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CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS

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Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
• Reparação dos tecidos 
• Regeneração 
• Cicatrização 
A cicatrização é o processo de reparação de tecidos lesados intencionalmente ou não. 
 
Tecido intestinal anastomosado (enterro-enterostomia término-terminal), após 
parte necrosada ter sido removido. O processo de cicatrização vai restabelecer a 
continuidade intestinal. 
→ Tipos de cicatrização: 
-Primária ou por primeira intenção: aproximação dos tecidos. 
- Secundária ou por segunda intenção: ferida infectada 
- Terciária ou por terceira intenção: cicatriz evolui aberta, haverá formação de 
tecido de granulação e depois serão feitos enxertos. 
 
✓ Primária ou por primeira intenção: utilizada em feridas sem contaminação evidente, com até 6h de duração. 
Cicatrização mais rápida; melhor efeito estético e funcional. 
 
✓ Secundária ou por segunda intenção: empregada quando existe infecção da ferida ou grande perda tecidual. Há 
uma contaminação, deixa evoluir aberta, com curativos mais de uma vez por dia, tornando um ambiente úmido para 
favorecer a cicatrização e em seguida os tecidos são aproximados. Não se deve aplicar nenhum tipo de pó. 
 
✓ Terciaria ou por terceira intenção: empregada quando existe perda tecidual. Deixa cicatrizar por segunda 
intenção, quando formar tecido de granulação, realiza-se enxerto. 
 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
 
Sequência de eventos: 
Coagulação → inflamação → migração e proliferação, angiogênese, epitelização, contração, fibroplasia → 
remodelação. 
 
Inflamação (macrófago) – célula dominante na fase inflamatória. 
Produção de vários fatores: H2O2, ácido lático, fatores de crescimento, fator quimiotáxico para fibroblastos, 
pirógenos endógenos. Estimula angiogênese e fibroplasia. 
 
→Coagulação: rotura vascular causa agregação plaquerária e coagulação. A degranulação das plaquetas libera 
citocinas e fatores de crescimento. 
→Inflamação: lesão tecidual libera histamina, serotonina, cinina, calicreína, fator linfático de permeabilidade, 
prostaglandinas PGE1 e PGE2, leucotaxina, plasmina. Esses fatores permitem vasodilatação para levar oxigênio para 
os tecidos da região inflamada e nutrientes. 
As substâncias liberadas promovem: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, migração de leucócitos e 
aumento de proliferação celular. O resultado dessas alterações são CALOR, RUBOR e DOR (e perda função 
acrescentado recentemente). 
A vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular aumentam o fluxo e nutriente e fagocitose de germes e 
células mortas. 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
 
Individuo com má circulação periférica terá dificuldade pra cicatrizar pela ausência de O2. 
 
 Tecido vermelho: tecido 
de granulação. 
A proliferação tecidual é estimulada por: citocinas, fator epidermal de crescimento (EGF), fator de crescimento de 
fibroblastos (FGF), fator de crescimento nervoso (NGF), fatores transformadores do crescimento (TG alfa e beta), 
fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF). 
→Epitelização: queratinócitos das margens da ferida e dos folículos pilos remanescentes migram através da ferida. 
Durante a migração, ocorre diferenciação e estratificação da nova derme. A umidade favorece a epitelização. 
Ferida sendo cicatrizada por segunda intenção: deve fazer 3 a 4 curativos por dia, removendo o tecido infectado 
(desbridamento – pega tesoura e remove fibrina esverdeada resultado da infecção) e manter uma compressa úmida 
na ferida. Utiliza-se soro fisiológico cloreto de sódio a 0,9%. 
Formação de uma camada epitelial que veda e protege a ferida de bactérias e perda de líquido. 
É essencial um microambiente adequado para estimular o crescimento dessa camada. 
É uma camada muito frágil, que pode ser facilmente destruída por irrigação vigorosa ou limpeza impetuosa. 
▪Outras funções dos queratinócitos: produção de proteases que dissolvem a barreira de fibrina e tecidos inviáveis. 
Formação da membrana basal e da matriz. Produção de citocinas e fatores de crescimento. Angiogênese: síntese de 
fator de crescimento do endotélio vascular. 
Angiogênse: formação dos vasos – começa como brotos das células endoteliais. Vasos imaturos se diferenciam em 
capilares, arteríolas e vênulas. Macrófagos e queratinócitos estimulam a angiogênese. 
Fibroplasia, através dos fibroblastos: são células predominantes nas bordas da ferida. Migram dentro da ferida e se 
multiplicam. Síntese de colágeno e proteoglicanos. O depósito da matriz conjuntiva depende de O2, fatores de 
crescimento e substrato disponível. 
 
 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
 
Tecido de granulação. Fibrina apresenta sinal de infecção. 
Fase de contração: 
Miofibroblastos (30% do total). Aproximação da borda da ferida. 
20/07 
Fatores locais que interferem na cicatrização: 
Contaminação 
Trauma tecidual 
Ambiente da ferida seco 
Tensão sobre as bordas da ferida 
Corpos estranhos 
Aplicação de agentes tópicos 
Idade 
Insuficiência arterial 
Insuficiência venosa 
Neuropatia 
Irrigação sanguínea 
Terapia antiinflamatória 
Nutrição 
Doenças metabólicas 
Radiação ionizante 
Tabagismo 
Imunossupressão 
Tensão das bordas da ferida: linhas de força da pele. Uma incisão longitudinal é pior 
do que transversal, porque ao dobrar o abdome, a transversal não é submetida a 
tensão. 
 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
 
Infecção retardada o processo cicatricial. Remove a fibrina, realiza curativo com soro fisiológico. 
 Utiliza-se fio monofilamentar, para não acumular secreção no interior dos 
filamentos. 
Cuidados com a ferida: 
Hemostasia 
Evitar contaminação 
Irrigação sanguínea 
Evitar corpos estranhos 
 Essa ferida pode ser suturada até 6h depois, pois a partir desse tempo, foi suficiente 
para ter tido uma contaminação. Se for paciente diabético ou com insuficiência venosa até 4h. No coro cabeludo e 
no pescoço, 12h. 
Ferimento penetrante do pescoço: hematoma, bordas irregulares, necrose e contaminação tecidual – remover 
hematoma, regularizar as bordas, remover tecido necrótico e só depois suturar. 
Irrigação sanguínea deficiente retardada a cicatrização 
 
 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
Desnutrição pré-operatória = risco de complicações cicatriciais. 
Idade avançada dificulta a cicatrização, pois a pele não é adequadamente irrigada. 
Doenças sistêmicas: exemplo: indivíduo com icterícia – problema no fígado, síntese de proteínas comprometidas. 
- Evitar “espaço morto”. Afrontamento das bordas, sem isquemia. 
 
 
Em indivíduos com sutura feita por primeira intenção, após 24h pode tomar banho. 
Retirada de pontos: 
Complicações: infecção. Se houver secreção purulenta, drenar. 
 
Deiscência de sutura 
Evisceração 
Fístulas – comunicação anormal entre duas vísceras, ou viscera e meio ambiente. 
Hérnia incisional. 
Cicatriz hipertrófica e Quelóide – proliferação de colágeno exagerado. Na cicatriz hipertrófica, tecido em excesso não 
ultrapassa o limite da cicatriz, o quelóide ultrapassa. 
Retrações cicatriciais. 
Neoplasias. 
Granuloma tardio de corpo estranho: 
 
 
Enxertos: 
Grande perda tecidual por queimadura – necessidade de enxerto 
Técnicas Cirúrgicas I 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Prof. Dr. José Ivan 
 
 
 
Enxerto é realizado para reduzir retração cicatricial e evitar perda de função. 
RESUMO: a contaminação e o trauma dos tecidos retardam a cicatrização. O repouso funcional evita a tensão sobre 
as bordas da feria e favorece o processo. Lesões francamente contaminadas devem cicatrizar por 2ª intenção.

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