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DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 2 – AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO PROFª FLAVIA BAHIA O PROCESSO OBJETIVO DICAS AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO EXPRESSÕES: “ERGA OMNES”, “EFEITOS VINCULANTES” “ANÁLISE EM ABSTRATO” “AÇÃO DO CONTROLE CONCENTRADO” “LEI EM TESE OU AUSÊNCIA DA LEI EM TESE”, “PROCESSO OBJETIVO”, “AÇÃO OBJETIVA”, “MEDIDA JUDICIAL OBJETIVA” “EFEITOS PARA TODOS OS INDIVÍDUOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO” “AÇÃO CONTRA A LEI EM SI” DIFERENÇAS PRINCIPAIS QUANTO AO OBJETO. ADI Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 1. Histórico 2. Base Legal: 102, I, a; 102, §2º e Lei nº 9868/99 3. Finalidade 4. Legitimidade Ativa. Art. 103, I a IX. Legitimidade Passiva? Especial – IV, V e IX Universal – I a III e VI a VIII Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm V- o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm 5. Objeto 6. Capacidade Postulatória 7. Participação do PGR 8. Participação do AGU 9. Cautelar e Decisão Final. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 1. Histórico 2. Base Legal: 102, I, a; 102, §2º e Lei nº 9868/99 3. Finalidade 4. Legitimidade Ativa. Art. 103, I a IX Especial – IV, V e IX Universal – I a III e VI a VIII 5. Objeto 6. Participação do PGR 7. Participação do AGU 10. Tutela de Urgência? Pedido final. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 103,§2º- Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 1.Histórico. Síndrome de Inefetividade das Normas Constitucionais. Normas de Eficácia Limitada. 2. Base Legal: 103, §2º e Lei nº 9868/99 (alterada pela Lei nº 12.063/09) 3. Omissões Normativas (primárias e secundárias). Parcial e Total. 4. Legitimidade Ativa. Art. 103, I a IX Especial – IV, V e IX Universal – I a III e VI a VIII 5. Participação do PGR 6. Participação do AGU 7. Cautelar e efeitos das decisões definitivas Federalismo fiscal e omissão legislativa ADO 25 O Plenário, em conclusão, julgou procedente ação direta de inconstitucionalidade por omissão ajuizada em face de alegada lacuna legislativa, no tocante à edição, pelo Congresso Nacional, da lei complementar prevista no art. 91 do ADCT, incluído pela Emenda Constitucional 42/2003 (“Art. 91. A União entregará aos Estados e ao Distrito Federal o montante definido em lei complementar, de acordo com critérios, prazos e condições nela determinados, podendo considerar as exportações para o exterior de produtos primários e semi- elaborados, a relação entre as exportações e as importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo permanente e a efetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto a que se refere o art. 155, § 2º, X, ‘a’”) — v. Informativo 848. O Colegiado declarou haver mora, por parte do Congresso Nacional, em editar a aludida lei complementar. Fixou, por maioria, o prazo de doze meses para que seja sanada a omissão. No ponto, ficou vencido o ministro Marco Aurélio, que não determinava prazo. O Tribunal estabeleceu, também por decisão majoritária, que, na hipótese de o mencionado prazo transcorrer “in albis”, caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU): a) fixar o valor total a ser transferido anualmente aos Estados-Membros e ao Distrito Federal, considerando os critérios dispostos no art. 91 do ADCT, a saber, as exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados, a relação entre as exportações e as importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo permanente e a efetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto a que se refere o art. 155, § 2º, X, “a”, do texto constitucional; b) calcular o valor das quotas a que cada um fará jus, levando em conta os entendimentos entre os Estados-Membros e o Distrito Federal realizados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Determinou, ainda, que se comunique ao TCU, ao Ministério da Fazenda, para os fins do disposto no § 4º do art. 91 do ADCT, e ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, para adoção dos procedimentos orçamentários necessários ao cumprimento da presente decisão, notadamente no que se refere à oportuna inclusão dos montantes definidos pelo TCU na proposta de lei orçamentária anual da União. Vencidos, no particular, os ministros Marco Aurélio, Teori Zavascki e Cármen Lúcia (Presidente), que não subscreviam as determinações dirigidas ao TCU. O Colegiado considerou atendidos os requisitos da legitimidade ativa e da pertinência temática... ADO 25/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30.11.2016. ADO 26 CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA E TRANSFOBIA. JUNHO 2019. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 1.Histórico 2. Base Legal: 102, §1º e Lei nº 9882/99 3. Definição de Preceito Fundamental. ADPF 33 4. Caráter Subsidiário ADPF 76 5. Hipóteses principais de cabimento 6. Legitimidade Ativa. Art. 103, I a IX Especial – IV, V e IX Universal – I a III e VI a VIII 7. PGR e AGU 8. Tutela de Urgência. 9. Pedido final. PEÇA PROCESSUAL PARA TREINAMENTO Caso Concreto do XXVII Exame O crescimento da exploração de diamantes no território do Estado Alfa ampliou a circulação de riquezas e fez com que a densidade demográfica aumentasse consideravelmente, juntamente com os riscos ao meio ambiente. Esse estado de coisas mobilizou a população local, o que levou um grupo de Deputados Estaduais a apresentar proposta de emenda à Constituição Estadual disciplinando, detalhadamente, a forma de exploração de diamantes no território em questão. A proposta incluía os requisitos formais a serem cumpridos junto às autoridades estaduais e os limites quantitativos a serem observados na extração, no armazenamento e no transporte de cargas. Após regular aprovação na Assembleia Legislativa, a Emenda à Constituição Estadual nº 5/2018 foi sancionada pelo Governador do Estado, sendo isso imediatamente comunicado às autoridades estaduais competentes para que exigissem o seu cumprimento. Preocupada com a situação no Estado Alfa e temendo o risco de desemprego dos seus associados, isso em razão dos severos requisitos estabelecidos para a exploração de diamantes, a Associação Nacional dos Geólogos, que há décadas luta pelos direitos da categoria, contratouos seus serviços como advogado(a) para que elabore a petição inicial da medida judicial cabível, de modo que o Tribunal Superior competente reconheça a incompatibilidade do referido ato normativo com a Constituição da República Federativa do Brasil. (Valor: 5,00) EXMº. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Associação Nacional dos Geólogos, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n°..., com sede em ..., por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, vem propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da Emenda Constitucional nº 5/2018, elaborada pela Assembleia Legislativa do Estado Alfa e pelo Governador, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor. I – DO OBJETO DA AÇÃO De acordo com o art. 102, I, a da CRFB/88 caberá ADI em face de lei ou ato normativo federal ou estadual que viole a Constituição Federal. O ato normativo estadual, como se demonstrará ao longo da presente ação, viola a Lei Maior sob o aspecto formal, por isso deverá ser declarada inconstitucional. II – DA LEGITIMIDADE ATIVA O autor é legitimado ativo para a propositura da ação, de acordo com o art. 103, IX da CRFB/88 e art. 2º, inciso IX, da Lei nº 9.868/99,sendo nítida a pertinência temática do ato normativo com as atividades dos associados da entidade de classe, que há décadas luta pelos direitos da categoria e teme o risco de desemprego dos seus associados, em razão dos severos requisitos estabelecidos para a exploração de diamantes. Além disso, a referida associação tem âmbito nacional, demonstrando o cumprimento do requisito exigido pela aplicação analógica do art. 8º da Lei 9.096/95. III – DA TUTELA DE URGÊNCIA A possibilidade de concessão de medida cautelar em sede de ADI se encontra nos arts. 10 a 12 da Lei n° 9868/99 e possui natureza cautelar. O fumus boni iuris se justifica pelos argumentos apresentados ao longo da petição e pela documentação anexa, que demonstram a patente inconstitucionalidade Já o periculum in mora é comprovado tendo em vista queos novos requisitos criados podem inviabilizar a continuidade da atividade de exploração de diamantes. IV – DOS FUNDAMENTOS De acordo com o art. 102, I, “a”, da CRFB/88, compete ao STF processar e julgar, originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, sendo a Lei 9.868/99 responsável por dispor sobre o seu processo e julgamento. Na forma do art. 102, § 2º, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A Emenda Constitucional nº 5/2018, ao tratar sobre a forma de exploração de diamantes no território do Estado Alfa, violou a competência privativa da União para legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e mineração, conforme dispõe o art. 22, inciso XII, da CRFB/88, o que denota a existência de vício de inconstitucionalidade formal insuperável. Além de ter incluído os requisitos formais a serem cumpridos junto às autoridades estaduais e os limites quantitativos a serem observados na extração, tratou, ainda, sobre o armazenamento e o transporte das cargas, o que viola, também, a competência privativa da União para legislar sobre transporte, conforme dispõe o art. 22, inciso XI, da CRFB/88, demonstrando a existência de outro vício de inconstitucionalidade formal. Há, ainda, outra inconstitucionalidade formal patente, já que as normas sobre processo legislativo são de observância obrigatória pelos demais entes federativos, por força da simetria, prevista no art. 25, caput, da CRFB/88, não havendo previsão, no art. 60 da CRFB/88, de participação do Chefe do Poder Executivo no fim do processo de reforma constitucional, o que ocorreu na aprovação da Emenda em análise, que foi sancionada pelo Governador do Estado. V – DOS PEDIDOS Em face do exposto, o Partido requer: a) a concessão da medida cautelar para sustar a eficácia da Emenda Constitucional nº 5/2018, e que, ao final, seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade da referida Emenda, conforme arts. 10 a 12 da Lei 9.868/99; b) a juntada dos documentos em anexo, de acordo com o art. 3º, parágrafo único da Lei 9.868/99; c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Mesa da Assembleia Legislativa estadual, conforme art. 6º, caput, da Lei 9.868/99; d) a citação do Advogado Geral da União, de acordo com o art. 8º da Lei 9.868/99; e) a oitiva do Procurador-Geral da República, na forma do art. 8º da Lei 9.868/99. Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. Ou: Valor da causa de acordo com o art. 319, V do CPC/15. Termos em que, Pede deferimento. Local... e data... Advogado... OAB nº...
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