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Pedido de Revogação de prisão preventiva 17-08

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL III TRIBUNAL DO JÚRI:
André Luiz Cabral dos Santos, nacionalidade (-----), estado civil (-----), profissão (-----), residente e domiciliado na Rua (-----), nº (--), Bairro (-----), Cidade (-----), RJ e Márcio Antônio Brito de Almeida, nacionalidade (-----), estado civil (-----), profissão (-----), residente e domiciliado na Rua (-----), nº (--), Bairro (-----), Cidade (-----), RJ por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requererem a:
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro no artigo 316 do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
Os requerentes foram presos preventivamente pela prática de crime de homicídio qualificado, tipificado no artigo 121 §2º do Código Penal Brasileiro, acusados de terem incinerado a vítima qualificada nos autos em plena via pública, fundamentando-se a respeitável decisão judicial no fato de que o crime supostamente praticado pelos requerentes ser grave.
DO DIREITO
De acordo com o artigo 312, do Código de Processo Penal Brasileiro: 
“A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.” 
Observa-se que, no caso em tela, não há presente nenhum dos fundamentos que ensejam prisão preventiva, uma vez que:
a) Não há que se falar pelas condições pessoais dos requerentes, bem como do tipo penal em questão que haja risco à ordem econômica, uma vez que o crime supostamente tenha sido praticado pelos requerentes;
b) O inteiro teor da decisão pleiteada é meramente citatório, fazendo alusão às práticas delituosas e seus resquícios sociais, quando cometidos;
c) Não há indícios de que os postulantes em liberdade ponham em risco a instrução criminal nos autos;
d) Tem os requerentes residências fixa na Rua (-----), nº (--), bairro (-----), cidade (-----), RJ, CEP (-----), e trabalha na função de (-----), conforme fazem prova as cópias reprográficas do comprovante de endereço e da carteira de trabalho e previdência social, portanto não há risco à aplicação da lei penal já que os requerentes mantém vínculos.
Portanto, verifica-se que estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP, razão pela qual requer seja revogada nos termos do art. 316 do CPP. 
Nesse sentido, de acordo com Badaró, acerca da ordem pública:
“a expressão “ordem pública” é vaga e de conteúdo indeterminado. A ausência de um referencial semântico seguro para a “garantia da ordem pública” coloca em risco a liberdade individual. A jurisprudência tem se valido das mais diversas situações reconduzíveis à garantia da ordem pública: “comoção social”, “periculosidade do réu”, “perversão do crime”, “insensibilidade moral do acusado”, “credibilidade da justiça”, “clamor público”, “repercussão na mídia”, “preservação da integridade física do indiciado” … Tudo cabe na prisão para a garantia da ordem pública. […]Quando se prende para “garantir a ordem pública”, não se está buscando a conservação de uma situação de fato necessária para assegurar a utilidade e a eficácia de um futuro provimento condenatório. Ao contrário, o que se está pretendendo é a antecipação de alguns efeitos práticos da condenação penal. No caso, privar o acusado de sua liberdade, ainda que juridicamente tal situação não seja definitiva, mas provisória, é uma forma de tutela antecipada, que propicia uma execução penal antecipada”.
Do Pedido
Diante do exposto, requer seja revogada a prisão preventiva, por ausentes os requisitos dos arts. 312 do CPP, com a expedição do alvará de soltura.
Nesses Termos, Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2020.
_________________________
(Nome do Advogado)
OAB/UF (---.---)

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