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Formulário para Elaboração da Atividade Online 03 
 
Resumo 
Prezados(as) alunos(as), 
A história é uma ciência da ação humana: o que o historiador vê à sua frente são coisas que os 
homens fizeram no passado, coisas essas que pertencem a um mundo em transformação, um 
mundo em que aparecem e desaparecem coisas. Tais coisas, de acordo com a concepção 
metafísica preponderante na antiga Grécia, não seriam cognoscíveis. Consequentemente, a 
história seria impossível. (Collingwood, R.G. A idéia de História, Lisboa, Editorial Presença, 1994: 
35). 
Após a leitura do texto indicado, bem como terem assistido ao vídeo recomendado, você deve 
apresentar um resumo de até 1000 palavras para o texto de CARDOSO, Ciro Flamarion. Sete 
Olhares sobre a Antiguidade. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1998, entre as 
páginas pgs. 72 a 81 e 121 a 142. 
Resposta 
O Egito: da unificação ao Primeiro Período Intermediário 
A unificação – A riqueza de recursos perto das planície fluvial do Nilo pode ser um dos 
fatores que atrasou o surgimento da agricultura no Egito visto que só no fim do quarto 
milenio a.C esta supera as atividades de extração do vale. 
O processo que-leva a um-Reino-unificado deve ser explicado de forma-
endogena. 
 Um fato mostrado pelo arqueólogo Michael Hoffman junto a outros escavadores é 
que no sítio do Alto Egito existia uma população que se concentrava em aglomerações 
fortificadas, com um templo e com uma irrigação baseada no Nilo em um período que 
esta região já apresentava desertificação 
 Há-provas-arqueológicas de um-diversificação-social mais intensa em-outras 
partes-do-Rio-Nilo. Existem provas da existência de poderios locais já consideráveis 
anteriores á unificação como artesãos altamente especializados, grandes celeiros, cobre 
martelado a frio e construções relativamente importantes. 
rigação não foi submetida ao controle central por mais de um milênio entretanto 
esta teve-laços-com-a-formação-das-entidades do Egito Histórico, os spat ou nomos. 
Todavia esta na região do delta foi implantada tardiamente. No Egito-Histórico já não 
haviam mais linhagens e tribos. 
Com isto surgem conflitos que geram blocos políticos crescentes, estes se 
originaram da tentativa de monopolizar os sistemas locais de clientelas e de 
centralização tributária. 
Kurt Sethe e outros egiptólogos mostram um sistema que levou à unificação No 
Pré-dinástico, conflitos levaram ao surgimento de dois-estados-um-setentrional-e-outro-
meridional. 
As três primeiras dinastias – Divide-se a história egípcia do 3º milênio em três etapas que 
são: o Dinástico Primitivo ou Período Arcaico: dinastia I e II; o Reino Antigo: dinastia III e 
 
 
 
 
 
 
VIII e o Primeiro Período Intermediário: dinastia IX, X e parte da XI. 
 Ainda assim, do ponto político-administrativo tem-se outra divisão em 3 etapas: 1 - 
as três primeiras dinastias, fase de formação das instituições monárquicas, 2 – o apogeu 
do Reino Antigo, das dinastia IV a VI e por ultimo o fim do Reino Antigo e Primeiro 
Período Intermediário, dinastia VIII e parte da XI. 
O apogeu do Reino Antigo – na IV dinastia, ocorre a consolidação das instituições de 
governo. Já no fim desta e principalmente na V ocorre a sistematização da titulatura, 
sendo a família real afastada de cargos importantes e surgindo o serviço publico. 
Durante a V dinastia os templos ainda passaram a ser complexos administrativos e 
econômicos porém ainda sobre domínio do faraó. Considera-se o Reino Antigo com a 
época de ápice do poder faraônico 
O fim do Reino Antigo e o Primeiro Período Intermediário – Após a efêmera dinastia VIII 
os normarcas passam a agir como pequenos reis. 
 A explicação para que isso ocorre-se foi excesso de independência dos 
sacerdotes; fraqueza dos reis; avanço do poder e hereditariedade dos normarcas. 
Atualmente ainda a esforços para introduzir novos tipos de explicação para isso. 
 
Ideologia e Literatura no Antigo Egito: O conto de Sanehet 
 Teve sua primeira tradução por completo em 1886. A história de Sanehet 
atualmente se encontra em cinco papiros e trinta óstracos, de forma que são dois os 
manuscritos principais. 
 Desde o século XIX tem-se discussões sobre as aventuras de Sanehet, entretanto 
é quase impossível saber se o mesmo existiu pois não a comprovação da existência do 
mesmo nos reinados de Amenemhat I e Senuosret I. 
 A ação ocorre no Reino Médio (2040 a.C), mais precisamente no início da XII 
dinastia. É frequente o uso do termo “Residência”, referindo-se tanto ao palácio real 
quanto a esta cidade capital. Nota-se que palácio real tem muitos termos para designa-lo 
sendo que vê-se 3 sentidos básicos, sendo o primeiro em que este é a residência do rei, 
o segundo em que esse agregava também edifícios administrativos, residências de 
funcionários e serviçais e por ultimo o que este é constituído por todas as residências do 
rei, além de outros lugares que dependiam da administração central. 
 O conto se inicia com a morte Amenemhat I onde há uma fuga do protagonista 
com o medo de uma disputa sucessória, sendo que o filho deste rei voltava de uma 
expedição quando soube da morte do mesmo. 
 Sanehet permanece na Ásia tempo suficiente para que os filhos que teve 
ficassem adultos, sendo assim isso faria com que sua volta se situasse por volta do final 
do reinado de Senuosret. É possível aceitar isso ao mostrar a relação dos tempos 
difíceis no momento da fuga em contraste com quando reinado de Senuosret I já estava 
bem consolidado 
 Este período difícil durante o Primeiro Período Intermediário significou a ruptura 
do equilíbrio entre uma cote poderosa e as pretensões provinciais, principalmente nos 
excedentes agrários e econômico do país. Deste modo, o Reino Médio restabeleceu o 
quadro favorável a corte e ao governo central. 
 Entender Síria-Palestina é fundamental para o conto de Sanehet, vê-se que por 
volta de 2000 a.C. inicia-se a reconstrução da rede urbana e da organização estatal e ao 
mesmo tempo o Egito consolidou sua unidade e poderio so a XII dinastia que havia inici- 
ado, sendo que essa influência foi importante tendo as trocas se intensificado assim como 
 
 
 
 
 
 
outras atividades tradicionais sendo que foram reatas as relações entre o reino faraônico 
e porto de Biblos. 
 Em sua permanência na Ásia ressalta-se que Senehet esteve em Biblos e no 
interior da Palestina meridional onde o mesmo permaneceu. Percebe-se que o país de 
Reteneu onde o mesmo ficou, situa-se no sul da Palestina. 
 O conto indica que os países estrangeiros pertencem ao faraó, porem este não 
tinha qualquer domínio efetivo na Ásia Ocidental. 
 Os intercâmbios de mercadorias, as relações diplomáticas incluindo trocas entre o 
farão e reis-chefes siro-palestino, o vai e vem de mensageiros egípcios indo a terras 
asiáticas e voltando são traços marcantes dos contatos do Estado Egípcio com Estados 
da Síria-Palestina. 
 Por fim o autor traz uma tradução do conto de Sanehet, no qual o autor baseia sua 
tradução no Papiro Berlim 3022 e no 10499, sendo que ele indica os originais principais 
como B e R e passagens de outros manuscritos foram referenciadas segundo 
abreviaturas da bibliografia egípcia, também reduz as anotações explicativas a apenas o 
indispensável.