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Materia Processo civil V

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INTRODUÇÃO 
O recurso é uma faculdade, mas também é um ônus, pois caso não recorra a decisão irá se estabilizar, fazendo coisa julgada, não podendo ser modificada. Via de regra, não se pode impedir a parte de interpor recurso, porém, através de negócio processual, 
poderá ser pactuado entre as partes a impossibilidade de apresentar recurso. 
1. Duplo Exame e Duplo Grau de Jurisdição 
Existem recursos direcionados para a jurisdição superior (2º grau) e recursos direcionados para a 
mesma jurisdição (embargos de declaração, p.ex.). Portanto, todo recurso representa o duplo exame, 
porém nem sempre representará duplo grau de jurisdição. 
2. Devido Processo Legal 
O devido processo legal encontra fundamento no art. 5º, LIV, da Constituição F ederal. Ele é 
considerado como o postulado fundamental d o processo, sendo o princípio que garante o processo 
regido por garantias míni mas de meios e de resultado, ou seja, com o emprego de técnicas 
adequadas e conducentes à tutela pretendida 
3. Órgão a quo e Órgão ad quem 
Órgão a quo é a quele que proferiu a de cisão recorrida (pode ser de 1º ou 2 º grau). Órgão ad quem é 
aquele analisará o recurso. 
OBS Quando o órgão ad quem julga o re curso, da decisão que concede o pedido diz-se que foi 
dado provimento ao recurso (recurso provido ou improvido)
4. Princípio Recursais
4.1. Duplo Grau de Jurisdição 
Os recursos, por terem como objetivo a impugnação e o reexame de uma decisão judicial, 
relacionam-se intimamente com o princípio do duplo grau de jurisdição, segundo o qual se 
possibilita à parte que submeta matéria já apreciada e decidida a novo julgamento, por órgão 
hierarquicamente superior. 
Existem correntes que consideram o duplo grau de jurisdição como princípio Constitucional 
implícito, seja como consectário do devido processo legal, seja em decorrência de previsão 
constitucional acerca da existência de tribunais, aos quais foi conferida competência recursal 
(arts. 92 a 126 da CF/1988). 
4.2. Taxatividade – art. 994 CPC 
Conforme o princípio da taxatividade, consideram-se recursos somente aqueles designados por lei federal, pois compete privativamente à União legislar sobre essa matéria (art. 22, I, da CF/1988). 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
* Exceção – Recurso Inominado (Juizado Especial Cível) 
4.3. Singularidade 
Para cada finalidade, existe um recurso específico. 
Em decorrência do princípio da singularidade ou unirrecorribilidade, cada decisão comporta uma única espécie de recurso adequado à finalidade. 
4.4. Voluntariedade 
O recurso é voluntário, não podendo obrigar a parte a interpor recurso. 
No caso de decisão terminativa, indeferimento da inicial ou julgamento antecipado o juiz poderá rever a decisão de ofício. 
A voluntariedade também está presente na desistência do recurso. Consoante o art. 998, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. 
4.5. Dialeticidade 
O recurso interposto deve dialogar com a decisão, ou seja, discutir com a sentença, mostrando os equívocos da decisão de maneira especificada e direta (não pode ser genérico). 
4.6. Fungibilidade (é exceção) 
Pode ser alegado desde que haja uma discussão plausível na doutrina e n a jurisprudência acerca do recurso a ser manejado. 
OBS S e houver um vício sanável no recurso, o juiz deve dar oportunidade para a parte sanar o defeito (prazo de 5 dias). 
4.7. Proibição da Reformatio in Pejus 
A parte que recorre só pode alcançar uma posição mais favorável. 
Se ambos recorrem, não há que falar em reformatio in pejus. 
4.8. Complementaridade 
A parte que pretender impugnar o ato decisório deve fazê-lo dentro do prazo previsto em lei. 
Uma vez interposto o recurso, não poderá ser complementado, ou seja, não pode 
posteriormente complementar as razões recursais, ainda que dentro do prazo, exceto na 
hipótese prevista no § 4º d o art. 1.024. A complementação de atos processuais somente é admitida nos casos expressos em lei. 
4.9. Consumação 
Após interposição não se pode desistir e interpor outro, mesmo que seja dentro do prazo 
recursal, pois houve a consumação. 
Uma vez já exercido o direito de recorrer, consumou-se a oportunidade de fazê-lo, de sorte a impedir que o recorrente torne a impugnar o pronunciamento judicial já impugnado. 
4.10. Primazia do julgamento do mérito recursal – art. 932 CPC 
Se houver defeitos sanáveis, deve ser dado prazo à parte para corrigir o defeito. 
O julgador deve, sempre que possível, priorizar o julgamento do mérito, superando ou 
viabilizando a correção dos vícios processuais e, consequentemente, aproveitando todos os atos do processo. 
5. Juízo de admissibilidade e Juízo de mérito 
Todo recurso passará por juízo de admissibilidade, ou seja, o jul gador avaliará se to dos os requisitos necessários estão preenchidos para que se possa chegar à análise do mérito. Isso significa que o juízo de admissibilidade é anterior ao juizo de mérito. 
Em quase todos os re cursos, o juízo de admissibilidade será realizado no órgão ad quem. 
Protocolado o recurso (no órgão a quo), o julgador apenas intimará a parte contrária para as contrarrazões, pois o juízo de admissibilidade se rá realizado, em regra, pelo juízo ad quem. As exceções são: embargos de declaração, recurso especial e recurso extraordinário. 
Reclamação por usurpação de competência – cab ível caso o juízo a quo realize o juízo de admissibilidade, impedindo a devolução ao órgão ad quem. É feita ao STJ. 
Quando o juízo de admissibilidade for positivo, significa dizer que o recurso foi conhecido, pois preencheu os requisitos. Com isso, pode haver o julgamento do mérito, quando então o recurso será provido ou não. 
 Conhecimento > diz respeito ao juízo de admissibilidade 
 Provimento > diz respeito ao mérito 
OBS Nem sempre o mérito recursal será o mérito da ação 
6. Error in procedendo (vícios formais) x Error in judicando (vícios de conteúdo) 
Error in procedendo – juiz comete um erro no procedimento. No recurso será pedido a anulação da decisão. Ex. invalidade da citação, decisão sem fundamentação 
Error in judicando – juiz comete um erro na aplicação do direito material. Nesse caso, o recurso vai buscar a reforma da decisão. 
7. Pressupostos de admissibilidade 
7.1. Cabimento 
Deve-se utilizar o recurso certo para atacar a decisão o específica, tendo em vista, também, o objetivo do recurso. 
Para que seja preenchido o requisito do cabimento, o recurso deve estar previsto em lei contra determinada decisão judicial e, ainda, ser o adequado à obtenção do resultado pretendido. 
Macete 
Embargos de declaração > qualquer pronunciamento judicial (exceto os de mero andamento do processo). 
Apelação > Sentença 
Agravo de instrumento > decisão interlocutória 
Agravo interno > decisões monocráticas de relatores 
Recurso especial, extraordinário e ordinário > acórdãos 
Agravo em recurso especial e agravo em recurso extraordinário > Decisões denegatórias (que negam conhecimento) a recurso especial ou extraordinário 
Embargos de divergência > quando houver divergente entre as câmaras nos tribunais 
superiores 
Recurso inominado > é utilizado contra a sentença no Juizado Especial Cível 
Despachos de mero expediente > irrecorríveis 
7.2. Legitimidade recursal – 996 CPC 
Quem tem legitimidade recursal é o sucumbente (parte vencida). 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela PARTE VENC IDA, pelo TERC EIRO PREJUDICADO e pelo MINIS TÉRIO PÚBLICO, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. 
Noscasos de decisões terminativas (sem resolução do mérito), pode haver recurso por parte do réu para se buscar uma sentença, objetivando uma posição mais favorável. 
A legitimidade tem a ver com alcançar uma posição mais favorável. Mesmo que a sentença seja benéfica, pode-se recorrer para buscar uma posição mais favorável. 
Um exemplo de terceiro prejudicado é o fiador, em uma ação de cobrança de aluguel. 
OBS 1 Amicus curiae – em regra não tem legitimidade recurso. O juiz ao fixar os poderes de atuação do amicus curiae, pode atribuir a ele a faculdade de recorrer. 
Exceções 
 Quando se tratar de incidente de demandas repetitivas, o amicus curiae poderá 
recorrer (art. 138, § 3º, CPC). 
 Decisões que incidirem diretamente sobre o amicus curiae. 
 Existem outras exceções 
OBS 2 O listis consorte pode recorrer separadamente. Porém, se um deles recorrer e o 
outro não e o recurso for positivo, beneficiará também o que não recorreu. 
OBS 3O réu revel pode recorrer, pois pode intervir no processo a qualquer momento. 
7.3. Interesse recursal 
Demonstração de utilidade do recurso para se alcançar uma posição mais favorável. Tem a ver com o binômio “Utilidade x Necessidade”, em outras palavras, é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que sofra prejuízo com a decisão. 
7.4. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer 
 Fato impeditivo – é aquele que vai impedir (ou proibir) a parte de recorrer. Todavia, 
solucionado o fato permite-se o recurso. 
Ex. Multa por litigância de má-fé. Enquanto não pagar não pode recorrer, porém uma vez paga cessa o impedimento.
 
 Fato extintivo – quando a parte renuncia ao direito de recorrer ou acata a decisão ou 
ocorre a preclusão consumativa. 
Nos negócios processuais pode ser acordado que não se poderá apresentar recurso. 
Assim, negócio jurídico processual podem ser fato extintivo. 
OBS A renúncia pode ser parcial. Contudo, essa renúncia deve ser expressa, 
especificando qual capítulo ou assunto deseja renunciar. 
7.5. Tempestividade – art. 1.003 CPC 
Diz respeito ao prazo de interposição de recurso. 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão. 
§ 2o A plica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. 
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. 
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de post agem. 
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. 
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso. 
Macete: em regra o prazo pra recurso é de 15 dias, salvo o embargo d e 
declaração que é de 5 dias. 
Preclusão temporal 
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
 Antes do início do prazo 
o Art. 218, § 4, CPC 
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
E se o juiz prolatar sentença na audiência? 
Considera-se intimadas as partes, ou seja, inicia a contagem no dia útil seguinte. 
 Restituição do prazo recursal – 1004 CPC 
Art. 1.004. Se, durante o prazo par a a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou d o sucessor, contra quem começará a correr novam ente depois da intimação. 
 Suspensão do prazo recursal – 220 e 221 CPC 
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxilia res da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput. 
§2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 
Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por t empo igual ao que faltava para sua complementação. 
Parágrafo único. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos. 
Feriado local – Art. 1.003, § 6º, CPC 
Deve-se provar no recurso que houve feriado local (não é mera alegação). 
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
 
 Prazo em dobro – 180, 183, 186 CPC 
MP – art. 180 CPC 
 A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público 
Defensoria Pública 
 Litisconsórcio – 229 CPC 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. 
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. 
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 
 Vencimento do prazo em dia sem expediente forense 
Próximo dia útil. 
 Recurso 
 Interposto por fax (processos físicos) 
Em processos físicos, pode-se assegurar o prazo via fax, porém terá 5 dias para 
apresentar o original. Se o envio for após o expediente forense, será considerado 
intempestivo. 
7.6. Regularidade formal 
O que o recurso deve ter, entre outros, para ser admitido: 
 Fundamentação – deve ser vinculada a decisão impugnada, sob pena de não satisfazer o P. dá dialeticidade. 
 Pedido recursal – deve haver para se saber o que se busca com o recurso. Em tese, se 
houver a possibilidade de se extrair os pedidos da fundamentação poderia seguir o 
recurso, mas na prática não se vê isso. 
 Ser escrito – no processo civil, os recursos são inter postos por peti ção escrita, não se 
admitindo interposição oral, salvo no Juizado Especial, onde se pode propor embargos 
de declaração oralmente. 
7.7. Preparo – 1007 CPC 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. 
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Est ados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. 
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de ret orno no processo em autos eletrônicos. 
§ 4o O recorrente que não com provar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizadona forma do § 4o. 
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicar á a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. 
É o pagamento e comprovação do pagamento das custas processuais do recurso. 
 Comprovante – deve ser comprovado o pagamento
 
 Porte de remessa e retorno 
É o valor pago para remessa e retorno (custos do correio). S ó existe em processo físico 
(recursos físicos). 
 Preparo insuficiente 
Se for verificado que o pagamento foi efetuado e comprovado no prazo, porém não na 
totalidade, será dado o prazo de 5 dias para complementação, mas não será em dobro. 
OBS 1 Se interpor o recurso e o juiz verifica que não h ouve o pagamento do preparo, vai dar um prazo de 5 dias para recolher em dobro o valor. Se nesse prazo de 5 dias não comprovar o pagamento em dobro das custas, o recurso será deserto. Da mesma forma, se houve o pagamento no prazo, porém não foi juntado o comprovante, o juiz também vai dar o prazo d e 5 dias para que se complemente (pois terá que ser também em dobro). 
OBS 2 Existem recursos que não exigem o preparo, como os Embargos de Declaração, Agravo em Recurso Especial e Extraordinário
 
8. Dever de prevenção recursal – art. 932, § único, CPC 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. É o dever que o relator t em de dar oportunidade às partes de corrigirem eventuais defeitos no recurso antes de julgá-lo improvido, desde que sanável. Tem a ver com o de ver de cooperação processual, com a primazia do julgamento de mérito e a celeridade processual. 
9. Efeitos recursais 
A) Efeito Obstativo/Impeditivo 
Impede que a decisão atacada se estabilize, ou seja, que transite em julgado. Impede 
também a preclusão temporal. 
Parte da doutrina defende que há sempre esse efeito (majoritária). 
Outra, capitaneada por Barbosa Moreira, diz que se não for conhecido o recurso, não há o efeito obstativo (minoritária). 
B) Efeito devolutivo – art. 1.013 CPC 
Diz respeito à matéria que será devolvida ao órgão ad quem. 
 Extensão da devolução (dimensão horizontal) 
Se está se devolvendo toda a decisão ou apenas parte de lá. Será avaliado somente o 
que foi devolvido. É fixada pelo apelante. 
 Art. 1002 e 1013 CPC 
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 
 Profundidade da devolução (dimensão vertical) 
Profundidade das questões que o tribunal irá avaliar, ou seja, poderá analisar tudo o 
que for relativo à matéria devolvida do processo. 
C) Efeito Suspensivo 
 Ope legis (efeito suspensivo próprio) 
É concedido por lei. 
Ex: a lei atribui efeito suspensivo à apelação. 
OBS O efeito suspensivo ope legis é desencadeado pela mera possibilidade de 
interposição de recurso que tenha efeito suspensivo por lei, e não pela interposição 
do recurso. Assim, a sentença nesse caso já nasce com efeito suspensivo. 
 Ope judices (efeito suspensivo impróprio) 
É concedido pelo juiz. 
Ex: agravo de instrumento não tem efeito suspensivo, porém o juiz pode conceder. 
OBS O efeito suspensivo ope judice é desencadeado pela decisão do relator, 
concedendo o efeito. 
D) Efeito translativo 
Possibilidade dos tribunais analisarem uma questão de ofício, mesmo que não tenha sido levantada no recurso. Devem ser matérias de ordem pública (ex. prescrição). 
Difere do efeito devolutivo, que consiste na devolução ao tribunal do reexame daquilo que foi suscitado; o translativo o autoriza a examinar o que não o foi, mas é de ordem pública. 
 STJ e STF 
Não há efeito translativo apenas nos recursos especial e extraordinário, pois o 
Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal se limitarão a examinar 
aquilo que tenha sido prequestionado e, portanto, aventado nas instâncias inferiores, sem conhecer de ofício matérias que não tenham sido suscitadas. 
E) Efeito expansivo 
Expande seus efeitos além da matéria impugnada. 
É a aptidão de alguns recursos cuja eficácia pode ultrapassar os limites objetivos ou 
subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente. Ele possibilita que o resultado do 
recurso estenda-se a litigantes que não tenham recorrido; ou a pretensões que não o 
integrem. Daí falar-se em efeito expansivo subjetivo ou objetivo. 
 Objetivo – relacionado ao processo 
Interno – o efeito da decisão expande para outros capítulos que não f oram 
impugnados pelo recurso, desde que esses capítulos sejam dependentes da 
matéria impugnada. 
Externo – quando os efeitos da decisão vão se expandir para outros atos 
processuais que não sejam a decisão atacada. 
 Subjetivo – diz respeito a pessoas, pois o efeito vai alcançar pessoas que não estejam 
no rol do recurso. 
Ex: Litisconsórcio unitário – os efeitos da decisão do recurso alcançarão também os litisconsortes que 
não recorreram.
F) Efeito substitutivo – art. 1008 CPC 
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso. 
A substituição é apenas da parte impugnada. Quanto à parte não impugnada, esta 
permanece íntegra. Assim, sendo a apelação apenas parcial, o título executivo é formado pela sentença, na parte transitada em julgado, e pelo acórdão. 
G) Efeito regressivo 
É a aptidão de que alguns recursos são dotados de permitir ao órgão a quo reconsiderar a decisão proferida, exercer juízo de retratação. O recurso de agravo de instrumento e o de agravo interno são dotados de efeito regressivo, pois sempre permitem ao prolator da 
decisão reconsiderá-la. A apelação, e m regra, não tem esse efeito. Mas há atualmente duas hipóteses em que o juiz pode voltar atrás: a da sentença de extinção sem resolução de mérito (art. 485), no prazo de cinco dias (art. 485, § 7º, do CPC); e a sentença de 
improcedência liminar do pedido, também no prazo de cinco dias (art. 332, § 3º). 
Oportuniza-se, portanto, ao juízo a quo rever sua decisão. 
 Reexame necessário 
H) Efeito diferido 
Para que o recurso seja conhecido depende de outro ato (ex. recurso adesivo depende do 
conhecimento do recurso principal). 
APELAÇÃO 
É o recurso cabível contra sentenças. 
Art. 1009 CPC 
1. CABIMENTO 
 Art. 1009 CPC 
 Art. 1013, § 1º e § 2º, CPC 
2. APELAÇÃO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
A apelação pode ser manejada contra decisão interlocutória não agravável. Essa decisão 
tem preclusão postergada. 
Atenção com o parágrafo único do art. 1.015 CPC 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
Toda e qualquer decisão interlocutória proferida em processo na fase de liquidação de 
sentença ou de cumprimento de sentença, assim como no processo de execução e inventário, serão atacadas mediante agravo de instrumento. 
Já nos outros processos as decisões interlocutórias que não se enquadram no rol do art. 1.015, CPC, serão atacadas mediante preliminar de apelação (art. 1.009, § 1º, CPC). 
OBS 1 Há entendimento jurisprudencial recente de que se a decisão interlocutória que não constar do rol do art. 1.015, CPC, causar grave dano poderá ser atacada por agravo de instrumento. 
OBS 2 É possível atacar uma decisão interlocutória (não agravável) por preliminar de apelação, sem atacar a sentença. 
3. REGULARIDADE FORMAL 
A apelação deve ser escrita e deve ser protocolada (interposta) e dirigida ao juízo de 1º grau (pedido de interposição), porém as razões são endereçadas ao tribunal. O juízo a quo não faz juízo de admissibilidade. 
4. PRAZO 
 Art. 1.003, CPC 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade deadvogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. 
5. EFEITOS 
5.1. Devolutivo 
Consiste na aptidão que todo recurso tem de devolver ao conhecimento do órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. Todos os recursos são dotados de efeito devolutivo, uma vez que é de sua essência que o Judiciário possa reapreciar aquilo que foi impugnado, seja para modificar ou desconstituir a decisão, seja para complementá-la ou torná-la mais clara. 
 Extensão – art. 1.013, CPC 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
O recurso devolve ao conhecimento do tribunal tão somente a reapreciação daquilo que 
foi impugnado: tantum devolutum quantum appellatum, princípio que vem expressamente consagrado no art. 1.013, caput, do CPC: “A apelação devolverá ao 
tribunal o conhecimento da matéria impugnada”. 
Se o recurso for parcial, a tribunal só reexaminará a parte recorrida, ou seja, o 
recorrente é fixa a extensão do efeito devolutivo quando ao interpor o recurso define o 
que será analisado. 
 Profundidade – art. 1.013, § 1º e § 2º, CPC 
§ 1º Serão, porém, objeto d e apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolver á ao tribunal o conhecimento dos demais. 
Do ponto de vista da profundidade, o e feito devolutivo devolve ao conhecimento do 
tribunal não apenas aquilo que foi decidido pelo juiz e impugnado pelo recorrente, mas 
todas as questões discutidas nos autos, relativas ao capítulo impugnado. 
É, portanto, a possibilidade do tribunal avaliar todas as questões devolvidas, mesmo que 
não tenham sido suscitadas no recurso, mas estão no capítulo impugnado. 
É fixada pelo próprio juízo ad quem. 
o Questões prejudiciais incidentais 
O recorrente deve impugnar tais questões na apelação. 
Ex. Deve impugnar a paternidade, no caso d e uma apelação em ação de reconhecimento de paternidade cumulada com alimentos, pois ela é uma questão prejudicial ao mérito dos alimentos, devendo ser analisada primeiramente.
o Negócio jurídico e limitação do efeito devolutivo 
O negócio jurídico processual pode limitar o efeito devolutivo da apelação. 
o Improcedência liminar o pedido e apelação 
A improcedência liminar do pedido é uma decisão terminativa, sendo, portanto, sentença. Contudo, no caso de improcedência liminar cabe juízo de retratação. (art. 332 CPC) 
5.2. Efeito Suspensivo – art. 1012 CPC 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
 
I - Homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - Condena a pagar alimentos; somente nos alimentos oriundos do direito de família 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - Decreta a interdição.
 
A apelação, de regra, tem efeito suspensivo. Cabe ressaltar que a mera 
possibilidade de interposição de recurso que tenha efeito suspensivo por lei gera 
o efeito. 
O efeito suspensivo alcança a sentença, mas nã o a decisão interlocutória nã o 
agravável. 
Caso almeje efeito suspensivo nesses casos, deverá ser requerido ao relator do tribunal, que decidirá sobre sua pertinência. 
É possível a a pelação ter parte recebida com efeito devolutivo e suspensivo e 
outra parte (matéria) ser recebida apenas com efeito devolutivo. 
Art.1.012, § 3º, CPC - Endereçamento
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º 
poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: 
I - Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para s eu exame prevento para julgá-la; 
II - Relator, se já distribuída a apelação. 
 ALEGAÇÃO NOVA DE FATO E ALEGAÇÃO DE FATO NOVO NA APELAÇÃO 
Art. 1.014, CPC 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser sus citadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
Pode haver a alegação nova, mas deve ser comprovado que foi impossível (força maior) fazer no juízo inferior. 
7. PROCESSAMENTO DA APELAÇÃO
 
7.1. Perante o juízo a quo – a apelação de vem ser protocolada no 1º grau. O endereçamento das razões é direcionado ao juízo ad quem. 
 Escrita – art. 1.010, CPC 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
 Contrarrazões – art. 1.009, § 2º, CPC 
Uma vez protocolada a apelação, o juízo a quo a receberá e intimará a parte contrária 
para que apresente as contrarrazões no prazo de 15 dias úteis. 
 Apelação adesiva – art. 1.010, § 3º, CPC 
Se a parte contrária nas contrarrazões apresentar recurso adesivo, será intimada a parte 
que apelou para contraarrazoar o recurso adesivo em 15 dias úteis. 
 Juízo de admissibilidade – art. 1.010, § 3º, CPC 
O juízo a quo não pode fazer juízo de admissibilidade na apelação. Ele simplesmente 
intima a parte contrária para apresentar contrarrazões e determina a remessa ao 
tribunal. 
Se o juízo de 1º grau fizer juízo de admissibilidade é cabível reclamação ao ST J por 
usurpação de competência. 
7.2. Perante o Tribunal 
As razões são endereçadas ao Tribunal, onde o presidente faz a distribuição. O relator a 
receber o recurso, fará o juízo de admissibilidade e, após, marcará o julgamento. 
 Julgamento – art. 941, § 2º, CPC 
§ 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes (desembargadores). 
Ampliação do colegiado – art. 942, CPC 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de 
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
 
 Data do julgamento – art. 937, I, CPC 
Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dar á palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: 
I - No recurso de apelação; 
Os advogados das partes devem ser intimados para fazerem sustentação oral. 
Macete prático – fazer Memoriais (resumo dos fatos mais 
importantes com no máximo 3 páginas), marcar hora com os 
desembargadores e entregar a eles. Isso “obriga” o desembargador 
(e o seu gabinete) a tomar conhecimento do conteúdo do processo. 
Isso não é uma peça processual, mas sim uma prática da advocacia. 
 Cadastramento de sustentação 
Deve ser feito o cadastramento da sustentação oral previamente, e depois ser 
confirmado no dia do julgamento (é como se fosse fazer um check-in). 
 Agravo de Instrumento no processo – art. 946, § único 
Art. 946. O agravo de instrumento será julgado antes da apelação interposta no mesmo processo. 
Parágrafo único. Se ambos os recursos de que trata o caput houverem de ser julgados na mesma sessão, terá precedência o agravo de instrumento. 
Caso haja agravo de instrumento não julgado, este deverá ser julgado antes da 
apelação.
 
8. JULGAMENTO DO MÉRITO DIRETAMENTE NO TRIBUNAL 
 Teoria da causa madura 
O Tribunal poderá realizar o julgamento do mérito diretamente, desde que o processo estejaapto para julgamento. Caso não haja essa aptidão, será enviado para o juízo a q uo para novo julgamento. 
Art. 1.013, § 3º, CPC 
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: 
I - Reformar sentença fundada no art. 485; 
II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
 Pressupostos 
Provimento da apelação 
Processo em condições 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
O agravo de instrumento cabe, em primeira instância, contra as decisões interlocutórias que versarem sobre as matérias enumeradas no art. 1.015, I a XIII e parágrafo único, do CPC. São decisões aqueles pronunciamentos de cunho decisório que não põem fim a o processo ou à fase cognitiva do processo de conhecimento. 
Art. 1.015, CPC 
Rol taxativo? 
Segundo jurisprudência do STJ, há taxatividade mitigada. 
Por sete votos a cinco, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça decidiu, na quarta-feira (05/12/18), que o rol do artigo 1.015 do Código de Processo Civil de 2015 tem taxatividade mitigada e admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada urgência
. 
“O rol do artigo 1.015 do C PC é de taxatividade mitigada, por isso admite a 
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência 
decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de 
apelação” (Nancy Andrighi).
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - Tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
 
1. CASOS DE AGRAVO PARA TODA E QUALQUER INTERLOCUTÓRIA 
 Art. 1.015, § único 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase d e liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
2. CABIMENTO 
Cabível às decisões interlocutórias do rol do art. 1015, CPC. 
Todavia, houve mitigação da taxatividade do rol do art. 10 15 pelo S TJ, de forma que pode haver o recurso de agravo de instrumento no caso de urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação, devendo esta ser comprovada. 
ATENÇÃO Segundo o § único do art. 1015, CPC, todas as interlocutórias nos seguintes casos são agraváveis: 
Liquidação de sentença 
Cumprimento de sentença 
Processo de Execução 
Processo de inventário
 
3. CASOS DO ROL DO ART. 1.015, CPC 
 Tutelas Provisórias 
Sejam elas de natureza cautelar ou antecipada, de urgência ou de evidência, 
antecedentes ou incidentais. São aquelas tratadas nos arts. 294 a 311 do CPC, 
deferidas em cognição superficial. Também as liminares previstas e m procedimentos 
especiais, como o das ações possessórias e dos embargos de terceiro 
 Mérito do Processo 
São as decisões interlocutórias em que o juiz profere o julgamento antecipado parcial 
do mérito, previsto no ar t. 356 do CPC. O julgamento do mérito pode, no siste ma 
atual, ser desmembrado. Se um ou algum dos pedidos ou parte deles estiver em 
condições de julgamento, o juiz proferirá o julgamento antecipado parcial, no qual, em 
cognição exauriente e definitiva, examinará uma ou algumas das pretensões, ou parte 
delas. A não interposição do agravo de instrumento, nessas situações, implicará não 
preclusão, mas coisa julgada material. 
 Rejeição da alegação de convenção de arbitragem 
A existência de convenção de arbitragem é matéria a ser alegada pelo réu como 
preliminar de contestação, nos termos do art. 337, X, do CPC. Trata-se de tema que 
não pode ser conhecido de ofício, devendo ser alegado pelo réu (art. 337 , § 5º). Se o 
juiz acolher a alegação, proferirá sentença de extinção sem resolução de mérito ( art. 
485, VII), contra a qual caberá apelação; se a rejeitar, caberá agravo de instrumento, 
sob pena de preclusão. 
 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
É aquele previsto nos arts. 133 a 137. O incidente constitui forma de intervenção de terceiros provocado, em que o juiz verificará se estão preenchidos ou não os requisitos 
dá desconsideração direta ou in versa. Da decisão qu e apreciar o incidente caberá o 
agravo de instrumento. O incidente é resolvido por decisão interlocutória, conforme o 
art. 136, CPC. Se a desconsideração não for por incidente, ou seja, for p edido na inicial 
a decisão se dará por sentença, contra a qual caberá apelação. 
 Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação 
Somente cabível quando houver rejeição ou revogação do pedido de gratuidade da 
justiça. Não caberá agravo de instrumento da decisão que deferir a gratuidade ou 
rejeitar o pedido de revogação, caso em que a decisão só poderá ser questionada 
como preliminar de apelação ou nas contrarrazões. O agravo caberá quando a 
gratuidade for indeferida ou revogada, já que nesse caso caberia à parte recolher de 
imediato as custas e despesas processuais. Para evitar eventual prejuízo irreparável do 
litigante é que a lei admite o agravo de instrumento nesse caso 
 Exibição ou posse de documento ou coisa 
Trata-se da decisão que aprecia o incidente de exibição de documento ou coisa, 
previsto no art. 396 e ss. Não se justificaria que a questão só pudesse ser reexaminada 
na fase de apelação, já que o documento ou coisa se prestam a fazer prova dos fatos 
alegados. 
 Exclusão de litisconsorte 
Trata-se de decisão que precisa ser reexaminada de imediato, não podendo ser 
relegada para a fase de apelação, sob pena de irreparável prejuízo à marcha do 
processo. A redação do inciso, conjugada com a do inciso seguinte, leva à conclusão de 
que só caberá agravo de instrumento se a decisão excluir o litisconsorte. Se o 
mantiver, a impugnação deverá ser feita como preliminar na apelação ou nas 
contrarrazões. 
Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio 
Em caso de litisconsórcio multitudinário, o juiz, de ofício ou a requerimento do réu, 
poderá limitar o número de participantes, determinando o desmembramento do 
processo. Se ele rejeitar o pedido e indeferir o desmembramento do processo, todos 
os litisconsortes originários serão mantidos e caberá o agravo de instrumento, com 
fulcro nesse inciso. Já se o juiz acolher o pedido de limitação, ele excluirá parte dos 
litisconsortes originários, determinando o desmembramento do processo, e caberá 
também agravo de instrumento, mas com fulcro no inciso anterior 
 Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros 
Caberá agravo de instrumento tanto da decisão que de ferir quando da que indeferir a 
intervenção. A exceção é a admissão do amicus curiae, já que o art. 138, regra 
especial, estabelece que a decisão judicial é irrecorrível 
 Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução 
Os embargos, em regra, não têm efeito suspensivo, mas o juiz , e xcepcionalmente, 
preenchidos os requisitos legais, poderá concedê-lo. Da decisão que defere, indefere, 
modifica ou revoga o efeito suspensivo, cabe agravo de instrumento 
 Redistribuição doônus da prova nos termos do art. 373, § 1º 
É a hipótese de redistribuição do ônus fundada em l ei ou em determinação jud icial. A 
decisão do juiz que aprecia a redistribuição do ônus desafia agravo de instrumento. 
Parece-nos que o agravo será cabível tanto da de cisão que defere a redistribuição 
quanto da que a indefere, já que, e m ambos os casos, a decisão versará, positiva ou 
negativamente, sobre a redistribuição e, também e m a mbos, a questão precisa ser 
reexaminada desde logo pelo tribunal, porque repercutirá sobre o comportamento de 
uma ou outra parte na fase de instrução 
 Outros casos expressamente referidos em lei. 
4. REGULARIDADE FORMAL E PRAZO – ART. 1.016, CPC 
Deve ser, obrigatoriamente, escrito e obedecer ao prazo de 15 dias úteis. Requisitos: 
Nome das partes 
Exposição do fato e do direito 
As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido 
O nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
Autos Físicos – art. 1.017, CPC 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; 
II - Com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante r eputar úteis. 
 Preparo – art. 1.017, § 1º, CPC 
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas cust as e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tr ibunais. 
 Modos de protocolo – art. 1.017, § 2º, CPC 
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; (mais comum ) (processo físico) 
II - Protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; (processo físico) 
III - postagem, sob registr o, com aviso de recebimento; (processo físico) 
IV - Transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; (processo físico) 
V - Outra forma prevista em lei. 
Vício que comprometa juízo de admissibilidade 
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
 
Autos Eletrônicos – art. 1.017, § 5º, CPC 
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. 
5. PROCEDIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO – ART. 1.019, CPC 
Após a distribuição, o relator fará o juízo de admissibilidade. Se conhecer do recurso, poderá o relator decidir monocraticamente quando o recurso for contrário a precedente obrigatório ou súmula vinculante. O recurso cabível contra essa decisão do relator é o agravo interno. Após o juízo de admissibilidade, não havendo julgamento monocrático do mérito, o relator pode decidir sobre pedido de efeito suspensivo, uma vez que este não se dá ope legis. Após, é intimada a parte contrária para apresentação das contrarrazões no prazo de 15 dias úteis. Após a apresentação das contrarrazões, poderá o relator julgar monocraticamente o mérito se o recurso se enquadrar em precedente obrigatório ou súmula vinculante. Se for o caso, determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias. O relator, então, solicitará 
dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. 
AGRAVO INTERNO 
1. CABIMENTO 
Art. 1.021 CPC. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. É o recurso cabível contra decisão monocrática do relator, utilizado para levar o caso ao órgão colegiado. Das decisões monocráticas do relator, quaisquer que sejam elas, tanto as relativas ao processamento quanto ao julgamento do recurso, cabe agravo interno para o órgão colegiado. 
2. DECISÕES DE RELATORES IRRECORRÍVEIS 
Existem decisões de relatores que são irrecorríveis, todas disciplinadas legalmente, como a questão de gratuidade da justiça e intervenção do amicus curiae.
 
2. PRAZO 
3. 
Deve ser interposto no prazo de quinze dias úteis, e o agravado será intimado para manifestar-se sobre o recurso no mesmo prazo. 
4. PRAZO EM DOBRO 
 Ministério Público 
 Defensoria Pública 
 Fazenda Pública 
5. PREPARO, REGULARIDADE FORMAL E CONTRARRAZÕES 
 Não há necessidade de recolher preparo para interposição do agravo interno. 
 Deve haver impugnação especificada dos fundamentos da decisão agravada. Se não 
houver essa impugnação, incorre em violação ao Princípio da Dialeticidade. 
Art. 1021, § 1º 
CPC. Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os 
fundamentos da decisão agravada. 
6. PROCEDIMENTO 
 Deve ser endereçado ao relator, o qual poderá se retratar. Caso não houver retratação, o relator levará o recurso para julgamento pelo órgão colegiado. 
Art. 1021, § 2º CPC. O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
OBS O juízo de retratação é exceção, cabendo somente em casos definidos por lei. 
7. INADMISSÃO OU IMPROVIMENTO POR UNANIMIDADE
 
Se for considerado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o tribunal condenará o agravante ao pagamento de multa, que pode variar de 1% a 5% do valor corrigido da causa, que reverterá em favor do agravado. A interposição de qualquer outro recurso fica condicionada ao pagamento da multa. 
Art. 1021, § 4º CPC. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso est á condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no 
§ 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
8. FUNGIBILIDADE DO EMBARGO DE DECLARAÇÃO E DO AGRAVO INTERNO 
É possível que um Embargo de Declaração seja recebido como Agravo Interno. O relator, então, intima a parte para que adite o recurso (ou desista dele). 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
1. CABIMENTO 
Cabem embargos de declaração contra todo tipo de decisão judicial: interlocutórias, sentenças e acórdãos, proferidos em qualquer grau de jurisdição. Cabem ainda em t odo tipo de processo, de conhecimento ou de execução, de jurisdição contenciosa ou voluntária. 
 Verbo > Opor Embargos 
2. FINALIDADE
 
Art. 1.022, CPC. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material.
 
Atenção com os verbos (esclarecer, eliminar, suprir, corrigir). 
 Obscuridade - É a falta de clareza do ato 
 Contradição - É a falta de coerência da decisão 
 Omissão - Haverá omissão se o juiz deixar de se pronunciar sobre um ponto que exigia a sua manifestação. 
 Erro material - Podem ser considerados como tais os erros de cálculo, os erros de 
expressão (indicação equivocada do nome das partes, do número do processo, do 
resultado) e os erros de fato, comprováveis de plano
 
3. PRAZO 
5 (cinco) dias úteis. 
4. PREPARO 
Não há necessidade de recolhimentodo preparo. 
5. PROCEDIMENTO 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
§ 1o Aplica-se e aos embargos de declaração o art. 229. 
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. 
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. 
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que deter mine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art . 1.021, § 1o. 
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. (isso acontece caso uma parte tenha interposto recurso e outra oponha Embargos de Declaração cujo acolhimento modifique a decisão) 
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado em julgado independentemente de ratificação. 
6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PREQUESTIONADORES Art. 1.025 CPC.
 Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Caso haja rejeição do Embargo de Declaração no Tribunal, de ve-se, no REsp ( ou RE), alegar os artigos que foram suscitados no Embargo de Declaração (prequestionados) mas que não f oram enfrentados no acórdão (omissão), e fundamentar o recurso com base em violação ao art. 1022, CPC. 
Prequestionamento 
Um dos requisitos de admissibilidade tanto do RE quanto do REsp é que a decisão da causa – na verdade, a questão objeto do recurso – tenha sido proferida e m única ou última instância. É o que se denomina prequestionamento. Em outras palavras, em regra, é indispensável o pronunciamento do órgão jurisdicional (na decisão recorrida) para cabimento do recurso especial ou extraordinário. 
21/03/19 
RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 
São chamados de Recursos Extraordinários latu sensu. 
Art. 1.029 e ss. CPC 
Tais recursos são dirigidos aos Tribunais superiores, no caso: 
 Recurso Especial - STJ 
 Recurso Extraordinário - STF 
1. CABIMENTO 
É cabível diante de acórdãos, ou seja, decisões de tribunais. 
2. FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA 
São recursos de fundamentação vinculada, não ad mitindo discussão de fatos (vide Súmula 7 – STJ). 
Art. 102, III, CF – RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
Art. 105, III, CF – RECURSO ESPECIAL (REsp) 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais 
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
O Recurso Especial deve ser fundamentado no art. 105, CF, c/c art. 1.029, CPC. 
PREQUESTIONAMENTO 
O juízo a quo deve ter se manifestado a respeito do assunto objeto do recurso. 
Nos termos dos arts. 102, III, e 105, III, da CF/1988, um dos requisitos de 
admissibilidade tanto do RE quanto do REsp é que a decisão da causa – na 
verdade, a questão objeto do recurso – tenha sido proferida em única ou última 
instância. É o que se denomina prequestionamento. Em outras palavras, em regra, 
é indispensável o pronunciamento do órgão jurisdicional ( na decisão recorrida) 
para cabimento do recurso especial ou extraordinário. (Elpídio Donizetti) 
4. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
Há um duplo juízo de admissibilidade tanto no REsp quanto no RE. Primeiramente, o juízo a quo verifica a admissibilidade. O art. 1.029, caput, CPC, determina que o recurso deve ser endereçado ao tribunal a quo, onde o presidente ou o vice-presidente do tribunal fará tal juízo. A verificação dos pressupostos de admissibilidade ocorre no juízo de origem e também no tribunal destinatário do recurso (duplo juízo de admissibilidade). 
5. ESGOTAMENTO DOS RECURSOS ANTERIORES 
Enquanto houver a possibilidade de interposição de algum recurso ordinário, não serão 
admissíveis o RE e o REsp. É preciso que tenham se esgotado as vias ordinárias. 
6. FUNDAMENTAÇÃO 
Alegação de ofensa ao direito positivo: os recursos excepcionais não são cabíveis para reexame de prova (Súmula nº 7 do STJ e Súmula nº 279 do STF), pelo que as alegações nele s veiculadas devem ser de direito (no caso do RE, direito constitucional; no do REsp, direito infraconstitucional) 
7. PREPARO 
Ambos os recursos — o extraordinário e o especial — exigem preparo e porte de remessa e retorno, devendo ser comprovado. 
8. EFEITOS 
Possui efeito devolutivo, porém não possui efeito suspensiva de regra. Contudo, é possível o pedido e a concessão do efeito suspensivo. 
Por mais que se trate de um efeito devolutivo limitado, uma vez que a função do recurso é uniformizar o entendimento sobre lei infraconstitucional ou sobre matéria constitucional, continua incontestável a possibilidade de o órgão julgador aplicar o direito à causa, dirimindo-a.
 
9. INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA 
É possível a interposição simultânea do REsp e do RE. C aso interponha apenas um deles, ocorrre a preclusão consumativa para o outro. Portanto, caso haja interesse em interpor REsp e RE, deve haver a interposição simultânea. Entretanto, os julgamentos não serão simultâneos. O julgamento ocorrerá primeiramente no S TJ e depois, caso o S TJ não tenha provido recurso, no STFRecursos Extraordinários) 
RE: art. 102, III, CF 
REsp: art. 105, III, CF 
Fundamentação Vinculada 
Não se aprecia a matéria fática, apenas o direito objetivo. 
Requisitos de admissibilidade 
a) Competência 
b) Legitimidade 
c) Preparo 
d) Tempestividade > Esses 4 são requisitos comuns a todos os recursos 
REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS LATU SENSU
 
* Obrigatoriedade de esgotamento 
Devem ter sido esgotados todos os recursos comuns. 
* Prequestionamento 
É preciso que a questão — constitucional ou federal — a ser discutida no recurso tenha sido ventilada nas instâncias ordinárias, isto é, suscitada e decidida anteriormente. N ão cabe RE nem REsp sobre questões nã o previamente discutidas e decididas nas vias ordinárias. A e ssa exigência, dá-se o nome de prequestionamento, comum a ambos os recursos. 
Se as instâncias inferiores não examinarem a questão, apesar de ela ter sido suscitada pelo interessado, caber-lhe-á opor embargosde declaração, postulando que a omissão seja suprida. 
Por meio dos embargos, o interessado tentará fazer com que as instâncias inferiores examinem a questão suscitada 
* Ofensa ao Direito Positivo 
a) RE: ferir norma Constitucional 
b) Resp: ferir norma Infraconstitucional 
** Repercussão Geral (RE) – art. 1.035 CPC 
Para o que Recurso Extraordinário seja apreciado pelo STF deve a matéria ter repercussão geral. Essa repercussão geral não é necessária no STJ. 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões r levantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. 
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral par a apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. 
- Se ausente a repercussão geral. Não conhecerá do recurso o STF (decisão irrecorrível) 
- Reconhecida a repercussão geral, restará satisfeito os requisitos de admissibilidade. 
Cabimento 
REsp: Decisões dos Tribunais em última instância que não caibam outros recursos 
RE: Decisões dos Tribunais de última instância que não caibam outros recursos 
Interposição 
Direcionada ao presidente do tribunal que negou provimento ao re curso. Se o presidente do tribunal negar seguimento ao recurso, caberá agravo interno. Com isso, a decisão vai para o colegiado, cuja decisão será irrecorrível. No Tribunal superior haverá novo juízo de admissibilidade, cuja decisão também será irrecorrível. 
OBS Em caso de erro não grosseiro, poderá ser considerado o princípio da fungibilidade. 
Efeitos 
 Suspensivo: Em regra NÃO – art. 1.029, § 5º, CPC (exceção) deverá ser pedido o efeito. 
 Devolutivo: Sim – art. 1.034, CPC 
 Demandas repetitivas 
Fixam os precedentes
RECURSO ORDINÁRIO 
É um recurso previsto na Constituição Federal, dirigida ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. O recurso ordinário serve, em regra, para que o interessado possa obter o reexame das decisões que são de competência originária dos tribunais. Contra os julgamentos de primeira instância, cabe apelação; se o processo é de competência originária dos tribunais, a apelação não será cabível, mas a CF prevê o recurso ordinário, no qual o S TJ e o STF poderão reexaminar o que ficou decidido, não como instâncias extraordinárias, mas como uma espécie de “segunda instância”. 
O recurso ordinário faz as vezes de “apelação” para determinadas causas de competência originária dos tribunais. 
OBS recurso ordinário não exige prequestionamento. 
Art. 102, II, CF 
Art. 102. Compete ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
II - Julgar, em recurso ordinário: 
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
b) o crime político; 
 Art. 105, II, CF 
Art. 105. Compete ao SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: 
II - Julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; 
b) os m andados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou 
pessoa residente ou domiciliada no País; 
HIPÓTESES 
Art. 1.027, I, II, CPC 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - Pelo SUPRE MO TRIBUNAL FEDERAL, os m andados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos 
em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; 
II - Pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça 
dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que for em partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município 
ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
ADMISSIBILIDADE 
 Legitimidade 
 Tempestividade 
 Competência 
 Preparo 
PROCEDIMENTO 
Deve ser interposto no prazo de quinze dias perante o relator do acórdão recorrido. De acordo com o art. 1.028 do CPC, a ele s e aplicam, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as regras da apelação, observando-se ainda os regimentos internos d o STF e do STJ. Apresentado o recurso, o recorrido será intimado para, no prazo de 15 dias, oferecer contrarrazões e, em seguida, o recurso será remetido ao respectivo tribunal superior, independentemente de prévio juízo de admissibilidade. 
AGRAVO EM RECURSO EXTRAODINÁRIO E EM RECURSO ESPECIAL 
O agravo em re curso especial ou extraordinário é utilizado para permitir o seguimento de recursos especiais ou extraordinários que tenham sido inadmitidos na origem. 
Se o tribunal, em juízo de admissibilidade, denegar seguimento ao recurso, caberá o agravo previsto no art. 1.0 42, salvo se a decisão do relator no tribunal tiver se baseado em entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos Art. 1.042, CPC 
Art. 1.0 42. Cabe agravo contra decisão do presidente ou d o vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. 
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. 
§ 3o O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 4o Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente.
 
§ 5o O a gravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntam ente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
§ 6o Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7o Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 8o Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. 
ENDEREÇAMENTO E PROCEDIMENTO 
O agravo deve ser dirigido ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem (conforme dispuser o regimento interno deste) e será encartado nos próprios autos, independentemente de preparo. O presidente ou o vice-presidente, então, determinará a intimação da parte agravada para apresentação de resposta no prazo de 15 dias. Em seguida, caso não haja retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente para julgamento. 
PREPARO 
Não há necessidade de preparo. 
(continuação do Agravo em REsp e RE) 
Prof. Adroaldo 
ART. 1.042, CPC 
1. CABIMENTO 
 Súmula 292/STF 
Interposto o recurso extraordinário por m ais de um dos fundamentos indicados n o art . 101, III da Constituição, a admissão apenas por um deles não prejudica o seu conhecimento por qualquer dos outros.
 
2. DISPENSA DE PREPARO –art. 1042, § 2º, CPC 
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. 
3. PROCEDIMENTO 
a) Interposição, prazo e contraditório 
O prazo de interposição é de quinze dias úteis, devendo o agravante comprovar 
expressamente a existência das hipóteses de cabimento. O agravo será dirigido ao 
presidente ou vice-presidente do tribunal, que intimará o agravado para contrarrazões em quinze dias uteis. Após, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior respectivo. 
b) Juízo de retratação 
 Art. 1.042, § 4º, CPC 
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente. Interposto o agravo, o desembargador que negou seguimento ao recurso pode se retratar. Havendo retratação, o recurso subirá para a corte superior onde haverá novo juízo de admissibilidade. 
c) Remessa à corte superior 
O juiz recorrido (Presidente ou vice do Tribunal) não julgará o agravo. Tão somente 
processará o agravo, ou seja, receberá, intimará a parte contrária para contrarrazões e 
remeterá à corte superior. 
d) Julgamento 
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
4. Interposição conjunta de REsp e RE 
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7o Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
 
§ 8o Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do r curso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. Havendo sido interpostos, simultaneamente, recurso extraordinário e recurso especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido pelo presidente ou vice-presidente do tribunal (art. 1.042, § 6º). N essa situação, os autos serão encaminhados, primeiramente ao Superior Tribunal de Justiça (art. 1.042, § 7º). Finalizado o julgamento naquela Corte, tanto do agravo como do recurso especial, se for o caso, os autos serão remetidos ao STF , independentemente de pedido nesse sentido, para apreciação dos recursos a ele endereçados (art. 1.042, § 8º). Os autos somente não serão encaminhados ao STF se o agravo em recurso extraordinário ficar prejudicado pela decisão prolatada no agravo em recurso especial. 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
Art. 1.043 e 1.044 CPC 
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: 
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do m esmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do m esmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; 
1. Finalidade 
Uniformizar a jurisprudência interna das Cortes Superiores. A divergência deve existir entre as turmas ou órgãos fracionários dentro de cada Tribunal. 
2. Cabimento 
São cabíveis sempre que houver tese jurídica divergente no STF e no S TJ, independentemente de a matéria versar sobre mérito ou requisitos de admissibilidade. 
3. Fundamentação 
Deve ter repercussão geral, além de outros requisitos: 
 Demonstrar similaridade entre os casos 
 Mostrar que há acórdão paradigma aplicável ao caso 
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual. 
§ 4o O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias 
que identificam ou assemelham os casos confrontados. 
4. Prazo 
15 dias (lembrando do prazo em dobro do MP, defensoria, etc.) 
5. Preparo 
Possui preparo. 
6. Procedimento STF (Regimento Interno) 
Opõe os Embargos de Divergência na secretaria do STF, e são juntados aos autos havendo ou não despacho. Os autos vão conclusos ao relator, que fará um juízo de admissibilidade. Uma vez admitido, intima-se o embargado para apresentar contrarrazões (15 dias). Findo o prazo das contrarrazões, deve ser incluído em pauta e marcado dia para julgamento. Se não for admitido os Embargos de Divergências, cabe agravo interno. 
7. Procedimento STJ (Regimento Interno) 
São opostos no sistema do STJ e são juntados aos autos objeto do recurso, independentemente de despacho. Não tem efeito suspensivo. Será sorteado um ministro para fazer o juízo de admissibilidade do recurso. Admitidos os embargos, será intimado o embargado para as contrarrazões no prazo de 15 dias. Caso seja ne cessário, findo o prazo das contrarrazões, será intimado o MP. Após, será incluído em pauta, intimados os advogados e julgado os embargos, sendo possível sustentação oral

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