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AD1 EJA 2020 1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
Avaliação a Distância 1 (AD1) – 2020.1 
 
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos 
Coordenadora: Professora Andrea Fernandes 
Aluno(a) 
Matrícula: 
NOTA: 10 
 
Caro/a Estudante, 
Nosso objetivo com a Avaliação a Distância é possibilitar o desenvolvimento das respostas a 
partir de pesquisas e leituras que possam ser feitas utilizando-se, para isso, o material didático 
postado em cada aula como obrigatórios e o livro da disciplina como material complementar. 
Além disso, outros materiais relacionados aos temas podem fazer parte de sua pesquisa e devem 
ser indicados na elaboração da avaliação. Ao final da resposta de cada questão registre as 
referências bibliográficas utilizadas, conforme as normas da ABNT. 
Sugerimos, mais uma vez, entendê-la como um trabalho de pesquisa. 
Bom trabalho! 
 
Questão 1: (valor: até 5,0 pontos) 
O artigo “Escolarização de jovens e adultos”, de Sérgio Haddad e Maria Clara Di Pierro (In: Revista 
Brasileira de Educação, n. 14, maio-ago/2000, p. 108-130) que faz parte do material didático da 
disciplina, apresenta uma visão panorâmica da educação para pessoas jovens e adultas. 
Releia o artigo e apresente uma resenha crítica de até 30 linhas (Fonte Times new Roman, 12, 
espaçamento 1,5). 
 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL 
 O conhecimento é primordial para a subsistência de uma sociedade. O que antes era 
transmitido verbalmente através das gerações, sem levar em conta nível social, a partir da 
escrita foi introduzido à concepção de que, quem era letrado, dominava e era superior aos 
demais. Vemos isto perdurar e chegar ao Brasil no período Colonial, onde uma minoria 
alfabetizada dominava a maioria analfabeta. Contudo, surgem neste período, as primeiras 
tentativas de alfabetização da população por parte dos Jesuítas através do evangelismo, que 
entendiam que todos tinham direito à educação. Já no período do Império, somente os 
alfabetizados, isto é a elite, eram considerados cidadãos. Não havia a preocupação em 
fornecer uma cidadania digna á maior parte populacional analfabeta, pois eram pobres. 
 Ao longo dos anos, programas de alfabetização ineficazes foram implantados no 
Brasil, Tal insucesso deu-se pelo descompromisso por parte dos governos, em cumprir o que 
determina a Constituição brasileira de 1824, que é de: oferecer uma “instrução primária e 
gratuita para todos os cidadãos”, deixando esta obrigação, muita das vezes, a cargo de 
instituições privadas ou filantrópicas. 
O governo assumiu este compromisso com a sociedade em alfabetizar jovens e adultos 
a partir do ano de 1940, porém, não havia uma preocupação em se formar cidadãos pensantes 
e capazes de evoluir, não eram respeitados as necessidades de aprendizado de cada um, o 
despreparo dos profissionais para atender a demanda, utilizavam – se de uma metodologia 
retrógrada e desinteressante aos alunos, fazendo com que os mesmos detivessem a 
responsabilidade de se enquadrarem ao método para conseguirem o sonhado diploma. Na rede 
privada, era possível encontrar meios mais interessantes de estudo, mas inacessíveis à maior 
parte da população. 
Uma nova tentativa de erradicar a analfabetismo entre jovens e adultos, resultou no 
repasse da responsabilidade pela mesma para os estados e municípios, que para suprirem a 
necessidade, oferecem, também, um método de ensino ineficaz e que não incentiva sua 
continuidade. 
Enquanto a Educação de jovens e adultos atender somente a ideia de preencher vagas 
e destacar governos, continuaremos com uma sociedade que não valoriza a educação, somente 
um diploma. Faz-se necessária uma política educacional de jovens e adultos conjunta, entre 
governos, instituições e sociedade, onde não se vê este aluno como um número na estatística, 
mas atenta às necessidades destes educandos, respeita sua cultura, classe social e utiliza- se de 
formas alfabetizadoras eficientes tornando-os cidadãos, em que, não são dominados por uma 
minoria, mas decidem o próprio futuro. 
 
 Questão 2: (valor: até 5,0 pontos) 
2.1 – Assista ao curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos. 
 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Qwa7BmfQ4Rs 
 
2.2 – Elabore uma análise crítica, relacionando a animação de Márcio Ramos a contextos vivenciados. 
Em sua análise, considere a necessidade de oferta de classes de EJA produzida a partir de situações de 
vida como as apresentada no curta-metragem. 
 
O curta-metragem “Vida Maria”, de Márcio Ramos, pontua uma realidade brasileira: a 
discriminação da mulher sertaneja e o acesso à alfabetização. 
É perceptível que durante sua infância, Maria José teve influência alfabetizadora, pois 
consegue escrever seu nome. Porém, logo ela é impedida, não só por sua mãe, mas também 
pela sociedade e governo por conta de uma ideologia machista e arcaica, de que mulher 
nasceu para casar e cuidar da casa, frustrando assim, qualquer sonho de perpetuar nos estudos. 
Este filme não trata de um caso isolado, pois ao longo das gerações, as “Marias” 
sofreram a mesma situação. 
Vemos tantas „Marias‟ pelo Brasil, seja homem ou mulher, que durante a infância 
foram impedidos de serem alfabetizados, seja por conta de preconceito, desmotivação ou 
questões financeiras. E as políticas educacionais para jovens e adultos, não chegam à maioria 
desta população, pois não trazem benefícios políticos, isto é, não obtém votos. 
Concluímos que, enquanto a educação de jovens e adultos for entendida somente 
como um método complementar, esta parcela da população continuará a ser excluída da 
sociedade e não serão vistas como cidadãos que obtém o direito de ler, escrever, pensar e 
viver. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Salgado, Edmée Nunes, Educação de Jovens e Adultos. V. 1 / Edmée Nunes Salgado; Paulo Vorrêa 
Barbosa. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005, p. 20 – 27 
 
 
Haddad, Sérgio Haddad, Di Pierro, Maria Clara, Escolarização de Jovens e Adultos. In: Revista 
Brasileira de Educação, n. 14, maio-ago/2000, p. 108-130 
Ramos, Marcio, Vida Maria, 2007, 9 minutos

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