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ABUSO SEXUAL INFANTIL Sumário 1. O que Caracteriza o ASI ............................................................. 03 2. Tipos de Abuso e Exploração Sexual Infantil ........................... 05 3. Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil ........... 07 4. Fatores de Risco para o ASI ....................................................... 13 5. Sinais da Violência Sexual em Crianças .................................... 14 6. Como agir após perceber os sinais, mas sem a denúncia da vítima? .............................................................................................. 16 7. O Papel da Família na Prevenção .............................................. 18 8. A Família como Abusadora ........................................................ 20 9. Consequências do ASI ................................................................. 23 10. Educação Sexual como Prevenção ........................................... 24 11. Outras formas de Prevenção .................................................... 27 12. Conduta Médica ao Receber a Confissão/Denúncia .............. 28 13. Aspectos Jurídicos da Denúncia .............................................. 30 14. O que Acontece após a Denúncia? ........................................... 31 15. Acompanhamento das Vítimas de ASI .................................... 33 16. Tratamento para as Vítimas de ASI ........................................ 34 17. Denuncie! ................................................................................... 36 REFERÊNCIAS ........................................................................ 37 Material elaborado por ............................................................. 40 O Abuso Sexual Infantil (ASI) é caracterizado como uma forma de violência contra uma criança ou adolescente cometida por um adulto ou um adolescente de idade mais avançada, em uma relação desigual de poder. Esse ato tem como objetivo satisfazer os desejos sexuais do agressor. O que Caracteriza o Abuso Sexual Infantil? Essa prática criminosa pode ser em uma relação homo ou heterossexual e são impostas às crianças por meio de violência física, psicológica ou por indução da vontade. Os agressores são psicossexualmente mais avançados que as vítimas, que não entendem exatamente o que acontece, e por isso são incapazes de dar seu consentimento. O ASI engloba qualquer ato de natureza erótica, contendo ou não contato físico. Ou seja, diferente do que muitos possam acreditar, esse abuso não ocorre apenas por intercurso sexual, pode ocorrer por meio de toques inapropriados ou exibicionismo. Intrafamiliar: quando pais, irmãos, avós, tios, padrastos, madrastas, guardiões legais, etc. são os abusadores; Extrafamiliar: quando pessoas desconhecidas, amigos, vizinhos, professores, médicos, líderes religiosos, etc. são os abusadores. O ASI geralmente é praticado por pessoas próximas às crianças. Ele pode ser dividido em duas modalidades: O que Caracteriza o Abuso Sexual Infantil? A violência aguda é caracterizada por um agressor desconhecido, que normalmente ataca mais as mulheres adolescentes ou já adultas, com uso de ameaças e/ou violência física, o que causa a necessidade de um atendimento de serviço de emergência. Esse tipo de violência está mais associado ao chamado assalto sexual, ou seja, está estreitamente relacionado à violência urbana, que ocorrem principalmente nos espaços públicos e com maior frequência nos períodos de trânsito entre casa- escola/trabalho/lazer. Já a violência crônica é caracterizada por um agressor próximo à vítima, ou seja, uma pessoa de confiança da vítima, que normalmente é uma criança, atacando-a por meios de atos sexuais e com a sedução, cujas intensidades aumentam com o tempo, causando um sentimento de culpa na criança. Nesse caso, raramente se é utilizado um atendimento de serviço de emergência, isto é, o médico se depara inicialmente com esses casos no serviço ambulatorial. Além disso, em contrapartida com o outro caso, nesse são situações que ocorrem por longos períodos e de maneira progressiva. Tipos do Abuso e Exploração Sexual Infantil O ABUSO SEXUAL INFANTIL PODE SER SUBDIVIDIDO EM VIOLÊNCIA AGUDA E VIOLÊNCIA CRÔNICA. Através da relação sexual (oral, anal e/ou vaginal); Tocar ou acariciar a região íntima; Fotografar ou filmar as crianças e adolescentes Quando o abusador se atenta à região íntima da nus em pose erótica; criança e/ou adolescente no intuito de se excitar; Quando o abusador trata sobre relações sexuais com as crianças e/ou adolescentes com a intenção de se excitar ou de excitá-los. Forçar crianças e adolescentes a verem adultos nus e/ou se masturbando, revistas e/ou filmes pornográficos, e/ou presenciarem relações sexuais; OS TIPOS DE ABUSOS SEXUA IS INFANTIS PODEM SER REPRESENTADOS DE DIVERSAS FORMAS , MAS OS MA IS COMUNS SÃO: Tipos de Abuso e Exploração Sexual Infantil A partir do ano de 2014 casos de violência sexual tornaram-se de caráter de notificação imediata, por isso devem ser relatados à Secretaria Municipal de Saúde dentro de 24 horas após o atendimento de uma vítima. Além disso, é preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a obrigatoriedade de informar ao Conselho Tutelar qualquer tipo de violência que venha a ocorrer com crianças e adolescentes. Estudo epidemiológico realizado em 2018 pela Secretaria de Vigilância em Saúde Foi realizado um estudo descritivo do perfil epidemiológico das notificações dos serviços de saúde acerca de violências sexuais contra crianças e adolescentes analisando o período entre 2011 e 2017. A análise categorizou as crianças como indivíduos com idade entre zero e nove anos. Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil CONTEXTUALIZAÇÃO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ABUSO SEXUAL INFANTIL NO BRASIL : Nesse mesmo período 184.524 casos de violência sexual foram informados, desses 31,5% (58.037) foram contra crianças; Na comparação dos anos de 2011 e 2017 notou-se aumento de 83% nas notificações de violência sexual em termos gerais e aumento de 64,6% no que se refere aos casos envolvendo crianças. No recorte temporal foram contabilizados 1.460.326 casos de violência interpessoal ou autoprovocada. Desse número, 15% (219.717) das notificações foram contra crianças; Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil ANÁLISE DO PERFIL DAS VÍTIMAS Das 58.037 crianças analisadas pelo estudo que foram vítimas de violência sexual: 43.034 (74,2%) eram do sexo feminino e 14.996 (25,8%) eram do sexo masculino. O número de casos com repetição mostrou-se bastante expressivo, contando com 19.542 casos gerais. Contudo, é importante ressaltar que o número de casos isolados, isto é, que só ocorreram uma vez, é de 17.881 (30,8%) e que o número de casos cuja classificação foi ignorada corresponde a aproximadamente 35,5% dos casos, tendo sido exatamente 20.607 dados computados como ignorados. Isso pode sugerir uma tendência de acobertamento por parte dos delatores. Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil Diante disso, se traçando um perfil do provável autor da violência sexual com base nos dados mais relevantes para ambos os sexos, infere-se que geralmente trata-se de um único indivíduo, na maioria das vezes do sexo masculino, presente no meio familiar ou que possui vínculos com membros desse meio, já que as porcentagens gerais indicam: No que se refere aos sexos separadamente, a única diferença de perfil é que nos casos de vítimas do sexo masculino, a quantidade de casos de abusadores com vínculo de amizade ou conhecimento foi maior que a de indivíduos com vínculos familiares, apesar de ambos os números serem expressivos. Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil 74,7%: envolvimento de um único autor; 81,6%: agressor do sexo masculino; 37%: autores que tinham vínculo familiar com a vítima. Aumento de casos de violência 2018-2019 De acordo com o Disque Direitos Humanos(Disque 100) foram denunciados 159.063 casos de maus-tratos, que revelou um expressivo aumento de 15% em relação ao ano anterior. Das 159.063 denúncias, 86.837 foram contra crianças e adolescentes. Diminuição de casos de violência 2019-2020 Já no primeiro semestre ano de 2020, dados do Disque 100 apontaram um total de 53.525 denúncias de violência sexual contra adolescentes; já no segundo semestre foram computados 41.722. Logo, foram registradas 95.247 denúncias no ano de 2020. Desses casos, foram relatados, no primeiro e segundo semestre de 2020 os respectivos números: Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil Progressão dos dados nos anos seguintes Esse fenômeno indica uma diminuição do número de relatos, provavelmente relacionada à nova condição pandêmica estabelecida pelo COVID-19 que assola o país. Segundo Platt e colaboradores, a situação atual isola os indivíduos em ambiente domiciliar e o contato social fica restrito a esse espaço, onde também se nota prevalência previamente analisada de ocorrência de 69,2% dos casos nesse ambiente entre 2011 e 2017. Tal cenário origina diversas dificuldades àqueles submetidos ao abuso em ambiente domiciliar, principalmente. Dados Epidemiológicos e Estatísticos do ASI no Brasil Violência física: 43.796 e 26.141; Violência psicológica: 44.514 e 20.537; Abuso sexual físico: 887 e 3.338; Estupro: 6.734 e 1.985; Exploração sexual: 759 e 918. Ausência ou ineficiente rede de apoio social, emocional e afetiva de familiares; Falta de informação e de um diálogo aberto a respeito da sexualidade; Baixo nível de escolaridade dos pais; Presença de alcoolismo e abuso de outras drogas no ambiente familiar; Pais com perturbações mentais, como psicose, transtorno da bipolaridade e transtorno da ansiedade; Mãe ausente ou passiva; Dependência financeira do abusador, dificuldades econômicas e desemprego; Outros tipos de violência, tais como abuso físico e psicológico, práticas disciplinares coercitivas e negligência. Suporte familiar; Apoio emocional e social de grupos extrafamiliares (tios, avós, vizinhos); Acesso a ações que buscam conscientizar e ensinar as crianças a reconhecer sinais de violência sexual; Famílias que tenham como base a criação através de diálogos abertos; Características individuais das crianças, ou seja, aquelas que são comunicativas e que já tenham um certo grau de autonomia e autocontrole. FATORES DE RISCO FATORES DE PROTEÇÃO Fatores de Risco e de Proteção para o ASI Profunda tristeza; Timidez excessiva; Ansiedade; Agressividade; Resistência em voltar para casa; Isolamento social; Fuga de contato físico. NA ESCOLA A professora deve-se atentar à mudanças súbitas no comportamento, como: Quanto aos hábitos, ela pode passar a apresentar abandono do comportamento infantil, perda ou aumento de apetite e resistência em praticar atividade física. No caso de adolescentes, também se observa abuso de substâncias lícitas ou ilícitas. Sinais da Violência Sexual em Crianças A criança ou adolescente pode apresentar um baixo desempenho escolar inexplicável e baixa participação nas atividades. Ansiedade excessiva; Pesadelos e alterações no sono; Comportamento muito agressivo; Enurese noturna (xixi na cama); Dificuldade de concentração; Comportamento sexualmente explícito; Autoflagelação; Ideias ou tentativas de suicídio; Fugas de casa; Reafirmação da heterossexualidade. EM CASA Canal Vaginal alargado; Hímen rompido; Pênis ou reto edemaciados; Hemorragia vaginal ou anal; Doenças sexualmente transmissíveis; Traumas físicos, principalmente no períneo, nádega ou face; Gravidez; Queixa constante de dor pélvica. NA CONSULTA MÉDICA Sinais Físicos: Primeira consulta médica tardia; História clínica incongruente com as lesões; Tentativa de evitar o exame físico completo; Sequelas psicológicas, como depressão e estresse. OUTROS SINAIS: Sinais da Violência Sexual em Crianças Segundo os artigos 13 e 245 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), é obrigatória a notificação dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos ou violência física e sexual praticados contra crianças ou adolescentes. Sob a pena de multa de 3 a 20 salários de referência, podendo ser o dobro se for reincidência de negligenciar essa notificação. Primeiramente, oferecer acolhimento, cuidado, carinho e uma escuta atenta a essa vítima. A criança ou o adolescente pode escolher manter o sigilo dos pais e responsáveis, desde que tenha capacidade intelectual e cognitiva para isso ou se eles forem o seu agressor. Além disso, o Conselho Federal de Medicina reafirma essa obrigatoriedade da notificação e ainda diz que essa ação não significa a quebra do sigilo médico-paciente. Como agir após perceber os sinais, mas sem a denúncia da vítima? Essa notificação é obrigatória, mas, não possui o valor de denúncia policial, e, por isso o notificador deve interpretá-la como uma ferramenta de promoção da saúde que contribui para devolver a cidadania dessa vítima e uma efetiva ação de justiça social. Dessa forma o/a profissional de saúde ou professor/a deve notificar imediatamente e obrigatoriamente ao perceber esses sinais de abuso ao Conselho Tutelar da respectiva localidade a sua suspeita, sem prejuízo de outras providências legais. Como agir após perceber os sinais, mas sem a denúncia da vítima? Normalmente os abusadores pedem para as crianças manterem o ocorrido em segredo, por isso é importante que os pais ensinem, desde sempre, que segredos podem e devem ser contados para os pais. É importante que a criança nunca seja punida por contar um segredo sobre seu corpo para você, para que assim, a confiança dela seja conquistada e ela se sinta segura dialogando com seus pais. Para que a criança saiba identificar que houve algo de errado, ela deve saber quais são as partes de seu corpo que não devem ser tocadas por outras pessoas e que elas não devem tocar nos outros também. O Papel da Família na Prevenção 1) Incentive a criança a conversar com você As crianças devem saber nomear corretamente as partes íntimas do corpo para que caso ocorra algo de incomum envolvendo essas, ela possa contar para sua família. 3) Ensine a criança sobre as partes íntimas 2) Fale sobre os limites do corpo Vale ressaltar que é importante que a criança saiba quem pode dar banho nela ou trocar suas roupas. Os abusadores podem, por exemplo, oferecer doces, brinquedos ou até uma visita a um bichinho de estimação para a criança. Nesse caso, ela deve saber que não pode aceitar coisas de estranhos, nem ir para lugares apenas com eles, sem algum membro de sua família junto. O Papel da Família na Prevenção 4) Alertar a criança sobre os métodos dos abusadores 5) Esteja sempre disponível e atenta à criança Sempre que a criança estiver com um adulto, mantenha métodos de vigiar a relação deles, seja por ligação, vídeo, mas sempre se mostre disponível, preocupado e presente. 6) Dê preferência para atividades em grupo Atividades em grupo dificultam a ação do abusador. Consulte os sinais que a criança pode dar, descritos nas páginas 14 e 15. 7) Fique atento aos sinais Geralmente, é uma pessoa que a criança e/ou adolescente conhece do convivio familiar; Geralmente, é alguém que já foi vítima de abuso sexual, vítima de maus-tratos (físico ou psicológico) ou pertenciam a famílias disfuncionais (alcoolismo, drogadição e situação de miséria); Geralmente, acredita que o ato sexual com a vítima é uma forma de demonstrar o amor familiar; 90% dos abusadores são do sexo masculino, destes: 69,6% são os próprios pais, 29,8% são os padrastos e 0,6% são os pais adotivos; Sobre o abusador: O abuso sexual infantil de caráter incestuoso contempla a maior parte das denúncias feitas acerca do abuso sexual infantil no Brasil destas: 37% envolvendo incesto com crianças e 21,3% com adolescentes. A Família como Abusadora Abuso sexual infantil de caráter incestuoso: relação de caráter sexual entre uma criança ou adolescente e outro indivíduocom laço familiar, direto ou não. É possessivo e proibitivo, ou seja, não permite a relação social da criança e/ou adolescente com amigos; Culpa a vítima, alegando que a mesma é promíscua e sedutora; Como identificar o abusador intrafamiliar? A Família como Abusadora Durante a pandemia da Covid-19: No Brasil, com o fechamento de escolas e restrições de movimento implementadas durante a quarentena, embora necessárias, acabam prejudicando a rotina de crianças e adolescentes e os sistemas de apoio, além de afastar o contato dessa população com seus adultos protetores (por exemplo: professores e diretores). Essa interrupção na vida cotidiana faz com que muitas crianças acabem enfrentando situações de maior vulnerabilidade a diversos tipos de violências e abusos. Usa da autoridade, chantagem, manipulação e superioridade para aprisionar a vítima; Pode agir de maneira imatura, egoísta e egocêntrica; Em geral faz uso de drogas ilícitas ou álcool; Quando possuem relacionamentos amorosos, estes costumam ser tomados por crises na área da sexualidade; Quando descobertos, negam a ocorrência do abuso sexual, culpando a vítima. A proteção que o lar, em teoria oferece, não é garantida, uma vez que muitas crianças e adolescentes estão vulneráveis ao aumento de tensões familiares gerada a partir de, por exemplo, aumento do consumo alcoólico e problemas financeiros. De acordo com o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, no Brasil, em março de 2020, quando ainda não haviam sido decretadas medidas de restrições da pandemia, houve um aumento de 45% das denúncias acerca de abusos sexuais contra crianças e adolescentes em relação a 2019. Já em abril de 2020, já com o decreto da quarentena, houve uma queda no número de denúncias, ou seja, houve um aumento das subnotificações. A Família como Abusadora São várias as sequelas presentes na vítima de abuso sexual infantil, muitas podem ser expressas imediatamente após o trauma, afetando o crescimento e o processo de amadurecimento da criança. Outras sequelas podem começar a se desenvolver a longo prazo, podendo acompanhar o indivíduo durante toda a sua trajetória de vida. Podemos agrupá-las como consequências físicas, sociais, comportamentais, emocionais e sexuais. Físicas: presença de pesadelos, perda ou excesso de apetite, presença de sangramentos, ISTs, dores na região genital e abdominal; Sociais: criança apresenta poucas amizades, comportamento antissocial, dificuldade de vínculo afetivo; Comportamentais: ideias e tentativas de suicídio, hiperatividade, relutância em voltar para casa, dificuldade de aprendizado e concentração; Emocionais: tristeza e choro sem causa aparente, comportamento extremamente tenso, baixa autoestima; Sexuais: comportamento sexual inapropriado para a idade como masturbação compulsiva e brincadeiras sexuais. Consequências do ASI Uma maneira eficiente de garantir a segurança da criança e do adolescente contra o abuso sexual é ensiná-los sobre sexualidade que, segundo a Organização Mundial da Saúde, faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Abordar esse assunto pode ser uma tarefa desconfortável aos pais, porque traz a ideia de que irá ferir a pureza da criança ou causar mais curiosidade a ela sobre o âmbito sexual, porém, é importante que a criança aprenda sobre seu corpo, sobre quais são as partes íntimas de uma pessoa, ensinando-a que tão importante quanto não se deixar ser tocada é também não tocar o outro sem permissão. Sabe-se que muito do abuso infantil chega disfarçado de afeto, portanto, cabe aos pais e/ou responsáveis educar às crianças sobre os limites a serem respeitados em qualquer parte de seus corpos que as deixem desconfortáveis e não apenas aos genitais, porque alguma carícia feita por alguém mal intencionado pode passar a falsa sensação de segurança à uma criança. Educação Sexual Compreensiva como Prevenção É importante saber que ensinar sobre a sexualidade não é falar apenas sobre o ato sexual, é contribuir para que a criança e/ou adolescente entenda parte do seu desenvolvimento humano natural e conheça seu corpo. A grande importância no diálogo familiar é que a criança ou adolescente se sinta confortável e seguro para conversar sobre o assunto, lembrando sempre de se utilizar uma linguagem apropriada para cada faixa etária e sempre ensinando que não deve haver segredos entre ela e os pais, mesmo que alguém lhe peça que "não conte nada para a mamãe e o papai". Quando devo fa lar? Uma dúvida frequente é "quando devo falar?", e a verdade é que não existe uma idade exata, entretanto, deve-se observar o desenvolvimento da criança para que saiba quando ela estará pronta para esta conversa, pode acontecer entre os 3 e 4 anos de idade, por exemplo, mas também antes ou depois dessa idade. Estimular uma relação de confiança é uma passo essencial na prevenção ao abuso, e para isso também não se deve negar respostas às perguntas feitas pelo indivíduo sobre o assunto. Educação Sexual Compreensiva como Prevenção Com boas conversas, os pais conhecerão o que seus filhos pensam sobre o assunto da sexualidade e saberão que rumo seguir na educação sexual dos mesmos, vale salientar a importância da presença de ambos os pais durante esses momentos de conversas, para que os filhos entendam pontos de vista diferentes sobre o assunto, mas tudo depende de como seu filho(a) se sente melhor nessa situação, pois dependendo da fase do desenvolvimento que ele se encontra, terá melhor identificação com um dos pais e portanto se sentirá mais à vontade em falar sobre isso com ele. Além disso, a escola é o segundo ambiente em que a criança deve ter o contato com a educação sexual infantil, como instituição ela deve estar preparada para trabalhar em prol do bem estar da criança e trabalhar dentro dos limites estabelecidos sobre as expressões da sexualidade dela, pautada na ética e nos valores, ensinando o respeito por si e pelo próximo. Ademais, é possível falar com as crianças de uma maneira sutil e olhando nos olhos da criança, hoje existem conteúdos educativos que podem servir para um aprendizado mais didático através de livros, vídeos, sites e programas. Aqui vão algumas sugestões: Livros: "Não me toca seu boboca" por Andrea Viviana Taubman "Conte para alguém" por Thais Laham Morello. Vídeo: "Segredos" por Tia Keyla . Site: "defenda-se.com". Programa: "Que corpo é esse?" por Canal Futura. Educação Sexual Compreensiva como Prevenção Uma das demais maneiras de previnir o abuso sexuall infantil é manter um canal de comunicação aberto com os filhos, alertar sobre o que outras pessoas podem ou não fazer cem relação ao corpo da criança, quais são as partes do corpo que podem ser tocadas por outras pessoas. É muito difícil que as crianças fantasiem ou mintam sobre experiências desconfortáveis que ocorreram com outras pessoas, principalmente adultos e pessoas que fazem parte da família, por isso é importante a confiança dos pais na palavra da criança e, posterior a isso, a investigação e denúncia do abuso. Além disso, também é necessário que os pais saibam, que na grande maioria das vezes os abusadores sexuais são pessoas normais, muitas vezes querida pelas crianças e próximas a ela, mais comumente algum membro da família ou amigos próximos aos pais. É, também, muito importante que os pais estejam atentos aos sinais que indicam a ocorrência de abusos sexuais, já que, na maioria das vezes, com a falta de conscientização e educação sexual, as crianças não entendem ou tem medo de contar aos pais o que está acontecendo. Outras formas de Prevenção Adicionar um subtítuloCANA IS DE COMUNICAÇÃO CONSCIENTIZAÇÃO DOS PA IS O profissional de saúde tem o dever legal de comunicar às autoridades competentes os casos de abuso sexual mesmo que haja apenas suspeitas. Essa comunicação não quebra o sigilo médico visto que a vida do paciente pode estar em risco. Durantea consulta, o médico deve estar atento para suspeitar ou comprovar a existência de violência. Atuando sempre de forma articulada e com um trabalho interdisciplinar, interprofissional e multissetorial. Além da denúncia, a equipe deve prestar apoio a criança ou adolescente vítima de abuso. Saber ouvir, observar e aceitar o que é dito Não questionar o que está sendo relatado; Explicar que a vítima não deve se sentir Evitar pedir a criança ou adolescente que Orientações para a ação prof issional : pela vítima; envergonhada ou culpada pelos abusos; repita a história por várias vezes; Conduta Médica ao Receber a Confissão/Denúncia Saber ouvir, observar e aceitar o que é dito pela vítima; Não questionar o que está sendo relatado; Explicar que a vítima não deve se sentir envergonhada ou culpada pelos abusos; Evitar pedir a criança ou adolescente que repita a história por várias vezes; Orientações para a ação prof issional : Documentar: Registrar de forma detalhada todo o processo de avaliação, diagnóstico e tratamento. Fazer uma anamnese completa, com identificação e carimbo etc; Transcrever: relatar o histórico com as palavras da criança ou adolescente, sem fazer perguntas que induza a resposta ou que mude o foco da vítima. Além disso, não se deve adicionar pré-julgamentos; Notificar: Todos os casos de violência devem ser notificados ao Conselho Tutelar da localidade e a mesma pode ser feita por qualquer profissional da saúde; Em alguns casos, o médico deve considerar a internação da vítima até que atitudes contra o violentador sejam tomadas. At i tudes que o prof issional deve tomar após a denúncia/confissão: Orientar sobre os procedimentos que serão realizados; É preciso conversar com a vítima em uma posição em que ela possa olhar e ser olhado, além de utilizar um vocabulário acessível; Garantir o acolhimento da vítima. Conduta Médica ao Receber a Confissão/Denúncia As denúncias podem ser realizadas anonimamente ao Conselho Tutelar: É crucial a observação dos sinais, ouvir a criança e acreditar nela! Há penalidades para o professor ou médico que não denunciar abusos sexuais infantis, no estatuto da adolescência, diz: Aspectos Jurídicos da Denúncia COMO FORMALIZAR UMA DENÚNCIA ? QUAL SERIA O MEU PAPEL COMO PROFESSOR OU COMO PROFISSIONAL DA SAÚDE? É importante comunicar diretamente ao Conselho Tutelar, sem falar com a família, pois o abusador pode ser parente da vítima e tomar atitudes para evitar as medidas do conselho. Delegacias e Ministério Público Art. 254 - Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente. Pena de multa de três a vinte salários de referência, sendo penalidade dupla com a reincidência. Disque 100 ou 180 App Proteja Brasil Relatar o ocorrido: de acordo com a lei 13.431/2017 a condução do depoimento deve ser feita por profissionais capacitados e em ambiente acolhedor, para evitar o processo de revitimização. Solicitando atendimento médico, social e psicológico. Atendimento de profilaxia: para exames de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST`s) e para a realização de exames de perícia no Instituto Médico Legal (IML). Acesso a anticoncepção de Emergência, caso necessário. Apoio emocional à vítima: é fundamental o acolhimento a vítima e explicar detalhadamente todos os procedimentos. O que Acontece após a Denúncia? Notificação:: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê em seus artigos 13 e 245 a obrigatoriedade de notificação dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos (incluindo-se aqui a violência sexual) contra criança e adolescentes. Inquérito policial: após o depoimento da vítima do abuso, instaura-se um inquérito policial com a finalidade de investigação de todas as provas do crime e todos os pontos referidos à violência sofrida. O que acontece após a denúncia? O acompanhamento da vítima deve ser multidisciplinar, evidenciando a criança e a família. O médico, mais especificamente o pediatra, necessita acompanhar a vítima de abuso sexual infantil uma vez que os episódios de violência podem se repetir. Algumas medidas que devem ser tomadas para isso é estar atento, perguntar diretamente aos responsáveis, e, principalmente, a criança sobre a ocorrência de uma nova violência e, ao se realizar a anamnese e o exame físico, atentar- se a alterações comportamentais e emocionais ligadas ao abuso e evidência física de maus-tratos. FAMÍLIA O pediatra deve aconselhar e auxiliar os pais à desenvolverem respostas protetoras, evitar que fiquem negando o problema e solicitar suporte para si mesmos caso necessário, envolvendo-os no tratamento do filho. A família possui um papel fundamental em dar sensação de segurança para a criança, servindo como um recurso interno extremamente importante para o desenvolvimento infantil e para a redução do trauma nas vítimas. Tal papel é ainda mais evidenciado pela figura paterna pois passam sensação de segurança e bem-estar à criança. Vale ressaltar que o pediatra deve deixar claro que a criança não possui responsabilidade alguma pelo que ocorreu e nem terá pelos acontecimentos posteriores à revelação. Muitas famílias se desestruturam após a descoberta, por isso, o médico que os acompanha e que possui sua confiança deve tentar auxiliar no processo da revelação também, dando credibilidade à vítima à todo momento. Acompanhamento das Vítimas de ASI VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR Caso a violência tenha sido intrafamiliar, a atenção do pediatra deve ser voltada tanto para a vítima quanto para o abusador. Neste caso, deve-se dar uma rede de segurança para a criança e ajudar o familiar que abusou à entender que teve culpa em realizar tal ato uma vez que, desta forma, é possível que desenvolva um sentimento de empatia e aceite um futuro tratamento para que tal situação não volte a acontecer novamente. Existem casos em que os agressores não aceitam auxílio, porém, o pediatra deve seguir com a tentativa. Ademais, crianças não agredidas que vivem em locais em que há conflito entre os casais, têm mais chances de sofrerem agressões e de terem problemas emocionais no futuro. Por isso, o pediatra deve em toda anamnese questionar a presença de problemas conjugais e, caso tenha, aconselhar tratamento para o casal, como uma forma de proteção emocional e física da criança. Acompanhamento das Vítimas de ASI Farmacológico; Psicoterápico; Individual; Familiar. O tratamento está baseado em diversos tipos de auxílio, podendo ser: O objetivo principal é o auxílio aos aspectos psíquicos das vítimas de abuso e das suas famílias, uma vez que ambas necessitam de suporte neste momento delicado. O tratamento psicoterápico é fundamental, ele auxilia no lado emocional (ansiedade, autoestima, medos, receios), com o foco principal na melhora da autoimagem e no desenvolvimento do sentimento de segurança novamente. Além disso, trabalha as possíveis sequelas decorrentes do abuso sexual, como, por exemplo, a depressão ou comportamentos agressivos. Por fim, acelera o processo de cura da criança. Ademais, é importante levar em conta o emocional dos pais da criança também, servindo como amparo para lidar com a situação e os sentimentos aflorados pela descoberta da violência. Muitos estudos mostram que os sentimentos de raiva e de culpa, principalmente da mãe, ficam muito evidentes neste momento, por isso, a terapia deve ser indicada aos pais também. Tratamento para as Vítimas de ASI Se suspeitar de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, não recue, DENUNCIE! Denuncie! Referências BORGES, Jeane Lessinger; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. 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