Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Leila Dutra Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial UNIDADE IV Olá aluno, nesta unidade iremos abordar: Direito do Consumidor. É uma norma que todos os cidadãos deveriam conhecer, pois está na presença dos atos mais elementares do cotidiano: o consumo. Vamos lá? Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei 8.078/90, estabelece bases para proteger a parte mais frágil nas relações de consumo, ou seja, o consumidor. Mesmo assim, no dia a dia surgem situações não previstas em lei, e cabe aos órgãos de proteção ao cidadão e principalmente aos tribunais a interpretação do que a lei descreve. Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei n. 8.078/1990 Será considerada relação de consumo, para os efeitos da lei, quando ao lado dos interesses figurarem um consumidor e um fornecedor. Envolve duas partes bem definidas: de um lado o adquirente de um produto ou serviço, chamado de consumidor, enquanto, de outro lado, há o fornecedor ou vendedor de um produto ou serviço. A relação de consumo destina-se à satisfação de uma necessidade privada do consumidor, interesse particular, que, não dispondo de controle sobre a produção de bens ou de serviços que lhe são destinados, submete-se ao poder e às condições dos produtores e fornecedores dos bens e serviços, sendo chamada hipossuficiência ou vulnerabilidade do consumidor. Relação de consumo A Lei n. 8.078/90, que é o Código de Defesa do Consumidor, define consumidor como toda pessoa natural (ser humano) ou jurídica (empresa, por exemplo) que adquire (oneroso ou gratuito) ou utiliza (consome) o produto ou serviço como destinatário final. O consumidor pode ser efetivo, ou seja, aquele que concretamente adquire o produto ou serviço, ou pode ser consumidor potencial, ou seja, aqueles que são alvos da oferta e/ou da publicidade dos produtos e serviços colocados no mercado à disposição para compra. Conceito de consumidor As pessoas jurídicas também estão incluídas na lei, como consumidoras, mas apenas aquelas que são as destinatárias finais do produto, e não aquelas que adquirem bens ou serviços como matéria-prima necessária ao desempenho de sua atividade lucrativa. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza o produto ou serviço como destinatário final. Consumidor O Código de Defesa do Consumidor define fornecedor, no artigo 3º, como toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. É aquele responsável pela colocação de produtos e serviços à disposição do consumidor, com a característica da habitualidade. Exemplos: a grande loja de departamentos e o feirante. a companhia aérea e a agência ou a operadora de viagens. Conceito de fornecedor O fornecedor pode ser o próprio Poder Público, por si ou por suas empresas autorizadas que desenvolvam atividades de serviços públicos. Os serviços públicos também estão abrangidos pelo Código de Defesa do Consumidor. Dessa forma, o Código de Defesa do Consumidor inclui no rol dos fornecedores a pessoa jurídica pública e, por via de consequência, todos aqueles que em nome dela, direta ou indiretamente, prestam serviços públicos, como toda e qualquer empresa pública ou privada que por via de contratação com a Administração Pública forneça serviços públicos. Conceito de fornecedor O ente despersonalizado também é considerado fornecedor pela nossa legislação. A massa falida (pessoa jurídica falida) possui no mercado produtos e, eventualmente, resultados dos serviços que ela ofereceu e efetivou que continuarão sob a proteção da lei do consumidor. Por exemplo: a falência de um fabricante de televisores não elimina a garantia do funcionamento dos aparelhos pelo prazo da garantia contratual e legal. As “pessoas jurídicas de fato”, aquelas que, sem constituir uma pessoa jurídica, desenvolvem, de fato, atividade industrial, comercial, de prestação de serviços etc. Por exemplo, a figura do “camelô”, ou vendedor ambulante. Conceito de fornecedor O conceito de fornecedor é gênero, no qual o fabricante, o produtor, o construtor, o importador e o comerciante são espécies: Fornecedor real (fabricante, produtor e construtor): fabricante é quem fabrica e coloca o produto no mercado. Fornecedor presumido: importador do produto industrializado ou in natura, porque os verdadeiros fabricantes ou produtores não podem, em razão da distância, ser alcançados pelos consumidores. Fornecedor aparente: é quem apõe seu nome ou marca no produto final, aquele que se apresenta como fornecedor. Comerciantes e demais participantes do ciclo produtivo e distributivo. Espécies de fornecedores responsáveis Nos termos do artigo 3º, parágrafo 1º, do Código de Defesa do Consumidor, produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial, objeto da relação de consumo. Bens econômicos, suscetíveis de apropriação, que podem ser duráveis, não duráveis, de conveniência, de uso especial etc. É qualquer objeto de interesse em dada relação de consumo e destinado a satisfazer uma necessidade do adquirente, como destinatário final. Os bens materiais são aqueles tangíveis, com consistência (peso, formato), que podem ser tocados. Os bens imateriais são aqueles intangíveis, que não podem ser tocados, exemplo: programas/software de computadores que contêm o trabalho intelectual do seu criador). Conceito de produto Bens duráveis, bens não duráveis e serviços, que se aplica igualmente tanto a bens de consumo como a bens industriais, distingue três categorias de bens, com base na taxa de consumo e na tangibilidade deles: bens duráveis – bens tangíveis, que normalmente sobrevivem a muitos usos (exemplos: roupas); bens não duráveis – bens tangíveis que normalmente são consumidos em um ou em alguns poucos usos (exemplo: carne, sabonete, etc.); serviços – atividades ou satisfações que são oferecidos à venda (exemplo: corte de cabelo, consertos). In natura – in natura, ou seja, os que não passam pelo sistema de industrialização. Produtos – classificação Cereais e grãos poderão ser classificados como: a) Intangíveis. b) Duráveis. c) Serviços. d) In natura. e) Descartável. Interatividade Cereais e grãos poderão ser classificados como: a) Intangíveis. b) Duráveis. c) Serviços. d) In natura. e) Descartável. Resposta Nos termos do artigo 3º, parágrafo 2º do Código de Defesa do Consumidor, serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. No entendimento da expressão “remuneração”, excluem-se os tributos, as taxas e as contribuições de melhoria, ou seja, excluem-se as relações inseridas na área tributária, que se referem ao Fisco e ao contribuinte. Por outro lado, incluem-se as tarifas ou preços públicos, cobrados pela prestação de serviços pelo Poder Público, ou mediante concessão ou permissão às empresas de iniciativa privada. Exemplo: transportes, telefonia, água, luz etc. Conceito de serviço Os serviços não duráveis serão aqueles que, de fato, exercem-se uma vez prestados, tais como os serviços de transporte, de diversões públicas, de hospedagem etc. São considerados serviços duráveis os que, tais como os contínuos: tiverem continuidade no tempo em decorrência de uma estipulação contratual, são exemplos: a prestação dos serviços escolares, os chamados planos de saúde etc., bem como todo e qualquer serviço que no contrato seja estabelecido como contínuo; embora típicos de não durabilidade e sem estabelecimento contratual de continuidade,deixarem como resultado um produto; por exemplo: a pintura de uma casa, a colocação de um boxe, os serviços de assistência técnica e de consertos. Classificação de serviços Proteção da vida, saúde e segurança. Recall. Educação e informação do consumidor. Proteção contra publicidade enganosa e práticas comerciais abusivas. Prevenção de danos individuais e coletivos. Inversão do ônus da prova: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: [...] VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova (...). Política Nacional de Consumo O fabricante/produtor é que terá de provar que o dano não ocorreu por causa do produto ou serviço, mas por outra causa. Ou seja, o fornecedor sempre será considerado culpado, ele é que deverá provar que a culpa é do consumidor. Responsabilidade objetiva Artigo 6º do CDC: são direitos básicos do consumidor: I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. É obrigação das diversas modalidades de fornecedores de produtos e serviços adotar todas as providências necessárias, até para evitar riscos ao consumo de produtos, ainda que intrinsecamente apresentem algum risco. Direitos básicos do consumidor É a responsabilidade pelo fato de o produto ou serviço decorrer de um vício capaz de frustrar a legítima expectativa do consumidor quanto à sua utilização ou fruição. A expectativa do consumidor estará frustrada se o produto ou serviço contiver riscos à integridade física (periculosidade) ou patrimonial (insegurança) do consumidor ou de terceiros. Assim, do vício do produto ou serviço podem se originar dois tipos de responsabilidade para o fornecedor: responsabilidade pelo vício e responsabilidade pelo defeito, resultando em danos materiais e/ou morais, que possam vir a ocorrer em razão da existência do vício. Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço Exemplos de fato do produto: telefones celulares cujas baterias explodiram, causando queimaduras no consumidor. Exemplos de fato do serviço: uma dedetização cuja aplicação de veneno seja feita em dosagem acima do recomendado, causando intoxicação no consumidor. O fato do produto ou do serviço deve desencadear um dano que extrapole a órbita do próprio produto ou serviço. Prazo para arguir responsabilidade por fato do produto ou do serviço: é prescricional, pois diz respeito a uma pretensão a ser deduzida em juízo. No caso, o prazo é de 5 (cinco) anos, iniciando-se sua contagem a partir do conhecimento do dano e de sua autoria, consoante disposto no art. 27 do CDC. Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço O vício tem de ser substancial, levando em conta aspectos intrínsecos e extrínsecos (apresentação do produto ou do serviço) que afetam a segurança do consumidor, considerando o uso e os riscos que razoavelmente se esperam do produto ou serviço. Os vícios podem ser de criação (projeto e fórmula), de produção ou de fabricação, de informação ou comercialização. Produtos com vícios Responsáveis são os fornecedores (sem distinção) de serviço ou de produtos de consumo duráveis ou não duráveis. Aqui estão incluídas todas as espécies de fornecedor, sem limitação. A responsabilidade é solidária, ou seja, o consumidor poderá propor a ação judicial contra todos os fornecedores, ou contra alguns, ou até mesmo contra um só. Há a solidariedade passiva, ou seja, se o escolhido não ressarcir o consumidor integralmente, ele poderá intentar ação contra outro fornecedor. A responsabilidade dos fornecedores, além de solidária, é objetiva, ou seja, independente de culpa. Responsabilidade por vício do produto ou serviço Como regra geral, os vícios podem ser aparentes ou ocultos. Vícios aparentes (ou de fácil constatação), como o próprio nome diz, são aqueles que aparecem no singelo uso e consumo do produto ou serviço. Vícios ocultos são aqueles que aparecem algum ou muito tempo após o uso e/ou que, por estarem inacessíveis ao consumidor, não podem ser detectados na utilização ordinária. Espécies de vício São os vícios capazes de tornar o produto impróprio ou inadequado ao consumo ou lhe diminuir o valor. Podem ser ocultos (ex.: defeito no sistema de freios) ou aparentes (ex.: vencimento de prazo de validade). A lei equiparou aos vícios de qualidade os vícios decorrentes de disparidades com as indicações do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária. Os fornecedores não estão impedidos de colocar produtos com vícios no mercado, desde que haja abatimento do preço e informações adequadas ao consumidor. Vícios de qualidade O fornecedor, desde o recebimento do produto com vício, tem trinta dias para saná-lo definitivamente, sem ônus. É proibida a recontagem de tempo (prazo de trinta dias) toda vez que o produto retornar com o mesmo vício, sendo permitida a recontagem no caso de surgimento de vícios diversos. Se o problema não for sanado no prazo de 30 dias, o fornecedor sofrerá as sanções legais (descritas a seguir) à livre escolha do consumidor. O fornecedor e o consumidor podem convencionar redução ou ampliação contratual do prazo de trinta dias para saneamento do vício do produto, que nunca poderá ser inferior a sete nem superior a 180 dias, sendo sempre necessária a concordância do consumidor. Prazo para saneamento do vício Caso o vício não seja sanado dentro do prazo legal (trinta dias), o consumidor poderá exigir, alternativamente, a sua escolha: a substituição do produto por outro em perfeitas condições de uso, da mesma espécie (marca, modelo); se não for possível, poderá haver substituição por outra espécie, mediante complementação ou substituição de preço. a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de perdas e danos; abatimento proporcional do preço. Sanções para os vícios de qualidade O prazo para o fornecedor sanar o vício de qualidade é de: a) 30 dias. b) 20 dias. c) 15 dias. d) 7 dias. e) 24 horas. Interatividade O prazo para o fornecedor sanar o vício de qualidade é de: a) 30 dias. b) 20 dias. c) 15 dias. d) 7 dias. e) 24 horas. Resposta Sempre que respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, o vício de quantidade se dá toda vez que ocorre diferença a menor de qualquer tipo de medida da porção efetivamente adquirida e paga pelo consumidor, com relação às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem, mensagem publicitária, oferta, contrato etc. Vícios de quantidade O consumidor é que escolhe: complementação do peso ou da medida; a substituição do produto por outro, da mesma espécie, marca ou modelo; se não for possível, poderá haver substituição por outra espécie, mediante complementação ou substituição de preço; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de perdas e danos; abatimento proporcional do preço. Sanções para os vícios de quantidade Os vícios de serviço acontecem quando os serviços se mostram inadequados para os fins que deles se esperam, não atendem às normas regulamentadas de prestabilidade, ou quando há disparidade em relação às indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária. O serviço defeituoso é o que frustra a expectativa do consumidor em relação ao modo como ele é prestado; aos riscos que seu uso apresenta; ou à época em que foi prestado, não podendo mostrar sinais de envelhecimento. Vícios de serviço Caso o vício não seja sanado dentro do prazo legal, o consumidor poderá exigir, alternativamente, a sua escolha: reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de perdas e danos; abatimento proporcional do preço. A reexecuçãodos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. Sanções para os vícios de serviço Consiste na extinção dos direitos pela inércia dos titulares (consumidores), em determinado período de tempo. O Código do Consumidor estabeleceu, no artigo 24, uma garantia legal, que o fornecedor dela não pode desonerar. Portanto, o direito de reclamar por vícios aparentes ou ocultos dos produtos ou serviços extingue-se em: trinta dias, em se tratando de fornecimento de produtos ou serviços não duráveis; noventa dias, em se tratando de fornecimento de produtos ou serviços duráveis. Prazo da garantia legal (decadência) A durabilidade está relacionada com o tempo médio de consumo dos produtos ou serviços. Por exemplo: produtos alimentares e vestuário são considerados não duráveis, enquanto eletrodomésticos e veículos são considerados duráveis. O termo inicial da decadência começa a partir da efetiva entrega do produto ou do término da execução do serviço para os vícios aparentes, e a partir do momento em que ficarem evidenciados os defeitos para os vícios ocultos. Em outras palavras, é preciso que o consumidor possa começar a usufruir do produto e do serviço. Prazo da garantia legal (decadência) O prazo de validade do produto ou serviço garante ao consumidor que o produto, até a data marcada, encontra-se em condições adequadas de consumo e que, após a data marcada, o risco do serviço ou do consumo do produto é do consumidor. Decorre também a proibição da comercialização de produtos fora do prazo, possibilitando a queda de preços dos produtos que estão próximos do último dia do prazo de validade. Prazo de validade O defeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa que cause um dano maior que simplesmente o mau funcionamento, o não funcionamento, a quantidade errada, a perda do valor pago. O defeito causa além do dano do vício, porque o produto ou serviço não cumpriram o fim ao qual se destinavam, outros danos ao patrimônio material e/ou moral e/ou estético e/ou à imagem do consumidor. Temos então que o vício pertence ao próprio produto ou serviço, jamais atingindo a pessoa do consumidor ou outros bens seus. O defeito vai além do produto ou do serviço para atingir o consumidor em seu patrimônio jurídico mais amplo. Produtos com defeito Há responsabilidade do fornecedor em relação aos danos causados por defeito no produto ou serviço prestado, ou por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. O Código refere-se a fornecedor abrangendo todos os participantes do ciclo produtivo e distributivo em matéria de responsabilidade por danos, o código mencionou alguns fornecedores, responsabilizando fabricante, produtor, construtor e importador. A responsabilidade dos fornecedores, além de solidária, é objetiva, ou seja, independente de culpa, há necessidade de provar apenas o nexo de causalidade entre o produto ou serviço e o evento dano. Responsabilidade por danos Segundo o artigo 27 do CDC: prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Responsabilidade civil: entende-se por responsabilidade civil a circunstância de alguém ter de ressarcir algum prejuízo causado a outrem. O dano poderá ser: material, moral, estético, lucro cessante. A responsabilidade dos fornecedores A prescrição, quanto à pretensão de reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço, ocorrem em: a) 02 anos. b) 03 anos. c) 05 anos. d) 20 anos. e) 90 dias. Interatividade A prescrição, quanto à pretensão de reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço, ocorrem em: a) 02 anos. b) 03 anos. c) 05 anos. d) 20 anos. e) 90 dias. Resposta Dispõe o artigo 8º, do CDC: Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Informações necessárias e adequadas. O fornecedor deve dar informações sobre os riscos que não são normais e previsíveis em decorrência da natureza dos produtos e dos serviços. Qualidade e segurança dos produtos e serviços O parágrafo único do artigo 8º do CDC especifica a obrigação do fabricante do produto industrializado de fornecer as informações em impressos que devem acompanhar o produto. Exemplo: manual de instruções. Se o produto é importado e na origem é feito por indústria, é ao importador que cabe fornecer as informações, e se elas já acompanharem o produto, será ele o responsável pela tradução a ser oferecida em impresso próprio que deverá acompanhar o produto. Impressos O Código de Defesa do Consumidor dispõe sobre o direito de arrependimento do consumidor, que pode voltar atrás em sua declaração de vontade de celebrar a relação jurídica de consumo. Esse direito poderá ocorrer se a contratação for efetuada fora do estabelecimento comercial, “especialmente” se for por telefone ou em domicílio. Não precisa ser justificado pelo consumidor. Não precisa ter motivo declarado. Basta a vontade de voltar atrás. Prazo de sete (07) dias: a partir da conclusão do contrato de consumo ou do ato de recebimento do produto ou serviço. Direito de arrependimento Condicionamento do fornecimento de produto ou serviço: venda casada ou condição quantitativa. Recusa do atendimento à demanda do consumidor. Fornecimento não solicitado: o produto ou serviço só pode ser fornecido desde que haja solicitação prévia por parte do consumidor. Aproveitamento da hipossuficiência do consumidor. Exigência de vantagem excessiva. Serviços sem orçamento ou autorização do consumidor. Divulgação de informações negativas sobre o consumidor. Colocar no mercado produtos e serviços em desacordo com as normas técnicas. Inexistência ou deficiência de prazo para cumprimento da obrigação por parte do fornecedor. Práticas comerciais abusivas A Decadência é conhecida como a perda do direito material em razão do decurso do tempo, ou seja, perde-se o direito de algo por ter acabado o tempo, seja de reclamar ou reaver o bem ou direito. A Prescrição, pode-se afirmar que é conhecida como a perda do direito de ação em razão do decurso do tempo, ou, em outras palavras, perde-se o direito de reclamar em juízo sua pretensão em função da perda do tempo. Decadência e Prescrição I. 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis; II. 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis. Em seu § 2º, diz que obstam a decadência: I. a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; III. a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. Com relação ao início dos referidos prazos decadenciais, preveem os § 1º e 3º do mesmo artigo: § 1º. Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços; [...] § 3º. Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. No CDC é diferente, o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: Cláusulas abusivas. Cláusula de não indenizar. Cláusula de renúncia ou disposição de direitos. Cláusula de limitação da indenização com consumidor. Cláusula que impeça o reembolso da quantia paga pelo consumidor etc. Contratos de adesão. Cobrança de dívidas. Da proteção contratual Enganosa. Abusiva. Responsabilidade do fornecedor-anunciante, das agências e do veículo. Oferta e publicidade. Artigo 30: toda informação ou publicidade, suficientemente precisa veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Transparência. Publicidade e propaganda As empresas prestadoras de serviços que são reguladas pelo poder público (energia elétrica, telefonia móvel ou fixa, televisão por assinatura, planos de saúde, aviação civil, empresas de ônibus interestaduais, seguradoras, bancos, financeiras, operadoras de cartões de crédito, consórcios) devem seguir determinações estipuladas pelo Decreto Federal nº 6.523. O Decreto prevê regras como: Arquivar as conversas telefônicas, pelo prazo de 90 dias. Manter em sigilo as informações do consumidor. Atender imediatamente à solicitação de rescisão. Entre outros... Serviço de Atendimento Telefônico aos Consumidores − SAC De acordo com o Código Civil, a reparação do dano poderá assegurar o ressarcimento: a) Somente o lucro cessante. b) Somente o dano material. c) Somente o dano moral. d) Somente o dano estético. e) Se for o caso, todos os danos elencados anteriormente. Interatividade De acordo com o Código Civil, a reparação do dano poderá assegurar o ressarcimento: a) Somente o lucro cessante. b) Somente o dano material. c) Somente o dano moral. d) Somente o dano estético. e) Se for o caso, todos os danos elencados anteriormente. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar