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Acao Direta de Inconstitucionalidade por Omissao

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO ..., partido político com representação no Congresso Nacional, pessoa jurídica inscrita sob CNPJ ..., endereço eletrônico ..., estabelecida na rua ..., bairro ..., CEP ..., na cidade de ..., Estado de ... vem a vossa excelência, por meio do seu advogado legalmente constituído, conforme procuração em anexo, que ao final subscreve, cujas intimações e notificações são recebidas no escritório profissional com sede na rua ..., n. ..., Bairro, ..., , Cidade ..., Estado ..., CEP ..., endereço eletrônico ..., propor a presente
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
com fulcro no Art. 102, I, “a”, e art. 103, VIII e §2ºda Constituição Federal de 1988 combinado com o art. 12-A e seguintes da Lei 9868/99,
Em face do CONGRESSO NACIONAL, que deverá prestar informações, tendo em vista a falta de norma regulamentadora do direito previsto no art. 7º, XXIII da Constituição Federal, pelos motivos e fundamentos a seguir expostos:
1. DO CABIMENTO E DA LEGITIMIDADE
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão é mecanismo existentes no controle concentrado de constitucionalidade que admite a insurgência dos entes legitimados à omissão legislativa que, por inércia das Casas Legislativas, afronta a carta magna da República Federativa do Brasil.
Nos termos do art. 102, I, “a” da Constituição Federal, é competência do Supremo Tribunal Federal, o processamento e julgamento das ações diretas de inconstitucionalidade. Em seu art. 103, §2º, encontra-se a possibilidade da declaração da inconstitucionalidade por omissão, visando as medidas necessárias para tornar efetiva determinada norma constitucional.
A legitimidade para propor da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão junto a esta Corte vem disposta no rol taxativo do art. 103, VIII da Constituição Federal, aceitando a propositura da ação por Partidos Políticos com Representação no Congresso Nacional.
O Partido Político ... tem 2 de seus membros Deputados Federais e dois Senadores, tendo assim a indispensável representação no Congresso Nacional, sendo que é requisito para demonstrar sua legitimidade para a propositura da presente ação.
Enfatiza-se que não existe prazo prescricional para a propositura da referida ação, já que se trata de mecanismo de controle concentrado de análise da constitucionalidade das leis e atos normativos Federais e Estaduais que possam a vir violar norma constitucional, visando sempre a supremacia da Constituição Federal.
2. DOS FATOS
O Partido Político ..., com representação no Congresso Nacional de dois Deputados Federais e dois Senadores, constatou que o Congresso Nacional deteve-se inativo e omisso, em virtude da elaboração da lei prevista no art. 7º, XXIII da Constituição Federal, que versa a respeito dos trabalhadores, urbanos e rurais, receberem adicional em suas remunerações quando efetuarem atividades penosas, insalubres ou perigosas. Ocorre que a norma constitucional exige que estes adicionais sejam regulados por lei, sendo o Congresso Nacional omisso, por mais de 28 anos, para regulamentar tal norma constitucional, sendo necessária a propositura da presente ação.
3. DO DIREITO
O inciso XXIII do art. 7º tutela o direito de percepção de adicional de remuneração para os trabalhadores que exerçam atividades penosas, insalubres ou perigosas, nos termos da lei infraconstitucional, como se pode ver:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
A pujança de normas constitucionais em sua aplicabilidade, está firmada pela doutrina no ordenamento jurídico brasileiro. As normas constitucionais podem ter ser descritas como normas de eficácia plena, contida ou limitada. 
A omissão legislativa, em tese, torna inaplicável o direito previsto no art. 7º, XXIII, uma vez que inexiste norma infraconstitucional que regulamente o direito fundamental tutelado pela Constituição. 
	Portanto, face inércia legislativa requer seja o Art. 7º, XXIII regulamentado e, portanto, suprida a lacuna legal existente a cargo do Congresso Nacional.
	
4. DA MEDIDA CAUTELAR
A medida cautelar está protegida nos artigos 12-Fe 12-G da Lei nº 9.868/99, e em virtude da agressão ao direito dos trabalhadores que exercem atividades insalubres e perigosas, requer a concessão da cautelar para que se possa dar efetividade imediata para o texto da Constituição Federal.
5. DOS PEDIDOS
	Face ao exposto requer:
1. Seja concedida a medida cautelar para garantir desde logo o exercício do direito de percepção do adicional de penosidade, insalubridade e periculosidade, até decisão final proferida por esta Suprema Corte;
2. Seja declarada a inconstitucionalidade por omissão do Congresso Nacional pela inexistência da lei regulamentadora prevista no art. 7º, XXIII da Constituição Federal;
3. Seja notificado o Procurador-Geral da República e do Advogado-Geral da União, para que emita o seu parecer em 15 dias, conforme art.8º da Lei 9.868/99;
4. Por fim, segue em anexo as cópias obrigatórias previstas no art. 12-B, parágrafo único, da Lei 9.868/99.
5. Seja deferida a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito;
6. Dá-se a causa o valor de R$ _____ para fins fiscais.
Nestes termos, pede deferimento.
Local _____, data _____.
ADVOGADO
OAB

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