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VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

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VIVIANE GOMES. 
4 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
 
O presente estudo tem como principal objetivo abordar as questões 
relativas ao tema violência sexual contra crianças e adolescentes. Visando, dar 
orientações sobre o papel do professor diante das situações de violência 
sexual no qual seus alunos podem estar sofrendo, assim como, ressaltar a 
importância da prevenção, visando minimizar os casos. 
No passado, a violência sexual não era investigada, assim atualmente, 
os casos tomaram maiores relevâncias sociais, possibilitando estudos para que 
esse tema ganhe novos contornos, mostrando a sociedade que os casos de 
violência sexual devem ser desnaturalizados e denunciados. 
Abordamos os dados estatísticos que demonstram os números de 
violência sexual, mostrando quem são os principais perpetradores, aonde 
ocorre tal violência e as principais vítimas. 
A violência sexual é somente um dos riscos de maus-tratos no qual as 
crianças e adolescentes estão submetidas, porém o que acontece com maior 
frequência, sendo tal violência a mais cruel e a mais séria, causando diversos 
danos no abusado, sendo eles, refletidos no ambiente escolar, dessa forma, é 
importante uma maior concepção do professor sobre o assunto, para que ele 
possa agir corretamente, evitando uma revitimização da criança e adolescente. 
Buscamos também, explicitar sobre esses danos, podendo ser sociais, 
físicos e psicológicos, que podem ser identificados pelo professor, através de 
sinais e mudanças de comportamentos apresentados pelas crianças ou 
adolescentes vítimas de tal violência. Ressaltando, a importância da denúncia 
por parte do professor, quando o caso de violência sexual for confirmado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVIANE GOMES. 
5 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE: abordagens 
estatísticas, indicadores de violência e prevenção. 
 
Define-se por violência sexual a situação em que a criança ou 
adolescente, é obrigado ou não, a se submeter em função do prazer sexual de 
uma pessoa adulta. Essa violência acontece, quando a criança ou adolescente 
participa de atividades sexuais que não são próprias a idade, causando danos 
em seu desenvolvimento físico, psicológico ou mental. Com relação a violência 
sexual ou abuso vitimização sexual, Azevedo e Guerra (1989, p.42), colocam: 
 
 
É todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou homossexual, 
entre um ou mais adultos e uma criança menor de 18 anos, tendo por 
finalidade estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter 
uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. 
 
 
 
A violência sexual não é caracterizada apenas por contato físico, mas 
também pela exposição dos órgãos genitais, pela incitação às revistas ou 
filmes pornográficos, assim como, também caracteriza-se violência sexual 
utilizar a criança ou adolescente para produção de materiais pornográficos. 
No contexto dos risco e violências, a violência sexual contra crianças e 
adolescentes é a que mais se sobressai. Mesmo diante dos diversos casos de 
violência no qual somos informados, as estatísticas revelam que os números 
são ainda mais preocupantes. 
Apenas no ano de 2014, foram 24.575 denúncias de violência sexual 
contra crianças e adolescentes no Brasil. Brino e Willians (2003, p.114) 
complementam que estudos do Instituto Médico Legal – IML – e do Programa 
de Atenção a Vítimas de Abuso Sexual – Pavas – em São Paulo, avaliam que 
apenas 10% a 15% dos casos são revelados. Essa omissão acontece pois 
esse tipo de violência tende a vir acompanhado de vergonha, o que se torna 
ainda maior, quando acontece dentro de casa. Para complementar Ballone 
(2003): 
 
 
O abuso sexual ás crianças pode ocorrer na família, através do pai, 
do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre 
VIVIANE GOMES. 
6 
 
50%
15%
35%
RELAÇÃO DO ABUSADOR COM A VÍTIMA
CAMPO GRANDE -MS, JUNHO-2014/ AGOSTO-2015
Padrasto
Pai
Outros
fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na 
casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de 
um professor ou até mesmo de um desconhecido. 
 
O abuso sexual intrafamiliar é apenas um dos diversos tipos de violência 
a que a criança está exposta no lar, sendo ele, a forma mais cruel de maltratar 
uma criança, como cita Balbinotti (2008). Ainda para a autora essa violência 
ocorre de forma velada e na maioria das vezes não é relatado ás autoridades 
competentes, sendo que, o tema é tratado á poucos anos, o que dificulta as 
estatísticas e a comprovação da violência. 
Filho (2009. P. 61) ressalta que o abuso sexual envolvendo pais e filhos 
é raramente denunciado. Quando a violência acontece no contexto familiar, a 
criança ou adolescente tende a apresentar maior omissão dos fatos, pois, 
conhece a aprecia o abusador, e muitas vezes não tem a percepção que os 
carinhos dados por ele são impróprios. Além de, apresentar maiores medos do 
abusador, e das possibilidades que poderão acontecer se outros membros da 
família souberem, temendo geralmente, a desintegração do meio familiar. Em 
Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foram registrados os seguintes dados 
sobre a relação do abusador com a vitima, sendo importante esclarecer que 
tais números não são de abusos sexuais, porém revelam o atendimento de 
vítimas de violência sexual em audiências no poder judiciário, o que possibilita 
entendermos a ocorrência desses casos na capital sul-mato-grossense. 
Fonte: Depoimento Especial – TJMS 
 Ballone (2003), cita que em cada 10 casos, registrados, em 8 o 
VIVIANE GOMES. 
7 
 
79%
21%
NÚMERO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NA 
ESCUTA ESPECIAL JUNHO-2014/ AGOSTO-2015
Meninas
Meninos
abusador é conhecido da vítima, geralmente é uma figura de quem a criança 
gosta e confia. Casos de incesto ocorrem em até 10% dos casos acontecidos 
no ambiente familiar, como por exemplo, pai, padrasto ou irmão mais velhos. 
Grande parte dos abusadores são do sexo masculino, mas são frequentes 
também, registros de violências sexuais realizadas por mulheres. 
As meninas não são as únicas que sofrem desse tipo de violência, 
sendo um mito acreditar que casos de violência sexual não acontecem com 
meninos. Esses casos são menos frequentes pois a dificuldade para denunciar 
o ato abusivo é muito maior em meninos. Tratando desse assunto, Gobbetti e 
Cohen (2010, p.158) colocam que as dificuldades são maiores pois geralmente 
trata-se de uma relação homossexual, implicando em mais um fator 
discriminatório e estigmatizante. 
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no ano de 2014 foram 
realizadas audiências em depoimento especial de 170 crianças em situação de 
violência sexual, desses, 35 eram meninos. O Depoimento Especial surgiu com 
o objetivo de realizar audiência de crianças e adolescentes, vítimas ou 
testemunhas de violência, utilizando de uma técnica especifica, que evite 
revitimizar de forma a não causar outros prejuízos emocionais a criança ou 
adolescente atendido. Ainda de acordo com os dados levantados pelo 
Depoimento Especial, podemos através dos seguintes números, elencar os 
dados estatísticos de violência sexual contra meninos e meninas de maneira 
mais clara: 
Fonte: Depoimento Especial – TJMS 
E 
 
 
 
 
E
m 
VIVIANE GOMES. 
8 
 
41%
34%
25%
IDADE DA POPULAÇÃO ATENDIDA EM CAMPO GRANDE -MS 
JUNHO-2014/AGOSTO/2015
11-14 anos
7-10 anos
3-6 anos
relação a idade das vítimas, o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes 
identificou que 56% dos casos registrados foram cometidos contra 
adolescentes. Em Campo Grande desde Junho de 2014 á Agosto de 2015, 
foram registrados os seguintes números: 
Fonte: Depoimento Especial – TJMS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A criança ou adolescente vítima de violência sexual, tende a apresentar 
alguns comportamentos imediatos. Lopez e Sanches (1991) mencionam os 
mais habituais: 
 
Como sendo: medo, hostilidade diante do sexodo perpetrante, culpa 
depressão, baixa autoestima, conduta sexual anormal (masturbação 
excessiva, exibicionismo), angustia, agressões, condutas antissociais, 
sentimentos de estigmatização. 
 
Surgem também os efeitos físicos como: o distúrbio do sono, mudanças 
de hábitos alimentares, DST e gravidez. Os efeitos sociais, mais comuns são 
as dificuldades escolares, discussões familiares, fugas, delinquência e 
prostituição. Ainda para Lopez e Sanches (1991), os efeitos podem ser a longo 
prazo: 
 
Com relação aos efeitos, a longo prazo, são relacionados: fobias, 
pânico, personalidade antissocial, depressão, ideias, tentativas e 
consumação de suicídio, sentimentos introjetados de estigmatização, 
VIVIANE GOMES. 
9 
 
isolamento, tensão, dificuldades alimentares e dificuldades de 
relacionamentos com pessoas do mesmo sexo do sujeito perpetrador 
(amigos, pais, filhos, companheiros), reedição da violência, 
revitimização, distúrbios sexuais, drogadição e alcoolismo. 
 
 
 
Em suma, os comportamentos das crianças e adolescentes vítimas de 
abuso são os mais diversos. 
• Achar que tem o corpo sujo ou contaminado; 
• Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais; 
• Negar-se a ir á escola; 
• Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares; 
• Retirar-se ou não querer participar de esportes; 
• Respostas ilógicas quando perguntamos sobre alguma ferida em 
seus genitais; 
• Temor irracional diante do exame físico. 
 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL: O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DA VIOLÊNCIA 
 
 
Na escola as crianças também apresentam sinais, no qual o professor 
deve estar sempre atento. Portilho (2011) cita os principais: 
• Assiduidade e pontualidade exageradas, quando ainda frequenta 
a escola. Chega cedo e sai tarde da escola, demonstra pouco interesse ou 
mesmo resistência em voltar para casa após a aula. 
• Queda injustificada na frequência escolar. 
• Dificuldade de concentração e aprendizagem resultando em baixo 
rendimento escolar. 
• Não participação ou pouca participação nas atividades escolares. 
• Surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros 
bens, que estão além das possibilidades financeiras da criança/adolescente e 
da família, pode ser indicador de favorecimento e/ou aliciamento. Se isso 
VIVIANE GOMES. 
10 
 
ocorre com várias crianças da mesma sala ou série pode indicar até mesmo 
ação de algum pedófilo na região. 
• Tendência ao isolamento social com poucas relações com 
colegas e companheiros. 
• Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e 
exclusão dos demais. 
• Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta. 
• Fuga de contato físico. 
 
Diante de tantas informações, devemos pensar como agir 
preventivamente, para tentar evitar tal violência. É importante que sejam dadas 
sempre quando necessário informações e orientações, de acordo com a idade 
da criança e sua compreensão diante do assunto. 
O professor deve então, buscar dialogar sempre com seus alunos, 
construir uma rede de apoio, conhecendo as pessoas que convivem com a 
criança, assim como, é bastante importante, tratar bem seus alunos, criando 
vínculos de confiança e de amor. 
Algumas ações podem ser trabalhadas dentro de sala, no sentido de 
evitar que crianças e adolescentes sofram qualquer tipo de violência sexual. 
Desse modo, é necessário que as crianças e adolescentes sejam 
conscientizadas sobre a importância de seu corpo e que ninguém deve tocar 
em lugares que as façam sentir desconfortáveis, se isso acontecer, deve-se 
contar imediatamente a um adulto. 
Deve-se também colocar, que é importante respeitar os mais velhos, 
mas que não devem aceitar fazer coisas desagradáveis e relacionadas com o 
seu corpo. Ensinar também a não aceitar objetos, brinquedos ou convites, de 
pessoas desconhecidas, ensinando assim, a zelar pela sua própria segurança. 
O professor também pode, orientar a criança sobre o que fazer quando 
perceberem intenções maldosas por parte de um adulto que queira manter 
algum contato físico desconfortável, assim, a criança e adolescente deve estar 
ciente que precisa: buscar ajuda de outros adultos, não ter vergonha de gritar, 
chamar atenção e correr nessas situações. 
VIVIANE GOMES. 
11 
 
Mas o que fazer quando existe a desconfiança de que a criança ou 
adolescente esteja sofrendo violência sexual? Como o professor pode agir? 
Primeiramente, o professor, em hipótese nenhuma pode mostrar-se inerente a 
situação. Da mesma forma, se o abuso for revelado na escola, é obrigatório ao 
profissional da educação que comunique os fatos a autoridade competente, 
sob pena de infração, presente na lei n° 8069/90: 
 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por 
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-
escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de 
que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de 
maus-tratos contra criança ou adolescente: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
 
Ressaltando que dificilmente a criança ou adolescente irá contar os fatos 
espontaneamente, pois na maioria dos casos, o abusador obriga a criança a 
manter segredo, sobre ameaças e medos. Por isso, é importante estar atento 
aos comportamentos apresentados. 
Precisa-se primeiro adquirir a confiança da criança ou adolescente para 
que ele possa sentir-se seguro para relatar a violência, assim como é 
necessário que isso aconteça em um ambiente tranquilo. 
 
Baseados nas evidências e indicativos mencionados nesta cartilha, 
deve o educador fazer uma abordagem responsável e sigilosa à 
criança e ao adolescente e oferecer, sendo o caso, denúncia às 
autoridades responsáveis, quais sejam: Conselho Tutelar, Delegacia 
de Polícia, Delegacia da Criança e do Adolescente, Juiz de Direito, 
Promotor de Justiça e S.O.S. Criança. Vale ressaltar que qualquer 
denúncia poderá ser feita anonimamente. O professor geralmente é 
visto pela criança como alguém de extrema confiança, portanto, deve 
o educador fazer uso desta, através não somente da denúncia, mas 
também, trabalhando preventivamente no sentido de minimizar a 
violência. Cartilha- Violencia Sexual contra crianças e adolescentes: 
você sabe como agir? ( 2006, p. 13) 
 
 
O professor em casos de suspeita de violência precisa motivar a criança 
a falar sobre o assunto, sem emitir juízo ou forçar a criança ou adolescente a 
revelar, nunca apresando para que relate todo o ocorrido. Quando isso 
acontece, é preciso levar a sério o relato, mostrando compreender a angustia 
da criança, oferecendo-o todo apoio necessário. 
VIVIANE GOMES. 
12 
 
Segundo Ballone (2003), é importante que o professor esclareça ao 
aluno que fez muito bem ao contar o ocorrido, e dizer enfaticamente que ela 
não é culpada pela situação, pois muitas vezes as crianças sentem que foram 
as causas do ocorrido, ou que tal situação, seja um castigo por alguma coisa 
má que tenham feito. 
Além disso, o professor precisa se mostrar afetuoso e oferecer proteção, 
assegurando a criança que irá ajuda-la de todas as maneiras possíveis. 
Quando a violência é extrafamiliar, a família passa por um grande 
momento de raiva e incômodo, ao descobrir o abuso sexual em seus filhos, 
assim, é importante esclarecer a criança ou adolescente que a raiva colocada 
não é contra ela. 
Quando a criança ou adolescente coloca o abusador como um membro 
da família, torna-se um trabalho um pouco mais complicado. Araújo (2002) 
salienta que o trabalho da justiça, junto as famílias, as crianças e aos 
perpetradores é fundamental, porém, em função de uma ansiedade, medo em 
frente a situação de abuso, as famílias tendem a fugir desse atendimento, 
tornando necessário uma intervenção judicial para prosseguir o 
acompanhamento da criança ou adolescente, assim o tratamento fica 
prejudicado. 
Para concluirmos, essa violência sempre deixa danos, principalmentepsicológicos, por isso precisam passar por um período de recuperação. As 
dificuldades nesse período são as mais diversas, podendo refletir no ambiente 
escolar, dessa forma o educador precisa ter flexibilidade e compreender a 
situação da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVIANE GOMES. 
13 
 
CONCLUSÃO 
 
Conclui-se assim, que é inegável a presença da violências no contexto 
da realidade das crianças e adolescentes, consequentemente, dos alunos que 
estão presentes nas escolas. Dessa forma, podemos compreender melhor, 
como agir diante desse contexto, entendendo a importância de um trabalho 
preventivo realizado pela escola ou pelo professor, buscando minimizar a 
incidência da violência sexual. 
Entender o que acontece com a criança ou adolescente, possibilita 
abranger a nossa visão diante do assunto, compreendendo assim, a dificuldade 
que tais passam quando se tornam vítimas de abusadores sexuais. Por isso, a 
necessidade de conhecermos os sinais apresentados pela criança ou 
adolescente, para que esse processo tão danoso, possa ser interrompido, 
evitando maiores prejuízos. 
Sabemos que as sequelas vão existir, e que poderão ser a longo prazo, 
podendo causar assim, um ciclo de riscos. Precisamos assim, trabalhar essa 
questão com alunos que foram vítimas de violência sexual, objetivando reduzir 
tais danos, principalmente psicológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVIANE GOMES. 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Psicologia em Estudo, 2002. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
73722002000200002&script=sci_arttext . Acesso em 01 set. 2015. 
 
AZEVEDO, M.A .; Guerra, V.N. Vitimazação e vitimização: questões 
conceituais. In: Azevedo, M.A .; Guerra, V.N. (Org). Crianças vitimizadas: a 
síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu, 1989. P. 25-47. 
 
BALLONE, G.J. Abuso Sexual Infantil, in. Psiqweb. 2003. Disponível em: 
www.virtualpsy.org/infantil/abuso/html. Acesso em: 08 de set.2015. 
 
BRINO, R. F., & Williams, L. C. A. (2003a). Concepções da professora acerca 
do abuso sexual infantil. Cadernos de Pesquisa, 119, 113-128. 
 
BALBINOTTI, Cláudia. A violência sexual infantil intrafamiliar: a revitimização 
da criança e do adolescente vítimas de abuso. Porto Alegre: Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2008. Disponível em: . Acesso em 
08 de set. 2015. 
 
COHEN, C., & GOBETTI, G. J. (2003). O incesto: O abuso sexual 
intrafamiliar.2008,de http://violênciasexual.org.br/textos/PDF/incesto_cohen.pdf. 
 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. (1990). Lei Federal 
8069. Recuperado em 17 de fevereiro, 2010, de 
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm 
 
FILHO, MOACYR. F.P. Abuso Sexual em meninos: a violência intrafamiliar 
através do olhar de psicólogo que atende em instituições. Curitiba: Juruá. 2009. 
 
PORTILHO, Gabriela. A escola pode interromper o ciclo da violência 
sexual: Entenda melhor os casos de abuso sexual e saiba como prevenir, 
reconhecer e proceder diante dos primeiros sinais dentro e fora da escola. 
2011. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/escola-pode-
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Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) : 2009, 2010 e 2011 / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de 
Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. – 
Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: você sabe 
como agir? Referencial teórico para profissionais que lidam com crianças e 
adolescentes. 2006. Disponível em: 
<http://www.mpba.mp.br/atuacao/infancia/violencia/cartilhas/cartilhavocesabec
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http://violênciasexual.org.br/textos/PDF/incesto_cohen.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

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