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Aula 20 - Exercício Físico para Populações Especiais, Doença Renal Crônica

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Avaliação e prescrição de exercícios físicos para populações especiais
Bacharel em Educação Física
Mestre em Ciências da Saúde
MBA em Gestão Empresarial
Doutorando em Educação Física 
Abel Felipe Freitag
História, terminologia e 
princípios do treinamento 
desportivo da Musculação
Objetivos, variáveis 
fisiológicas, 
biomecânicas e 
psicológicas
Classificação dos 
principais exercícios e 
biomecânica da 
Musculação
I 
Métodos e sistemas 
de treino 
Estruturação 
de programas: 
intermediários
Estruturação 
de programas: 
avançados 
Atendimento à 
população especial
Treinamento 
aeróbio e 
anaeróbio
Força e 
resistência 
muscular
Treinamento 
concorrente
Flexibilidade e 
alongamento
II III IV 
Abordagem: treinador X
cliente/paciente/aluno
Periodização, modelos 
de periodização e 
suplementação 
esportivos
Marketing pessoal e 
aspectos burocráticos 
para a abertura de uma 
Empresa 
Indicadores e 
rentabilidade do 
negócio, gestão do 
tempo
Estruturação de 
programas: 
iniciantes
Grupos especiais
Individuo com problema de saúde, caráter irreversível ou não 
Diabéticos, hipertensos, ateroscleróticos, doentes renais, idosos, etc
Classificação: aparentemente saudáveis, risco aumentado, doença diagnosticada
Condição humana: física, social e psicológica 
Saúde = não estar doente
Saúde = aproveitar, desfrutar a vida e enfrentar desafios Qualidade de vida (QV)
Populações especiais
Sedentarismo 4° fator de risco + importante para a mortalidade
* 21% câncer (cólon e mama), 27% diabetes (II), 30% doenças cardíacas/hérnias de disco/dores nas costas
Estilo de vida ativo < incidência de DCNT, > MM, >DMO, controle GLI e PA
* EF >25%  1.300.000 mortes precoces evitadas
EF na Promoção da saúde 
OMS, 2006
Rins: anatomia
1.200.000 néfrons
Rins: funções
• Filtrar residuos metabólicos, eliminar toxinas
• Recuperar substâncias filtradas requeridas pelo organismo
• Reconhecer o excesso de água e eletrólitos, regulando a absorção e
secreção
• Regular e liberar hormônios (EPO, Renina, ADH) que impedem a
anemia, a descalsificação óssea e auxiliam no controle da PA
Rins: unidade funcional, elementos e funções
Filtração
Absorção 
Reabsorção é feita em todos os segmentos
Secreção 
Secreção 
Secreção 
Excreção (ex.: glicosúria) DAI, C et. al., 2017 
• Sentido do sangue é no contrafluxo do filtrado
Rins: unidade funcional, elementos e funções
Rins: curiosidades
• Manutenção dos demais órgãos; 180L de sangue filtrado/dia
• Uréia: 50% excretada, 50% filtrada
• Elimina 2-5L líquido/dia
• Coloração da urina: amarela ou branca
• Reabsorção da glicose
• Cálculos renais: acúmulo de compostos
• Urinar não é um marcador fiel da DR
DRC: creatinina
Crianças de 0 a 1 semana: 0,60 a 1,30 mg/dL
Crianças de 1 a 6 meses : 0,40 a 0,60 mg/dL
Crianças de 1 a 18 anos : 0,40 a 0,90 mg/dL
Em mulheres: entre 0,6 a 1,2 mg/dL
Em homens: entre 0,7 a 1,3 mg/dL
Valores baixos: menor quantidade de massa muscular, nutrição ou gravidez
Valores elevados: indicativo de que seus rins não estejam funcionando
bem (desidratação, obstrução do trato urinário, intoxicação com metanol e
algumas doenças musculares como: rabdomiólise, gigantismo e outras).
Resultados afetados: sexo, idade, peso
A DRC lesão renal + perda da função dos rins. Em sua fase mais avançada, os rins não conseguem
mais manter a normalidade do meio interno do paciente
• Problema de saúde pública, 10-12% em países desenvolvidos
• Consulta médica, dosagens bioquímicas, urina (24h)
• Avaliação de anemia, presença de doença óssea
• % de funcionam. dos rins  Taxa de filtração glomerular (TFG)
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2016 
HADDADIN Z, et. al., 2017
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) - Volume de água filtrada fora do
plasma pelas paredes dos capilares glomerulares nas cápsulas de
Bowman, por unidade de tempo (ml/min):
Equações:
Cockcroft-Gault
MDRD - Modification of Diet in Renal Disease
CKD/EPI - Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration
Albuminúria – nível adicional de albumina na urina
Ralação Albumina/Creatinina
Relação Proteína/Creatinina
DRC: avaliação metabólica e da função renal 
DRC: TFG (Equação de Cockcroft-Gault)
Idade: 70 anos
Peso: 52 kg 
CP: 3,4mg/dL
70 X 52 / 244,8  14,9 ml/min 
TFG = (140 – idade) x Massa (kg)
72 x creatinina sérica
Cockcroft; Gault, 1976
Idade: 70 anos
Peso: 52 kg 
CP: 0,8mg/dL
70 X 52 / 57,6  63,2 ml/min 
DRC: Prognóstico
70 anos, 52 kg
CP: 3,4 mg/dL  TFG = 14,9 ml/min
Albuminúria: <30 mg/g
70 anos, 52 kg
CP: 0,8 mg/dL  TFG = 63,2 ml/min
Albuminúria: 300 mg/g
G5/A1
G2/A2
KDIGO, 2014
DRC: Vantagens da alta TGF
90 à 130 ml/min: OK
120 à 130ml/min: IDEAL
<90ml/min: COMPROMETIMENTO
 Remoção efetiva de produtos indesejáveis do corpo
 Controle rápido e preciso do volume e da composição dos líquidos
corporais
 Permite que os líquidos corporais sejam filtrados e processados várias
vezes ao dia (60x) e um controle rápido e preciso do volume e
composição dos líquidos corporais.
IRC 
• 122 mil em estágio V, +8% ao ano;
• Destino final de qualquer DR, mortalidade 17% ao ano;
• Custo anual > 2 bilhões ao ano;
• Necessidade estimada de transplantes 12.365 ≠ 5.929 (realizada)
NASCIMENTO; COUTINHO; SILVA, 2012
Perda progressiva e irreversível na estrutura ou FR (+ 3 meses), com
implicações na saúde.
IRC: tratamento
 Conservador
Orientações, medicamentos e dieta.
Objetivo: conservar a função dos rins que já tem a perda crônica e
irreversível, tentando adiar o início da diálise.
 Diálise: peritoneal e HD
Substituição algumas funções dos rins (retirar toxinas e o excesso de água
e sais minerais)
IRC (TFG < 15ml/min/1,73m2)
1) depuração artificial do sangue (diálise peritoneal ou hemodiálise-HD)
2) transplante renal.
Filtração do sangue
2, 3, 4, 5x/semana
3-5h/sessão
IRC: HD
 Acesso vascular: cateter (tubo) ou fistula arteriovenosa;
 Veia ↔ artéria, intenção de tornar a veia mais grossa e resistente;
 2-3 meses antes da HD
 Tubo colocado em uma veia no pescoço, tórax ou virilha (geralmente opção temporária)
 Ecodoppler
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2016 
42.695
46.557
48.806
54.523
59.153
65.121
70.872
73.605
87.044
77.589
92.091
91.314
97.586
100.397 
112.004 
111.303 
122.825 
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
Total estimado de pacientes em tratamento 
dialítico por ano
32.329
27.612
18.972
28.680
34.36634.16134.366
36.571
39.714
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
2007 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Número estimado de pacientes novos em diálise 
Sinais e sintomas
 Anorexia, interrupção urinária
 Astenia
 Nicturia e Poliúria
 Insônia, fraqueza muscular
 Dificuldade para se concentrar
 Câimbras noturnas
 Inchaço (olhos, pés e tornozelos)
 Pele seca e irritada.
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2016 
Número anual estimado de óbitos em 
pacientes em diálise
17.944
21.281
20.573
22337
0
4.000
8.000
12.000
16.000
20.000
2013 2014 2015 2016
Taxa de mortalidade anual de pacientes em 
diálise
18,8 17,9
19 18,5 18,2
0
5
10
15
20
2012 2013 2014 2015 2016
DRC: prevenção da progressão 
 Reduzir o risco de DVC
 Controle da HAS 
 Controle de parâmetros metabólicos
 Risco de LRA
 Ingestão Protéica, de sal
 Hereditariedade
 Toxicidade medicamentosa
 Estilo de vida
 Cronicidade ≠ Irreversibilidade
 O tratamento IMPEDE ou RETARDA a evolução da DRC.
DRC: diretrizes gerais de tratamento
 Programa de promoção a saúde e prevenção primaria
 Identificação precoce da disfunção renal (diagnóstico da DRC)
 Detecção e correção de causas reversíveis da DRC
 Diagnóstico etiológico (tipo de DR)
 Definição e estadiamento da disfunção renal
 Intervenções para retardar a progressão da DRC (prevenir complicações)
 Modificar comorbidades comuns a estes pacientes
 Planejamento precoce da TRS
IRC: Transplante, tratamentoou cura?
Pacientes em diálise em fila de espera para 
transplante renal
32.454
30.447
28.866
29.268
27.500
28.000
28.500
29.000
29.500
30.000
30.500
31.000
31.500
32.000
2013 2014 2015 2016
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 
EF e DRC
Análise do nível de AF
Fiaccadori et. al., 2014
Barreiras ao EF
Barreiras 
Psicológicas
Barreiras 
Físicas
Presença de 
Comorbidades
Barreiras 
Sociais
Problemas de saúde; se sente desamparado; falta de tempo nos 
dias de HD; falta de ar.
(Delgado e Johansen , 2012)
Falta de motivação e interesse; acesso limitado; medo de cair
(Goodman et al., 2004) 
Cansaço + fadiga em MMII
(Darawad e Khalil, 2013)
Falta de encorajamento dos enfermeiros; transporte; uso de 
equipamentos para EF não adaptados aos pacientes em HD.
(Kontos et al., 2007)
Barreiras ao EF
Componentes (tipo, intensidade, duração, frequência e progressão) 
Anamnese, avaliação corporal e exames complementares 
O que considerar...
Tipo Intensidade Frequência Duração Progressão
INTRADIÁLISE 
INTER DIÁLISE  HOME-BASED
O’Connor et. al., 2017
Tipo Intensidade Frequência Duração Progressão
PRIMEIRAS DUAS HORAS DE HD
Thompson et. al., 2016
Tipo Intensidade Frequência Duração Progressão
O’Connor et. al., 2017
Tipo Intensidade Frequência Duração Progressão
O’Connor et. al., 2017
Tipo Intensidade Frequência Duração Progressão
SEMANA TEMPO ESCALA
1ª semana 10 min. 3
2ª a 3ª semanas 35-50 min. 5-6
Thompson et. al., 2016
EF e DRC - cuidados
 Nem todo EF é benéfico, pois pode gerar uma lesão/doença (disfunção renal aguda e
prejudicar a função)
 Com o tempo, a creatinina aumenta e o clearance diminui
 Estabilizar a creatinina
 Durante o EF o rim perde a capacidade de filtração em relação a situação de repouso,
porque ocorre a variação de pressão
 Paciente em estágio final é gravíssimo
EF na Promoção da Saúde da DRC 
Seefried et. al., 2017
Frih B et. al., 2017
Williams et. al., 2017
Considerações finais
Qual o melhor horário para o treino (intra ou inter-diálise) 
Existe EF ideal para essa população 
Prevenção da progressão
 Reduzir o risco de DCV, controle da HAS
 Controle de parâmetros metabólicos
 Risco de LRA, ingestão protéica e de sal
 Hereditariedade
 Toxicidade medicamentosa, estilo de vida
 Cronicidade ≠ Irreversibilidade
 O tratamento IMPEDE ou RETARDA
Referências 
Cockcroft DW, Gault MH, 1976. Prediction of Creatinine Clearance from Serum Creatinine. Nephron 16: 31-41, 1976.
DHOJE INTERIOR. Sedentarismo se torna o quarto maior fator de risco de mortalidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Disponível em:
https://dhojeinterior.com.br/sedentarismo-se-torna-o-quarto-maior-fator-de-risco-de-mortalidade-segundo-a-organizacao-mundial-da-saude-oms/> Acesso em: 23
de janeiro de 2019.
Fiaccadori E, Sabatino A, Schitob F, Angella F, Malagoli M, Tucci M, Cupisti A, Capitanini A, Regolisti G. Barriers to Physical Activity in Chronic Hemodialysis Patients: A
Single-Center Pilot Study in an Italian Dialysis Facility. Kidney Blood Press Res 39:169-175, 2014.
Frih B, Mkacher W, Bouzguenda A, Jaafar H, Alkandari AS, Salah ZB, Sas B, Hammami M, Frih A. Effects of listening to Holy Qur’an recitation and physical training on
dialysis efficacy, functional capacity, and psychosocial outcomes in elderly patients undergoing haemodialysis. Libyan journal of medicine, VOL. 12, 1372032, 2017.
Kirsztajn GM, Filho NS, Draibe SA, Netto MVP, Thomé FS, Souza E, Bastos MG. Leitura rápida do KDIGO 2012: Diretrizes para avaliação e manuseio da doença renal
crônica na prática clínica. J Bras Nefrol 36(1):63-73, 2014.
O'Connor EM, Koufaki P, Mercer TH, Lindup H, Nugent E, Goldsmith D, Macdougall IC, Greenwood SA. Long-term pulse wave velocity outcomes with aerobic and
resistance training in kidney transplant recipients - A pilot randomized controlled trial. PLOS ONE | DOI:10.1371/journal.pone.0171063, 2017.
Rennke, HG. Fisiopatologia Renal: princípios básicos. 2ª ed. Santos - SP: LMP, 2008.
Seefried L, Genest F, Luksche N, Schneider M, Fazeli G, Brandl M, Bahner U, Heidland A. Efficacy and safety of whole body vibration in maintenance hemodialysis
patients - A pilot study. J Musculoskelet Neuronal Interact; 17(4):268-274, 2017.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Censo de diálise SBN 2015. Disponível em: https://sbn.org.br/categoria/censo-2016/> Acesso em: 23 de janeiro de 2019.
Thompson S, Klarenbach S, Molzahn A, Lloyd A, Gabrys I, Haykowsky M, Tonelli M. Randomised factorial mixed method pilot study of aerobic and resistance exercise
in haemodialysis patients: DIALY-SIZE! BMJ Open 6:e012085. doi:10.1136/bmjopen-2016-012085, 2016.
Obrigado!

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