do epitélio
Otite Externa Difusa Aguda
Complicações
▪Abscesso periauricular
▪Pericondrite
Otite Externa Difusa Aguda
Tratamento
▪ Cuidados locais
Limpeza atraumática do CAE
▪ Analgesia
Anti-inflamatórios não-hormonais, corticóides
▪ Antibioticoterapia
Tópica
Sistêmica
Otite Externa Aguda Localizada
 Furunculo de CAE
 Localizada no 1/3 externo do MAE, onde há glândulas 
sebáceas e folículos pilosos
 Etiologia
Staphylococcus aureus
 Quadro Clínico
-Otalgia intensa e aguda, prurido e eventual hipoacusia
decorrente de obstrução do conduto 
-Edema, hiperemia do MAE e possível ponto de 
flutuação.
Comum a reinfecção
Otite Externa Aguda Localizada
Otite Externa Aguda Localizada
Tratamento
▪ Limpeza cuidadosa e delicada
▪ Curativo local com creme/pomada contendo
antibióticos associados a corticosteróides
▪ Antibióticos por via sistêmica
▪ Analgésicos, anti-inflamatórios
▪Drenagem
Otite Externa Crônica
Doença de etiologia mista (Infecção x
Hipersensibilidade)
Etiologia
Culturas são negativas ou com flora não patogênica
Quadro Clínico
-Prurido intenso, desconforto leve e hipoacusia.
-Geralmente indolor
-Asteatose do MAE, com pele seca e hipertrófica
com estenose parcial
Otorréia mucopurulenta pode ser observada nas
agudizações
Otite Externa Crônica
Otite Externa Crônica
Tratamento
▪ Objetivo: restaurar a pele normal do MAE e promover a
produção de cerúmen
▪ Local
Agentes ceratolíticos (como ácido salicílico a 2%)
com corticóide
Curativo: remoção dos debris
▪ Anti-histamínicos → controle do prurido
▪ Antibióticos → agudizações
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Infecção grave da orelha externa e base de
crânio tipicamente vista em diabéticos, idosos e
imunocomprometidos
Epidemiologia
-Pacientes imunocomprometidos,
principalmente diabéticos (90%)
-Pacientes com HIV/AIDS
-Taxa de mortalidade é elevada
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Microbiologia
-Pseudomonas aeruginosa
Odor fétido característico
Afinidade por vasos (angeíte necrotizante)
Trombose com isquemia distal, liberando toxinas e
enzimas proteolíticas
Necrose tissular
-Aspergillus
Evolui tipicamente a partir de infecção na orelha
média ou mastóide
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Fisiopatologia
Diabetes
Macro e microangiopatia.
Progressão
MAE, invade osso temporal pela junção
ósteo-cartilaginosa, causa osteíte ou
osteomielite de onde segue até a mastóide,
podendo progredir para ossos da base do crânio.
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Quadro clínico
▪Início insidioso semelhante a OE difusa
▪Otalgia fora de proporção
▪Tecido de granulação no assoalho do MAE próximo à junção ósseo-
cartilaginosa
▪Edema do tecido celular adjacente ao MAE
▪Linfadenopatia
▪Trismo
▪Contratura dolorosa dos masseteres
▪ Paralisia facial periférica
▪Mal prognóstico
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Diagnóstico
▪Hemograma
▪Bacteriologia e cultura da otorréia
▪Glicemia
▪VHS (sempre elevado)
▪Exames de imagem
▪Biópsia do tecido de granulação
Otite Externa Necrosante/Maligna
Tratamento
▪ Controle efetivo das condições gerais e
locorregionais do paciente
▪ Debridamento local extenso
▪Antibioticoterapia endovenosa
Tempo de tratamento varia de 6 a 9 semanas
Otite Externa 
Necrosante/Maligna
Complicações
▪ Paralisia facial periférica
▪ Síndrome do forame jugular que consiste na
paralisia dos IX, X e XI pares que se manifesta com
rouquidão, disfagia, aspiração e alterações
respiratórias;
▪ Outras: trombose do seio sigmóide, meningite,
abscessos cerebrais, neurite óptica, artrite séptica da
ATM, sepse e morte.
Otite Externa Fúngica
Quadro Clínico
▪Isolada: poucos sintomas, lenta e indolor no início,
porém com prurido muitas vezes intenso;
▪ Associada à infecção bacteriana: prurido, otalgia
intensa, secreção abundante e grande desconforto;
▪ Otoscopia observa-se a presença de fungos de
coloração negra, acinzentada, verde escuro, amarelada
ou branca, com debris celulares no MAE.
▪Pode cursar com perfuração da MT de fora para dentro
▪Infecção da caixa do tímpano
Otite Externa Fúngica
▪Etiologia
▪Aspergillus niger (colônia enegrecida), A.
flavus (amarelada) ;
▪C. albicans (esbranquiçada);
Otite Externa Fúngica
Tratamento
▪Limpeza cuidadosa do meato acústico
externo
▪ Acidificação do ambiente local
▪ Antifúngicos tópicos
▪ Antifúngicos sistêmicos não são eficazes
Pericondrite
▪Etiologia
▪Pseudomonas aeruginosa
▪Complicação de infecções
▪Trauma
▪Queimaduras e geladuras
Pericondrite
Quadro clínico
▪ Dor que se torna rapidamente intensa
▪Irradia para cervical e temporal
▪Supuração, por vezes, azul-esverdeada
▪ Pavilhão: calor local, flutuação, eritema, endurecimento com
demarcação do lóbulo
▪ Pericondrite: derrame subpericôndrico que suprime o aporte
nutricional
▪Deformações cicatriciais mais ou menos intensas do pavilhão
Pericondrite
Pericondrite
Tratamento
▪ Profilaxia
▪ Antibioticoterapia de amplo espectro (ciprofloxacina e
ceftazidima)
▪ Abscesso subpericondrial flutuante requer imediata
incisão e drenagem
▪ Evidência de necrose da cartilagem: debridamento
▪ Cicatrização por segunda intenção
▪ Deve ser feita analgesia vigorosa
Erisipela do Pavilhão
▪Habitualmente causada por estreptococos beta-hemolíticos
▪ Secundária a otite externa ou trauma
Quadro clínico
▪ Edema, calor, dor no pavilhão com borda de inflamação bem
definida
▪Aspecto de casca de laranja
▪Propagação para regiões vizinhas na face
▪Elevação de temperatura (39, 40C), calafrios e pulso rápido
Erisipela do Pavilhão
Tratamento
▪ Penicilinas
▪Procaína ou benzatina
Otite Externa com Granulação
 Doença inflamatória do 1/3 interno do CAE, incluindo a
MT;
 CAE com secreção purulenta, escamosa e cremosa;
 QC:
hipoacusia e prurido leve;
 EF: placas granulosas sésseis ou massa granulosa
Pedunculada;
Otite Externa com Granulação
 Tratamento: 
- Cauterização do granulação com ATA
70%;
- ATB tópico;
- Curativosseriados.
Otite Externa Eczematosa
 Condições dermatológicas que afetam a OE,sendo o PRURIDO a 
manifestação mais comum;
 EF: Eritema, edema, descamação, crostas,vesículas ou fissuras na 
pele do CAE;
 Alteração crônica com prurido intenso;
 Tto: CE tópico.
Otite Externa Herpética
 Síndrome de Ramsay - Hunt: 
-Paralisia facial periférica
-lesões cutâneas com vesiculas no território inervado pelo VII par
-PANS 
-vertigem
Otite Externa Herpética
 TRATAMENTO
 Limpeza;
 ATB tópico (p/ evitar infecção secundária);
 Antivirais precocemente: Valaciclovir, Famciclovir,
Aciclovir (1-4g/dia);
 Corticosteróides sistêmicos: < incidência deneuralgia pós-herpética.
Agenesia / Estenose de CAE
 Tratamento cirúrgico
 Recidivas freqüentes
Osteoma de CAE
 Tratamento cirúrgico – remoção.
Orelha externa.
 Oto-hematoma.
Referencias Bibliográficas
 Tratado de Otorrinolaringologia da ABORL-CCF vol. II
 Otorrinolaringologia Princípios e Prática 2ª Edição 
Autor: Sady Selaimen da Costa e Colaboradores 
Editora:Artmed
http://loja.grupoa.com.br/autor/sady-selaimen-da-costa.aspx