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Direito das Coisas

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(07/08/17)
Direito das Coisas – Direito Civil
Luiz Carlos
Duas provas: serão provas que envolverão questões discursivas (3 questões = 60% do total) e 8 questões objetivas (40% da nota) 
· 18 de setembro: peso 4, ate a semana anterior a data da prova – consulta a legislação seca. 
· 14 de novembro: peso 6, abrangerá toda a matéria do semestre, consulta livre a materiais impressos.
Bibliografia:
Direitos reais – Orlando Gomes 
Direito das coisas – Luciano de Camargo Penteado 
1a parte geral – a relação jurídica é o vinculo jurídico que se estabelece entre dois sujeitos, aqueles cujo o tratamento jurídico é estabelecido de acordo com a parte especifica. Esta relação jurídica, tem uma causa, existe um fato que desencadeia o nascimento da causa jurídica, que são os fatos jurídicos. Disciplina um modelo genérico de uma relação jurídica, sem detalhes, sem a sua natureza especifica; um esquema geral da relação jurídica. 
· pessoas;
· bens;
· fatos jurídicos;
2a parte – parte especial 
· Obrigações, apresentação do credor, do devedor, o bem se torna o objeto da obrigação – prestação, bem enquanto objeto da obrigação, nos é apresentada no direito das obrigações. 
· Direitos dos contratos, fontes de determinadas relações jurídicas, que são constituídas e disciplinadas com normas especificas. Como se forma o contrato, como se extingue, como se da o desenvolvimento da relação, e apresenta os específicos tipos contratuais, que se da origem a características singulares (locação, mandato, etc).
· Responsabilidade civil:
· Empresa: especiais vínculos entre os empresários e que no desempenhar dessa atividade, também se submete a vontade de outras pessoas.
· direito das coisas: 
Todas essas relações jurídicas, tem um traço em comum que as distingue das relações que estudaremos nesse semestre. Esse traço: as relações obrigacionais, decorrentes dos atos ilícitos, são relações entre pessoas, dai se dizer que elas dão origem a direitos pessoais, por forca dessa relação jurídica, uma pessoa fica sujeita a vontade da outra, assim o devedor fica sujeito a vontade do credor, e o meio próprio para que isso aconteça é o contrato, do mesmo modo que aquele que comete o ato ilícito, se submete ao reparo da pessoa que sofreu o dano. Envolve vínculos imaginários, vínculos técnicos entre pessoas e por conta dessa característica, o vinculo que elas têm com o objeto, são vínculos indiretos, vínculos mediatos. Este vinculo é sempre um vinculo indireto ou mediato, acontece porem que existem certos objetos de direito com relações aos quais que as pessoas têm a necessidade de se ter uma relação imediata, (alimento, vestuário, etc.) dai que surgiu, historicamente, uma classe de direitos que deriva de um vinculo entre as coisas e pessoas, (sujeito e bem). 
O direito das coisas, então é definido como o ramo do direito civil, que regula o poder (significa, a sujeição, {da coisa}, a vontade da pessoa) que as pessoas exercem sobre as coisas. 
Para exercer o direito da coisa, não se precisa pedir a ninguém, você se submete a coisa a sua vontade diretamente.
O direito das coisas disciplinara a maneira que se dará a aquisição, a manutenção, a proteção, e a extinção deste poder. Este é o objeto do direito das coisas. A vontade da pessoa é suficiente para a pessoa faça ou deixa de fazer e regular todas as etapas, da aquisição, da proteção, da manutenção e extinção desse poder. Ele trata do mais importante direito, que é a base do nosso sistema econômico que é o direito de propriedade.
Existe duas características que torna o direito das coisas que o torna extremamente importante: fato da natureza que as pessoas precisam ter coisas, coisas essenciais para a sobrevivência. Segundo essas coisas são escassas, ou seja, não estão disponíveis em abundancia para todo mundo. (Escassez + necessidade) disto decorre os conflitos, onde o direitos das coisas é a solução ou mitigação de um tipo de conflito daqueles que tem e os que não tem. 
A jurisprudência dos interesses, fala que o direito deve atender determinadas finalidades. A finalidade do direito é de resolver/pacificar os conflitos entre as pessoas. O direito das coisas, estabelecera diretrizes dizendo o que é de cada um e o que as demais pessoas precisam fazer para não violar o direito de cada e também dirá como os conflitos eventualmente surgidos, como devem ser resolvidos. 
Direitos pessoas, esse poder que o sujeito tem sobre o objeto se chama direito real, no ramo dos direitos das coisas, devido ao fato de em latim a palavra “res” quer dizer coisa. 
Disto desta contestação, o direito real – direito sobre a coisa – não é bens, pois no código, ele não esta tratando de todo ou qualquer bem,
Bens corpóreos: aquele que tem extensão física, aquele que podemos tocar, bens que ocupam o espaço. Coisa é uma espécie de bens
Bens incorpóreos: a existência decorre do próprio direito, são direitos reais. Não são coisas. (Direito de autor, trás uma serie de regras como a obra do autor deve ser protegida; direito de propriedade segredo industrial).
O direito das coisas, entretanto, trata apenas dos bens corpóreos, só eles podem ser coisas.
Coisas:
· Corporeidade, só aqueles bens corpóreos;
· a possibilidade de apropriação, somente aqueles que podem ser apropriados por uma pessoa, juridicamente, nem todos os bens corpóreos podem ser apropriados, que pode ser usada, dominada, com exclusividade, por isso a ideia de poder sobre a coisa.
· Relações patrimoniais, relações que possuem importância econômica. Ela deve cumprir uma função de utilidade para o seu titular, o que significa dizer que ela possui valor econômico. Aquele bem pode ser objeto de uma relação jurídica de trocas que sejam licitas, que seja permitida pelo direito. 
O direito das coisas trata da relação entre sujeito e objeto, uma relação direto, o direito das coisas da origem a direitos reais, que são os bens corpóreos, apropriados e com valor econômico. 
O direito das coisas não trata somente das coisas reais, como de duas matérias distintas: a posse – não é propriamente um direito, e sim uma situação de fato que é protegida pelo direito. 
E os direitos reais, que por sua vez se divide em duas categorias: 
· Os direitos reais plenos (sobre coisa própria) – se resume a um, direito de propriedade, é o mais abrangente, mais forte de todos, máximo do direito real
· E os direitos reais limitados (coisa alheia) – frações da propriedade. Se dividem 
Em três categorias, são elas:
1) Direitos reais de fruição/gozo; quer dizer usar, da coisa do outro.
2) Uso; 
3) Usufruto; 
4) Servidões; 
5) Concessão especial de uso para fins de moradia; 
6) Superfície; 
7) Laje; 
8) Habitação 
· Garantia: direitos criados no âmbito de uma relação, como garantia de uma divida. Direito de penhor, hipoteca e anticrese
· Aquisição: direito de promitente comprador e a preferencia real. São direitos reais que tem por finalidade assegurar ao seu titular e a aquisição da propriedade.
(08/08/17)
Debate na doutrina: - costuma cair em prova.
Explicar a natureza dos direitos reais
1) Teoria realista ou clássica: os direitos reais eles decorrem de uma relação jurídica estabelecida entre o sujeito e uma coisa, relação jurídica esta que estabelece ao titular do direito real de agir diretamente e imediatamente sobre a coisa sem necessariamente de contar com qualquer participação ou cooperação de qualquer pessoa. Ela defende de que é possível existir relação jurídica com um sujeito só. Esta relação é típica do direito das coisas. (Teoria mais aceita).
Bastaria ter a coisa e o sujeito para ter uma relação de direito. Ex: achei um tesouro já nasceu um direito real, uma relação entre mim e o tesouro.
Relação direta entre a coisa e a pessoa.
2) Teoria personalista: os personalistas não concordam, a relação jurídica ela surge do enlace do encontro de interesses entre pessoas, portanto somente poderia existir relação jurídica entre dois sujeitos, a coisa seria um mero objeto, uma mera referencia da relação jurídica, porem não integraria sua estrutura.
Admitindoque existe um sujeito ativo (titular do direito real). Porem o sujeito passivo se desmonta em muitos. Então, para explicar a natureza dos direitos reais, eles esquematizaram esses milhões de sujeitos passivos, num sujeito passivo indeterminado (sujeito passivo universal – qualquer um, ou todos. Ele seria titular de um dever, que seria o dever de abster-se de violar o direito real, dever de abstenção, não violar o direito real, dever negativo/dever de não fazer). Para eles a relação jurídica de direito real seria igual a qualquer relação jurídica.
Tem sido criticada, porque ela acaba tirando a peculiaridade dos direitos reais, ela iguala as relações de direito real a qualquer outra relação.
O direito real do sujeito ativo tem como contrapartida uma obrigação negativa do sujeito passivo, ou seja, uma obrigação de não fazer (ex: sujeito ativo possui uma propriedade e o sujeito passivo deve respeitar isso, não fazer nada para violar). 
Essa teoria iguala as relações de direito real com as relações de direito pessoal. Só surgem direitos quando existe vinculo entre pessoas. Ex: eu tenho um notebook e tenho uma relação direta com todas as pessoas, pois todas as pessoas são sujeitos passivos que devem respeitar meu notebook. Todas essas pessoas possuem o dever negativo, que é o direito de abstração. Eu não tenho uma relação direta com o meu notebook, mas sim com as pessoas.
Características dos direitos reais:
1) Tipicidade/legalidade/taxativa: 
Esta característica refere-se a circunstância somente existe direitos reais se forem previstos em lei. Por isso os particulares não têm a liberdade de criar novos direitos reais. 
Art. 1.225, do CC – lista, ela pretendia ser uma lista taxativa (uma lista que não possibilita, não pode ser interpretada analogicamente, ela costuma ser fechada ou numero clausus. 
Já não é mais taxativa, porem, não prejudica, que considerando toda legislação, os direitos reais são todos previsto em lei, teríamos um grupo fechado onde existe a proibição de os particulares criarem novos direitos reais.
Por que os direitos reais são taxativos? Os direitos reais são taxativos, devida a segurança jurídica. Eles valem perante todo mundo, então seria muito inseguro que dois particulares pudessem criar um direito que prejudicasse um terceiro. Somente existe os direitos reais previsto em lei. 
Essa característica também se observa nos direitos pessoais? Não, art. 425, do CC.
2) Publicidade:
Como eles produzem efeitos perante terceiros, como eles são oponíveis a terceiros, significa que eu posso exercer um direito perante terceiro e ele deve respeitar, por isso a lei estabelece mecanismos para que eles se tornem publico. 
Duas formas de publicidade de direitos reais: 
a) registro para bens imóveis; 
b) tradição (entrega) para bens moveis
 Isso é uma publicidade formal, porque em certa medida ela é presumida.
3) Especialidade:
Diz respeito ao fato, de que somente existe direito real sobre coisas certas e especificas/identificadas. Não existe direito real incerto, sobre algo desconhecido. 
Em regra, não existe direito real sobre as chamadas universalidade (uma pluralidade de bens que por conta de uma relação de fato compõe um todo unitário e é tratado como um bem só. Ex: patrimônio.). 
Significa que não existe um direito real, ou seja, um único direito sobre um todo. Os vínculos do direito real são individuais. Ex: venda de conjunto comercial, cada bem, devera ser tratado individualmente, ou seja, não da pra fazer a tradição de um imóvel com bens dentro, e trata-los como direito real num conjunto.
4) Elasticidade:
Existe o direito real pleno e limitado. Então imaginando uma escala:
 l________l_______hipoteca_________l
0 propriedade (direito pleno)
Quando um credor oferece uma propriedade em hipoteca, por exemplo, diminui um pouco da intensidade da propriedade.
O contrato ocorreu normalmente, e o credor paga a divida, então a propriedade volta a ser plena.
5) Caráter absoluto:
a) Aquele que permite ao seu titular realizar com o direito o que quer que ele queira, o absolutismo pode significar exercício absolutamente livre. O proprietário poderia fazer sobre o seu imóvel aquilo que bem entendesse, isto se o direito de propriedade fosse absoluto nesses termos, mas os direitos reais não são absolutos nesses termos (existe limitação que são criadas pelo direito civil e pelo direito administrativo, ambiental, etc).
b) Eles são absolutos no sentido de que eles produzem efeitos Erga Omnes – características que criou o sujeito passivo universal, eles são oponíveis a todos 
6) Exclusividade:
Não é possível que sobre a mesma coisa recaiam, ao mesmo tempo, dos direitos reais da mesma abrangência e da mesma força. Se um imóvel é propriedade de X, ela é única e exclusiva. Se nesta propriedade entrar Y, como no caso do condomínio, X passara a ter direito a uma fração do imóvel.
Em regra, os direitos reais são exclusivos e direto sobre a coisa.
7) Inerência/aderência:
Aquela característica dos direitos reais que faz com que uma coisa, um direito real permaneça sempre preso, ligado a coisa. Ele não se solta da coisa, ele adere a coisa, é inerente. Onde quer que a coisa esteja, o direito real esta preso a ela. Se cria um vinculo que não se rompe independe onde a coisa esteja, independente de quem esteja na posse da coisa, o titular do direito real pode reivindicar essa coisa.
8) Sequela:
É o direito de reivindicar a coisa, não ocorre na sequela. É o direito do titular do direito real de reivindicar a coisa onde quer que ela esteja e com quem ela quer que esteja. Decorrência da inerência.
 
O professor comprou uma moto do aluno. O professor, ate então, somente possui o vinculo pessoa com o aluno (só vai possuir vinculo com a coisa – a moto – quando ela for entregue). Porem, o aluno deu a moto para x ao invés de entregar ao professor. X então, é a que passou a ter vinculo com a coisa. O professor não pode pegar a moto com x, pois ele apenas possui o vinculo pessoal com o aluno e não vinculo com a coisa. O que ele pode fazer é pegar o direito de volta com o aluno (perdas e danos).
Comparação entre direitos reais e direitos pessoais:
Direitos reais: são absolutos; dão direito de sequela; tem vocação a serem perpétuos (duram para sempre); são taxativos; estão sujeitos a publicidade;
Direitos pessoais: são relativos (só valem entre as partes da relação jurídica); somente sujeitam o patrimônio do devedor; vocação é a transitoriedade (são transitórios, envolve vínculos entre pessoas que são transitórios); são atípicos (os particulares podem criar novas obrigações); submetem a forma livre (o instrumento particular pode ser mantido em sigilo).
(21/08/17)
Figuras do direito civil que são relações pessoais não reais, mas que apresenta características dos direitos reais. São chamadas de figuras hibridas. 
Figuras hibridas: estão entre os direitos reais e os direitos pessoas, são elas: as obrigações próprias (“propter rem, ob rem”); ônus reais; obrigações com eficácia real.
a) Obrigações propter rem: obrigação ambulatória, é uma obrigação que se transfere junto com uma coisa. Então, são relações pessoais que porem tem sua titularidade (quem é seu devedor), definida pelo o que acontece com a coisa. Ex: sujeito ativo (conjunto de condôminos) e o sujeito passivo (condômino), se ele vender a um terceiro, transfere a propriedade, herdando as obrigações da cota condominial (muda o polo passivo). Todos os condôminos de um determinado condomínio vendam todas suas propriedades, aquele que era sujeito ativo, não serão mais, e sim os novos proprietários. Embora seja uma relação entre pessoas, apresentam essa característica do direitos reais, que é a características da inerência. Ex2: tributos sobre os imóveis, obrigação de pagar o IPTU, o dono deixa de pagar o IPTU e vende e a terceiro, fazendo com aquele ele herde a obrigação de pagar o IPTU.
b) Ônus reais: são explicados de duas maneiras: 
· Ônus reais são chamados de gravames: são os direitos reais garantidos.As obrigações surgidas do exercício de um direito real. São relações entre pessoas, mas que tem sua origem relacionadas a um direito real.
· Obrigações exercício de um direito real.
c) Obrigações com eficácia real: erga omnes – caráter absoluto. Passam a ser oponíveis (direito pode ser feito valer perante alguém, posso opor o meu direito perante alguém). Ex: locatário, ocupa o imóvel, se faz por meio de um contrato, sendo um vinculo pessoal. O que acontece se o locador vender o imóvel a terceiro? O contrato de locação só produz efeito entre as partes, o terceiro que se tornou o dono do imóvel, passara a ter inúmeras faculdades, como a sequela, ele pode não querer que o locatário permaneça no imóvel, pedindo para ele sair. O locatário diz não, pois tem o contrato de locação, o novo locatário dirá que não tem nada a ver com isso, pois não é a assinatura dele, não sendo obrigado a aceitar a locação. Para se proteger desse tipo de risco, ele pode pegar o contrato de locação e levar a registro no registro de imóveis, será averbado no registro do imóvel local, quando ele registra aquela relação contratual que era apenas pessoal, passa a ter eficácia erga omnes, passa ser oponível a qualquer um, inclusive ao novo proprietário tendo ele que respeitar o contrato, ou seja ele tem direito de permanecer na casa. Traço típico dos direitos reais, oponibilidade a qualquer um.
2) Direito de Propriedade:
2.2) Conceito: é o direito que dá ao seu titular o poder de sujeitar a coisa a sua vontade, em todas as suas relações jurídicas. Faz com que a coisa fique a disposição da vontade do proprietário. – Conceito sintético de propriedade, enfatiza que esse direito da ao titular o poder.
Conceito que se denomina analítico: é aquele que tem a intenção de defender uma coisa, descrevendo os seus elementos, as suas partes. 
O direito de propriedade é o que confere ao proprietário três faculdades e um direito: faculdade de usar, gozar/fruir, dispor e o direito de reivindicar. Tudo isso junto é a propriedade. Art. 1.228 do CC: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
No código separou, pois, o CC teria feito referencia a faculdades para colocar em destaque que o uso, o gozo e a disposição da coisa estão sujeitas a limites, ele enfatiza que a propriedade hoje em dia, a propriedade não é um direito absoluto. O único que é absoluto é reivindicar a coisa quando ele tiver na posse de outro injustamente. É possível defender a faculdade por uma razão técnica, pois eles podem ser exercidos isoladamente pelo proprietário, pois ele não precisa da ajuda de ninguém, só precisa da vontade dele, mas isso não acontece em reivindicar, pois para reivindicar ele precisara que sua vontade seja submetida a vontade do proprietário, ele não conseguira fazer sozinho (uso da coação). Interação entre a vontade do proprietário e a de terceiro.
Significado de cada um dos elementos da propriedade:
2.1.1) Usar: o proprietário ao usar a coisa, ele extrai dela tudo, ele coloca a serviço de seus interesses. Coloca a coisa a serviço dos interesses do proprietário.
Quem usa se beneficia da utilidade de coisa.
2.1.2) Gozar/fruir: significa, extrair e apropriar-se dos frutos e produtos da coisa.
Frutos: são aquelas coisas que são produzidas por outra coisa que pode ser naturais, industriais e civis
· Naturais: ex: as frutas geradas pelas arvores; cria do gado. Surge em virtude de um efeito da natureza.
· Industriais: são aqueles bens que são produzidos da ação do homem, ex: veiculo que é montado e fica pronto no final da linha da produção. É um fruto artificial, ele é derivado de outra coisa, mas somente surge da intervenção humana.
· Civis: aqueles que tem origem da relação jurídica, relações do direito. Ex: aluguel, juros. 
O proprietário tem a faculdade de extrair e se apropriar de todos esses frutos.
Fruto é produzido pela coisa, e é colhido e não deteriora a coisa.
Produto: acontece o contrario, a extração do produto deteriora a coisa. Ex: mina de carvão.
2.1.3) Dispor: significa que o proprietário pode modificar, restringir ou extinguir o seu próprio direito real, o seu próprio direito a propriedade.
Modificar: pode construir uma piscina no quintal por exemplo. Posso modificar o conteúdo do meu direito real, posso dispor da coisa. Significa poder também destruir o objeto do meu direito real. E ate mesmo extinguir o meu direito real, alienando a coisa.
2.1.4) Reivindicar: o proprietário tem o poder de recuperar a coisa, esteja onde ela estiver, na mão de quem ela estiver, desde que o proprietário tenha perdido a coisa injustamente. Se um terceiro pegar o objeto, sem uma justificativa jurídica o proprietário terá o poder de reivindicá-lo. Nada mais é que recuperar a coisa perdida injustamente
ex: eu esqueço meu celular na mesa do restaurante e saiu, e 5 mim eu lembro, mas ele tinha sumido, o garçom conta quem pegou e você pede para pessoa devolver so que a pessoa não devolve, numa circunstancia como essa, eu perdi a posse da coisa, e assim não consegue exercer suas faculdades, assim eu posso propor uma ação reivindicatória em cima de quem pegou, que tem a função de restituir a coisa ao proprietário quando a coisa esta na mão de outrem sem justificativa para isso.
Ex: prof. faz um contrato de aluguel de seu veículo para seu primo, por 6 meses e antes desse fim o prof. quer o carro de volta, nesse caso o prof. não esta sem a coisa injustamente, pois tem um contrato assegurando o acordo. Para fazer a ação reivindicatória o prof. teria que rescindir o contrato, logo depois disso ai sim ele poderia entra com a ação reivindicatória, pois a coisa com seu primo estaria na posse dele de forma injustificada.
Essa ação reivindicatória é um instrumento da característica dos direitos reais que é a sequela.
Ex da prova: empresto pra Debora minha moto, em um contrato de comodato. A Debora resolver vender a moto, e o terceiro compra porque não sabia que ela não era proprietária. Eu peco a ela que ela devolva e ela diz que não está mais com ela, o vinculo se torna inútil, e eu poderei processar ela por perdas e danos, para recuperar a moto eu terei que ter um vinculo real direto com ela e logo tem o direito de sequela e se necessário usar a forca de estado para recuperar a coisa, ou seja, reivindicá-la
E o terceiro que comprou, ele pagou, mesmo assim fica no prejuízo? Ele entrara com uma ação reivindicatória contra Debora, pois ela tentou dispor de um direito que ela não tinha, existe uma regra no direito das coisas (ninguém pode dispor de mais do que efetivamente possui). Isso se chama no direito civil, ela realizou uma venda ‘a non domino’ – venda realizada por quem não é proprietário da coisa, é um negocio ineficaz, não produz efeito jurídico.
Características do direito de propriedade:
1) É um direito fundamental por forca do que dispõe o art. 5o, XXII da CF – logo, o direito de propriedade constitui clausula pétrea.
2) Direito complexo – porque é o direito que reúne dentro de si 4 subdireito (a propriedade ela é composta por partes que são passiveis de serem separadas – usar, gozar, dispor e reivindicar)
3) Ela é elástica – propriedade é formada de 4 pecas, proprietário pode tirar o usar e transferir o usar para outra pessoa, quando ele faz isso ele esta acionando um dos poderes da propriedade que é o dispor (significa modificação, extinção, etc.) esse terceiro será titular do direito real de uso, que é um direito real limitado; no momento que o direito real de uso é excluído a propriedade sofre uma restrição/limitação na sua abrangência, posteriormente, quando deixar de vigorar o direito perante terceiro a propriedade volta a ser como era antes.
4) Absoluta – no sentido de que ele possui efeitos erga omnes, devido as limitações do exercício, eficácia da propriedade perante terceiro
5) Perpetuidade – comporta exceções – é mais irrelevante. A propriedade dura para sempre, é eterna, mas com exceção, CC prevê dois tipos de propriedade que não são perpetuas,propriedade resolúvel (resolver, significa extinguir, propriedade que se extingue com o tempo. Pessoa recebe a propriedade por um ano, ele poderá usar suas faculdades, mas passado um ano ela acaba, a partir do art. 1359, do CC)
6) Exclusividade – comporta exceções – é mais irrelevante. Existe situações que não é exclusividade nenhuma. Ex: casal tem um imóvel na comunhão parcial de bens, enquanto eles estão casados, eles são JUNTOS dono de todo o imóvel, isso se chama patrimônio em mão comum, ou então, man comunhão, o mesmo direito de propriedade é detido por duas pessoas ao mesmo tempo, isso mostra que não é exclusivo, mas mesmo assim continua sendo propriedade. 
Classificações das propriedades:
1) Propriedade mobiliaria (incide sobre coisas moveis) e propriedade imobiliária (incide sobre coisas imóveis):
2) Plena/alodial e limitada: 
Art. 1231 do CC: A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.
Não confundir essa classificação com os direitos reais limitados (usar, gozar, dispor e reivindicar), pois eles são sobre coisa alheia. A propriedade limitada é sobre coisa própria. A propriedade limitada é exatamente aquela que sofreu de maneira temporária, de maneira reversível a supreção de um dos seus poderes elementares. 
Ex: Manoel resolver conceder o usufruto do terreno para Maria, então Manoel ira momentaneamente ira suspender sus poderes de usar e gozar desta, mas Manoel continua sendo proprietário, porem sua propriedade esta temporariamente restrita, desprovida de alguns de seus elementos. O que sobrou para Manoel (dispor e reivindicar) se chama de nua propriedade, é o que sobre na mão dele quando ele constitui o usufruto para alguém. A Maria será titular de um direito real limitado de coisa alheia, tendo usufruto do terreno de Manoel. Manoel tem o direito de propriedade pleno, mas diferente do art., pois ele quer se referir ao um momento concreto, e você deve olhar abstratamente, pois é uma restrição temporária/momentâneo.
O conteúdo mínimo da propriedade é de dispor. Se você tira ele você acaba com a propriedade. O reivindicar deve ficar junto com o dispor, podendo apenas passar a terceiro o uso e o gozar.
Quem tem a hipoteca, usufruto não pode vender a coisa.
3) Propriedade resolúvel: resolver no direito civil significa, extinguir, acabar. Significa que ela se extingue num momento determinado, pode ser tanto um termo como uma condição. Art. 1359 e 1360 do CC; 
4) Propriedade fiduciária: art. 1361 a 1368, B do CC; 
Art. 1228 do CC, fundamental:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
Inaugura o capitulo das restrições do direito a propriedade. O direito é absoluto apenas na perspectiva de erga omnes, mas existe limites, que são impostos pela Lei, o proprietário não pode fazer o que quer com a propriedade.
Função social da propriedade: Art. 170 e art. 182 da CF: a propriedade urbana para que atenda a sua função social deve seguir o plano de ordenação da cidade. Nesse mesmo artigo a propriedade que não cumprir sua função social sofrera consequências §4o. 
Propriedade rural (comprimento da função social) art. 186 da CF.
(28/08/17)
Restrições ao direito de propriedade
1- Função social da propriedade: espécie de clausula geral e é detalhando quando se refere a propriedade rural e urbana. Ela é escassa, existira aqueles que terão (deve utilizada da forma correta) e aqueles que não terão.
2- Proibição aos atos emulativos: art. 1228, §2o do CC: São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
Em principio, o proprietário pode usar a coisa como bem entender, mas se o caráter desse uso não resultar qualquer utilidade ou comodidade ao proprietário e for animado pela intenção de prejudicar terceiro então este ato não será tolerável será um ato ilícito. Tem se relação com a proibição genérica do art. 187 “abuso de direito” (não se pode prejudicar terceiro). A ideia que preside isso é de que, o direito de um termina quando começa de outro. Ainda que possa dizer que o agente teria o direito de fazer determinada coisa, seria um uso abusivo. Ex: pessoa que resolve sem mais nem menos, um apt. que faz parte de um prédio, liga o som alto a noite. Em tese ele pode usar o apt e ouvir som, mas se não existe nenhum motivo aplausível e só quer incomodar o outro é um abuso de direito.
3- Desapropriação: havendo o interesse publico, o estado pode tirar seu direito e tirar para si a propriedade. Art. 1228, §§4o e 5o do CC trata de uma desapropriação judicial.
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Foi elaborado pensando no problema atual, da moradia urbana ou das faltas de moradia na parte rural. Vija a proteger essas pessoas que ocuparam esses terrenos e incentivar o proprietário para usar sua propriedade. As pessoas precisam estar lá por 5 anos interruptamente e ao menos sem conhecer o proprietário para garantir a boa-fé. O juiz pode determinar perda da propriedade, e como se da a desapropriação judicial (§5o). ex: tem o terreno esta vazio e de repente ele é ocupado por um numero de pessoas, o proprietário que tem o direito de reivindicar, reivindicará o terreno, nesse momento, as partes que ocupam o imóvel que serão os réus, podem pedir ao juiz que não de provimento ao processo de reinvindicação. (Requisitos: Área extensa, obra de interesse social, numero de pessoas). Requisito adicional: indenização justa pelo imóvel que será desapropriado. 
Em principio, as pessoas que deveriam pagar essa indenização, mas a doutrina diz que elas não teriam condições para pagar essa indenização, a alternativa seria o Estado pagar, para aqueles que não tem condições de pagar, mas o juiz não teria base legal para isso.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. 
4- Restrições imposta pela administração: por meio de leis (rodizio de veículos)
5- Os direitos reais sob coisa alheia: fruição, garantia, aquisição, são também restrições de direito a propriedade.
Limites da Propriedade:
1) Propriedade do espaço aéreo e do subsolo: Art. 1229:  A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. Proibição do abuso de direito, então a propriedade se estende ate o céu (onde a propriedade aérea é explorável). Caso terceiro utilizasse o espaço aéreo, o proprietário não pode impor especificas ao transito de aeronaves pois não possui interesse legitimo para isso, já que ele não tem como explorar o espaço aéreo. Os limites da propriedade para o espaço aéreo e subsolo correspondem a propriedade, mas somente ate aonde são uteis ao proprietário.
2) Propriedade das minas e jazidas: 1.230: A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. São arqueológico, minas, jazidas, etc. são propriedades do Estado.
Classificação:
1) Resolúvel: a propriedade que estasujeita a resolução, que tem prazo de validade, que tem vocação de ser temporária. Prevista nos arts. 1359 e 1360 do CC.
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. 
Pressupõe a possibilidade de uma determinada propriedade sujeitar-se a condição (assim como o termo são dois elementos acidentais do negocio jurídico, que operam no plano de eficácia dos negócios jurídicos; são fatores de eficácia, porque influenciam a maneira de existência e validade dos negócios jurídicos) ou a termo (evento futuro e certo). 
A condição (subordina a um evento futuro e incerto) acessória do negocio jurídica.
Existem dois tipos de condição:
· Suspensiva: é aquela na pendencia da qual o negocio não produz efeito. Ex: enquanto a condição não se realizar, os efeitos da promessa estão suspensos. 
· Resolutiva: a resolução/condição por afim extinguira os efeitos do negocio. 
Termo é um prazo, pode ser: 
- Certo/determinado: é certo que vai acontecer e eu sei quando
- Incerto/indeterminado: é certo que vai acontecer e eu não sei quando.
· Termo inicial: é o momento a partir do qual o negocio começa a produzir efeitos. Ex: boleto de vencimento.
· Termo final: sou contratado para prestar serviços e no contrato se estabelece que eu darei aulas ate 15 de dezembro de 2017 ou seja, o negócio produz efeito imediatamente, mas com prazo de vigência, parando de fazer efeitos. 
Regra: ninguém pode transferir mais direitos do que possui. É por isso que eu não posso vende um imóvel alheio porque somente é possível que o titular disponha dos direitos que possui. 
- Se alguém receber uma propriedade resolúvel, ela ter o direito a uma propriedade resolúvel. 
Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
Os direitos reais concedidos na sua pendencia também se resolvem. 
Propriedade resolúvel por natureza, com causas de sobrevivência (se o donatário morres antes do doador a coisa volta para o doador, doação sujeito a termo indeterminado e também condição que é o doador morrer antes do donatário), esses casos a clausula de resolução é estabelecida antemão.
Agora, tem situação que surge uma causa de resolução superveniente e quando for este caso ai não se aplica a regra do art. 1359 e sim do 1360. Quando se tratam de causa superveniente os direitos reais concedidos enquanto a propriedade durou não perdem os efeitos. E o proprietário que teria que voltar ao status quo ante, pode entrar com uma ação contra o proprietário adquirente por perdas e danos.
(29/08/17)
Propriedade fiduciária: é um tipo de propriedade resolúvel, é uma propriedade resolúvel, que se constitui com fim de garantia. O proprietário do bem a conceda um terceiro para garantir um divida que tem com o terceiro.
Art. 1361 a 1368-B
Alienação fiduciária em garantia, mas ela somente pode ser garantida em constituições financeiras, enquanto a propriedade fiduciária é utilizada civilmente. O código traz diversas regras de como a propriedade fiduciária será exercida e executada.
O credor fiduciário (proprietário fiduciário) é proprietário da coisa enquanto esta com ela de garantia e inclusive, pode vende-la em leilão e utilizar para pagar a divida (se sobrar dinheiro, devolve para o devedor, mas se faltar o devedor fica devendo o que falta). Uma vez paga a divida, o devedor fiduciário volta a ser proprietário.
Como a propriedade pode ser adquirida por alguém:
Modos de aquisição da propriedade:
São os fatos ou atos jurídicos que criam o direito de propriedade.
No nosso sistema jurídico, os negócios jurídicos, não constituem ou transmitem a propriedade. Quer dizer que, se Maria e Ana celebram um contrato de compra e venda como objeto o automóvel, contra o pagamento em dinheiro a celebração do contrato não é capaz por si de promover qualquer mudança relativa aos direitos reais das partes. O efeito do contrato estabelece relações pessoas, o negocio jurídico, cria, modifica ou extingue relações pessoais (de um lado temos a obrigação da M de entregar o automóvel - sujeito passivo, sujeito ativo Ana deve pagar o preço e o objeto). Gera vínculos pessoais não vínculos reais. 
Através dos modos de aquisição da propriedade, há a transmissão ou criação de um direito real. Ex: através dos modos de aquisição na compra e venda de um carro, haverá transmissão do direito de propriedade. A tradição será o ato jurídico que fara o automóvel passar juridicamente das mãos de uma pessoa para outra. Essa aquisição é derivada
Categorias:
· Imóvel;
Se subdividem em:
a) Originários; são os que criam o direito de propriedade sem vinculação ou dependência de uma propriedade anterior. Portanto, dão inicio a uma propriedade nova, sem reação com uma propriedade anterior.
Modos aquisição originários são: acessão e usucapião. 
Acessão: acessão é o aumento do volume ou valor de uma coisa causado por um elemento externo, que se junta ou incorpora a ela. Ou seja, ocorre quando uma coisa se torna acessório de outra, ou seja, o elemento externo se torna acessório da coisa principal (o acessório segue o principal). Obs.: sempre lembrar dos acessórios quando pensar em acessão.
Regras de ouro da acessão: * 
1) O acessório segue o principal (o acessório não possui existência jurídica autônoma, ele cumpre uma função do principal). O proprietário do principal se torna proprietário do acessório. Fato jurídico por causa do qual quando surge um acessório da coisa, o proprietário do principal ser proprietário do acessório: acessão é o fato jurídico. Ex: mulher planta sem querer a sementes do homem, assim se torna proprietária das sementes e dos frutos uma vez que plantou sem querer em seu terreno, ele por sua vez tem direito a indenização, já que perdeu seu direito de propriedade.
2) Quem perde um direito por causa da acessão, se agiu de boa-fé tem direito a indenização. 
3) Quem age de má-fé se dá mal. 
*atenção! Há exceções. 
Usucapião:
Pode ser de dois tipos:
a) Natural: engloba causas originarias de aquisição originaria de imóvel: o surgimento de ilhas, aluvião, avulsão, álveo abandonado. Fatos jurídicos em sentido estrito, porque são fatos que ocorrem sem intervenção da vontade humana. 
Formação de ilhas: 
Exemplo 1: ilha no meio de entre dois terrenos (A e B). A regra é que devemos traçar uma linha imaginaria que divide o leito do rio ao meio, o que ficar do lado do terreno A pertence ao proprietário do A, o que ficar do lado do terreno B, pertence ao proprietário do B.
Exemplo 2: três terrenos, A, B e C. Traçar a linha imaginaria para dividir o leito do rio no meio, depois traça uma linha perpendicular ao limite entre os terrenos que estão na mesma margem. Deve ser proporcional a sua testada. 
Exemplo 3: A e B e o rio no meio (rio particular que não serve para navegação, então este rio já era de propriedade entre os dois), com o passar do tempo por causa de um fenômeno natural, abre um novo braço e avançou sobre o terreno B formando uma ilha no meio onde era o terreno B. O proprietário desta ilha será o B, as ilhas que são formadas por novos cursos pertence aos proprietários dos terrenos que deram origem a ilha.
Aluvião:
Exemplo 1: Terreno e o rio e agua com o passar do tempo vai carregando partículas que podem de maneira natural, ir se incorporando a margem, mas de maneira lenta, imperceptível. Com o passar do tempo observar um aumento do imóvel é o que se chama de aluvião. O terreno a sofreu um incremento na sua área, ele mesmo será o dono por ele ser o dono principal e esse aumento é na verdade um acessório.
E se este acumulo acontece entre dois terrenos vizinhos? A e B proporcionalmentea sua testada. 
Avulsão: ela é semelhante a aluvião, na ideia de que existe um movimento de terra, mas aqui estamos falando de um grande movimento de terra decorrente a uma forca natural violenta.
Exemplo 1: temos dois terrenos vizinhos, contidos. Em um dado momento acontece um terremoto e a terra racha no lado do B e se abre um precipício, de modo que os dois se separem. Acresceu ao território de A, e ele se torna proprietário desse acréscimo devido ao fato do acessório seguir o principal. E o B perderia um direito em favor de A, isso faz lembrar da segunda regra de ouro, podendo ter direito a indenização. Regra: art. 1251 (B tem um 1 para pedir a indenização, se ele passar desse prazo, ele perde o direito de indenização. Se ele recusar a pagar, ele deve aceitar que o proprietário B retire a área que se movimentou e a coloque no terreno novamente)
b) Artificial: engloba um único tipo de causa originaria de aquisição originaria de imóvel que é a construção/plantação são atos jurídicos em sentido estrito porque são atos voluntários com efeitos legais pré-definidos. 
b) Derivados; eles criam um novo direito, mas a partir de um direito que existia antes. Portanto os derivados criam o direito de propriedade com vinculação e dependência de uma propriedade anterior.
Modos de aquisição derivados são: registro e a sucessão 
· Móvel;
Se subdividem em:
a) Originários; são os que criam o direito de propriedade sem vinculação ou dependência de uma propriedade anterior. Portanto, dão inicio a uma propriedade nova, sem reação com uma propriedade anterior.
Modos de aquisição originários são: ocupação, achado de tesouro e usucapião.
b) Derivados; eles criam um novo direito, mas a partir de um direito que existia antes. Portanto os derivados criam o direito de propriedade com vinculação e dependência de uma propriedade anterior.
Modos de aquisição derivados são: especificação, confusão, comistão, adjunção, tradição e a sucessão. 
(04/09/17)
Álveo abandonado: álveo é o leito do rio. Regra: quando acontece do leito do rio ficar descoberto de agua por uma causa natural, os proprietários ribeirinhos tornam-se proprietários desse álveo.
Duas maneiras:
a) O rio seca;
b) O rio com o passar do tempo sofre um desvio, deixando uma área livre, passando a ocupar um terreno que antes não tinha rio. E essa parte que fica como álveo abandonado, para esta se aplica a mesma regra, a propriedade é proporcional a testada de cada ribeirinho. Entretanto, o proprietário de onde o rio avançou, perde a terra, mas ganha o direito sobre o curso do rio na sua terra também, este não tem direito a indenização, pois pode ocorrer de o rio voltar o seu curso normal.
Acessões artificiais – art. 1.253 a 1259 do CC
Construções e plantações que são as acessões artificiais. 
Eu sou proprietário do meu terreno, e compro materiais de construção para fazer a obra na propriedade do terreno, sendo então proprietário da obra após terminada, porque o acessório segue o principal. 
Proprietário do terreno não é proprietário dos materiais de construção. Será necessário o estabelecimento de regras especificas, pois teríamos soluções que seriam injustas, que contrariam as diretrizes do direito civil, pois isso das regras especificas. 
Exemplo 1: construção/plantação em imóvel próprio com materiais/sementes alheios. (Art. 1254, do CC)
João constrói no terreno deles com materiais de Caio. 
Caio esta pretendendo fazer uma obra na propriedade dele, mas ele não tem deposito para isso pedindo a João um espaço para deixar esses materiais. 
João também esta com a mesma intenção, e pede para a construtora começar a construir, ela por sua vez, não sabia que tinha os materiais do Caio no deposito e acaba usando os materiais do Caio.
· Quem é o proprietário da construção?
Depois de feita a construção concluída as obras, quem fica proprietário daquela edificação? 
R: João se torna proprietário da construção, que foi feito com os materiais de Caio, pois o acessório segue o principal (terreno). 
· Alguém tem direito a indenização? 
R: quem sofre uma perda por causa da acessão tem direito a indenização, Caio assim, tem direito a indenização. 
· Qual o valor da indenização? 
Resposta 1: O CC tenta resolver a injustiça do enriquecimento sem causa, o CC não admite esse desequilíbrio, sem que aja um fato jurídico que explique o enriquecimento de uma parte e a perda da outra. Se o objetivo da indenização é recompor o que Caio perdeu, e desfazer o enriquecimento de João, consiste nos valores dos materiais, caso João tinha desconhecimento de que estava usando materiais de terceiro, ou seja, boa-fé subjetiva, não tendo previsão de pagamento de perdas e danos. 
Resposta 2: devemos considerar uma situação excepcional, acontece quando João sabe que os materiais que eles estão utilizando pertence a terceiro, ele tem conhecimento de que ele está usando materiais alheios, e quando uma pessoa tem conhecimento nos dizemos que esta pessoa esta usando da má-fé subjetiva (circunstancia especifica, de que o sujeito conhece que os materiais pertencem a terceiro). Quem age de má-fé, a indenização contemplara o valor dos materiais mais perdas e danos.
 
Exemplo 2: construção com materiais próprios, em terreno alheio. (Art. 1255, do CC)
João constrói com materiais dele, no terreno de Caio.
· Quem é o proprietário da construção? 
R: Caio, porque o acessório (construção) segue o principal (terreno). 
· Alguém tem direito a indenização?
Resposta 1: Sim, o João, crendo que o terreno estava abandonado, desconhecendo um obstáculo a construção daquela área, ou seja, João estava de boa-fé.
Resposta 2: se João sabia que o terreno não era dele, e sabia que o terreno era de Caio, neste caso, se João agiu de má-fé, João não terá direito a indenização, ele perde os materiais.
Resposta 3: pode acontecer excepcionalmente, o João saber que esta construindo em imóvel alheio (má-fé), como também ao mesmo tempo Caio saber que João esta lá construindo no terreno dele, querendo se dar bem com a situação. Nesse caso especifico, João esta de má-fé por saber que esta construindo no terreno alheio e Caio também por saber que João esta construindo no terreno dele e não pede para interromper, temos então a dupla má-fé, tendo um tratamento próprio. 
O que acontece quando Caio pede para João construir no terreno dele? Quando João recebe o pedido para construir teríamos um fato jurídico (contrato). 
O que acontece quando temos um contrato? O comportamento das partes na vigência do contrato, João forneceria os materiais e construiria, e Caio ficaria fiscalizando. Comportamento praticamente igual, (contrato de empreitada, uma parte pede para fazer a obra – ela deve pagar pelo serviço -, e outra por fazer a obra), nada mais justo que na dupla má-fé ocorra as mesmas consequências que surgirem em um contrato de empreitada, onde o contratante terá que pagar o preço e a obra. 
· Qual valor da indenização?
Resposta 1: Caio terá que pagar o valor dos materiais + serviço (valor da acessão) – dupla má-fé
Resposta 2: Se é boa-fé, João terá indenização apenas no valor dos materiais.
Resposta 3: Se temos má-fé unilateral, João não terá direito a indenização.
Exemplo 3: construção em imóvel alheio com materiais alheios. RARO! Art. 1257 do CC
João usa materiais de Ana para construir no terreno de Caio. 
Ana: proprietária dos materiais;
João: construtor;
Caio: proprietário do terreno;
(11/09/17)
Quando a gente tem uma má pessoa (proprietário dos materiais); construtor e proprietário do terreno; temos que perceber que tem um agente que está numa situação peculiar que necessariamente terá duas avalições de boa e má fé (que é o construtor), ele pode ter boa ou má fé ao fato de que o terreno é alheio, e boa ou má fé de os materiais serem alheios.
Hipótese de que se aplica o 1257 do CC, esta tratando de uma situação que em principio análoga ao artigo antecedente (que trata da situação com matérias próprios no terreno, caso de dupla má-fé); pagamento da indenização (material + serviço), então ara que seja aplicado este artigo tem que estarnuma situação que seja análoga a situação em que esta o construtor e o dono do terreno no artigo anterior (dupla má-fé). Ele faz referencia a boa-fé (de outro ponto de vista, do construtor relativamente a propriedade dos materiais), ele esta mandando aplicar também neste caso a consequência do 1256. Ele esta de má-fé sabendo que o terreno é de terceiro, mas não sabe dos donos dos materiais. A justificativa da indenização pelo valor da acessão e teremos a boa fé dos materiais. 
Ele leva a crer que se o construtor estiver de má-fé quanto a propriedade dos materiais não seria aplicado o art. 1257, e não se aplica a solução do art. 1256. De qualquer modo eu teria dupla má-fé que da origem ao contrato tácito, que justifica a indenização. 
Isso gera duvidas, de modo que, o procedimento mais seguro a seguir: devemos separar essa relação de 3 partes em duas relações de 2 partes. Uma relação A que vai envolver (proprietário dos matérias e o construtor) e uma relação B que vai envolver o construtor e o proprietário do terreno. E com essa separação eu consigo resolver o problema dos direitos e deveres aplicando a norma da construção em terreno próprio com materiais alheios tem seu regime disciplinado pelo art. 1254 (boa-fé com os materiais, ele só terá que indenizar pelo valor dos materiais), e a outra relação eu soluciono aplicando as regras gerais da construção em terrenos alheios aplicando os arts. 1255 e 1256. 
Pode acontecer de o construtor não ter indenização se ele estiver de má-fé com o proprietário do terreno e terá ainda que pagar o dono dos materiais.
Exceções a regra de ouro:
1) Acessório segue o principal: as vezes aplicar essa regra leva a soluções que são injustas, ou poupas praticas. Para evitar isso, há exceção em que o principal segue o acessório, isso é chamado de acessão inversa:
· Art. 1255, paragrafo único: esta partindo da hipótese em que a construção com materiais próprios em terrenos alheios. O acessório segue o principal desde que preencha os requisitos do paragrafo único. Os requisitos são: 
a) Valor da acessão da construção, excede consideravelmente o valor do terreno; 
b) Construtor agiu de boa-fé (boa-fé - ignorância; má-fé - conhecimento)
Consequências de acessão inversa: 
a) Construtor adquire propriedade do terreno;
b) Construtor deve indenizar (aqueles que as partes concordarem, ou se não houver isso o juiz estabelece o valor da indenização) o proprietário do terreno.
· Segundo caso de acessão inversa é o caso da invasão. O construtor começa a construir no terreno dele e invade a do vizinho. Art. 1258 e 1259 – se subdividem em duas categorias:
1) Invasão ate 5% do terreno vizinho 
· Invasão ocorreu de boa-fé: o código fala que haverá a acessão inversa sempre que o valor da construção for superior ao da área invadida.
Consequência: pagamento de indenização pelo construtor invasor, do valor da área invadida + desvalorização da área remanescente. – Art. 1258, caput
· Invasão ocorreu de má-fé; o código requer que o valor da construção for consideravelmente superior ao da área invadida. 
Condição suspensiva, enquanto não acontecer essa condição o fato jurídico não produz efeito que é o pagamento de 10x o valor do solo invadido + desvalorização do remanescente – condição da acessão.
Outro requisito: se não for possível demolir a porção invasora, sem grave prejuízo para a construção. 
2) Invasão superior a 5% do terreno vizinho:
· Em função da boa-fé do invasor: o código não faz discriminação, para que essa situação ocorra, basta que seja superior a 5%. O invasor adquire o terreno invadido e deve ser paga uma indenização (valor do terreno invadido + valor da desvalorização do remanescente se houver e o valor adicional (valor que a invasão acrescer a construção)
· Em função da má-fé do invasor: o código estabelece a demolição da parte invasora, mesmo que causar dano a construção e terá que indenizar perdas e danos em dobro. 
Lucro cessante é aquilo que se deixa de ganhar por conta de um ato ilícito.
(12/09/17)
Registro:
Os contratos, os negócios jurídicos em geral não têm aptidão para transferir propriedade seja móvel ou imóvel. Quando existe a celebração de um contrato de venda de um imóvel, no momento que é celebrado por meio de escritura publica. No momento em que é concluído surge uma relação pessoal, ou seja, obrigacional. 
 Quando alguém faz sem registro, por meio particular, não há nenhum direito real perante ao imóvel.
Cada imóvel possui uma ficha no registro de imóvel, chamada matricula, se o titulo que se transfere a propriedade não é levada a registro a propriedade do imóvel continua sendo proprietário, e quem comprou não comprou nada na verdade. Eles costumam fazer isso devido as despesas (imposto de competência dos municípios – ITPI) “contrato de gaveta” não terão legitimidade para exercer qualquer direito da propriedade – erga omnes (efeito aplicado a qualquer pessoa).
Art. 1227, CC – parte geral dos direitos reais – ações derivadas de propriedade, que tem como condição uma propriedade anterior (transmite o direito porque o tem, e só é eficaz por causa desse direito anterior)
Art. 1245, CC – atos entre vivos: compre e venda, são uma classe de atos que ocorre mediante manifestação de vontade quando elas estão vivas, e produz efeitos quando elas estão vivas. O modo derivado de atribuição de propriedade é o registro 
Quando ela esta morta: testamento, produz efeito quando a pessoa esta morta
 Causa mortis – produz efeito por causa da morte. Decorrente da morte, ex: herança, sucessão. 
Art. 1245, §1o – não adianta comprar e não registrar, não adianta ter a escritura publica e não levar em registro, não se tem um direito real, não se tem o efeito erga omnes.
O registro, escrituração do titulo translativo na matriculo do imóvel, mantida no cartório de registro de imóveis. Ele pode ser anulado/modificado.
· Anulado. Ex: negocio realizado através de coação moral. No momento posterior a anulação do negocio, as partes devem voltar a posição que estavam antes da celebração. Com a anulação automaticamente o proprietário inicial volta a ser proprietário. Aquela pessoa que adquiriu a propriedade por coação, ele não perdera a propriedade ele continuara sendo proprietário, assim será necessário utilizar da via de registro (caminho único pelo qual por ato entre vivos e de forma derivada que se transfere a propriedade), nesse caso a sentença deve ser levada em registro e será registrada na matricula do imóvel, aí sim ele deixara de ser adquirente coator e tornara a ser o alienante. Art. 182, CC.
· Modificado.
A qualificação registral analisa a licitude do titulo para realizar o registro.
Duvida registral – o apresentante do titulo faz um requerimento e pede para que se solicite uma duvida. Aí será emitido uma declaração de duvida que será enviado ao juiz corregedor (órgão do judiciário responsável pela atividade dos cartórios), instaura o processo administrativo, decide através de sentença administrativa. 
Pode levar meses e anos, e aquele titulo que foi apresentado não foi registrado ainda, se no meio do caminho aparece outra pessoa e apresenta um titulo do mesmo imóvel e esse titulo é registrado, o que acontece? Para evitar esse tipo de situação criou-se uma figura da prenotação (é um registro feito num livro especifico no cartório, onde fica registrado que foi apresentado o titulo para registro, estando em processo de registro. Isso serve para proteger esse tipo de injustiça, o registro quando realizado produz efeitos desde o momento da prenotação – ex tunc). Assim quem garante a propriedade, é aquele que apresentou primeiro o titulo, a prenotação mais antiga, e ela estabelece quem adquira a propriedade nesses casos – art. 1246.
Modos de aquisição da propriedade móvel:
Originários de aquisição da propriedade móvel:
· Ocupação: ocorre quando uma pessoa se apropria de uma coisa sem dono. Aquilo que os romanos chamavam de res nullius (coisa sem dono, porque nunca teve dono. Ex: os peixes do mar, os animais silvestres das florestas. A pesca e a caça são um exemplo deocupação.). 
O código estabelece uma distinção entre as res nullius e as res perdita (coisas perdidas. É uma coisa que tem dono, só que o dono esta temporariamente separado da coisa, porque perdeu, ex: carteira perdida. Não é porque uma coisa foi perdida que ela se torna uma res nullius) que ainda são diferentes da res derelicta (abandonada. Ela se torna res nullius por efeito do abandono, voluntariamente o proprietário quis abandonar, ex: aquilo que a gente joga no lixo.). É possível haver a ocupação da res nullius e da res derelicta, mas não há ocupação na res perdita, e sim uma descoberta, com tratamento especial, quem acha uma coisa perdida, tem o dever de devolver essa coisa para o proprietário ou legitimo possuidor. Se o achador/descobridor não souber quem é dono, ele é obrigado a tomar medidas para descobrir quem é dono – art. 1233, paragrafo único “fará por encontra-la” e se mesmo assim depois de tomar as diligencias, ele deve entregar a autoridade competente (policia civil).
Se aquele que achou a coisa perdida, conseguir localizar o proprietário, fara jus a uma recompensa devida que se chama “achádego” – previsto na lei, corresponde ate 5% do valor da coisa + as perdas e danos que o descobridor tiver incorrido para localizar o proprietário (ex: valor do anuncio).
Caso o dono nunca tenha sido achado, o produto da coisa será destinado ao município em que a coisa foi perdida. A policia civil promovera um leilão para vender a coisa e esse valor será destinado ao município. Se for uma coisa tão barata, que não vale a pena nem fazer o leilão, neste caso o município pode optar por abandonar a coisa em favor do descobridor. 
A descoberta não é um modo originário de aquisição de propriedade.
Para a coisa sem dono é aquisição de propriedade pelo simples fato de não se ter dono. Art. 1237
· Achado de tesouro: art. 1264 a 1266 do CC; tesouro é o deposito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memoria (porque se houver memoria do dono, não será tesouro, ou será coisa abandonada ou perdida). E o achado de tesouro, fatalmente acontece por acidente, aquele que acha pode ter direito a propriedade do tesouro de acordo com algumas regras. Em regra, quem acha o tesouro num terreno alheio tem direito a 50% do tesouro (regra geral: 50% para o achador e 50% para o proprietário do terreno). O tesouro ficara inteiramente nas mãos do proprietário do terreno se: a) ele mesmo encontrar; b) o achador o encontrar seguindo ordens/instruções do proprietário do terreno; c) quem achar foi um terceiro não autorizado;
· Usucapião:
(25/09/17)
Especificação: é a transformação de uma matéria prima em uma espécie nova. O produto dela deve ser diferente daquilo que havia no começo
Exemplos: uma tela em branco, se transforma em uma tela com pintura. A impressão no papel é outro exemplo. Escultura, etc. todas essas situações que envolvem a transformação de algo em outra diferente desse algo. Art. 1269 a 1271, estabelecem diretrizes de resolver o conflito em que o especificador é diferente do dono da matéria prima.
Art. 1269, matéria prima em parte alheia, metade da matéria prima pertencia ao especificador e outra metade do dono do material. 
Art. 1270, se toda a matéria é alheia, o especificador de boa-fé é dono de toda matéria.
§1o, matéria prima toda alheia, o proprietário da matéria prima vira dono. Se houver má-fé do especificador ele não adquiri a propriedade da especificação.
§2o, trabalho do especificador agregou muito valor aquela matéria prima, nestes casos, a espécie nova será do especificador. Em qualquer caso (significa que mesmo que o especificador esteja de má-fé, ou boa-fé quem adquire a propriedade é o especificador, pois se tem um valor maior da especificação. Mesmo quando se dá para desfazer.)
Art. 1271, ressalva de ser possível o desfeito a especificação a coisa anterior. O que acontece é que juridicamente, ele volta ao estado coante (devo ter tido uma mudança para dai voltar ao que era antes, ele não se aproprio). Ex: especificação feita de metal, da para desfazer e a consequência disso é nenhuma, pois nada muda. 
Somente há aquisição da propriedade pelo especificador quando houve a mudança. 
Indenização (art. 1271) – regra geral, o proprietário da matéria prima que perder a matéria prima, terá direito a indenização, pois houve uma perda. Não faz diferença de se tem ou não boa-fé. Sempre que na especificação o proprietário das matérias primas, ele terá direito a indenização (valor da coisa, ou perdas e danos que extrapolem o valor da matéria prima). 
Existe um tipo de caso que não será indenizado: §1o do art. 1270, que se há um especificador, utilizou matéria prima alheia, e fez uma especificação só de matéria prima alheia, de má-fé, este será proprietário. O especificador de má-fé teria indenização pelo trabalho, mas não terá conforme o art. 1271, porque o especificador poderia ter indenização, o legislador não quer essa indenização, e cria essa ressalva. 
Essa mesma suposição se aplicaria ao especificador de boa-fé (quando ele esta de boa-fé ele se torna proprietário da especificação.) E nos casos em que a especificação pode ser desfeita? Ele não adquire a propriedade da especificação, o código não trata dessa questão, este especificador de boa-fé, no caso dos prejudicados deve ser ressarcido. 
· Confusão: é mistura de liquido com liquido, ou gás com gás 
· Comistão: é a mistura de solido com solido, detalhe: o CC no titulo que antecede o 1272 (da comissão é comistão), de pessoas diferentes.
· Adjunção: é a sobreposição de uma coisa a outra. Ex: eu tenho uma mesa de madeira, e fica desgastada, e compro um verniz na mesa. Pintar um carro, sempre que eu coloco uma coisa sobre a outra e ela se forma um unitário eu tenho a adjunção. Diferença entre especificação e adjunção – na especificação nos temos uma adjunção que se cria uma espécie nova, uma substancia, natureza, uso diferente daquelas das meterias primas. Pintar o carro não se cria uma espécie nova, por exemplo, serve para a mesma coisa, aspecto geral o mesmo, e não teve mudança significativa. 
Regras de aquisição da propriedade móvel (confusão, comistão e adjunção):
1) Da para separar ou desfazer? Se for possível, acontece a mesma coisa que na especificação, os donos ficam donos do que eram proprietários. Porem o causador da mistura, responde pelos custos da separação. Se for possível, mas é muito caro para se separar ou se não for possível, neste caso forma-se entre os donos das coisas, forma-se um condomínio, cabendo a cada um dos donos das coisas, um quinhão proporcional ao valor das suas coisas. 
2) Há uma coisa principal e outra que é acessório? Se não, as regras são as mesmas. Se sim, o proprietário do principal vai se tornar dono do acessório e vai indenizar o valor do acessório para o dono do acessório que perdeu. 
Somente se aplicam quando, o causador da mistura, estiver de boa-fé. 
Se ele estiver de má-fé, o proprietário inocente (vitima), pode fazer uma escolha, ela pode se tornar proprietária do todo indenizando ao causador o valor da sua parte descontado daquilo que foi devido a vitima ou ele não se torna dono de nada, ele renuncia a sua parte, neste caso, eu tenho o valor de indenização das coisas que eu renunciei.
(02/10/17)
Imóveis:
Requisitos específicos de cada modalidade de usucapião:
	Ordinária art. 1242
	Extraordinária, art. 1238 
	Especial urbana art. 1240
	Especial rural art. 1239
	Familiar art. 1240 A
	Coletiva
art. 10 da Lei 10.257/2001
	Indígena
Art. 33 da Lei 6001/73
	PISOCAD – posse ininterrupta sem oposição com animus domini
	PISOCAD
	PISOCAD
	PISOCAD
	PISOCAD
	PISOCAD
	PISOCAD
	Prazo que a posse deve permanecer – 10 anos; pode ser reduzido para 5 anos. Requisito temporal. 
	Prazo de 15 anos, pode ser reduzido por 10 anos
	Prazo de 5 anos;
	Prazo de 5 anos;
	Prazo de 2 anos
	Prazo maior de 5 anos
	Prazo de 10 anos
	JT (justo titulo) + BF (boa-fé)
Deve haver um documento, que formalize. 
	Dispensa JT e BF
	Dispensa JT e BF
- Imóvel urbano;
- Menor ou igual a 250m2;
- o possuidor não podeter outro imóvel (urbano ou rural)
	Dispensa JT e BF
	Dispensa JT e VF
- Menor ou igual a 250m2;
	Dispensa JT e BF
- 250 m2 por pessoa;
- não pode ter outro imóvel;
	Dispensa JT e BF
Na modalidade ordinária são necessários o justo titulo e a boa-fé; este prazo de 10 anos, ele pode sofrer uma redução para 5 anos, se atendidas as condições do paragrafo único do art. 1242 do CC, primeiro aquisição deve ter sido onerosa, quer dizer que não vale a redução se por exemplo a pertença aquisição ter ocorrido gratuitamente (doação), deve ter sido registrada, a posição majoritária entende que não precisa levar o documento a cartório para que seja considerado justo titulo, mas esse entendimento não se aplica a esse requisito, pois somente ocorre a redução de posse quando o titulo tenha sido levado a registro, e deve ter sido usado o imóvel para fins sociais (moradia ou obras sociais ou econômicas)
Na modalidade extraordinária, o prazo é maior porque a lei dispensa JT e BF. Para a redução basta que o possuidor tenha estabelecido no imóvel sua moradia e obras de interesse econômico e social. Caput: a usucapião não é por si só a causa de aquisição do imóvel, pois a sentença deve ser levada a registro. É uma causa viabilizadora que permite o registro, justificadora do registro, logo se uma parte consegue a sentença declaratória da usucapião e não leva a registro ele não adquira a propriedade. Somente o registro é capaz de transmitir a propriedade. P.único: basta que o imóvel tenha sido utilizado como moradia ou feito atividade de interesse social ou econômico. 
Na modalidade especial urbana, destinada a amenizar os problemas relacionados a falta de moradia nas cidades. Dispensa JT e BF, mas para que esse prazo reduzido seja compensado e justificado a lei estabelece alguns requisitos adicionais a essa modalidade: 1o o imóvel em questão deve estar situado em área urbana, além disso não é qualquer imóvel urbano, somente aquele que seja menor ou igual a 250 m2, o possuidor não pode ter outro imóvel urbano ou rural, só pode ser concedida uma vez pela mesma pessoa. 
Na modalidade especial rural, é semelhante com a urbana, o prazo é de 5 anos, dispensa JT e BF, imóvel rural, menor ou igual a 50 hectares, o possuidor não pode ter outro imóvel urbano ou rural, só pode ser concedida uma vez pela mesma pessoa. A lei estabelece um requisito especial, o possuidor deve tornar a terra produtiva.
Na modalidade familiar, também chamada de abandono de lar, supostamente, proteção da família, entendida familiar por isso do prazo de 2 anos, hipótese para aplicação dessa modalidade, é que a unidade familiar sofre uma ruptura por conta do abandono de lar por conta de um dos cônjuges ou companheiros. Essa modalidade requer, assim como a especial urbana, ser menor ou igual a 250 m2, e em relação a posse, ela deve ser direta (é aquela exercida mediante a influencia/poder física imediata da pessoa sobre a coisa) e exclusiva e para fim de moradia. Só se aplica para imóvel urbano. Primeiro nos temos a propriedade dividida com ex cônjuge ou companheiro e segundo temos o abandono do lar. Em principio quando a gente pensa em propriedade dividida pensamos no direito real de propriedade que é compartilhado com outra pessoa (cônjuge) aconteceria no geral se os cônjuges e companheiros estivesse unido submetendo em comunhão de bens, e esse bem tenha sido adquirido após essa união. 
Não é correto dizer que durante o casamento cada cônjuge é dono de metade de coisa, isso só vai acontecer caso exista a dissolução do casamento macumunhão, exceção de que propriedade é um direito exclusivo, cada uma dela é proprietária do todo.
Posse indireta poder que é a influencia que a pessoa exerce sobre a coisa mediatamente.
Deve haver uma das hipóteses (mão comum, condomínio), se não existir não é possível ter a usucapião. 
O requisito do abandono de lar, se entende que, a saída injustificada do cônjuge tendo uma manifestação de descaso com a família (cônjuge e filhos). Caso ele saia contra a vontade dele, é excluído isso, pois ele não terá agido com um interesse de deixar a entidade familiar desamparada.
Na modalidade coletiva, art. 10 da Lei 10.257/2001. Núcleos urbanos informais, são ocupações de áreas urbanas de pessoas que não são proprietárias (aquelas que invadiram áreas urbanas, sem justificativa, sem contrato e sem direito), antes não existia limite de inferior a 250 m2 por possuidor, atualmente existe. Deve ter mais de 5 anos de ocupação. Não pode ter outro imóvel. Condomínio “pro indiviso” – a divisão não é feita respeitando a fração do imóvel que qualquer um adquirir. Dispensa JT e BF
Na modalidade indígena, art. 33 da Lei 6.001/73. Ação de usucapião seja ajuizada por um índio. 
Usucapião de bens moveis, só há duas regras. Art. 1260 e 1261 do CC.
Art. 1260, CC – será necessária a PISOCAD. Possui boa fé e justo titulo, sendo o prazo de 3 anos
Art. 1261, CC – será necessária a PISOCAD. Não possui boa fé e nem justo titulo, sendo o prazo de 5 anos.
Sendo aplicadas as regras do art. 1243 (soma de posses) e 1244 (casos de impedimento, suspensão e indenização da prescrição)
(09/10/17)
Perda da Propriedade:
Arts. 1275 (lista de causa de perda da propriedade) e 1276 do CC
I Alienação: é um negocio jurídico, que objetiva a transmissão da propriedade.
II Renuncia: é um ato jurídico “stricto senso pelo qual o proprietário abre mão da propriedade.
III Abandono: é uma manifestação tácita da vontade de abrir mão da propriedade. Abandono = Derrelição
IV Perecimento da coisa: propriedade se torna impossível pelo ponto de vista fático. Perece a coisa, deixa de existir o objeto da propriedade, o objeto do direito real.
V Desapropriação: o sujeito é privado da propriedade nos casos de interesse publico mediante justa indenização. É uma espécie de alienação forçada.
Não é um rol taxativo e sim exemplificativo. 
Nos casos em que a perda da propriedade decorre da vontade do proprietário (alienação, renuncia e abandono) ele perde porque quer, o p.unico do art. 1275 ressalva que o ato seja levado a registro, ou seja, não torna dispensável o registro, apenas nesses casos haverá um titulo, um documento em que formalize a manifestação de vontade do particular. 
Diferença entre renuncia e abandono: a renuncia é expressa e o abandono é tácito, a renuncia deve ser exteriorizada de maneira expressa de caso de moveis, por registro o abandono não se exterioriza por palavras, mas pelo comportamento do proprietário, um comportamento não verbalizado que deixa transparecer a sua falta de interesse na propriedade, não tem nada que leve a registro.
Se não tiver registro não há perda da propriedade, é necessário em todos os casos. Não ressalva a necessidade da tradição no caso da alienação, havendo a alienação, é um negocio jurídico que não transfere a propriedade, continua sendo necessário a tradição, a perda somente se concretizara com a tradição. No caso da renuncia e do abandono, não é necessário a tradição, eles produzem efeitos imediatos, ou seja, a perda da propriedade.
Art. 1276 do CC: procedimento especial do abandono de bem imóvel. 
Propriedade urbana: É necessário que exista previa arrecadação (procedimento administrativo no qual a autoridade certifica que o imóvel foi abandonado, além disso deve-se aguardar o prazo de 3 anos, prazo pelo qual o proprietário poderia retornar ao imóvel, mas se depois da arrecadado o imóvel se manter desocupado por 3 anos, ele se torna bem imóvel do DF.
§1o Propriedade rural: Os imóveis rurais por sua vez, após a arrecadação e após o prazo de 3 anos, passam a ser de propriedade da União.
§2o diz que haverá uma presunção absoluta de intenção de abandono, não admitindo, portanto, prova em contrario. Isso ocorre se o proprietário deixar de fruir, proteger, etc., seu imóvel e deixar de pagar os tributos que incidem sob o imóvel. 
Isso não pode ocasionar no uso do titulo com efeito de confisco, ou seja, o titulo não pode servir como ferramenta para que o Estado utilize para se apropriar da propriedade privada.
Condomínio:
Condomíniocaracteriza quando a propriedade de uma coisa é mantida por duas ou mais pessoa. Normalmente a propriedade é exclusiva, o que não se ocorre no condomínio. Por isso das regras especificas para disciplinar que essa propriedade especial. 
Conceito: dar-se-á condomínio quando a mesma coisa pertencer a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma igual direito sobre o todo e cada uma de suas partes. 
Ex.: Área de terra que seja ocupada de forma uniforme por uma floresta de eucalipto. Metade dessa área é detida pelo João e a outra metade é detida pelo Caio, e quando se verifica no registro de imóvel qual é a situação desse imóvel, mesmo que seja uniforme, no cartório existe uma descrição minorizada que existe uma porção de terra e em uma matricula especifica e outra porção de terra consta em outra matricula especifica, ou seja, tem áreas individualizadas. Essa situação não é condomínio.
Condomínio existe quando Joao e Caio são donos da mesma coisa ao mesmo tempo. Pode acontecer ate de Caio e João explorares cada um uma parcela da propriedade, mas são donos do todo. Os seus poderes serão limitados pelo exercício dos poderes do outro proprietário, não podendo ser privado da faculdade dos poderes. Para organizar isso, devemos dividir o imóvel em partes ideais (presumem-se iguais entre os condôminos), essas são resultados de uma divisão teórica ideal, portanto não real da coisa e terá finalidade de organizar o exercício de podres de propriedade de cada um dos condôminos. 
Teoria da propriedade integral: teoria prevalece para explicar a natureza do condomínio. Existe um único vinculo jurídico de direito real, mas duas ou mais pessoas são donas desse vinculo. Ele pode reivindicar a coisa inteira, porque ele é dono da coisa inteira, o que é sinal de que é dono da coisa inteira, o vinculo jurídico é um só. Essa foi a teoria adotada. 
Teoria das propriedades plúrimas/parciais: defende que cada proprietário possui um vinculo jurídico com a coisa, haveria dois vínculos jurídicos que ligariam um dos condôminos a sua parte ideal. Não foi adotada essa teoria. 
É possível de haver propriedade de coisa indivisível e divisível. Embora ela seja divisível o domínio incide pelo todo e os proprietários tem domínio sob o todo. 
O condomínio, pode ser classificado sobre diversas abordagens:
Classificação:
· Pelo regime jurídico,
a) Pode ser geral, tratado nos art. 1314 a 1326
b) Ou especial, tratado por normas especificas. Ex.: condomínio edifício, condomínio hereditário. 
· Pela origem: o condomínio pode ser:
a) Voluntario: decorre das vontades das partes
b) Forçado: surgira independentemente da vontade das partes. Ex.: comistão, confusão e adjunção. 
Pegar na foto!
(10/10/17)
Condômino é uma entidade que pode figurar uma parte de um processo, não atribui uma personalidade jurídica própria.
Direitos dos Condôminos: 
O proprietário detém alguns poderes que pode exercer sobre a coisa, são eles: dispor, gozar, reivindicar, usar. O condômino é uma forma especial de propriedade, mas o vinculo que liga o condômino com a coisa é o mesmo. 
O condômino também tem os poderes de usar, dispor, gozar e reivindicar a coisa, mas é uma propriedade compartilhada com duas ou mais pessoas, fez-se necessário alguns critérios para que esses direitos dos condôminos fossem exercidos de maneira harmoniosa.
Em regra, todo condômino tem direito de usar a coisa, mas em relação ao uso no condomínio existe duas especificidades que deve ser observada: (art. 1314 do CC.)
1) Critério da destinação da coisa comum: eles podem usar a coisa comum, desde que não modifiquem sua destinação inicial. 
2) Critério dos atos compatíveis com a indivisão: cada condômino pode usar a coisa desde que realize atos compatíveis com a situação da coisa. Situação de que um condômino não pode impedir, excluir os direitos de proprietário do outro condômino. 
3) Um condômino sozinho não pode atribuir a terceiro a posse da coisa: um condômino não pode por exemplo não pode alugar ou emprestar um imóvel que seja detido em condômino a terceiro, se pudesse passaria a posse da coisa a terceiro, ele estaria impedindo o direito de posse dele e do outro condômino. Não pode excluir o outro condômino do uso da coisa.
Existe uma divisão ideal da coisa, em frações teóricas da coisa, e essa divisão não servia propriamente para dividir o direito real, que se mantinha integral para cada um dos condôminos, essas partes desempenham a função de organizar a coisa. 
Os frutos não são apropriados em condomínio, mas são divididos na proporção das suas partes ideais. 
Em relação ao gozar do condomínio, eles se apropriam dos frutos na proporção de suas partes ideais, art. 1326 do CC.
O dispor envolve a modificação do direito real. A lei trouxe alguns critérios para o exercício do direito de disposição, este envolve todos os atos que modificam o vinculo. 
Critérios:
1) O condômino pode alienar a sua parte ideal, ou seja, a sua posição de condômino (isso engloba a propriedade integral e a parte ideal que servira para a organização do condomínio) ele sede a sua posição de condômino a outra pessoa, isso implica que se tem a propriedade integral e o exercício dela se da por base de critérios específicos, aquele que assume a posição de outro condômino, se torna então coproprietário mas recebe aquela parte ideal que pertencia ao condômino alienante. 
1.1) Se o bem for divisível, aquela que comporta a sua divisão física. Pode alienar sua posição de condomínio livremente, ou seja, não precisa de autorização dos demais condôminos. 
1.2) Se a coisa é indivisível, surge em favor dos demais condôminos, um direito de preferencia. Direito potestativo de serem os adquirentes antes de outro. 
1.2.1) terá preferencia em primeiro lugar os condôminos que tiverem as benfeitorias (melhoramentos na coisa, são acessórios da coisa) mais valiosas. Aquele que tiver feito melhoramento na coisa com maior valor é o que terá preferencia na hipótese de existir mais condôminos. 
1.2.2) se as benfeitorias não existirem ou forem igual entre os condôminos, o preferencial será o condomínio com maior parte ideal. 
1.2.3) empate na benfeitoria e na parte ideal. A preferencia deve ser dividida entre todos que tiverem interesse.
No caso da alienação da parte ideal por um condômino se a coisa for indivisível, o outro condômino tem direito a preferencia (prioridade de adquirir as coisas, nas mesmas condições perante terceiro) quando forem muito os condôminos a ordem será esta. Art. 504 do CC
2) O condômino não pode sozinho modificar a natureza da coisa comum, deve-se recorrer as regras administrativas do condomínio. 
Em relação a reinvindicação, adoção da teoria da propriedade integral, se a coisa for perdida para terceiro injustamente, um condômino pode reivindicar a coisa inteira sozinho, para reivindicar, o condômino pode agir sozinho, art. 1314 do CC.
Direito a divisão é o direito de acabar com o condomínio, a lei não obriga ninguém a permanecer como condômino. O condômino quando é voluntario, ele pode ser desfeito pelas partes por meio do direito a divisão. Pode ser realizado a qualquer tempo, não tem prazo, não decai. Art. 1320 do CC.
A despeito do direito de divisão ser feito a qualquer tempo, os condôminos podem proibir a divisão por um prazo de 5 anos, que pode ser prorrogado, assim, ninguém pode pedir a divisão, sendo assim, ele só será obrigado a permanecer no condomínio quando os condôminos fizerem um acordo desse sentido ou em condômino obrigatório, se não existir isso a divisão pode ser feita a qualquer momento.
A divisão da coisa, em regra é que a divisão se de por acordo entre os condôminos não precisa de divisão judicial, ela será extrajudicial e se não houver acordo será necessário que a divisão ocorra judicialmente. 
Os condôminos podem estabelecem, em acordo, um prazo de indivisão de ate 5 anos, art. 1320, §1o do CC
Procedimento da divisão:
· Se a coisa for divisível: a divisão se dará por acordo (art. 1321 c/c 2015), ou se não houver acordo por meio da ação judicial, art. 1321 c/c 2016 do CC.
O art. 1321, não se

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