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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Processo de Cicatrização Regeneração X Reparo Regeneração: quando o tecido formado é idêntico em estrutura e função com o tecido original Reparo: quando o tecido formado geralmente é fibroso e não semelhante ao tecido original * apenas o tecido ósseo e fígado se regeneram Tipos de células Lábeis: dividem-se durante todo o seu ciclo de vida – ex: queratinócitos da epiderme, células epiteliais da mucosa bucal Estáveis: tem baixa velocidade de duplicação, porém sofrem rápida proliferação em resposta a uma lesão – ex: fibroblastos Permanentes: não se dividem na vida pós-natal – ex: nervos especializados e células do músculo cardíaco Tipos de cicatrização Primeira intenção: - lesão asséptica ou por incisão cirúrgica - quando a ferida é suturada e não há deiscência, com mínima formação de cicatriz - menor quantidade de reepitelização - cicatrização mais rápida Segunda intenção: - lesões avulsivas (perda de tecido na ferida), infecção local ou fechamento inadequado da lesão - preenchimento lento do defeito tecidual com tecido de granulação e conjuntivo - formação de tecido cicatricial - cicatrização mais demorada Terceira intenção: - lesões avulsivas e/ou contaminadas - combinação do fechamento por segunda e primeira intenção - primeiro há a limpeza da ferida contaminada e espera-se 5 a 7 dias para formar tecido de granulação e cicatrização por segunda intenção; depois de formado esse tecido e minimizado os risco de infecção, a lesão é suturada para que cicatrize por primeira intenção Fases da cicatrização de lesões – São 3 fases distintas simultâneas Fase inflamatória - duração: 3 a 5 dias - vasoconstrição inicial para estancar a hemorragia e ativação do Fator XII (fator de Hageman) que inicia os esfeitos da cascata de coagulação - formação de agregação plaquetária primária que garante a hemostasia, serve como matriz pela qual as células podem migrar durante o processo de reparo e atua como reservatório de citocinas e fatores de crescimento liberados pelas plaquetas, o que mantém e regula o processo de cicatrização subsequente - com a hemostasia controlada ocorre vasodilatação, para permitir a diapedese para o espaço extravascular, clinicamente esse processo causa edema, vermelhidão, calor e dor Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - quimioatração de neutrófilos e leucócitos, para auxiliar na eliminação de bactérias, tecidos sem vitalidade e componentes degradados da matriz - assim que a quantidade de neutrófilos cai, os macrófagos são recrutados para dar continuidade na limpeza do tecido lesado, fagocitando bactérias e restos celulares, além se funcionarem como fonte primária de mediadores da cicatrização, modulando angiogênese e fibroplastia pela produção de citocinas locais Fase de proliferação/fibroblástica: - início no 3º dia após o trauma, duração de 3 semanas - caracterizada pela formação de tecido de granulação - ocorre angiogênese - formação de matriz extracelular (MEC) e síntese de colágeno tipo III (imaturo) pelos fibloblastos para dar suporte para os novos vasos formados - deposição de colágeno aumenta a resistência à tração da ferida (diminui a importância da sutura em manter as bordas unidas) - reepitelização, formação de novo epitélio, para selar a superfície exposta da ferida (mais rápido na mucosa oral do que na pele) Fase de remodelação - duração de meses a anos - período de remodelação progressiva e fortalecimento do tecido cicatricial imaturo - matriz colágena é degradada, ressintetizada, reorganizada e estabilizada - substituição de colágeno tipo III imaturo por colágeno tipo I mais resistente - falhas nesse processo podem gerar cicatriz exuberante ou deiscência da lesão Processos especializados de cicatrização Nervos - as agressões às terminações nervosas podem ser de 3 tipos: Neuroplaxia - mais leve - interrupção passageira da condução nervosa sem perda da continuidade axonial, causada por contusão ou esmagamento - retorno espontâneo, geralmente dentro de 3 a 4 semanas Axonotmesis - ruptura física de um ou mais axônios sem lesão do tecido estromal (células de Schuwann e elementos conjuntivos intactos) - as alterações sensoriais e motoras dependem do número e tipo de axônios lesados - o reestabelecimento depende do grau de dano, pode ser parcial ou total, geralmente dentro de 2-6 meses Neurotmese - pior prognóstico - completo rompimento do tronco nervoso - reestabelecimento espontâneo é raro * A velocidade e extensão da regeneração nervosa dependem: do tipo de lesão, da idade, da capacidade de nutrição dos tecidos e nervos envolvidos * o reestabelecimento do nervo lesado é feito principalmente pela ação das células de Schwann Ossos Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - similar à cicatrização da pele, exceto pelo fato de envolver calcificação da matriz tecidual conjuntiva - é um tecido biologicamente privilegiado pois a cicatrização ocorre mais por regeneração - a cicatrização óssea pode ocorrer de duas formas: indireta e direta Cicatrização indireta: - na ausência de intervenção, o osso fraturado é capaz de se recompor por si só de maneira espontânea - após um trauma, há formação de um trombo interfragmentar que estanca a hemorragia - o material necrótico na região de fratura estimula uma resposta inflamatória aguda imediata (atrai leucócitos e macrófagos) - o hematoma de organização serve como matriz para as células reparadoras migrarem e exercerem sua função - formação de um calo macio, composto de tecido fibroso, cartilagem e osso fibroso imaturo jovem, ele atua como um estabilizador biológico que liga os segmentos fraturados e reduz a movimentação interfragmentar - progressão da diferenciação e maturação óssea leva a consolidação da fratura e à restauração da continuidade óssea - ossificação endocondral Cicatrização direta: - cicatrização óssea facilitada sem a formação de calo - os segmentos ósseos deslocados são manipulados cirurgicamente, alinhados e estabilizados de modo rígido pelo uso de dispositivos de fixação interna - a redução anatômica resulta em áreas de contato e espaços interfragmentários pequenos separados - há desenvolvimento de células mesenquimais e vasos sanguíneos - ativação de osteoblastos que depositam osteoide na extremidades dos fragmentos Zonas de contato: preenchimento concêntrico da linha de fratura por osso lamelar Fendas: preenchidas por sucessão de tecido fibroso, fibrocartilagem e osso não lamelar - na ausência de instabilidade, não há formação de calo - ossificação intramembranosa A remodelação óssea subsequente resulta na restituição da forma original e da arquitetura interna do osso fraturado, essa remodelação é realizada por um grupo temporário de osteoclastos/odontoblastos justapostos, chamados de unidade multicelular básica (BMU) * osteoclastos escavam o osso por meio de digestão proteolítica e os osteoblastos secretam matriz osteoide e preenchem a cavidade lentamente * a mineralização do tecido osteóide começa quando ele atinge 6um de espessura Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Feridas por extração - tipo especial de cicatrização por segunda intenção Imediatamente após a extração: - preenchimento do alvéolo pelo sangue - ativação da via extrínseca e intrínseca da cascata de coagulação - malha de fibrina sela os vasos rompidos e reduz o tamanho da ferida após a extração 24 – 48 horas: - organização do coágulo - aumenta e dilatação dos vasos sanguíneos dentro dos remanescentes do ligamento periodontal - migração de leucócitos - formação de uma camada de fibrina 1ª Semana - coágulo forma um arcabouço temporário para migração de células inflamatórias - epitélio se desenvolve sobre a superfície do coágulo - acúmulo de osteoclastos por toda a crista óssea alveolar, iniciando o estágio de reabsorçãoativa da crista óssea - angiogênese ocorre nos remanescentes do ligamento periodontal 2ª Semana - coágulo continua a se organizar - início da formação de tecido osteóide lentamente no interior do coágulo 3ª Semana - crista alveolar é preenchida por tecido de granulação - formação de tecido ósseo pouco calcificado no perímetro da lesão - superfície da lesão é completamente reepitelizada com mínima formação de cicatriz - remodelação óssea ativa permanece por mais diversas semanas * evidencia radiográfica de formação óssea não se torna aparente por 6 a 8 semanas após a exodontia * remodelação óssea permanece em andamento, o produto final da cricatrização não é reconhecido radiograficamente após 4 a 6 meses. * se o coágulo sanguíneo não for formado ou for desintegrado causa uma osteíte alveolar localizada, o que torna a cicatrização mais demorada e o preenchimento da cavidade ocorre de modo gradual Complicações da cicatrização das lesões Fatores que prejudicam a cicatrização - corpo estranho - tecido necrótico - isquemia - tensão - infecção - deiscência - cicatrização proliferativa Isquemia: a redução do fornecimento sanguíneo na região diminui a quantidade de células de defesa e células reparadoras que tem acesso à lesão, além de dificultar o acesso de antibióticos ao local de ação quando necessário sua aplicação Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Infecção - a infecção bacteriana estimula a defesa do hospedeiro (produção de mediadores inflamatórios, liberação de citotoxinas e radicais livres de oxigênio pelos neutrófilos) - trombose e vasocontrição causam hipóxia da lesão, o que aumenta a proliferação bacteriana e o dano tecidual contínuo - células recém formadas e a matriz de colágenos sofrem lise devido aos produtos liberados pelas bactérias que são destruídas pelos mecanismos de defesa Sinais clássicos de infecção: eritema, calor, edema, dor, ODOR e PUS Causas: - quebra da cadeia asséptica - trauma tecidual excessivo - tecido necrótico remanescente - presença de corpo estranho no interior da ferida - defesas do hospedeiro comprometidas Fatores que determinam se a cicatrização da lesão será prejudicada: - presença de mais de 1 × 105 microorganismos por grama de tecido - patogenicidade dos microorganismos - fatores de resposta do hospedeiro Fatores que minimizam o risco de infecção: - técnica cirúrgica bem executada com manutenção da cadeia asséptica - remoção de resíduos da ferida - hemostasia adequada - eliminação do espaço morto Deiscência da lesão - separação total ou parcial das margens da lesão - pode se manifestar dentro da 1ª semana após a cirurgia - a maioria está relacionada a falha tecidual e não de técnicas de sutura impróprias Conduta: fechar novamente a lesão que sofreu deiscência ou deixa-la cicatrizar por segunda intenção, dependendo da extensão de ruptura da lesão e do diagnóstico da situação clínica pelo cirurgião Cicatrização proliferativa - desenvolvimento de tecidos cicatriciais excessivos - são de dois tipos: queloides e cicatrizes hipertróficas Cicatrizes hipertróficas: surgem rapidamente após a lesão e tendem a estender-se até as margens da lesão, regredindo no final Queloides: se manifestam meses após a lesão e tendem a estender-se além dos limites da lesão, raramente diminuem. Tem tendência familiar e predileção racial Fatores que levam à formação de cicatriz proliferativa: - desequilíbrio na apoptose - inflamação - superprodução de componentes da matriz extracelular - elevação crônica de fatores de crescimento, leva ao aumento do número de fibroblastos e produção excessiva de colágeno e MEC Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - neoangiogênese Tratamento - não há terapia efetiva para queloides, mas é comum a injeção de corticosteroides no interior da cicatriz para reduzir a proliferação de fibroblastos, reduzir a angiogênese e inibir a síntese de colágeno e de proteínas de matriz extracelular Melhora no processo de cicatrização Diminuição do trauma tecidual: - incisão extensa o suficiente para permitir total exposição e espaço cirúrgico adequado - incisão feita em movimento firme e bem definido, com pressão uniforme - dissecação tecidual delicada - apoio de afastadores colocados de maneira cuidadosa - suturas são úteis para manter os tecidos danificados unidos até que ocorra cicatrização suficiente, porém devem ser usadas de modo criterioso e devem permanecer apenas o necessário pois podem aumentar o risco de infecção e estrangular os tecidos quando realizadas com força exagerada Hemostasia e remoção de resíduos da lesão: Hemorragias: - atrapalham o campo de visão no trans-operatório - aumenta a chance de desenvolver um hematoma pós-operatório - hematomas são um meio ideal para crescimento de microorganismo, aumentando o risco de infecção - hematomas podem resultar em necrose dos retalhos - as técnicas hemostáticas usadas de maneira exagerada podem causar dano tecidual e prolongar o período de cicatrização Tecidos necrosados e corpos estranhos - ambiente ideal pra proliferação e proteção das bactérias contra as defesas do hospedeiro - podem gerar resposta inflamatória e prejudicar a cicatrização - podem resultar em deformidades ou tatuagens Perfusão tecidual: - tensão de oxigênio orienta a resposta de cicatrização - níveis baixos de oxigênio muito baixos atuam com o ácido láctico e reduzem o pH tecidual, contribuindo para a degradação do tecido - retarda a chegada de células de defesa ao local da lesão, aumentando o risco de infecção - atrapalha a síntese do colágeno Fatores que atrapalham o suprimento sanguíneo: - manuseio indevido dos tecidos - dissecação por cauterização - secagem com ar prolongada - suturas impróprias ou muito tensionadas - retalhos mal definidos - hipovolemia - anemia - doença vascular periférica Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - fumo (após cada cigarro, a vasoconstrição periférica pode durar até 1 hora – suspender o uso do cigarro por no mínimo 1 semana antes e após procedimentos cirúrgicos) Procedimentos que aumentam a perfusão tecidual: - terapia de oxigênio hiperbárico sistêmico (HBO): induz o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos e facilita o fluxo elevado de sangue oxigenado à ferida Terapia de oxigênio hiperbárico (HBO): - é controverso Paciente deve ficar deitado em uma câmara hiperbárica respirando oxigênio 100% e 2 a 2,4 atm durante 1-2 horas, esse processo deve ser repetido diariamente, por 3 a 10 semanas Vantagens: - aumenta a quantidade de oxigênio dissolvido e a pressão de difusão volta aos tecidos - aumenta a difusão de oxigênio de 3 a 4 vezes - pressão parcial de oxigênio atinge 800 a 1.100 mmHg - estimula o desenvolvimento de fibroblastos e células endoteliais vasculares - aumenta a vascularização tecidual - aumenta a capacidade de defesa dos leucócitos - letal para bactérias anaeróbicas - auxílio efetivo no tratamento de feridas em pacientes diabéticos - benéfica no tratamento de osteomielite e infecções de tecido mole Efeitos adversos: - barotraumas do ouvido - convulsão - toxicidade pulmonar por oxigênio Diabetes: - a maior incidência de infecção na ferida está associada à hiperglicemia, ou seja, diabéticos bem controlados podem não ter risco aumentado em relação a um paciente não diabético Hiperglicemia tecidual: - prejudica o sistema imunológico (função linfocítica e neutrofíllica, quimiotaxia e fagocitose) - afeta a permeabilidade das células sanguíneas vermelhas - prejudica o fluxo sanguíneo em pequenos vasos da periferia - lesa a liberação de hemoglobina, o que resulta em deficiência de oxigênio e nutricional para a ferida em cicatrização - aumenta a vulnerabilidade a infecções fúngicas e bacterianas Imunodeficiência: - a resposta imunológica orienta a respostade cicatrização e protege a ferida contra a infecção, na ausência de uma resposta imunológica adequada há comprometimento da cicatrização Parâmetros de avaliação: Contagem total de linfócitos < 800 déficit linfótico total grave Pacientes HIV+: CD4 < 50 células/mm³ - risco de cicatrização prejudicada Medicamento associados que prejudicam a cicatrização: - esteroides (prednisona) Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - corticosteroides exógenos (reduz a fibroplastia, a formação do colágeno e a neovascularidade) * os efeitos inibitórios dos glicocorticoides podem ser atenuados, em parte, pela administração de vitamina A simultaneamente - agentes antineoplasicos (interferência na produção de RNA e DNA, reduz a síntese proteica ou a divisão celular, neutropenia resultante também predispõe ao risco de infecção pelo prolongamento da fase inflamatória) Lesões por radiação: A radiação produz danos colaterais no tecido adjacente e reduz sua capacidade de regeneração e reparo. Esses danos podem ser imediatos, que acontecem imediatamente após o início da terapia, ou tardios, que acontecem anos depois devido ao processo cumulativo e dose-dependente Efeitos imediatos: - redução da atividade proliferativa de células com alto padrão de multiplicação, manifestações clínicas – mucosite oral e dermatite - dano vascular local exacerbado pela adesão leucocitária e de células endoteliais e pela formação do trombo, que bloquei a luz do vaso sanguíneo Efeitos tardios - tecido ósseo - efeitos que progridem de forma cumulativa e precipitam o colapso agudo do tecidos muitos anos após a terapia - são efeitos permanentes e diretamente relacionado a doses mais altas - colágeno hialinizado e os tecidos fibróticos e hipóxicos - vasculite obliterativa progressiva - aumento da susceptibilidade à infecção - deiscência da ferida é comum - processo de cicatrização lendo ou incompleto - traumas mínimos podem levar à ulceração e colonização bacteriana - necrose progressiva dos tecidos - não há formação de tecido de granulação, ou seja, se há deiscência de tecido mole não haverá cicatrização Conduta: o cirurgião deve antecipar a possibilidade de complicação na cicatrização após uma cirurgia ou lesão de tecidos irradiados. Em caso de ausência de cicatrização, o osso sem vascularização precisa ser removido da porção óssea saudável e coberto com um enxerto de tecidos bem vascularizado, para que a cicatrização continue. Idade: - a cicatrização é mais rápida em jovens e mais prolongada em idosos - resulta da redução gradual do metabolismo tecidual com o envelhecimento e da redução da eficiência circulatória - na ausência de condições sistêmicas comprometedores as diferenças na cicatrização em relação a idade são pequenas Nutrição: - é importante para o reparo normal Pacientes malnutridos: - fibroplastia demorada - angiogenese reduzida Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - cicatrização e remodelação da ferida são prolongadas Parámetros de avaliação – Proteínas são importantes! Pré-albumina sérica (1/2 vida curta, 2 dias): - nível normal 22,5 mg/dL - déficit grave abaixo de 11 mg/dL Conduta: alimentação com soluções enriquecidas com aminoácidos como a glutamina * OBS: a malnutrição retarda o processo de cicatrização, porém pacientes bem nutridos não necessariamente aceleram o processo de cicatrização. Avanços no cuidado com as feridas - tem como objetivo manipular a flora da ferida para facilitar a cicatrização Fatores de crescimento: - coordenam várias atividade celulares que acentuam a inflamação e a cicatrização, tem efeitos na proliferação celular, na migração e síntese da MEC - terapias buscam controlar e modular o processo de cicatrização da ferida inibindo ou aumentando, de modo seletivo, os níveis teciduais de citocinas apropriadas Terapia genética - objetivo de expressar seletivamente um fator de crescimento por um período controlado na região da lesão tecidual (diferente dos efeitos difusos da mistura de diferentes fatores de crescimento) - genes programados para fatores de crescimento selecionados são inseridos no local da lesão por meio de vários métodos (virais, químicos, eletrolíticos ou mecânicos) Substituição da mucosa e da derme - cobertura imediata da ferida é fundamental para uma cicatrização acelerada, pois protege a ferida da perda de água, desidratação e lesão mecânica Tipos: enxerto de células epidérmicas cultivadas sem componentes dermais, enxerto apenas de componentes dermais e bicamada dupla de ambos os elementos (dermal e epidermal) - objetivo: fornecer um leito capaz de produzir fatores de crescimento no momento e na quantidade correta, de modo a conter todos os componentes necessários para permitir a cicatrização da ferida com um substituto que reproduza o tecido nativo e limite a formação de cicatriz. Referência: Miloro M, Ghali GE, Larsen PE, Waite PD. Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de Peterson, V 1 e V 2. 2ª ed, Santos, 2008.
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