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Espermatogênese e Ovogênese

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ESPERMATOGÊNESE 
As células germinativas primordiais originam as células tronco de linhagem espermatogênica, que, com o estímulo de testosterona, se diferenciam em espermatogônias do tipo A. Essas células sofrem poucas mitoses até que uma se diferencie em espermatogônia do tipo B, que sofrem várias mitoses formando o espermatócito primário. Essa célula sofre a primeira divisão meiótica, formando o espermatócito secundário, que posteriormente sofre a segunda divisão meiótica, formando as espermátides(haploides).
As células de origem espermatogênicas ficam associadas com as células de Sertoli, que as organiza de acordo com os estágios de diferenciação no túbulo seminífero.
ESPERMIOGÊNESE
É o processo de diferenciação das espermátides em espermatozoides, e ocorrem as seguintes mudanças:
· Formação do acrossomo pela junção dos complexos de golgi da célula
· Hipercondensação do núcleo para reduzir o espaço ocupado
· Formação da estrutura do espermatozoide – colo, porção média e cauda. A formação da calda acontece por uma projeção dos microtúbulos na membrana da célula, além da associação das proteínas motoras e organização das mitocôndrias na porção inicial da cauda.
· Perda de citoplasma para diminuição da célula.
SERTOLI
As células de sertoli são células piramidais derivadas do epitélio superficial do testículo, que aderem à lamina basal do túbulo seminífero e sua parte apical estão no lúmen dos túbulos. Essas células são estimuladas pelo FSH e possuem as funções de: 
· Sustentação, nutrição e proteção das células espermatogênicas 
· Barreira hematotesticular – protege as células espermatogênicas de serem degradadas por células de defesa
· Secreção de líquido testicular – meio de movimentação e maturação do esperma
· Produção de ABP – proteína que possui grande afinidade pela testosterona, atraindo e prendendo esse hormônio dentro do túbulo seminífero.
· Hormônio antimuleriano – promove a regressão dos ductos de Muller e induz o desenvolvimento de Wolf
LEYDING
As células de Leyding são localizadas no interstício(fora dos túbulos seminíferos), são estimuladas pelo LH e possuem a função de:
· Produção de testosterona 
· Mantem a espermatogênese(diferenciação das células germinativas primordiais em células espermatogênicas)
· Responsável pelo libido
· Agem nas glândulas acessórias
Os túbulos seminíferos são formados pela associação das células de sertoli e espermatogênicas, e em sua parede há a presença de células mioides, que por meio de contrações levam os espermatozoides até o epidídimo, onde desenvolverão a sua habilidade locomotora.
PROCESSO DE CAPACITAÇÃO NO EPIDÍDIMO
No epidídimo, o líquido testicular interage com as células epiteliais, ativando proteínas glicolisadoras do líquido que adicionam uma capa glicoprotéica na cabeça do esperma. A adição dessa nova capa altera a concentração de íons no citoplasma, o que ativa as proteínas motoras, ativando assim a capacidade de locomoção do espermatozoide. 
OVOGÊNESE
Os ovários são divididos em duas regiões: 
1-A região cortical, localizada em sua periferia, na qual estão presentes o folículos ovarianos, que estão localizados no estroma(tecido conjuntivo), rico em fibroblastos. 
2-Região medular, é mais central, com tecido conjuntivo frouxo, vascularizado, e por isso responsável pela nutrição do ovário.
Ao fim do primeiro mês de vida uterina, as CGP migram do saco vitelínico para onde as gônadas serão formadas. Lá, essas células entram em divisões mitóticas, formando as ovogônias. A partir do terceiro mês, começam a entram em divisões meióticas, porém, devido a um estimulo das células foliculares, o próprio gameta suprime a divisão em prófase I, sendo chamado nesse momento de ovócito primário, que são envolvidos pelas células foliculares, caracterizando então o folículo ovariano. 
Os folículos ovarianos são divididos em quatro níveis de organização:
1- Folículos primordiais: formados por um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares achatadas/pavimentosas.
2- Folículos primários: há um aumento do tamanho do ovócito, e, devido a um estímulo, as células foliculares crescem, ficam em um formato cúbico e passam a ter capacidade proliferativa e secretora. Elas secretam glicoproteínas que formam uma camada que separa o ovócito das células foliculares, chamada de zona pelúcida. As células foliculares também começam a se dividir, formando uma camada multilaminar ao redor da zona pelúcida e do ovócito. Nessa fase há início da liberação de estrogênio pelas células foliculares na corrente sanguínea, devido ao estímulo do FSH. No final dessa fase, as células foliculares iniciam um processo de diferenciação das células do tecido conjuntivo ao redor das mesmas, formando a teca. Essa fase final é caracterizada como uma fase transicional. 
3- Folículo secundário: As células foliculares começam a liberar secreções(fluidos), além de atrair plasma dos vasos sanguíneos. Dessa maneira, esse liquido folicular acumula entre as células foliculares e as afastam, formando uma grande cavidade cheia de liquido – o antro folicular. O antro então divide as células foliculares em populações, que formam três estruturas: A corona radial, que envolve o ovário e a zona pelúcida; as células da granulosa, que revestem o folículo, localizadas internamente à teca; e o cumulus oophorus, que fixam as células da corona radiata nas células da granulosa.
4- Folículo terciário: o antro aumenta significantemente de tamanho; as células da teca se proliferam e se diferenciam em duas camadas, a teca interna – altamente vascularizada e passa a produzir hormônios – e a teca externa – uma estrutura de contenção.
Quando chega a puberdade, vários folículos começam a sofrer esse processo de diferenciação, mas apenas um, o folículo o dominante, é liberado, pelo fato de ter mobilizado mais estímulos de desenvolvimento (FSH). Os outros sofrem atresia – morte. 
OVULAÇÃO 
Como no ovário não existe ductos para a eliminação do ovócito, esse processo ocorre devido ao crescimento do antro, que passa a pressionar a parede do ovário. Nesse momento, o LH passa a agir, e as células passam a secretar progesterona e enzimas proteolíticas, que no meio extracelular passam a digerir o tecido de revestimento do ovário. O LH também age nas células contrateis presente no estroma ovariano, que passam a contribuir para a expulsão do ovócito. Os líquidos presentes no antro desfazem o cumulus oophorus, e assim o ovócito, revestido pela zona pelúcida e pela corona radiata, migram para a parede das células da granulosa, onde parte da parede exterior do folículo rompe, e ocorre a ovulação – na qual libera também o liquido folicular junto com o ovócito. A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovulação, formando-se então um ovócito secundário, que absorve grande parte do citoplasma para conseguir se nutrir quando ocorrer a fecundação, e o primeiro corpúsculo polar. A meiose II é iniciada, porem para em metáfase II.
As células da granulosa e as células da teca interna, que permanecem no ovário, devido ao estimulo do LH, se reorganizam e formam o corpo lúteo, que passa a liberar progesterona. Quando o estimulo de LH cessa, o corpo lúteo morre.
OBS: Um limitante da capacidade reprodutiva da mulher é o fato da mesma chegar à vida vida fértil sem nenhuma célula tronco – as ovogônias – pelo fato de todas se diferenciarem em ovócito I logo no período fetal.
TUBA UTERINA
A porção da tuba uterina voltada para o ovário – fimbrias – passam a se movimentar e varrer o ovário. Essa estrutura então captura o ovócito junto com o liquido folicular, que são transportados devido à parede interna das tubas ser cheias de dobras.
ÚTERO
É dividido em três camadas: 
1- Perimétrio, camada mais externa, responsável pela entrada dos vasos na parede do útero. Formada por tecido conjuntivo vascularizado.
2- Miométrio, camada do meio, mais espessa, possui células musculares lisas (fibras elásticas e fibras reticulares – que formam uma rede, conferindo capacidade de organização). Essa camada tambémtem atividade secretora.
3- Endométrio, camada interna, possui tecido epitelial de revestimento, tecido epitelial glandular(rico em glândulas secretoras) e tecido conjuntivo(abaixo do tecido epitelial). Pode ser dividido em duas camadas, a basal, adjacente ao miométrio, constituída pelo tecido conjuntivo e pela porção inicial das glândulas; e a camada funcional, formada pelo restante do tecido conjuntivo, pela porção final das glândulas e pelo epitélio superficial. A camada funcional é a que sofre mudanças durante o ciclo menstrual pela ação dos hormônios, a basal permanece inalterada. Há vasos sanguíneos que irrigam o endométrio, as artérias retas(irrigam a camada basal) e as artérias espirais(irrigam a camada funcional), ambas partem das artérias arqueadas, que estão presentes no miométrio.
CONTROLE HORMONAL
É dividio em dois ciclos: 
1- Controle do ovário – pela ação da hipófise(LH e FSH)
A hipófise só libera FSH se as concentrações de estrógeno e progesterona estiverem baixas. O FSH passa então a desenvolver os folículos, que passam a liberar estrógeno. Quando a concentração de estrógeno no sangue está muito alta, há o bloqueio da liberação de FSH, e se inicia então a liberação de LH, que é responsável pelo rompimento do folículo e liberação de progesterona pelo corpo lúteo.
2- Controle do útero
A secreção de estrógeno e progesterona tem função sinalizadora para o útero. 
Fase proliferativa – O estrogênio ao chegar nesse órgão, desencadeia o espessamento da camada basal do endométrio, por meio de proliferação de suas células.
Fase secretora – Inicia após a ovulação, com a formação do corpo lúteo e liberação de progesterona. Esse hormônio estimula as células do tecido epitelial glandular, e essas passam a acumular glicogênio, que será a fonte de nutrição do embrião. A progesterona também aumenta a vascularização do endométrio, e é responsável por inibir as contrações das células musculares do miométrio, para não interferirem na implantação do embrião.
Fase menstrual – O corpo lúteo deixa de funcionar de 10 a 12 dias após a ovulação. Dessa maneira, se tiver ocorrido fecundação, o próprio embrião será responsável pela manutenção dos hormônios. Caso não ocorra fecundação, o corpo lúteo se degenera, e assim cessa a liberação de estrógeno e progesterona. Iniciam se as contrações, ocasionando no rompimento das artérias no endométrio, que perde a sua camada funcional, que fará parte do fluido menstrual. Ao final da fase, o endométrio é reduzido à camada basal, pronto para iniciar um novo ciclo.
 
FERTILIZAÇÃO
PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DO ESPERMA NO UTÉRO
Quando os espermatozoides adentram no útero, as enzimas secretadas pelas glândulas do endométrio atuam na membrana do esperma, clivando as glicoproteínas da capa glicoproteica da cabeça do gameta. Dessa maneira, há a abertura de canais de íons, que faz com que o esperma sofra uma hiperativação de seu batimento flagelar e passe a se deslocar em um movimento retilíneo. Já capacitado, o esperma chega na tuba, onde é atraído ao ovócito por uma ação quimiotática do liquido antral.
FECUNDAÇÃO
Após ocorrer a capacitação, os espermatozoides estão programados a liberar as enzimas do acrossomo em um determinado período de tempo. Sendo assim, ao alcançarem a corona radiata, alguns espermas fazem a reação acrossômica, secretando hialuronidase, o que facilita a passagem dos outros. O esperma que chegar a tempo de sofrer a reação acrossômica quando já estiver na zona pelúcida, desencadeará a abertura das ligações das proteínas da zona em determinados pontos, expondo receptores para a ligação do esperma.
· A reação acrossômica é caracterizada pelo rompimento da membrana plasmática do esperma e da membrana externa do acrossomo, em pontos iguais. Assim, os fragmentos de ambas as membranas se fundem para proteger sua integridade, formando poros por onde as enzimas do acrossomo passam. Os receptores do espermatozoides são expostos após a reação.
Após expor os receptores da zona pelúcida, ocorre o contato entre os receptores da cabeça do espermatozoide, ocorrendo um processo de reconhecimento espécie-especifica, para saber se aquele esperma esta apto a fecundar o ovócito. 
O metabolismo do ovócito então é ativado, e o mesmo termina a meiose II, e, além disso, o mesmo desencadeia o processo de bloqueio à poliespermia, que ocorre por meio de dois mecanismos:
· No primeiro, ocorre a despolarização de membrana do ovócito por meio da abertura de canais iônicos, ocorrendo então a entrada de Ca+2 no meio citoplasmático, tornando o meio positivo (normalmente o meio intracelular do ovócito é negativo e o extracelular positivo). Dessa maneira, devido a diminuição da concentração de Ca+2 no meio extracelular, os espermatozoides não conseguem se ligar aos receptores de membrana do ovócito. Porém, a duração dessa etapa é pequena, pelo fato de o ovócito logo iniciar a repolarização, o que desencadeia o segundo mecanismo.
· No segundo mecanismo, devido à elevação de cálcio no meio intracelular, o ovócito exocita grânulos corticais, que são vesículas de secreção presentes em sua membrana, que liberados, secretam GAGS e proteoglicanos, enzimas que ligam com fibras colágenas presentes no meio, criando uma rede entre a membrana do ovócito e da zona pelúcida, que passa a atrair agua e crescer, e assim, afastando e dificultando a passagem dos espermatozoides. Outra substância liberada pelos grânulos corticais age nos receptores da zona pelúcida, bloqueando os mesmos e assim tornando a zona impermeável – fase chamada de reação da zona.
O esperma então penetra o ovócito, entrando o núcleo, os microtúbulos e as mitocôndrias. O núcleo passa a formar um pro núcleo, caracterizado pela descondensação dos cromossomos espermáticos. O núcleo do ovócito também forma um pro núcleo, na qual os cromossomos são organizados. Os dois pro núcleos se fundem devido ação dos microtúbulos, e logo iniciam as divisões mitóticas. (divisões holoblásticas – divisões mitóticas totais)
SEGMENTAÇÃO
As células resultantes da primeira divisão são os blastômeros, que possuem o mesmo tamanho, sendo que não há sincronicidade na divisão, e as mesmas ocorrem de maneira rotacional – alterando os planos de rotação.
A zona pelúcida persiste na fase inicial para manter os blastômeros unidos, até que chega a um determinado número de blastômeros, ocorrendo então o surgimento das primeiras especializações de membrana, os desmossomos e os GAP, que aumentam a adesão e permitem a comunicação entre as células, respectivamente, caracterizando o estágio de MORULA. A zona pelúcida passa a ter então a função de impedir que o zigoto fixe na tuba uterina.
Ao chegar no útero, as células passam a atrair fluido do útero, que passa a afastar as células, separando as mesmas em duas populações diferentes: o trofoblasto, massa extraembrionária, e o embrioblasto, massa embrionária. Nessa fase o zigoto recebe o nome de BLASTOCISTO. 
ANÁLISE SEMINAL
Coleta do sêmen: 
· masturbação após 48 a 72 horas sem ejaculação
· o sêmen é coletado em recipiente de vidro ou plástico
As características observadas são:
· Liquefação: tempo para ocorrer a liquefação após a ejaculação e o tempo para retornar ao normal
· Aspecto: caráter opaco e coloração desde cinza, branco ao amarelo claro. (intença turvação pode estar relacionada à presença de leucócitos, indicando infecção ou inflamação do trato reprodutor)
· Volume: deve variar de 2 a 5 ml
· Viscosidade: levemente viscoso e derrama-se de gota em gota
EXAMES MICROSCÓPIOS
Concentração de espermatozoides:
· Contagem manual ex: hemocitômetro
· Concentração aprox. 20 a 250 milhões de esperma por militro – a oligoespermia é a contagem menor que 20 mi/ml e podem ser causadas por distúrbios cromossômicos, drogas, deficiência de gonadrofina, obstrução de dutos, problemas no túbulo seminífero, síndrome nas células de sertoli entre outros
Obs.: Azoospermia é a total ausência de espermatozoides
Teste de motilidade:
· Avaliada em até 1 hora após coleta
· Pode ser afetada pela variação de temperatura e presençade anticorpos
Teste de aglutinação:
· Espermas agrupados cabeça com cabeça ou cauda com cauda – indicador de presença de anticorpos
Teste de viabilidade:
· Quando o esperma morre sua membrana se torna permeável, sendo possível a entrada de um corante que possibilite identificação dos espermas inviáveis.
Teste de penetração:
· Incapazes de penetrar o muco cervical
Teste de morfologia espermática:
· Normal: 
· Cabeça oval achatada e cauda alongada – que deve ser composta por pescoço, porção média, porção principal e porção 
· Anormal:
· Cabeças comprimidas, duplas, aumentadas ou cabeças alfinetes
· Bi nuclear, anomalisas nucleares ou vacuolização
· Cauda espiralada, pescoço alongado, caudas múltiplas ou variações no comprimento
Teste de células presentes no sêmen
· Não devem ser encontrados: leucócitos, neutrófilos e células epiteliais em grandes números; hemácias; bactérias.
ANALISE QUÍMICA
PH
· Normal de 7,2 a 7,8
Fosfatase ácida
· Função secretória da próstata
Frutose 
· Liberada pelas vesículas seminais e tem a função de nutrição do esperma – quantidades mínimas podem ser anomalias nos vasos deferentes ou obstruções do ducto ejaculatório
Hormônios
· Alteração nos hormônios LH, FSH ou testosterona, podendo causar azoospermia.
IMUNOLOGIA
· Quando há contato do sangue com os espermatozoides(ruptura da barreira hematotesticular) ocorrendo resposta imunológica por meio de anticorpos autoimunes
MICROBIOLOGIA
· Infecções urogenitais causadas por diversos microrganismos
INFERTILIDADE
Não obtenção de uma gravidez após um ano de tentativas sem uso de métodos contraceptivos.
	As causas podem ser: 
· Varicocele: dilatações das veias do plexo pampiniforme, alterando temperatura, oxigenação e nutrição. Podem ocorrer em três graus de desenvolvimento caracterizados pela facilidade de palpação.
· Infecção: por infecções secundarias ou DST´s, como uretrite, prostatites.
· Obstrução: pode ocorrer no por meio de atrofria do ducto deferente, obstrução dos ductos ejaculatórios, vasectomia ou no epidídimo devido processos inflamatórios e infecciosos.
· Criptoquidia: ausência do testículo na bolsa escrotal
· Hormonal: alterações da liberação de LH e FSH, além da produção de testosterona
· Imunológico: produção de anticorpos autoimunes
· Genéticos: ateraçoes cromossômicas numéricas ou mutações
Diagnóstico: 
· Anamnese: 
· Quantos anos tenta a gravidez
· Gravidezes anteriores
· Antecedentes pessoais como criptoquidia, traumas testiculares, infecções urinarias, DST´s.
· Antecedentes sexuais como número de relações semanais, uso de lubrificantes
· Antecedentes familiares 
· Exame físico: 
· Caracteres sexuais secundários – massa muscular, pelos, voz grossa
· Existência de alterações anatômicas
· Exame laboratorial
· Espermograma
· Exames radiológicos
· Ultrassom de bolsa escrotal – lesões testiculares
· Deferentografia – caso de suspeira de obstrução de ductos
· Biopsia testicular
· Casos de azoospermia
Tratamento 
· Clínico – pode ser feito de forma específica (medicamentos, dosagem de hormônios e inespecífica (aconselhamento acerca de período fértil, uso de lubrificantes, uso de certos medicamentos)
· Cirúrgico – corrigir alterações anatômicas 
· Reprodução assistida – inseminação intrauterina ou fertilização invitro
CAUSADORES DE INFERTILIDADE
· Álcool – redução do número de células de leyding, diminuindo produção de testosterona
· Tabaco – aumento da secreção dos hormônios gonadotróficos, reduzindo produção de testosterona
· Maconha 
· Reduções dos níveis de LH – altera função de leyding e produção de testosterona
· Se ligam a receptores do ducto deferente e esperma, inibindo capacitação e reação acrossômica 
· Apoptose de sertoli
· Cocaína – diminuição do libido, disfunção erétil e hipotestosteropermia
· Esteroides anabólicos androgênicos – ingestão de testosterona sintética inibe produção de testosterona nos testículos.
GEMELARIDADE
Pode ser:
· Dizigótica
· Liberação de dois ovócitos
· Cargas genéticas diferentes
· Caso os blastocistos implantem muito próximos, pode ocorrer fusão placentária e da parede do saco amniótico, sendo que nesse último os líquidos não se misturem.
· Monozigóticos
· Apenas um ovócito
· Pode ser por dois mecanismos:
· Os primeitos blastômeros são totipotentes, cada um originando um embrião. Podem se implantar juntos ou separados no útero.
· O embrioblasto se divide, possuindo apenas uma placenta e saco amniótico
Obs: gêmeos ciamezes ocorrem quando o embrioblasto se divide tardiamente, assim suas celulas perdem a totipotência e muitos orgãos não são separados.
IMPLANTAÇÃO
· Ocorre na segunda semana de desenvolvimento
· Se inicia com o blastocisto caindo na cavidade uterina, ficando na porção superior do útero
· As glicoproteínas da zona pelúcida entram em processo de degradação, começando a surgir aberturas
· O blastocisto começa então a contrair e retrair, pela ação do citoesqueleto, e escapa por uma das aberturas - hatching
· Assim que o blastocisto encosta no endométrio ocorre modificação do endométrio devido reconhecimento de receptores, que passa a retirar reservas nutritivas dos vasos sanguíneos e acumular nos fibroblastos – reação de decidualização
· O blastocisto também sofre modificação:
· O trofoblasto se modifica em:
· Citotrofoblasto: 
· As células trofoblásticas pavimentosas ficam em formato cúbico - indicando que ocorreu ativação celular – formando uma camada de células proliferadora
· Sinciciotrofoblasto:
· Surge a partir do citotrofoblasto, pela fusão de suas células periféricas, formando uma massa multinucleada de células, com a função de secreção
· O sinciciotrofoblasto secreta duas substâncias:
· Enzimas proteolíticas, que começam a destruir o endométrio para que o blastocisto possa se alojar completamente dentro do endométrio
· HCG(gonadotrofina coriônica humana), que se difunde pelos vasos sanguíneos. A função do HCG é manter o corpo luteo, mantendo a produção de progesterona
· O fluído liberado na destruição dos vasos sanguíneos do endométrio pelo sinciciotrofoblasto atravessam o citotrofoblasto, acumulando entre as células do embrioblasto e do citotrofoblasto, formando uma cavidade que será a cavidade amniótica
· O crescimento da cavidade amniótica induz a diferenciação do embrioblasto, alinhando as células em duas camadas:
· O epiblasto, voltado para a cavidade amniótica
· O hipoblasto, voltado para a blastocele
· Essas duas camadas formam o disco embrionário
· As células que se encontram na periferia do epiblasto se proliferam e migram para a cavidade amniótica, revestindo o teto dessa cavidade e se diferenciando, formando o amniôn. Essas células do epitélio amniótico, os amnionblastos, possuem capacidade secretora, secretando líquido amniótico
· As células periféricas do hipoblasto se proliferam e revestem a blastocele, que passa a ser o saco vitelínico, que possuem proteínas, íons, água e outras substâncias utilizadas como reservas nutritivas
· As células do hipoblasto continuam se proliferando e começam a se depositar entre o citotrofoblasto e a cavidade amniótica, saco vitelínico e disco embrionário. Essas celulas afastam o citotrofoblasto das estruturas ja formadas.
· Essas células formam uma massa tecidual, o mesoderma extraembrionário
· O mesoderma extraembrionário começa a cavitar, e essas cavidades se emendam formando uma única cavidade, o celoma extraembrionário ou cavidade coriônica, que separará o mesoderma em duas camadas: 
· Lâmina interna do mesoderma extraembrionário 
· Lâmina externa do mesoderma extraembrionário, que fica aderida ao citotrofoblasto e, juntamente com o sinciciotrofoblasto, formam o côrion, que depois formará a placenta e a bolsa amniocoriônica
· O celoma começa a comprimir o saco vitelínico, que começa a perder pedaços(cistos exocelomicos, são absorvidos) e a diminuir, formando o saco vitelínico secundário. A maior parte do saco vitelínico irá degenerar, e o resto depois participará da formação do cordão umbilical
· Os vasos sanguíneos do endométrio que foram estourados não contraem e assim não fecham.Assim os vasos continuam liberando sangue e secreções no sinciciotrofoblasto, que se acumulam em poças, onde uma circulação é criada devido a ação de artérias(liberam o sangue e secreções) e veias(drenam), permitindo a liberação e difusão dos nutrientes para as estruturas em formação.
· Quando o celoma é formado, na região interna mais profunda da placenta não há a formação de celoma, mantendo assim uma camada e mesoderma que comunica o citotrofoblasto com a cavidade amniótica, chamado de pedículo mesodérmico, que terá a função de passagem de nutrientes e gases para o disco embrionário
GASTRULAÇÃO
· Terceira semana de desenvolvimento – ocorrem modificações intraembrionárias e extraembrionárias
· Gastrulação é o desenvolvimento do disco embrionário
· Ocorre proliferação, migração e diferenciação celular do disco embrionário para formação dos folhetos embrionários
· Inicia-se com modificações na superfície do epiblasto, na qual as celulas das bordas continuam se proliferando e começam a migrar para porção caudal do epiblasto, que estará voltada para o pedículo mesodérmico
· Essas células se reorganizam formando duas estruturas:
· A linha primitiva, que é um elevado de células que se inicia na porção caudal do epiblasto, que começa a se alongar em direção a porção cefálica. 
· O nódulo primitivo, na qual as células da linha primitiva que estão próximas a porção cefálica, na ponta, formam uma estrutura arredondada
· Essas estruturas são orientadoras de migração
· As células epiblasticas continuam se proliferando e indo para a linha primitiva, subindo na estrutura e mergulhando dentro da linha, formando uma cavitação/invaginação, formando o sulco primitivo. Essas celulas atravessam o epiblasto e chegam ao hipoblasto, onde começam a afastar o hipoblasto e a ocupar o seu local, sendo o teto do saco vitelinico formado agora por células epiblasticas, que se diferenciam e formam o endoderma intraembrionário
· As células epiblásticas começam a escalar também o nódulo, cavitando a estrutura, formando assim a fosseta primitiva. Essas células juntos com as que continuam atravessando o sulco primitivo, chegam então no endoderma e se depositam em cima do endoderma, entre essa camada e o epiblasto, formando então o mesoderma intraembrionário
· O ectoderma intraembrionário se forma pela diferenciação do epiblasto. 
· Assim a cavidade amniótica possui epitélio amniótico e ectoderme, o saco vitelínico possui hipoblasto e endoderme e, entre os dois folhetos, se encontra a mesoderme
· Após a formação dos três folhetos, a linha primitiva e o nódulo primitivo desaparecem, evidenciando duas áreas: membrama orofaringe e membrana cloacal, que são regiões onde não há separação de ectoderma e endoderma pelo mesoderma. Essas áreas serão responsáveis pelo dobramento ventral dos folhetos embrionários, formando um tubo, revestido internamente pela endoderme e externamente pela ectoderme. Esse tubo é o intestino primitivo, que formará o sistema digestório e respiratório. O intestino primitivo não possui nenhuma diferenciação, sendo então preciso vedar a entrada do tubo, por meio das membranas orofaringe e cloacal, para poder iniciar a diferenciação dos tecidos e celulas intestinais. Quando as estruturas estiverem formadas, ocorrerá o rompimento das membranas e assim a comunicação com o meio(líquido amniótico), ativando a atividade dessas estruturas.
· A notocorda surge junto com os folhetos embrionários
· A notocorda se forma a partir da migração de células epiblásticas, que sobem no nódulo primitivo e migram pela fosseta, e se agrupam abaixo do epiblasto, no meio da massa de mesoderme, como um bastão, que cresce até chegar na membrana orofaringe. Quando chega nessa membrana, ela começa a se alongar até a membrana cloacal. Ocorre então a cavitação da notocorda, formando o sulco neural, que se inicia pela fosseta primitiva. Ocorre então fusão e desaparecimento/morte das células do assoalho da notocorda com as células adjacentes da endoderme, permitindo então a comunicação da cavidade amniótica(ectoderma) com o saco vitelínico(endoderma), formando o canal neuroentérico – resquício filogenético. Esse canal neuroentérico desaparece por meio de um processo de fusão da endoderme, restabelecendo a notocorda ao formato de tubo.
· Funções da notocorda:
· Primeiro eixo de rotação, na qual irá orientar o processo de dobramento
· Permite a “separação” do lado direito do esquerdo
· Células da notocorda são indutoras químicas, que começaram por meio do envio de sinais químicos, provocar alterações nas células que possuem receptores para esses sinais: 
· as células da ectoderme, que ficam na região acima da notocorda, induzindo a formação de uma placa elevada de células com o formato cilíndrico, formando o neuroectoderma
· Células da mesoderme que estão laterais à notocorda, se modificam se separando em três lâminas: dorsais(mais próximo a notocorda), lâminas intermediárias e lâminas laterais, que interagem com ectoderma e endoderma.
· A formação do celoma intraembrionário se da pela lâmina lateral, separando-a a em duas: 
· Lâmina somática ou somatopleura, que junto com o ectoderma formarão a parede do corpo do embrião
· Lâmina esplântica ou esplanctopeura, que junto com a endoderme formarão a parede do intestino do embrião
NEURULAÇÃO
· São as modificações que ocorrem no neuroectoderma
· O neuroectoderma sofrerá ação da notocorda para se modificar de duas maneiras, que ocorrerão simultaneamente:
· Como o neuroectoderma está associado à ectoderme, sendo que esse último formará o revestimento externo do corpo, é preciso que ele se dissocie dessa estrutura, sendo internalizado. Esse processo ocorre pela invaginação da parte média do neuroectoderma, dividindo essa em três estruturas:
· Sulco neural, caracterizado pela parte média, por onde a invaginação irá se iniciar
· Pregas neurais, que são ligadas ao sulco neural
· Cristas neurais, que conectam o ectoderme às pregas neurais
· À medida que o sulco continua invaginando, as cristas neurais se aproximam juntamente com o ectoderma de revestimento. As pregas neurais se encostam e se fundem, se desprendendo da crista neural e formando o tubo neural. As cristas neurais também se fundem e se desprendem da ectorderma, que volta a ser uma camada contínua de revestimento. Após a fusão do ectoderme, as cristas neurais se separam em duas massas de neuroectoderma laterais ao tudo neural.
· A formação do tubo neural ocorre de maneira sequencial, iniciando a parte cefálica para a parte caudal. Nâo há estruturas que fechem as extremidades do tubo, sendo as aberturas chamadas de neuroporo cranial(parte cefálica) e neuroporo caudal(parte caudal)
· A permanência das aberturas se da pelo fato de a entrada e circulação de líquido criar uma pressão interna, que proporcionará um desenvolvimento maior na região cefálica do que na caudal
· Inicia-se então o processo de proliferação e diferenciação das estruturas neurais, que ocorrerão de maneira diferente no tubo neural e nas cristas neurais
· As células do tubo neural, que formarão o sistema nervoso central, se diferenciam em duas populações de células tronco:
· Células progenitoras neuronais, que formarão os neurônios, e inicialmente se encontram em maior quantidade, porém no processo de formação dos neurônios ocorrerá grande perda celular
· Células progenitoras gliais, que formarão as células da glia, que são responsáveis de desempenhar as funções que permitam a existência dos neurônios. Das 4 células da glia existentes apenas 3 provém dessa população de células, os astrócitos, oligodendrócitos e as células ependimárias. A quarta célula da glia, os microgliócitos, surgem pela associação da mesoderme ao tecido nervoso para promover a vascularização do mesmo, na qual uma linhagem de células conjuntivas, as células macrofágicas, saem da massa conjuntiva e entram na massa nervosa, que por estímulos se modifica em microgliócitos
· As células das cristas neurais, que formarão o sistema nervoso periférico e outros sistemas, se comportarão de duas maneiras:
· As célulasda região dorsal permanecerão no mesmo local, formando os glânglios
· As células da região ventral são células migratórias, irão para várias estruturas, onde formarão células nervosas, como os glânglios do intestino, e também células não nervosas, como os melanócitos, que se encontram na pele e possuem a função de produção de melanina, células de schwann, que envolvem o axônio formando fibra e bainha de mielina no sistema nervoso periférico, odontoblastos, que formarão dos dentes, entre outros
· O tubo neural sofre modificações para formar as estruturas do sistema nervoso central por meio da dilatação da região cefálica e a medula espinhal. Essas diferenciações ocorrem por vários fatores:
· Proliferação celular, que ocorre de maneira mais intensa na região cefálica
· Pressão interna do líquido, que é forçado para a região cefálica pela pressão das células na região da medula, aumentando a cavidade e permitindo assim o crescimento celular
· Ocorre a subdivisão da região encefálica em três regiões devido ao dobramento ventral que ocorre na quarta semana, que provoca encurvação cefálica e consequentemente fissuras. São elas as vesículas encefálicas:
· O prosencéfalo(mais anterior), que é a vesícula que mais cresce, e se subdivide em duas áreas, o telencéfalo e diencéfalo, sendo que a primeira cresce mais e encobre o telencéfalo
· O mesencéfalo(mediana), que não sofre diferenciação
· O rombencéfalo(mais posterior), cresce menos que o prosencéfalo e se subdivide em duas vesículas, metencéfalo e mielencéfalo, sendo que o metencéfalo se desenvolve mais e forma o cerebelo e a outra forma a parte inicial do tubo(medula)
· As alterações da notocorda nas lâminas mesodérmicas formam as lâminas dorsais, intermediárias e laterais
· As lâminas dorsais são inteiriças por toda a sua extensão, e assim ela começa a se fragmentar, da região cefálica para a caudal, em blocos pequenos, chamados de somitos e somitômeros(são os 5 primeiros pares da região cefáflica)
· Os somitos e somitômeros irão interagir com a notocorda e com o tubo neural. 
· Cada somito possui duas regiões, com caracteristicas conjuntivas, as regiões dorsolateral, chamada de dermomiótomo, e a região ventromedial, chamada esclerótomo
· As células do esclerótomo iniciam a proliferação e diferenciação primeiro, e migram para o tubo neural e para a notocorda, envolvendo externamente ambas as estruturas. Na notocorda, essas células do esclerótomo levam à apoptose dessa estrutura, sendo o espaço dela ocupado por elas. As células do esclerótomo ao redor do tubo neural se proliferam e formam um revestimento ao redor dessa estrutura e se modificam em células cartilaginosas, que posteriormente serão destuídas e substituídas por células ósseas. Dessa maneira o tubo neural é revestido por uma capa óssea que tem uma base óssea compacta, formando a coluna vertebral. Algumas massas de células do esclerótomo se proliferam e crescem em direção a posição ventral, formando arcos, que também se ossidificam formando as costelas.
· As células do dermatomiótomo são formadas por duas populações de células diferentes associadas, os dermátomos e os miótomos, que migram para coluna e costela, se associando a essas estruturas. Os miótomos, que formarão os músculos, ficam mais internos e os dermátomos, que formarão a derme(conjuntivo), superiores.
· Os somitômeros não possuem características conjuntivas e sim epiteliais, e suas células se associarão com o encéfalo, recobrindo-o com uma membrana conjuntiva de característa epitelial, ou seja, não ocorrerá calcificação, permitindo assim o crescimento do encéfalo até que o mesmo esteja desenvolvido e ocorra a ossificação
· As lâminas intermediárias formarão os rins e gônadas
· As lâminas laterais, que se dividem nas lâminas somáticas e esplânctas, formam tecidos de natureza conjuntiva e muscular
· A Lâmina somática ou somatopleura está associada com o ectoderma, sendo que esse forma o epitélio de revestimento da pele, sendo então a lâmina resposável pela formação dos tecidos conjuntivos e musculares associados com o revestimento da parede corporal
· A Lâmina esplântica ou esplanctopeura se associa com a endoderme, que formará o intestino primitivo, sendo a lâmina então responsável pela formação do tecido conjuntivo e muscular da parede do intestino e do sistema respiratório do embrião
FORMAÇÃO DA PLACENTA
	Um orgão extrafetal transitório
· Se formará pela associação de uma porção materna(endométrio) com uma porção fetal(córion)
· A decidua é dividida em três regiões diferentes:
· Decidua basal – parte abaixo do concepto e constituirá a parte materna da placenta
· Decidua capsular – parte que envolve o concepto
· Decidua parietal – partes restantes
· A estrutura fetal da placenta se origina a partir do córion, que sofre as seguintes modificações
· O citotrofoblasto começa a ploriferar de maneira irregular em direção ao sinciciotrofoblasto, começando a surgir assim amontoados de células, as vilosidades coriônicas, que recobrem todo o embrião
· O mesoderma extraembrionário também começa a ploriferar e vão para dentro das vilosidades, sendo assim toda vilosidade coriônica tem em seu interior um eixo de mesoderma extraembrionário. Nesse momento a vilosidade é caracterizada como secundária
· As primeiras células sanguíneas do embrião surgem a partir do hipoblasto, no saco vitelínico. Essa vascularização atinge o mesoderma extraembrionário por meio do pedículo mesodérmico. Os vasos continuam se proliferando e atingem o eixo central das vilosidades. Nesse momento a vilosidade é caracterizada como terciária
· Quando se inicia o dobramento o córion se encontra cheio de visolidades(córion viloso ou frondoso). Com o dobramento ocorre a expansão da cavidade amniótica, que passa a cobrir todo o embrião, e consequentemente o saco vitelinico é comprimido.
· Com o crescimento do embrião ocorre o aumento da cavidade amniótica, pela produção de líquido amniótico pelo embrião e pelos amnioblastos
· Com o crescimento da cavidade amniótica em direção a cavidade coriônica, ocorre compressão do córion em um local, ocorrendo a supressão da vascularização das vilosidades e consequentemente morte das mesmas
· As vilosidades do local oposto ao crescimento da cavidade amniótica persistem e crescem em direção às lacunas do sinciciotrofoblasto, ficando mergulhadas no sangue materno e secreções, estabelecendo assim uma área de interação das estruturas fetais com as maternas
· Essa associação forma a placenta, que, na parte fetal possui os senguintes componentes:
· Placa coriônica, formada por mesoderma extraembrionário, citotrofoblasto, e é onde se encontra a base dos vasos sangíneos que irá formar as vilosidades
· As vilosidades, que possuem três componentes:
· Por fora, uma capa de sinciciotrofoblasto e citotrofoblalsto, devido ao fato de que quando a vilosidade cresce para dentro do sincicio ela levar partes do mesmo
· Eixo central preenchido de mesoderma extraembrionário
· Mergulhado no mesoderma, os capilares fetais
· As vilosidades se encontram então dentro das lacunas do sinciciotrofoblasto, que se expandem e fundem, formando uma grande cavidade que comporta todas as vilosidades, chamado de espaço interviloso
· Quando é observada a parte voltada para décidua da placenta é possível ver uma segmentação, vários gomos que recebem o nome de cotilédones placentários, que são resquícios das antigas aréas de lacunas
· Há então uma membrana que separa os capilares fetais da circulação materna. Essa membrana não possui especializaçôes celulares que barrem a passagem de substâncias, passando assim gases, nutrientes e anticorpos
· Próximo ao parto, a placenta altera a sua secreção hormonal para que permita a saída do feto, como a diminuição de alguns hormônios para que a hipófise da mãe libere ocitocina. Essa alteração fragiliza o revestimento das vilosidades, o que favorece o seu rompimento durante o parto, ocorrendo assim comunicação do sangue materno e fetal
· Dentro da placenta, no espaço interviloso, ocorre uma circulação, para que o sangue seja renovado eas excretas do metabolismo sejam retiradas. Essa circulação se dá pela pressão dos vasos sanguíneos que chegam no espaço interviloso, fazendo o sangue circular pelo espaço e ser drenado pelas veias. 
· Esses vasos que abastecem o espaço interviloso sofrem alterações promovidas pelo embrião para que eles continuem abertos e assim não sofram constrição. Esse mecanismo é possível devido a um grupo de células proliferativas que saem do citotrofoblasto e migram em direção a essa área de decidua basal, se associando às paredes dos vasos erodidos, que se modificam em endotélio, que tem a função de controle de fatores de constrição. Isso ocorre simultaneamente à invasão do sinciciotrofoblasto no início da gestação. Além disso, pela ação da progesterona, a vascularização já se encontra aumentada
· As funções da placenta são agregadas em três grandes funções:
· Função metabólica, já que a decidua tem a função de armazenamento de glicogênio, sendo função da placenta a metabolização dessa reserva em substâncias que possam ser utilizadas pelo embrião
· Função de transporte de nutrientes, gases e excretas de metabólitos
· Primeira imunização fetal, pela passagem de anticorpos maternos pela membrana placentária
· Além dessas, também tem a função de secreção endócrina, que comanda o funcionamento e desenvolvimento fetal
· No parto, devido ação de hormônios, ocorre separação da parte fetal da placenta da parte materna(decidua), a placenta então se descola e sai do utero, que entra em processo de involução
MEMBRANAS EXTRAFETAIS
MEMBRANA AMNIOCORIÔNICA
· Bolsa que envolve o embrião
· Formada pela associação de amnion, córion e decídua(parte que se prende a parede do útero). Na região do colo do útero é formada apenas por amnion e córion.
· No dobramento, quando ocorre a expansão da cavidade amniótica, o saco vitelínico, que é comprimido, vai de encontro ao pedículo mesodérmico. 
· Na formação da endoderme, as células do hipoblasto que são afastadas para a formação do folheto, vão para dentro do pedículo mesodérmico, que passa a ser chamado de alantoide
· Com o dobramento, o alantóide se associa ao saco vitelínico, que passam a ser envoltas pela cavidade amniótica 
· Devido ao crescimento da cavidade amniótica, essa passa a ocupar toda a cavidade coriônica, que ira comprimir uma área de microvilosidades formando o córion liso. Ocorre então uma fusão do epitélio amniótico com o córion liso, formando a bolsa amniocoriônica
· O córion liso é revestido pela decídula capsular. Com o crescimento do feto, essa estrutura irá crescer na cavidade uterina e ira se fundir com a decídua parietal, sendo então a bolsa amniocoriônica revestida por uma camada de decídua
· Como não tem decidua parietal na região do colo do utero, a decídua capsular, quando encosta nessa região se degenera, sendo então a membrana amniocoriônica a única estrutura que separa o feto da abertura do colo do útero, facilitando assim o rompimento na área do parto
· A cavidade amninótica é primeiramente preenchida por líquido proveniente do utero. Depois pela produção dos amnioblastos e, próximo ao parto, pela excreção de mecônio, que é tóxico ao feto e por isso e mesmo não pode ficar no útero por muito tempo
· As funções do líquido amniótico são:
· Proteção contra choques mecânicos
· Ajuda na termoregulação
· Permite a movimentação e assim o fortalecimento do sistema muscular e esquelético
· Por meio da movimetação dentro do útero, impede que uma das extremidades do corpo fiquem aderidas a determinado local e assim não cresça livremente devido a compressão mecânica
· Impede aderência
· Estímula o desenvolvimento do sistema digestório e urinário
ALANTÓIDE
· É formado a partir do pedículo mesodérmico
· As celulas do hipoblasto do teto do saco vitelínico que são afastadas para a formação da endoderme migram para a região do pedículo
· A vascularização que se inicia no saco vitelínico também passa a irrigar alantoide, que passa então a ser composto por mesoderme por fora, eixo central de hipoblasto e vascularização fetal
· Quando ocorrer o dobramento, essa estrutura vai ser movida para baixo
CORDÃO UMBILICAL
· Duas estruturas participam da formação do cordão, o alantoide e o saco vitelínico
· O saco vitelínico nesse momento se encontra revestido externamente por uma camada de mesoderme, preenchido internamente por hipoblasto e repleto de vasos sanguíneos fetais. Quando ocorre o dobramento, essa estrutura é comprimida e passa a se chamar vesícula ou pedículo vitelínico
· No processo de dobramento, essa vesícula vitelínica é fundida ao alantóide, formando o cordão umbilical
· O mesoderme que fica por fora dessa estrutura vai ter a função de epitélio de revestimento
· O mesoderme que se encontra no eixo central virará tecido conjuntivo que terá predominância de proteoglicanas e GAG´s, sendo então caracterisado como tecido conjuntivo mucoide, que assim permite a passagem de gases e nutrientes
· O hipoblasto que é comum as duas estruturas iniciais se degeneram
· Os vasos sanguíneos da saco vitelínico se degeneram e os do alantóide se desenvolvem e formam inicialmente 4 vasos, sendo duas artérias e duas veias
· Desses quatro vasos, um se degenera, sobrando então duas artérias e uma veia, sendo que essa é muito maior e se enrolará nas artérias, formando então a estrutura final do cordão
· A circulação fetal é trocada, na qual as artérias retiram o sangue do feto e levam para a placenta e a veia pega da placenta e leva para o feto

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