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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________, ESTADO DE ________ 
 
Processo nº: __________________ 
 
JOÃO, já devidamente qualificado nos autos do processo supra citado que lhe 
moveu a Justiça Pública, por suposta infração ao disposto no art. 155, § 4º do 
Código Penal, vem, respeitosamente, na presença de Vossa Excelência, 
inconformado com a respeitável sentença de fls., opor 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
com fundamento no art. 382 no Código Processual Penal, ante os fatos e 
fundamentos a seguir expostos: 
 
DOS FATOS 
 
Vossa Excelência, ao proferir sentença condenando João por furto qualificado, 
admitiu, expressamente, na fundamentação, que se tratava de caso de 
aplicação do privilégio previsto no parágrafo 2º, do artigo 155 do Código Penal, 
devido ao fato de que o prejuízo da vítima foi de R$ 100,00 (cem reais), 
devendo João, em face de sua primariedade e bons antecedentes, ser 
condenado à pena mínima. 
 
No entanto, na parte dispositiva, a pena foi fixada em 2 (dois) anos de reclusão, 
sendo substituída por uma pena restritiva de direito e multa, e fixado regime 
inicial aberto. 
Assim, não houve a aplicação do benefício do artigo 155, parágrafo 2º, do 
Código Penal, reconhecido na fundamentação da sentença, sendo a presente 
para que possa ver sanada a contrariedade entre fundamentação e dispositivo, 
acatando-se o furto privilegiado, já que o acusado preenche todos os requisitos 
legais, como primariedade, bons antecedentes e coisa de pequeno valor 
reconhecidos por Vossa Excelência 
 
DO DIREITO: 
 
A defesa, segura do conhecimento de Vossa Excelência, vem aduzir os 
argumentos baseados no artigo 382 do CPP que nos assegura: 
Art. 382. Qualquer das partes poderá no prazo 
 
 Há contrariedade entre a parte dispositiva e a fundamentação. 
 O magistrado deve ajustar a parte dispositiva à fundamentação, aplicando o 
§2º do artigo 155 d o Código Penal. 
 Embora, com isso, a pena venha a ser alterada, boa parte da doutrina admite, 
nos casos de contrariedade, essa possibilidade. 
 Ainda, que haja entendimento contrário à admissibilidade de privilegio no furto 
qualificado, há também orientação diversa, e, no caso, de qualquer forma, o 
juiz havia admitido a aplicação do artigo 155 §2º, do Código Penal na 
fundamentação. 
 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e 
multa. 
§ 1º - A pena aumenta- se de um terço, se o crime é 
praticado durante o repouso noturno. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a 
coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela 
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou a plicar 
somente a pena de multa. 
§ 3º - Equipara -se à coisa móvel a energia elétrica ou 
qualquer outra que tenha valor econômico. Outra não é a 
posição da jurisprudência dominante: 
 
 
DO PEDIDO: 
 
Diante do exposto e, tratando-se de evidente erro, que seja aplicado o disposto 
no artigo 155 §2º do Código de Penal, requer sejam recebidos os presentes 
embargos e, ao final julgado, para se declarar sentença embargada, a fim de 
que seja corrigido o equívoco que nela se contém, como medida de Justiça. 
 
 
 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Local, data 
Assinatura do Advogado 
OAB/SP nº ...

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