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AD2-Discurso de Poder

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No que diz respeito aos mercados populares e ambulantes, observa-se que o Estado olha para este tipo de trabalho de modo depreciativo, de menor interesse e entendido como precário, fator que proporciona maior liberdade e autonomia para atuação do Poder Público, ao dizer o que é ou não previsto. Com isso, a partir do meio de um ato discricionário de Caráter precário, a precariedade acompanha o indivíduo, uma vez que o tempo de permanência é inseguro por falta de regulamentação e depende dos interesses das autoridades públicas. Sendo assim, o Governo perpetua sua forma de esculacho no que tange à questão dos mercados populares por vezes fechando boxes, expulsando, apreendendo mercadoria e quase sempre de forma violenta e repressiva, com pouca falta de diálogo. Mesmo assim o poder Judiciário disponibiliza autorização para a atividade exercida nos mercados populares, tendo em vista que reconhece direitos trabalhistas, porém, ao mesmo tempo deixa claro que, dada a precariedade da autorização, a ação fiscalizatória da prefeitura ocorre de acordo com a legislação administrativa. Portanto, tona-se meio que contraditório e fomenta a questão do esculacho por parte do Estado, esse caso demonstra as incertezas geradas por tal instituto, uma vez que o próprio Poder Judiciário reconhece a importância do direito ao trabalho e, ao mesmo tempo, reconhece a atuação do poder público como dentro das regras pertinentes à autorização de uso precário.

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