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Punibilidade Livro Eletrônico DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro- vado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Po- lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen- te), PRF (Agente), Ministério da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br 3 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas SUMÁRIO Introdução ................................................................................................3 1. Extinção da punibilidade ..........................................................................4 1.1 Morte do Agente ...................................................................................7 1.2 Anistia, Graça e Indulto ......................................................................10 1.3. Decadência, renúncia, perdão e perempção ...........................................11 1.3.1. Decadência .....................................................................................11 1.3.2. Renúncia ........................................................................................13 1.3.3. Perdão ...........................................................................................14 1.3.4. Perempção .....................................................................................16 1.4. Abolitio Criminis .................................................................................18 1.6. Perdão Judicial ...................................................................................20 2. Prescrição ............................................................................................21 2.1. Espécies ...........................................................................................23 Resumo ...................................................................................................35 Questões de Concurso ...............................................................................40 Gabarito ..................................................................................................45 Gabarito Comentado .................................................................................46 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Introdução E aí, guerreiros! Na aula de hoje, vamos tratar de dois assuntos chatos, que envolvem muita leitura da legislação vigente, mas que são absolutamente importantes para fins de prova: a PRESCRIÇÃO e as demais causas de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. Você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e culpável, o autor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no entanto, depende de uma série de circunstâncias, as quais também estudaremos de forma detalhada. Sem mais delongas, vamos ao que interessa! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1. Extinção da Punibilidade Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas que o aluno aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decorrer da história, monopolizado pelo Estado. Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança pri- vada”, como ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros exploravam e disputavam áreas da Europa. Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o caráter de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário – em alguns casos, mesmo diante de uma situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa exercer o seu direito de punir. Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo prati- que um crime, e que mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito e culpável, não possa ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de extinguir o direito de punir do qual o Estado é detentor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último não depende da conduta ser de fato, punível. Previsão Legal Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no CP, em seu artigo 107: Extinção da punibilidade Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: I – pela morte do agente; II – pela anistia, graça ou indulto; III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV – pela prescrição, decadência ou perempção; V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas O rol acima eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental. Uma vez que você já foi apresentado ao rol acima, é essencial entender o se- guinte: O art. 107 apresenta um rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade! Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar arroladas em outros pontos da legislação, como por exemplo o que ocorre com o delito de peculato culposo, que possui uma previsão específica de causa extintiva de punibilidade para a sua conduta. Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas (ao menos em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas dos diplomas legais e artigos que apresentam tais especificidades, e não podem ser cobradas se o examinador não mencionar tais pontos da legislação no conteúdo programático do edital. Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das causas extintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar pela primeira delas: A morte do agente.1.1 Morte do Agente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas CF/88 – Art. 5º: XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de re- parar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio trans- ferido; O Juiz federal Sérgio Moro decretou a extinção da punibilidade da ex-primeira- -dama Marisa Letícia em uma das ações que tramitavam sob sua jurisdição. Marisa Letícia, como foi amplamente noticiado, faleceu em 03/02/2017 no Hospital Sírio- -Libanês, vítima de um AVC. Por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da puni- bilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do conde- nado, excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, que podem ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF. Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia sol- vit”. Uma vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa a persecução penal: A ação penal não se instaura, se estiver instaurada ela cessa, e se já finalizada não se executa a pena aplicada! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Pontos relevantes sobre a morte Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no âmbito penal: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1.2 Anistia, Graça e Indulto A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o in- dulto. São institutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos esquematizar! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1.3. Decadência, renúncia, perdão e perempção A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que embora sejam institutos diferentes, todos tem o mesmo condão (de extinguir a punibilidade). Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais abrangentes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência! 1.3.1. Decadência “Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.” Guilherme Nucci Ou seja: o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública condicionada à representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), motivo pelo qual o direito de agir se esvaiu, e cessou a existência do direito de punir. Este instituto também está previsto no CPP, em seu art. 38, que merece ser lido: Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis me- ses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Os prazos em questão estão relacionados com a representação ou queixa do ofendido não ser intentada no prazo legal, de modo que, via de regra, é de 6 me- ses, a contar da data do conhecimento da autoria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Outra consequência importante da vinculação da decadência aos prazos de re- presentação ou queixa é a seguinte: Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada! Se a ação penal pública incondicionada não necessita de representação ou quei- xa do ofendido, não há que se falar em decadência! Observações Importantes sobre a Decadência O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1.3.2. Renúncia Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: A renún- cia é um instituto que só se aplica na ação penal privada. Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! O que acontece na renúncia é o seguinte: Uma vez que a ação penal é privada, o ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo. Tendo em vista que neste caso temos um direito disponível, o ofendido pode optar por renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi seja exercido em desfavor do acusado. Existem duas modalidades de renúncia: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos acima (a renúncia expressa ou tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibilidade do autor. Características da Renúncia 1.3.3. Perdão Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, temos o instituto do perdão. Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidindo, por- tanto, não renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Mesmo nesse caso, ainda assim será possível que o ofendido não veja o autor do delito ser punido pelo Estado. Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciadaa ação penal, portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido. Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação penal privada. O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o inte- resse de ver o autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a extinção da punibilidade. Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos mesmos moldes da renúncia. Características Peculiares do Perdão São características do perdão que divergem daquelas previstas para a renúncia: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não acei- tar o perdão! Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que o julgamento vá até o final, se acreditar por exemplo que é inocente e que poderá ser absolvido! Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para se manifestar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão como aceito! Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, à todos os acusados. Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que decidirem não aceitá-lo. Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão con- cedido por uma das vítimas não afeta o direito das outras de continuarem com o processo! 1.3.4. Perempção E para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é aplicável apenas à ação penal privada: A perempção. Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a queixa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor processado antes mesmo do início da ação penal, e no perdão, o ofendido decide perdoar o autor durante o processo. Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelan- te (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade que ocorre nos seguintes casos: Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio – é impor- tante revisar esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol des- penca em provas!! Apenas uma observação: Na hipótese em que o querelante deixa de formular o pedido de condenação nas alegações finais, não temos um mero esqueci- mento do querelante. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais DEIXEM CLARO que o querelante não quer mais ver o acusado punido. Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do quere- lado, e que apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não deverá ser declarada a perempção! 1.4. Abolitio Criminis Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Outra causa extintiva de punibilidade a abolitio criminis, ou seja, o surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime. Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 11.106/2005, que revogou o crime de adultério. A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por exemplo, permanecerão. Observação Importante É importante ainda observar que não basta a revogação formal de uma nor- ma incriminadora para que ocorra a abolitio criminis. É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formal- mente um tipo penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso acontecer, não houve a descontinuidade normativo-típica, e consequentemente, não houve abolitio criminis! Veja um exemplo para simplificar: O legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (Art. 214 CP). Entretanto, o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser considerado como uma modalidade de estupro (Art. 213 CP). Na situação acima, que realmente aconteceu em nosso ordenamento jurídico, o legislador revogou o art. 214 CP, mas não ocorreu a abolitio criminis, haja vista que a conduta continuou a ser punida nos termos do art. 213 do Código Penal! 1.5 Retratação Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado. São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1.6. Perdão Judicial O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente que iremos estudar na aula de hoje é o perdão judicial. Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade. No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Código Penal, a pre- visão do art. 120 é de que estamos diante de sentença CONDENATÓRIA sem efeito de reincidência: Perdão judicial Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobran- do o assunto na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou apenas a letra da lei), pode optar pela resposta correta. Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está no art. 121 do Código Penal (homicídio): § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. E assim, caro aluno, terminamosa exposição das principais causas extintivas de punibilidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que embora também seja causa extintiva de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista sua maior complexidade e nível de detalhamento em face das outras hipóteses que acabamos de estudar. Vamos em frente! 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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Caso notório foi o que ocorreu com o jogador Edmundo, condenado em 1999 por acidente que matou 3 pessoas e teve declarada a extinção da punibilidade pela prescrição quando o caso chegou ao STF. O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa de extinção da punibilidade. Entretanto, o problema são as nuances que envol- vem a prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante. Comecemos com uma afirmação básica: Existem casos em que a prescrição de um delito é inadmissível em nos- so ordenamento jurídico! Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte, e estão arrolados como tal na própria CF/88. São os seguintes casos: Delitos Imprescritíveis XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Não há previsão de imprescritibilidade de delitos no Código Penal – apenas na Constituição Federal. A doutrina majoritária inclusive defende que existe uma vedação implícita na criação de hipóteses de imprescritibilidade em legis- lação infraconstitucional, visto que a prescrição dos delitos seria um direito fundamental. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Entretanto, de forma divergente, cabe observar que já houve posicionamento do STF, em sede de Recurso Extraordinário, no sentido de que a CF não veda que a legislação infraconstitucional crime novas hipóteses de delitos imprescritíveis. Esse assunto é polêmico, mas é importante que você conheça as duas vertentes! A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis em nosso ordenamento jurídico: O racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos para os quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar as espécies de prescrição existentes em nosso ordenamento! 2.1. Espécies Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas A diferença entre ambas é simples: A PPP ocorre antes do trânsito em julgado, e a PPE, depois. PPP Prescrição antes de transitar em julgado a sentença Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em rela- ção à pena cominada? Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja reco- mendável, recomendo que o aluno não se esforce demais tentando decorar esses seis incisos. Dedique-se a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria. Dito isso, é importante observar o seguinte sobre a PPP: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12234.htm#art2 26 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Efeitos A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos secundários como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, remove tanto efeitos penais quanto extrapenais! Categorias A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora em diante: Vamos começar pela prescrição propriamente dita. Prescrição propriamente dita A prescrição propriamente dita é a primeira espécie de PPP (prescrição da pre- tensão punitiva), e ocorre antes da sentença condenatória. Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o pra- zo prescricional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela pena máxima cominada ao delito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Vejamos um exemplo para compreender melhor o cálculo da prescrição: Para verificar se houve a extinção da punibilidade pela prescrição do delito na situação acima, primeiro devemos nos perguntar o seguinte: Quando se inicia contagem do prazo prescricional? A resposta está no art. 111 do CP: Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a cor- rer: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I – do dia em que o crime se consumou. II – no caso detentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Certo. A contagem do prazo prescricional deve se iniciar em 01/01/2001, data em que Danny praticou o delito de furto simples (Art. 111, inciso I). É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como prazos penais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que está incluído o dia do começo na contagem do prazo. Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o prazo prescricional para o delito de furto simples: Agora ficou fácil. Temos o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas O exemplo acima foi bastante simplificado – não estamos consideramos as causas de interrupção ou de suspensão da prescrição, por exemplo – mas o ob- jetivo é que você entenda a formula básica sobre a prescrição punitiva propria- mente dita. Com base apenas nos dados acima, note que o IP só foi entregue ao Ministério Público 8 anos após a prescrição do delito, de modo que o agente delitivo já teve extinta sua punibilidade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, se deu bem com a demora do Estado para apurar o delito de furto. Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente. Primeiramente, vamos ler o que diz o Código Penal: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu- la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acu- sação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. Traduzindo: O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito. Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o trânsito em julgado da sentença! Vejamos uma situação hipotética para melhor compreensão: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Na situação acima, note que não há mais a possibilidade de que a pena comina- da se torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reforma- tio in pejus quando o Tribunal competente avaliar a causa). Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que serve como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de re- clusão). Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano e 2 anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocorrerá a prescrição superveniente! No caso da prescrição superveniente, inicia-se a contagem do prazo pres- cricional a partir da publicação da sentença condenatória recorrível, e não da consumação do delito! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Por esse motivo, na situação hipotética acima, o Tribunal teria até o ano de 2007 para julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente! Prescrição Retroativa A última modalidade de PPP é semelhante à prescrição superveniente, no entan- to, como o próprio nome diz, é contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publicação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia. Vejamos: Na situação acima, note que houve uma dilatação temporal grande entre o rece- bimento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível. O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), entretanto, devemos tomar por base o prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse cálculo (como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri). Prescrição da Pretensão Executória Finalizadas as hipóteses de PPP (prescrição da pretensão punitiva), temos fi- nalmente a prescrição da pretensão executória, que ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação quanto para a defesa. Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu- la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 34 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada com trânsito em julgado. Basta calcular a prescriçãocom base na pena aplicada, e de acordo com o art. 109. A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3). Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que tratam das causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos: Causas impeditivas da prescrição Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconheci- mento da existência do crime; II – enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. Causas interruptivas da prescrição Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II – pela pronúncia; III – pela decisão confirmatória da pronúncia; IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena; VI – pela reincidência. § 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 35 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qual- quer deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol acima. Você precisa conhece-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima dessas hipóteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos acima. Penas Leves & Concurso de Pessoas Por fim, é importante observar as seguintes peculiaridades previstas no CP: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 36 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas RESUMO Extinção da punibilidade • A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último não depende da conduta ser de fato, punível. • Hipóteses (Art. 107): – I - pela morte do agente; – II - pela anistia, graça ou indulto; – III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como crimi- noso; – IV - pela prescrição, decadência ou perempção; – V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; – VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; – IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. • O rol do art. 107 é exemplificativo! Espécies: • Morte do Agente – Não impede que a vítima intente ação civil para reparação de dano contra os herdeiros do autor. – Mesmo com a morte do agente delitivo, os familiares podem intentar ação de revisão criminal. – A extinção da punibilidade de um dos agentes que tenha falecido não irá se estender aos coautores e partícipes. – Se a morte for presumida, a posição majoritária dos doutrinadores é que não ocorre a extinção da punibilidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas • Anistia, Graça e Indulto – Anistia é um “perdão” oferecido pelo CONGRESSO NACIONAL. - Atinge um FATO e não uma PESSOA. – Graça é um “perdão” oferecido pelo Presidente da República. - Atinge uma PESSOA e não um FATO. – Indulto é uma graça em sua modalidade coletiva. • Decadência, renúncia, perdão e perempção – Decadência: - É a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente. - Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada! - O prazo de decadência não pode ser suspenso, prorrogado ou interrom- pido. - Nos casos de dúvida se houve ou não o fim do prazo e ocorreu a deca- dência, deve-se decidir EM FAVOR DO OFENDIDO, permitindo-se que ele ajuíze a ação penal! – Renúncia - Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! - O ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo. - Renúncia Expressa: - O ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais ver processado o autor do delito. - Renúncia Tácita - O ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas - Características da Renúncia: - Unilateral - Pré-Processual - Indivisível - Irretratável – Perdão - Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicá- vel somente à ação penal privada. - A principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido. - Características Peculiares do Perdão - Bilateral - Pós-Processual – Perempção - É aplicável apenas à ação penal privada - É uma negligência do querelante (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais - Abolitio Criminis – Surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime. – Não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença – É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica! • Retratação – A lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado - Exemplos: Delitos de Injúria e Difamação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL PunibilidadeProf. Douglas Vargas • Perdão Judicial – Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor de um delito. – O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade. Prescrição • Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia. Delitos Imprescritíveis • Racismo; • Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; • Segundo o STF, a CF não impede a criação de novos delitos imprescritíveis por legislação infraconstitucional; • Segundo a Doutrina, existe uma vedação implícita à criação de delitos im- prescritíveis em legislação infraconstitucional, haja vista que o direito a pres- crição é verdade direito fundamental. Espécies de Prescrição • PPP: Prescrição da pretensão punitiva. • PPE: Prescrição da Pretensão Executória O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Categorias de PPP • Prescrição propriamente dita – Ocorre antes da sentença condenatória. – Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricio- nal pela pena máxima cominada ao delito • Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente – O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito. – Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o trân- sito em julgado da sentença! – Inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sen- tença condenatória recorrível, e não da consumação do delito! • Prescrição Retroativa – É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publi- cação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia. PPE • Ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação quanto para a defesa. • Caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas QUESTÕES DE CONCURSO 1. (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sendo a punibilidade requisito do crime sob o aspecto formal, excluída a pretensão punitiva, não estará caracterizado o crime. 2. (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de ocorrência da deca- dência, causa de extinção da punibilidade com efeito ex tunc, subsiste após o início da ação penal condicionada ou da ação penal privada. 3. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)O instituto da abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material, enquanto o prin- cípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão formal. 4. (FUNIVERSA/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais benigna, que deve al- cançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda que em fase de execução. 5. (CESPE/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a inte- grar outro tipo penal, criado pela norma revogadora. 6. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) As causas extintivas da punibilidade relacio- nadas no artigo 107 do Código Penal Brasileiro são exemplificativas, podendo se- rem encontradas diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, como na legislação especial esparsa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-tecnico-judiciario-administrativa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-tecnico-judiciario-administrativa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/funiversa-2015-seap-df-agente-de-atividades-penitenciarias https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tre-go-analista-judiciario-area-judiciaria https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/mpe-sc-2014-mpe-sc-promotor-de-justica-matutina 42 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 7. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) A anistia, causa de extinção da punibilidade, consiste em ato de clemência cuja concessão cabe ao presidente da República, por meio de decreto. 8. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Por ser um ato unilateral, o perdão do ofendido não pode ser recusado pelo ofensor. 9. (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO) Em se tratando de abolitio criminis, serão atingidas pela lei penal as ações típicas anteriores à sua vigência, mas não os efeitos civis decorrentes dessas ações. 10. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Não se admite a prescrição da preten- são executória antes do trânsito em julgado da sentença para ambas as partes. 11. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Mesmo que ocorra a prescrição da pre- tensão executória, a sentença condenatória poderá ser executada no juízo cível para efeito de reparação do dano. 12. (CESPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) A abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais, principais e secundários, subsistindo os efeitos civis. 13. (CESPE/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Na contagem dos prazos de prescrição e decadência, e assim também na contagem do prazo de cumprimento da pena privativa de liberdade, deve-se incluir o dia do começo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-camara-dos-deputados-analista-legislativo-consultor-legislativo-area-xxii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-camara-dos-deputados-analista-legislativo-consultor-legislativo-area-xxii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-pge-ba-procurador-do-estado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-agu-procurador-federal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-agu-procurador-federal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-pc-df-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-pc-df-escrivao-de-policia 43 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 14. (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) A contagem do prazo para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios processuais penais, computando-se o dia do começo.Todavia, se este recair em domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. 15. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) Suponha que, no curso de determinado inquérito policial, tenha sido editada nova lei que, então, deixou de tipificar o fato, objeto da investigação, como criminoso. Nesse caso, o inquérito policial deve ser imediatamente encerrado, porquanto se opera a extinção da punibilidade do autor. 16. (FCC/PGE-SE/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição não é interrompida pela sentença absolutória recorrível. 17. (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição deve ser calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. 18. (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. 19. (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição é interrompida pelo acórdão condenatório recorrível. 20. (FCC/SEFAZ/AUDITOR/ADAPTADA) A chamada prescrição retroativa concerne à prescrição da pretensão punitiva, gerando futura reincidência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-policia-federal-escrivao-da-policia-federal 44 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 21. (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição NÃO é interrompido pela publicação da sentença absolutória recorrível. 22. (FCC/PGE-SP/PROCURADOR/ADAPTADA) A “prescrição retroativa” baseia-se na pena cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal. 23. (CESPE/TJBA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/ADAPTADA) As causas inter- ruptivas da prescrição incluem o recebimento da queixa. 24. (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) É correto afirmar que a licitude da conduta não exclui o crime, interferindo tão-somente na pena. 25. (MPE-RS/MPE-RS/SECRETÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição interrompe- -se pelo oferecimento da denúncia. 26. (FUNDEP/TJMG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADAPTADA) Analisando as causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que não se inclui entre elas a doença grave do agente. 27. (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL) No que concerne às causas de ex- tinção da punibilidade, é correto afirmar que a sentença que concede o perdão ju- dicial será considerada para efeito de reincidência. 28. (CESPE/TJ-RN/JUIZ/ADAPTADA) A perempção constitui a perda do direito de re- presentar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o seu exercício. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 45 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 29. (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL/ADAPTADA) Cabe perdão do ofendi- do na ação penal pública condicionada. 30. (FCC/TCE-RO/AUDITOR/ADAPTADA) No tocante às causas de extinção da pu- nibilidade, é correto afirmar que a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República, e que é cabível o perdão judicial em qualquer crime. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 46 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas GABARITO 1. E 2. E 3. C 4. C 5. E 6. C 7. E 8. E 9. C 10. E 11. C 12. E 13. C 14. E 15. C 16. C 17. E 18. E 19. C 20. E 21. C 22. E 23. C 24. E 25. E 26. C 27. E 28. E 29. E 30. E O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 47 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas GABARITO COMENTADO 1. (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Sendo a punibilidade requisito do crime sob o aspecto formal, excluída a pretensão punitiva, não estará caracterizado o crime. Errado. Nada disso. Punibilidade não é requisito do crime sob o aspecto formal! Uma vez configurado o fato típico, antijurídico e culpável, estaremos diante de um delito. Se não mais existe possibilidade de punir o autor, isso vedará meramente o exercício do jus puniendi pelo Estado, mas não se pode dizer que o crime não se caracteri- zou! 2. (CESPE/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de ocorrência da deca- dência, causa de extinção da punibilidade com efeito ex tunc, subsiste após o início da ação penal condicionada ou da ação penal privada. Errado. A decadência realmente é um instituto que pode causar a extinção da punibilidade, conforme estudamos na aula de hoje. Entretanto, sua aplicação só se dá ANTES do oferecimento da denúncia ou queixa, motivo pelo qual o item está errado! 3. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)O instituto da abolitio criminis refere-se à supressão da conduta criminosa nos aspectos formal e material, enquanto o prin- cípio da continuidade normativo-típica refere-se apenas à supressão formal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-tecnico-judiciario-administrativa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-tecnico-judiciario-administrativa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal 48 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Certo. Exatamente! Se o legislador revogar o tipo penal (supressão formal), mas a con- duta continuar sendo crime através da previsão de outro tipo penal, ocorrerá a chamada continuidade normativo-típica. Já, se a supressão for no aspecto formal (revoga-se o artigo) e material (e a condu- ta não se mantem criminalizada em outro tipo penal), estaremos diante da abolitio criminis! 4. (FUNIVERSA/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) A abolitio criminis constitui uma situação de lei penal posterior mais benigna, que deve al- cançar, inclusive, fatos definitivamente julgados, ainda que em fase de execução. Certo. Exatamente. Se ocorrer a abolitio criminis, tal situação favorável deverá alcançar mesmo ao réu definitivamente julgado, que, se estiver preso unicamente por aquele fato, deve ser imediatamente colocado em liberdade! 5. (CESPE/TRE-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO) A revogação expressa de um tipo penal incriminador conduz a abolitio criminis, ainda que seus elementos passem a inte- grar outro tipo penal, criado pela norma revogadora. Errado. Esta é mais uma questão sobre a continuidade normativo-típica! Como você já sabe, se os elementos do tipo penal revogado passarem a integrar outro tipo penal, não estaremos diante da abolitio criminis, haja vista que a con- duta continua a ser considerada como crime (meramente sua previsão muda para outroartigo). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/funiversa-2015-seap-df-agente-de-atividades-penitenciarias https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tre-go-analista-judiciario-area-judiciaria 49 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 6. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) As causas extintivas da punibilidade relacio- nadas no artigo 107 do Código Penal Brasileiro são exemplificativas, podendo se- rem encontradas diversas outras, tanto no mesmo ordenamento jurídico, como na legislação especial esparsa. Certo. Conforme estudamos, o rol do art. 107 do CP é sim EXEMPLIFICATIVO, de modo que podem existir outras causas extintivas de punibilidade em nosso ordenamento jurídico. 7. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) A anistia, causa de extinção da punibilidade, consiste em ato de clemência cuja concessão cabe ao presidente da República, por meio de decreto. Errado. A anistia é um ato de clemência do LEGISLATIVO, e não do EXECUTIVO, sendo de responsabilidade do Congresso Nacional – e não do Presidente da República, como afirma a questão! 8. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) Por ser um ato unilateral, o perdão do ofendido não pode ser recusado pelo ofensor. Errado. O perdão, conforme ressaltamos em nossa aula, é um ato BILATERAL, e depende da aceitação do ofensor (que pode desejar recusá-lo para se ver absolvido). O ato unilateral é a renúncia! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/mpe-sc-2014-mpe-sc-promotor-de-justica-matutina https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-camara-dos-deputados-analista-legislativo-consultor-legislativo-area-xxii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-camara-dos-deputados-analista-legislativo-consultor-legislativo-area-xxii 50 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 9. (CESPE/PGE-BA/PROCURADOR DO ESTADO) Em se tratando de abolitio criminis, serão atingidas pela lei penal as ações típicas anteriores à sua vigência, mas não os efeitos civis decorrentes dessas ações. Certo. Exatamente. A abolitio criminis atinge apenas os efeitos penais da sentença conde- natória – não possuindo o condão de anular também os efeitos civis da condenação. 10. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Não se admite a prescrição da preten- são executória antes do trânsito em julgado da sentença para ambas as partes. Errado. Essa questão é difícil, embora seja bastante sucinta. O erro do item está em afirmar que a PPE não é admitida antes do trânsito em julgado para AMBAS as partes, vis- to que o termo inicial da prescrição, após a sentença condenatória irrecorrível, se conta do dia em que transita em julgado a sentença APENAS PARA A ACUSAÇÃO, e não para a defesa! 11. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) Mesmo que ocorra a prescrição da pre- tensão executória, a sentença condenatória poderá ser executada no juízo cível para efeito de reparação do dano. Certo. Exatamente! Assim como ocorre no caso da abolitio criminis, por exemplo, a ex- tinção da punibilidade não irá afetar os efeitos civis da sentença condenatória. Há, inclusive, previsão expressa no CP: Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: II – a decisão que julgar extinta a punibilidade; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-pge-ba-procurador-do-estado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-agu-procurador-federal https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-agu-procurador-federal 51 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 12. (CESPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA) A abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais, principais e secundários, subsistindo os efeitos civis. Certo. Veja como a abolitio criminis não cai em prova, simplesmente despenca! Como você já está cansado de saber, tal instituto faz cessar apenas os efeitos pe- nais, não fazendo cessar os efeitos civis da sentença condenatória! 13. (CESPE/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Na contagem dos prazos de prescrição e decadência, e assim também na contagem do prazo de cumprimento da pena privativa de liberdade, deve-se incluir o dia do começo. Certo. Com certeza! Os prazos de prescrição e decadência tem natureza híbrida, pois, embora processuais, interferem diretamente no direito material à liberdade do acu- sado, de modo que devem ser contados em seu benefício (ou seja, incluindo o dia do começo, como se prazo penal fossem)! 14. (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) A contagem do prazo para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios processuais penais, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. Errado. Essa questão é sensacional. Se você não estiver atento, cai fácil na pegadinha ela- borada pelo examinador. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-pc-df-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-pc-df-escrivao-de-policia 52 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas A contagem de prazo para efeito de decadência realmente deve computar o dia do começo. Entretanto, isso se dá pois aqui obedecemos aos critérios PENAIS, e não PROCESSUAIS PENAIS, como afirma a questão! Erro muito sutil. Parabéns para você se tiver acertado de primeira! 15. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL) Suponha que, no curso de determinado inquérito policial, tenha sido editada nova lei que, então, deixou de tipificar o fato, objeto da investigação, como criminoso. Nesse caso, o inquérito policial deve ser imediatamente encerrado, porquanto se opera a extinção da punibilidade do autor. Certo. Com certeza! A situação narrada pelo examinador é a de abolitio criminis, cujos efeitos irão ensejar o arquivamento do inquérito policial por atipicidade do fato! 16. (FCC/PGE-SE/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição não é interrompida pela sentença absolutória recorrível. Certo. Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas in- terruptivas de prescrição do art. 117 CP, e estar atento às pegadinhas elaboradas pelo examinador. O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão con- denatórios recorríveis (art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o termo condenatório por absolutório, de modo que realmente a sentença absolutória recorrívelnão interrompe o prazo prescricional! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-policia-federal-escrivao-da-policia-federal 53 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 17. (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição deve ser calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. Errado. Nada disso. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (art. 119 CP). 18. (FCC/TJRR/JUIZ/ADAPTADA) A prescrição admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. Errado. Opa! Cuidado: a prescrição admite tanto a interrupção quanto a suspensão! 19. (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) A prescrição é interrompida pelo acórdão condenatório recorrível. Certo. Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é sim inter- rompida, por expressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível. 20. (FCC/SEFAZ/AUDITOR/ADAPTADA) A chamada prescrição retroativa concerne à prescrição da pretensão punitiva, gerando futura reincidência. Errado. A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), no entanto, não gera reincidência, ao contrário do que afirma o item! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 54 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 21. (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição NÃO é interrompido pela publicação da sentença absolutória recorrível. Certo. Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo os dizeres sen- tença condenatória por sentença absolutória. A publicação de sentença absolutória recorrível, como você já sabe, realmente não integra o rol de causas de interrupção da prescrição! 22. (FCC/PGE-SP/PROCURADOR/ADAPTADA) A “prescrição retroativa” baseia-se na pena cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal. Errado. Nada disso. Lembre-se que a prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível após a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é realizado com base em uma pena fixada em concreto. 23. (CESPE/TJBA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/ADAPTADA) As causas inter- ruptivas da prescrição incluem o recebimento da queixa. Certo. À essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interrup- tivas da prescrição, que simplesmente despenca em provas. Dito isso, é claro que, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou da queixa interrompem a contagem de prazo prescricional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 55 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 24. (FCC/TCE-RO/PROCURADOR/ADAPTADA) É correto afirmar que a licitude da conduta não exclui o crime, interferindo tão-somente na pena. Errado. Oras, se o fato é lícito (estando de acordo com o ordenamento jurídico vigente), não há que se falar em crime. Para a configuração de um delito, lembre-se que é necessário um fato típico e ilícito! 25. (MPE-RS/MPE-RS/SECRETÁRIO/ADAPTADA) O curso da prescrição interrompe-se pelo oferecimento da denúncia. Errado. Como acabamos de observar, o curso da prescrição interrompe-se pelo RECEBI- MENTO da denúncia, e não pelo seu oferecimento! 26. (FUNDEP/TJMG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADAPTADA) Analisando as causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que não se inclui entre elas a doença grave do agente. Certo. Doença grave do agente não é causa de extinção da punibilidade. Imagine só essa possibilidade! O que ia ter de réu adoecendo não é brincadeira... O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 56 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 27. (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL) No que concerne às causas de ex- tinção da punibilidade, é correto afirmar que a sentença que concede o perdão ju- dicial será considerada para efeito de reincidência. Errado. Pelo contrário! A sentença que concede o perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. 28. (CESPE/TJ-RN/JUIZ/ADAPTADA) A perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o seu exer- cício. Errado. Calma aí! A perda do direito de representar pelo decurso do prazo é caso de renún- cia, e não de perempção! 29. (FCC/PREFEITURA – SP/AUDITOR FISCAL/ADAPTADA) Cabe perdão do ofendi- do na ação penal pública condicionada. Errado. Negativo! Conforme estudamos, o perdão do ofendido é um instituto aplicável ape- nas à ação penal PRIVADA! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para RICARDO CASAMASSA FONSECA - 26782397803, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 57 de 57www.grancursosonline.com.br DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 30. (FCC/TCE-RO/AUDITOR/ADAPTADA) No tocante às causas de extinção da pu- nibilidade, é correto afirmar que a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República, e que é cabível o perdão judicial em qualquer crime. Errado. Item duplamente errado! Em primeiro lugar, a anistia é atribuição do Congresso Nacional – e não do Presidente da República. Além disso, o perdão judicial não é cabível em qualquer crime, se restringindo aos delitos previstos em lei! 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