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Seminario II Casa - Modulo I- TSJ - 2020 - Mariana Araújo

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Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou 
reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
Seminário II 
 
 
MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA 
 
SEMINÁRIO II - ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
Aluna: Mariana Carla de Araújo Silva 
IBET Maceió 
1. Efetue, de forma fundamentada, proposta de classi-
ficação jurídica dos tributos, evidenciando os critérios 
classificatórios adotados. A destinação do produto da 
arrecadação tributária é relevante para a classificação 
jurídica dos tributos e consequente definição das es-
pécies tributárias? Considerar, na análise da pergunta, 
o art. 167, inciso IV, da CF/88, e o art. 4º do CTN. (Vide 
anexo I). A legislação tributária pode proibir a com-
pensação de tributos entre diferentes espécies sob a 
justificativa de que a destinação das receitas são dife-
rentes? (Vide REsp 1.449.713) 
A Constituição Federal prevê três espécies tributárias em 
seu artigo 145, quais sejam: impostos, taxas e contribuição 
de melhoria. Contudo, o STF adota a teoria da pentaparti-
ção, que inclui a essas espécies os empréstimos compulsó-
rios e as contribuições especiais, a qual julgo ser a classifi-
cação mais sensata. 
 
 Módulo Tributo e Segurança Jurídica 
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
 
Paulo de Barros Carvalho em sua obra “Direito Tributário 
Linguagem e Método” adota a corrente tripartidária das 
espécies tributárias e opta pela classificação intranorma-
tiva, a qual reparte os tributos a partir de suas re-
gras-matrizes de incidência. E afirma: “Nestas, os elemen-
tos úteis ao agrupamento em classes são a hipótese de in-
cidência e a base de cálculo.” Portanto, os tributos divi-
dem-se em vinculados e não-vinculados, como ensina Ge-
raldo Ataliba. Nos tributos vinculados à atividade estatal 
está ligada direta ou indiretamente ao contribuinte, por 
outro lado, os tributos não-vinculados estão relacionados a 
negócios jurídicos do contribuinte, não relacionados a 
qualquer prestação estatal. Sendo assim, entende-se o im-
posto como tributo não-vinculado, quando apresentar na 
hipótese de incidência fato alheio a qualquer atuação do 
Poder Público, que será confirmada pela base de cálculo; 
taxa como tributo diretamente vinculado, quando o ante-
cedente normativo estiver relacionado a fato de atividade 
estatal diretamente dirigida ao contribuinte; e a contribui-
ção de melhoria como tributo indiretamente vinculado 
quando a atividade estatal gerar efeitos indiretos ao con-
tribuinte, qual seja, a valorização imobiliária decorrente de 
obra pública, a qual será mensurada na base de cálculo. 
Quanto aos empréstimos compulsórios, Paulo de Barros 
entende que podem se revestir de quaisquer das formas 
que correspondam às três espécies do gênero tributo, 
sendo necessário analisar o binômio: hipótese de incidên-
cia x base de cálculo. E nesse mesmo raciocínio entende 
que as contribuições sociais podem assumir feição de taxas 
ou impostos, conforme seja vinculada a atividade estatal 
ou não. 
A destinação do produto da arrecadação tributária não é 
relevante para a classificação jurídica dos tributos, é o que 
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
prevê o art. 4º do CTN. Ademais, o art. 167, inciso IV da CF 
veda a vinculação da receita de impostos. Quanto à vincu-
lação da receita das taxas, através da leitura do RE nº 
570.513 entende-se que não se aplica a proibição aplicada 
aos impostos. 
A legislação tributária não pode proibir a compensação de 
tributos entre diferentes espécies sob a justificativa de que 
a destinação das receitas é diferente. Tínhamos a exceção 
prevista no REsp 1.449.713, que definiu a vedação da 
compensação de créditos de tributos que eram adminis-
trados pela antiga Receita Federal com débitos de natureza 
previdenciária administrados até então pelo INSS. Contu-
do, após o surgimento da Lei 13.670/18 essa compensação 
passou a ser permitida, revogando o art. 26 e inserindo o 
art. 26-A na Lei 11.457/07, o qual prevê a aplicação do art. 
74 da Lei 9.430/96 a todas as contribuições sociais, inclu-
indo as previdenciárias. 
2. Que é taxa? Que se entende por o “serviço público” e 
“poder de polícia”? (Vide anexo II). Há necessidade de 
comprovação da efetiva fiscalização para cobrança da 
taxa de poder de polícia? (Vide anexos III, IV e V). 
Para Paulo de Barros a taxa é um tributo que apresenta em 
sua hipótese de incidência um fato vinculado à atividade 
estatal, que deverá ser direta e especifica para o contribu-
inte. Além disso, a base de cálculo da taxa mostra a inten-
sidade da participação do Estado. 
Celso Antônio Bandeira de Mello define o serviço público 
como atividade de oferecimento de utilidade ou comodi-
dade material destinada à satisfação da coletividade em 
geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que 
o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta 
por si mesmo ou por quem lhe faça às vezes, sob um regi-
me de Direito Público - portanto, consagrador de prerroga-
 
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tivas de supremacia e de restrições especiais - instituído 
em favor dos interesses definidos como públicos no siste-
ma normativo. Quanto ao poder de polícia define Maria 
Sylvia di Pietro como a faculdade que tem o Estado de li-
mitar, condicionar o exercício dos direitos individuais, a 
liberdade, a propriedade, por exemplo, tendo como objeti-
vo a instauração do bem-estar coletivo, do interesse pú-
blico. 
Segundo entendimento do STF, como exemplo o AgRg no 
REsp nº 721.114/SP é dispensada a comprovação da ativi-
dade fiscalizadora face à notoriedade do exercício do poder 
de polícia. 
3. Que diferencia taxa de preço público? (Vide voto do 
Min. Carlos Velloso na ADI 447). Os serviços públicos 
de energia elétrica, água e esgoto, quando prestados 
diretamente pelas pessoas jurídicas de direito público, 
são remuneráveis por taxa? E no caso de concessão 
desses serviços? (Vide anexos VI e VII). E os serviços 
que, embora prestados pelo Poder Público, são susce-
tíveis de prestação pela iniciativa privada em regime 
concorrencial? (Vide anexo VIII). 
Conforme entendimento firmado pelo STF, taxa e preço 
público são semelhantes. Contudo, podem ser diferencia-
dos quanto à compulsoriedade do pagamento. A taxa é co-
brada em razão de uma obrigação legal e o preço público é 
de pagamento facultativo por quem pretende se beneficiar 
de um serviço prestado. 
A prestação de serviço público de energia elétrica mesmo 
quando for prestada diretamente pelas pessoas jurídicas 
de direito público deve ser remunerada mediante preço 
público, pois não há compulsoriedade na sua utilização. 
Porém, há correntes que divergem deste posicionamento. 
Quanto à água e o esgoto, entende-se que deverão ser co-
 
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brados por taxa, devido à compulsoriedade de tais servi-
ços. Nesse sentido, a jurisprudênciaé pacifica, conforme 
anexo VII. 
Por fim, os serviços que, embora prestados pelo Poder Pú-
blico, são suscetíveis de prestação pela iniciativa privada 
em regime concorrencial, possuem natureza de preço pú-
blico, isso porque não são ontologicamente insuscetíveis 
de prestação pela iniciativa privada de forma concorrente, 
não se sujeitando a legalidade e anterioridade. 
4. Há necessidade do valor exigido a título de taxa re-
ferir-se ao custo do serviço prestado? Caso essa referi-
bilidade não seja verificada, é possível a restituição? 
No caso de excessiva dificuldade de mensurar o custo 
do serviço prestado, como fixar a base de cálculo da 
taxa? (considerar em sua resposta o exemplo das taxas 
judiciais – vide anexos IX, X e XI) 
Sim. O art. 77 do CTN prevê que o fato gerador da taxa po-
derá ser o exercício regular do poder de polícia ou a utili-
zação efetiva ou potencial de serviço público específico e 
divisível. Além disso, Paulo de Barros Carvalho, em seu 
livro “Curso de Direito Tributário” afirma sobre as taxas: “a 
análise de suas bases de cálculo deverá exibir, forçosa-
mente, a medida da intensidade da participação do Esta-
do.”. Portanto, entende-se que não é possível que o Estado 
obtenha lucro ou outro tipo de proveito através das taxas, 
que são instituídas como contraprestação a um serviço 
prestado, sendo possível a restituição do valor excedente. 
Em caso de excessiva dificuldade em mensurar o custo do 
serviço prestado, através da leitura da ADI 2696, do Anexo 
X, entende-se que: “3. Tanto quanto possível, o valor co-
brado a título de taxa deve equivaler ao custo do serviço 
prestado. Porém, há situações em que, por excessiva difi-
culdade de mensuração do fato gerador, o estabelecimento 
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
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exato do quantum debeatur fica prejudicado. É o caso das 
custas judiciais, em virtude da diversidade de fatores que 
poderiam influir no cálculo da prestação de serviço juris-
dicional, tais como a complexidade do processo, bem assim 
o tipo de atos nele praticados. 4. A esse respeito, a juris-
prudência da Corte firmou-se no sentido da legitimidade 
da cobrança das custas com parâmetro no valor da causa 
ou dos bens postos em litígio, desde que fixadas as alíquo-
tas mínimas e máximas para elas.”. Precedentes: ADI 
3.836/GO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Eros Grau, 
DJe de 20/08/10; ADI nº 2.655/MT, Tribunal Pleno, Rela-
tora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 26/03/04. 
5. Sobre a contribuição de melhoria pergunta-se: (i) 
Quais os requisitos e limites à cobrança da contribui-
ção de melhoria? (ii) A Lei que a institui deve ser pro-
duzida antes do início da obra ou pode ser posterior à 
sua conclusão e à valorização imobiliária? Se for apre-
sentado laudo comprovando a perspectiva de gastos, 
poderia ser exigido o tributo antes da conclusão da 
obra e da valorização imobiliária? (Vide anexos XII e 
XIII). 
O artigo 82 do CTN estabelece os requisitos mínimos a 
respeito da contribuição de melhoria. Vejamos: 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melho-
ria observará os seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a 
ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do be-
 
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nefício da valorização para toda a zona ou pa-
ra cada uma das áreas diferenciadas, nela con-
tidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) 
dias, para impugnação pelos interessados, de 
qualquer dos elementos referidos no inciso 
anterior; 
III - regulamentação do processo administra-
tivo de instrução e julgamento da impugnação 
a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo 
da sua apreciação judicial. 
(...) 
Quanto aos limites para cobrança estão definidos no De-
creto-Lei 195/1967. Vejamos o que prevê o caput do Art. 
12: 
Art 12. A Contribuição de Melhoria será paga 
pelo contribuinte da forma que a sua parcela 
anual não exceda a 3% (três por cento) do 
maior valor fiscal do seu imóvel, atualizado 
à época da cobrança. 
(...) 
A lei instituidora da contribuição de melhoria deverá ser 
produzida após a conclusão da obra para que seja possível 
verificar os benefícios trazidos para o contribuinte. Ade-
mais, não será violada a irretroatividade, pois, o fato gera-
dor do tributo ainda não ocorreu. 
O fato gerador só ocorre após a conclusão da obra, portan-
to, laudo comprobatório e perspectiva de gastos não po-
derá ensejar a cobrança do tributo. 
6. Os adicionais ao IPI, ICMS e ISS sobre supérfluos 
destinados ao Fundo de Combate a Erradicação da Po-
breza, constantes do Ato das Disposições Constitucio-
 
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reprodução, por pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia 
autorização. 
 
 
nais Transitórias (art. 79, introduzido pela EC n. 
31/00), se enquadram em qual espécie? Pode o “adi-
cional” de imposto ter destinação específica? E ser de 
natureza tributária diversa do tributo adicionado? 
(Vide anexos XV e XVI e XVII) 
Levando-se em consideração a classificação dos tributos 
sustentada por Paulo de Barros Carvalho, a classificação 
que parece mais correta para os referidos adicionais é a 
contribuição de melhoria, pois se trata de tributo indire-
tamente vinculado. Não é possível haver a destinação es-
pecífica. É possível que a natureza tributária destes seja 
diversa do tributo adicionado.

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