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O Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem Moodle 
Auxiliando na Formação Profissional de Colaboradores de 
uma Empresa de Desenvolvimento de Software 
Álvaro N. Weber Hoffmann1, Aline Epple2, Maiquel A. Sornberger3 
1Bacharelado em Ciências Contábeis e Mestrando em Desenvolvimento 
Regional - Unijuí. Gerente de Produto na Lógica Informática LTDA. 
2Tecnólogo em Tecnologia em Sistemas para Internet - IF Farroupilha e 
analista de negócio na Lógica Informática Ltda. 
3Bachalerado em Ciências da Computação - Unicruz, pós-graduando em 
Gestão e Governança da Tecnologia da Informação - UPF. 
alvaronwh@gmail.com, aline.logicainfo@gmail.com.br, 
alexandre@logicainfo.com.br 
Abstract. The training internally promoted by companies are increasingly 
influential on professional training of its employees. Several companies invest 
time and money to train their employees in specific activities for the work 
performed . There is a concern to develop training that is attractive and 
educational fact. The following is a practical demonstration of how to 
implement a virtual environment of teaching and learning in a software-house, 
in order to promote corporate training in order to empower personal and 
professional employees. 
Resumo. Os treinamentos promovidos internamente pelas empresas estão a 
cada dia mais influentes na qualificação profissional dos seus colaboradores. 
Várias empresas investem tempo e dinheiro para capacitar seus 
colaboradores em atividades específicas para a função exercida. Assim, há 
uma preocupação em desenvolver treinamentos que sejam atrativos e de fato 
educativos. A seguir é apresentada demonstração prática de como 
implementar um ambiente virtual de ensino-aprendizagem em uma software-
house, com o objetivo de promover treinamentos corporativos, de modo a 
capacitar pessoal e profissionalmente seus colaboradores. 
1. Introdução 
Todos os sujeitos precisam de educação para estabelecer o convívio social. Para 
tanto, o ensino básico, superior e complementar são de suma importância na apropriação 
do conhecimento, bem como, na edificação do caráter e para o desenvolvimento da 
cidadania. Moscardini e Klein (2015) destacam que a aprendizagem nas organizações é 
um conjunto de estratégias educacionais cíclicas que tem o objetivo do desenvolvimento 
das competências do negócio, para que as mesmas possam enfrentar as constantes e 
rápidas mudanças no ambiente. Apesar da aprendizagem organizacional se destacar 
somente a partir do ano de 1990 nos processos de gestão, os primeiros estudos sobre o 
 
 
tema surgiram a partir dos anos cinquenta e apesar de atualmente o tema já esteja 
estabelecido, a área ainda apresenta grandes desafios para sua consolidação, entre eles a 
dificuldade de constatar empiricamente quando e como um processo de aprendizagem 
ocorre dentro das organizações. (Takahashii e Fischer, 2010). 
Para contribuir na formação profissional de seus colaboradores, as empresas 
investem na educação corporativa, que segundo Lopes (2015, p. 2): 
[...] não se trata de conjuntos de salas de aula, mas sim estruturas de processos 
organizacionais que permitem a criação e sistematização de uma cultura de 
aprendizagem contínua, com a utilização de inúmeras ferramentas teóricas e práticas 
para promover o aprendizado, agindo principalmente, a partir do próprio recurso 
intelectual e pessoal da empresa, onde os funcionários aprendem uns com os outros, 
organizados em forma tutorial, e compartilham experiências, idéias e informações, no 
sentido de solucionarem problemas reais da empresa. 
Atualmente, as empresas têm buscado formas de implementar treinamentos aos 
seus colaboradores, de modo que eles sejam voltados aos objetivos organizacionais, 
atrativos e de fato educativos; que seja possível gerenciar todas as atividades realizadas 
pelos participantes durante a formação e, no final, verificar qual foi o seu real 
aprendizado. Considerando essas preocupações, as ferramentas de ensino e 
aprendizagem começam a ser testadas e implementadas dentro das empresas. 
Os ambientes virtuais de ensino-aprendizagem (AVAs) podem ser definidos 
como um sistema que reúne uma série de recursos e ferramentas que permitem e 
potencializam sua utilização em atividades de ensino e aprendizagem, por meio da 
internet, na modalidade a distância ou semipresencial. (Vavassori e Raabe, 2003). 
Destaca-se a grande potencialidade atual dos AVAs, os quais permitem a criação 
e desenvolvimento de treinamentos atrativos e interativos, proporcionando o 
aprendizado de forma dinâmica e em qualquer lugar ou momento. Alguns desses 
sistemas podem serem instalados sem custo algum, proporcionando assim facilidade de 
acesso, bem como de facilidade de utilização. 
O Moodle é uma plataforma de ensino-aprendizagem a distância baseada em 
software livre. É um acrônimo de Modular Object-Oriented Dynamic Learning 
Environment (ambiente modular de aprendizagem dinâmica orientada a objetos). Pode 
ser denominado como um aplicativo desenvolvido para ajudar os educadores a criar 
cursos totalmente on-line, ou de suporte aos cursos presenciais, de alta qualidade e com 
diferentes tipos de recursos. (Sabbatini, 2007). 
Sendo assim, o objetivo principal deste estudo foi implementar o ambiente 
virtual de ensino-aprendizagem Moodle para realizar treinamentos corporativos em uma 
empresa de desenvolvimento de software, localizada no noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul, tendo como público alvo os seus colaboradores. 
2. Treinamentos Corporativos 
O mercado global sofre grandes mudanças constantemente e, com isto, os 
empregados e empregadores precisam se atualizar e adequar continuamente. Para tanto, 
os treinamentos corporativos são fundamentais; eles podem ser denominados como um 
processo intencional e sistemático para estimular a aprendizagem de conhecimentos, 
 
 
habilidades e atitudes pelos colaboradores de uma empresa, visando a sua melhor 
integração e relacionamento com o cargo/função, colegas e com a empresa como um 
todo, de forma que possam contribuir, o mais de modo mais produtivo, para o alcance 
das metas e objetivos pessoais e profissionais, além da solução de problemas da 
empresa (ADM Brasil Consultoria, 2014, p. 1). 
Para tanto, as grandes, pequenas e médias empresas têm um grande desafio: 
motivar os seus colaboradores a buscarem conhecimento e aplicarem o mesmo em suas 
atividades diárias. Elas também precisam atender as suas demandas de qualificação 
profissional, ou seja, as empresas precisam promover treinamentos focados em suas 
necessidades de mercado, mas de forma que possam abranger vários colaboradores, 
seguindo os seguintes critérios (Pulcineli, 2002, p. 16-17): 
a) Qualidade dos treinandos: todos os programas (treinamentos) voltados para o 
desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores deve estar 
fundamentado na análise daqueles que estarão participando destes programas, 
ou seja, o conhecimento prévio que eles possuem sobre o tem que será 
abordado no treinamento. Portanto, é de fundamental importância a análise 
do desempenho dos treinandos, para que se possa avaliar as mudanças 
propostas e as alcançadas. 
b) Qualidade dos instrutores: os instrutores serão os responsáveis pela geração 
de um ambiente propício a expansão e socialização de experiências que 
venham proporcionar maior crescimento intelectual e consequentemente 
melhores resultados para a empresa. 
c) Qualidade do material e das técnicas instrucionais: quanto mais forem 
ampliados os instrumentos, sejam eles materiais ou técnicas instrucionais, 
maiores serão as possibilidades para a socialização do conhecimento, 
potencializando o processo de ensino-aprendizagem. 
d) Envolvimento da chefia: sem a participação da cúpula da empresa é 
impossível que se alcance um treinamento de qualidade, já que o mesmo faz 
parte do planejamento estratégico da organização. 
e) Adequação do programa às necessidadesindividuais e organizacionais: o 
comprometimento do colaborador em participar de um treinamento está 
diretamente relacionado com suas necessidades individuais. Portanto, sua 
participação na elaboração dos programas de treinamento é determinante para 
os resultados. 
2.1. Educação Corporativa X Educação Escolar 
A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido 
pelas empresas, que tem como objetivo “institucionalizar uma cultura de aprendizagem 
contínua, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias 
empresariais.” (Quartiero e Cerny, 2005, p.24). 
Freire (2007) denomina o ensino tradicional como uma concepção bancária de 
educação, na qual o professor transmite o conhecimento e o aluno apenas o absorve, 
 
 
propondo uma educação libertadora e problematizadora do conhecimento, que 
proporcione a emancipação dos educandos ao mesmo tempo em que promova a 
autonomia e a consciência crítica dos mesmos. 
Portando, pode-se perceber que a educação corporativa tem o objetivo de 
capacitar o colaborador a realizar suas atividades diárias, já a educação escolar propõe 
um ensinamento para a vida dos cidadãos, dando uma visão geral de todas as áreas e 
carreiras a seguir. 
3. Ambientes Virtuais de Ensino-Aprendizagem (AVAs) 
Os AVAs estão sendo cada vez mais utilizados no âmbito acadêmico e 
corporativo como uma opção tecnológica para atender demandas educacionais. Diante 
disso, destaca-se a importância de um entendimento mais crítico sobre o conceito que 
orienta o desenvolvimento ou o uso desses ambientes, assim como, o tipo de estrutura 
humana e tecnológica que oferece suporte ao processo de ensino-aprendizagem. 
(Pereira, Schmitt e Dias, 2007, p. 4). 
Assim, podem-se denominar os AVAs como mídias que utilizam o ciberespaço 
para veicular conteúdos e permitir a interação entre os atores do processo educativo 
(estudantes, professores e tutores). Porém, a qualidade do processo educativo depende 
do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, os materiais veiculados, da 
estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como 
das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente (Pereira, Schmitt e Dias, 
2007, p. 4-5). 
 Segundo Maia e Garcia (2000), os AVAs apresentam vantagens para 
professores, tutores, e estudantes, tais como: acompanhamento mais próximo da 
performance dos estudantes; intensificação do nível de comunicação e interação com os 
estudantes; atendimento contínuo à construção de projetos e trabalhos de pesquisa; 
disponibilização de informações e arquivos de maneira programada, de acordo com seus 
interesses, ou seja, há a possibilidade de direcionar conteúdos para uma leitura pré-aula, 
bem como para uma leitura complementar pós-aula; publicação rápida e fácil dos 
conteúdos; disponibilização de temas e assuntos de interesse para serem discutidos e 
aprofundados pela turma; facilitação do desenvolvimento de trabalhos colaborativos, 
estimulando o sentido de grupo ou de comunidade; revisão do conteúdo das aulas 
durante todo semestre ou todo ano, para autoavaliação e revisão; promoção da 
socialização de informações entre professores das mesmas disciplinas; ajuda na 
consolidação de um novo campo de trabalho para professores; acesso ao conteúdo dos 
cursos ou das aulas, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano; comunicação 
em tempo real (quando houver necessidade) entre professores, tutores e estudantes; 
contato com estudantes de outros cursos, distantes geograficamente; reforço da 
aprendizagem; e acesso ao conteúdo desenvolvido em aula, no caso do não 
comparecimento. 
 No entanto, os AVAs também apresentam desvantagens, conforme destaca 
Martins et al. (2011, p. 12): é improvável que se encontrem fontes de conteúdo que 
correspondam exatamente ao seu currículo; os livros didáticos e outros materiais de 
origem podem mudar de edição ou deixarem de ser publicados, o que requer uma 
 
 
revisão completa do seu guia de estudos; o conteúdo dos materiais de origem pode estar 
orientado para estudantes em profissões, contextos ou países diferentes dos seus; os 
livros e outros materiais complementares devem ser adquiridos pelo estudante ou 
fornecidos junto com o guia; deve ser obtida licença de direito do autor para todos os 
materiais incluídos em guias de estudo. 
3. A Empresa Participante do Estudo 
A empresa que aceitou o desafio de implementar um ambiente virtual de ensino- 
aprendizagem para a realização de treinamentos corporativos é uma software-house do 
noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 
A empresa atua no mercado de desenvolvimento de sistemas de gestão 
empresarial há mais de 25 anos; iniciou suas atividades com a venda e suporte em 
equipamentos de informática e com o desenvolvimento de software. Contudo, com o 
crescente aumento do mercado de software para a gestão de diferentes ramos de 
negócio, a referida empresa percebeu a necessidade de se dedicar exclusivamente ao 
desenvolvimento de sistemas. No ano 2000, por mais uma exigência do mercado, focou 
suas atividades no desenvolvimento de sistemas de para gestão industrial, 
metalmecânica e moveleira, com atuação em todo o território nacional, e para a gestão 
comercial, com atuação regional, tornando-se especialista nesses ramos de negócio. 
A empresa conta com mais de 50 colaboradores e uma diretoria executiva 
composta por um sócio diretor e os gerentes das seguintes áreas: Administrativa- 
Financeira, Mercado e Produto. 
Definiu-se que, inicialmente, os treinamentos promovidos por meio do Moodle 
seriam realizados apenas na área de Produto, englobando as equipes de Análise de 
Negócio, Homologação e Testes, e Desenvolvimento, com colaboradores que estavam 
há pouco tempo na empresa (menos de 6 meses), ou seja, aqueles que ainda estavam em 
fase de treinamento. 
O tema abordado do primeiro treinamento foi “comandos básicos em SQL”, pois 
estes são comumente utilizados pelos colaboradores que atuam nas equipes citadas 
anteriormente. Na estruturação desse treinamento foram definidos alguns papéis e 
responsabilidades: 
a) Instrutor: será um colaborador da empresa que detém o conhecimento e 
experiência em nível avançado no tema a ser abordado no treinamento. Este 
colaborador tem a responsabilidade de estruturar o conteúdo programático, 
organizar os materiais de estudo e elaborar as atividades Ele também deverá 
estará disponível em fóruns previamente organizados para o questionamento 
dos participantes do treinamento. 
b) Tutores: serão colaboradores com experiência na utilização dos recursos do 
Moodle, ou seja, eles sabem como disponibilizar os conteúdos (textos, 
vídeos, imagens, e/ou links), formatar o ambiente, criar as atividades 
(questionário, envio de tarefas, e fóruns), emitir relatórios sobre a 
participação dos treinandos. Eles deverão criar os treinamentos, configurar o 
ambiente, postar os materiais encaminhados pelo instrutor, disponibilizar as 
 
 
atividades de auxiliar o instrutor na utilização do ambiente virtual de ensino-
aprendizagem. 
c) Treinandos: são aqueles colaborados que foram designados pela empresa 
para realizar os treinamentos; serão escolhidos conforme a necessidade de 
qualificação profissional. 
4. Instalação e Configuração do Moodle 
Para dar início ao processo de implantação do ambiente virtual de ensino-
aprendizagem Moodle na empresa, a primeira atividade realizada foi a definição da 
versão que seria instalada. Dentre as opções disponíveis no site do Moodle, a versão 
implantada na empresa foi a 2012062511 (Versão 2.3.11 Build 20140113), a qual era a 
mais atual. Ao concluir a instalação do ambiente foi realizada toda a parte de 
configuração e personalização, definindo-se o tema, a categoria de cursos e alguns 
usuários de teste. 
 Após a etapa de instalação, iniciou-se o processo de teste de backup; 
primeiramente, tentou-se utilizar aopção de backup disponibilizada pelo Moodle, 
porém a mesma não atendeu as expectativas, pois o objetivo de testar o backup era 
copiar todas as pastas de um computador para outro, podendo assim substituir a 
máquina atual a qualquer momento. Como a primeira tentativa de backup foi frustrada, 
realizou-se a cópia de todas as pastas do Moodle e passou-se para outro computador. O 
arquivo config.php1 precisou ser alterado e configurado para o novo computador. 
5. Estruturação dos Treinamentos 
Em um primeiro momento, o objetivo era iniciar as atividades com o 
treinamento “comandos básicos em SQL”, Porém, com a determinação dos 
participantes, verificou-se a necessidade de um curso anterior de preparação para o uso 
no Moodle, pois de nada adiantaria implantar um ambiente virtual de ensino-
aprendizagem para promover a qualificação dos colaboradores, se eles não souberem 
como utilizá-lo. Para tanto, elaborou-se um treinamento de ambientação no Moodle, 
apresentando as suas principais funcionalidades e recursos. 
O treinamento de ambientação no Moodle abordou tópicos como: o acesso ao 
ambiente, preenchimento do perfil, respondendo enquetes, participação em fóruns, 
respondendo questionários, envio de tarefas, baixando arquivos e consultando as notas. 
Para este treinamento foi desenvolvido o layout padrão para todos os demais 
treinamentos que ocorressem na sequência: acolhida aos participantes; datas de início e 
fim do treinamento; instrutor; carga horária; página com as orientações gerais sobre o 
treinamento (participação, prazos e avaliação); conteúdo programático; fórum de 
notícias; e fórum para falar com o instrutor. A Figura 1 ilustra a parte inicial da tela do 
treinamento para ambientação do Moodle. 
 
1 O arquivo config.php contém, entre outras configurações, a indicação do banco e base de dados 
utilizados pelo Moodle: o IP do servidor onde está o banco de dados, o nome da base de dados, o 
usuário e senha de acesso a base de dados, e a chave de criptografia da senha dos usuários inscritos nos 
cursos do Moodle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para cada etapa do treinamento, também determinou-se que o primeiro material 
a ser disponibilizado deveria ser as orientações da aula, ou seja, um documento que 
indicasse o participante o que ele deveria fazer, em que sequência, o prazo para a 
realização das atividades. 
O treinamento de “comandos básicos em SQL” seguiu o mesmo layout do 
treinamento de ambientação no Moodle, conforme é possível verificar na Figura 2. 
Neste treinamento, os tópicos abordados foram: introdução a banco de dados, 
gerenciando informações em uma tabela, comando SELECT, filtrando dados, 
otimizando consultas nas tabelas (índices), como usar subquery, associando tabelas com 
JOIN, conversões, operações matemáticas e operações com string. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Tela do Treinamento de Ambientação no Moodle 
Figura 2. Tela do Treinamento Comandos Básicos em SQL 
 
 
5.1. Desenvolvimento dos Treinamentos 
Conforme já destacado anteriormente, o primeiro treinamento desenvolvido na 
empresa foi o de ambientação no Moodle. O mesmo teve a duração de duas semanas, e 
foram realizadas diferentes atividades práticas com o auxílio de vídeos, tutorais e fóruns 
para que os participantes pudessem tirar suas dúvidas. Um dos principais obstáculos 
enfrentados no curso de ambientação no Moodle foi a falta de comunicação entre os 
instrutores e os treinandos. Verificou-se que os e-mails enviados pelo Moodle, por meio 
das mensagens, foram caracterizados como SPAN pelo aplicativo de correio eletrônico. 
A maioria dos participantes acabava por não receber/ler os e-mails enviados, e perdiam 
prazos de atividades ou orientações encaminhadas. Esta dificuldade foi verificada 
apenas no final do treinamento, prejudicando assim alguns colaboradores e o andamento 
da formação. 
Ao final do treinamento de ambientação no Moodle, foi realizada uma enquete 
com os participantes para verificar possíveis melhorias para o próximo treinamento. 
Assim, foram sugeridos os seguintes pontos: maior número de atividades por etapa; 
maior número de vídeos por treinamento; maior interação com os participantes, criando 
em cada etapa um fórum para discutir dúvidas sobre o conteúdo abordado e; todos os 
conteúdos em arquivos PDF, para serem armazenados pelos participantes. 
O treinamento de “comandos básicos em SQL” foi disponibilizado considerando 
as sugestões apresentadas pelos participantes. Este treinamento teve a duração de um 
mês e duas semanas. Durante este período for disponibilizados aos colaboradores 
materiais bem elaborados com o conteúdo, várias atividades práticas, condizentes com 
as atividades realizadas no dia a dia da empresa e cada etapa apresentou um fórum de 
dúvidas para contato com o instrutor. 
A comunicação foi realizada por meio de e-mails diretos aos colaboradores, pois 
as mensagens enviadas pelo Moodle continuavam sendo caracterizada como SPAN. 
Portanto o problema de comunicação existente no primeiro treinamento foi solucionado 
e o andamento das atividades foi de modo satisfatório. Para a conclusão do treinamento 
foi realizado um encontro presencial para tirar dúvidas e identificar possíveis melhorias 
para os próximos treinamentos. 
6. Considerações Finais 
O desenvolvimento organizacional requer a adoção de novas técnicas e uma 
postura inovadora dos interlocutores, adequando-se as novas exigências do mercado. 
Desta forma, os programas de educação corporativa, como meio de desenvolvimento de 
pessoas, enfrentam um desafio de atrair aquele que participa e retê-lo no processo de 
aperfeiçoamento. 
A globalização e a expansão das fronteiras organizacionais requerem uma 
dinâmica de competências e a gestão do conhecimento, forçando a consolidação do 
conhecimento organizacional e da inteligência competitiva. As organizações devem 
buscar soluções para o desenvolvimento de conhecimento, de novas habilidades e 
atitudes para todos aqueles que participam do processo de negócio. As empresas 
necessitam, cada vez mais, de profissionais formadores de opinião e que socializem os 
 
 
seus conhecimentos. Ao implementar treinamentos para seus colaboradores, elas 
passam a dar espaço ao pensar, fortalecem as suas equipes pessoalmente e 
profissionalmente. 
Sendo assim, emerge dentro das empresas a modalidade de ensino e 
aprendizagem à distância, capaz de prover educação a todos no momento e espaço mais 
adequado a eles. O envolvimento de todos os colaboradores da empresa neste processo 
de qualificação profissional, tanto na estruturação de treinamentos, enquanto instrutores, 
como na realização dos mesmos, enquanto treinandos, é crucial ao desempenho do 
programa de educação corporativa. Um ambiente institucional positivo e uma interface 
amigável do sistema adotado para promover os treinamentos são também determinantes 
para o sucesso, promovendo com isso o aprendizado em processo contínuo, ao invés de 
momentos superficiais. Desta forma, a educação corporativa pode ser considerada um 
meio de agilizar o processo de treinamentos de colaboradores, devendo a empresa 
pautar-se em práticas de ensino-aprendizagem que contemplem todas as suas áreas de 
atuação, e que disponibilizem um material de qualidade. 
A implementação do ambiente virtual de ensino-aprendizagem Moodle na 
empresa em estudo, proporcionou a identificação das potencialidades dessa ferramenta; 
os dois treinamentos desenvolvidos, de “ambientação ao Moodle” e de “comandos 
básicos de SQL”, foram bem aceitos pelos participantes e se mostraram eficientes 
quanto aos objetivos de qualificação profissional propostos. Destaca-se que este 
ambiente está ativo e sendo usado para outros treinamentos na empresa. 
Referências 
ADM Brasil Consultoria (2014) “O que é Treinamento?”, 
http://www.admbrasilconsultoria.com.br/o-que-e-treinamento.asp,Fevereiro/2015. 
Freire, P. (2007) “Pedagogia do Oprimido”, 45.ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra. 
Lopes, J. C. (2015) “Educação Corporativa”, 
 http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=kkkoyf6ch, Setembro/2015. 
Maia, C. e Garcia, M. (2000) “O Trajeto da Universidade Anhembi Morumbi no 
Desenvolvimento de Ambientes Virtuais de Aprendizagem” In: Maia, C. EAD.br: 
Educação à distância no Brasil na era da internet. São Paulo: Anhembi Morumbi, 
p.15-38. 
Martins, R. X., Silva, A. J. de C., Silva, C. R. da, Pereira, C. M. e Sahb, W. F. (2011) 
“Ambiente Virtual de Aprendizagem: Guia para Docentes”, 
http://www.cead.ufla.br/portal/wp-content/uploads/2011/05/GUIA-PARA-
DOCENTES_v02.pdf, Maio/2015. 
Moscardini, T. N. e Klein, A. (2015) “Educação Corporativa e Desenvolvimento de 
Lideranças em Empresas Multisite”, http://dx.doi.org/10.1590/1982-
7849rac20151879, Maio/2015. 
Pereira, A., Schmitt, V. e Dias, R. (2007) “Ambientes Virtuais de Aprendizagem” In: 
Pereira, A. (Org.). Ambientes Virtuais de Aprendizagem em Diferentes Contextos. 
Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda. 
 
 
Pulcineli, M. M. (2002) “Do Treinamento à Educação Corporativa: Uma trajetória do 
processo de aprendizagem organizacional no Banco do Brasil S.A.”, 
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/3773/000314292.pdf?se
quence=1, Fevereiro/2015. 
Quatiero, E. M. e Cerny, R. Z. (2005) “Universidade Corporativa: Uma nova face da 
relação entre mundo do trabalho e mundo da educação.”, In: Quartiero, E. M. e 
Bianchetti, L. (Orgs.) Educação Corporativa: Mundo do trabalho e do conhecimento: 
aproximações. São Paulo: Cortez. 
Sabbatini, R. M. E. (2007) “Ambiente de Ensino e Aprendizagem via Internet: A 
plataforma Moodle”, 
 http://www.ead.edumed.org.br/file.php/1/PlataformaMoodle.pdf, Julho/2015. 
Takahashi, A. R. W. e Fischer, A. L. (2010) “Processos de aprendizagem organizacional 
no desenvolvimento de competências em instituições de ensino superior para a oferta 
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Vavassori, F. B. e Raabe, A. L. (2003) “Organização de Atividades de Aprendizagem 
Utilizando Ambientes Virtuais: um estudo de caso. In: Silva, M. (Org). Educação On 
Line: Teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, p.311-
325.

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