Terapêutica Introdução

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Julia Silva
TERAPEUTICA VETERINARIA
Introdução
Terapêutica: aplicação clinica da farmacologia;
· Terapêutica geral: prescrição de receitas, regulamentação dos medicamentos, quimioterápicos específicos e procedimentos terapêuticos importantes; 
· Terapêutica específica: aborda a terapêutica dos diversos sistemas.
O sucesso do esquema terapêutico depende de três fatores principais: 
 1. Espécie - Dosagem correta para a espécie. 
2. Raça - Reações adversas relacionadas a raça. 
3. Proprietário - Peça fundamental no sucesso do esquema terapêutico.
Conceitos:
Bioequivalênica: Termo usado quando dois produtos farmacêuticos são equivalentes e mostram a mesma biodisponibilidade. 
Dispensação: É o ato profissional do farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. 
Droga: É qualquer substância química que, em quantidade suficiente, age sobre um organismo vivo produzindo alterações que podem ser benéficas ou maléficas. 
Farmácias magistrais: Farmácias autorizadas a manipular medicamentos.
Farmacopéia brasileira: Conjunto de normas e monografias de farmoquímicos, estabelecidos por e para um país, no caso, o Brasil.
Fármaco: Substância química que é o princípio ativo do medicamento. 
Farmoquímicos: Todas as substâncias, ativas ou inativas, usadas na fabricação de produtos farmacêuticos. 
Formulação farmacêutica: Relação quantitativa de farmacoquímicos que compõe um medicamento.
Medicamento: Produto farmacêutico empregado em um organismo vivo, visando obter efeito benéfico.
Medicamento de referência: Produto, registrado em órgão competente, comercializado no país com nome de marca, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas. 
Medicamento genérico: É aquele que, ao expirar a patente da marca de um produto, é comercializado sem nome de marca, apenas com o princípio ativo. 
Medicamento similar: Medicamento com o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência.
Medicamento tarjado: Medicamento cujo uso requer a prescrição profissional. 
Medicamento de venda livre: Medicamento cujo uso não requer a prescrição profissional. 
Remédio: Toda substância ou procedimento que cura, alivia ou evita uma enfermidade.
Nutracêutico: Produto nutricional, que pode ter certo valor terapêutico.
Posologia, que é o estudo das dosagens, pode ser dividia em: 
· Dose de ataque: dose inicial, geralmente, o dobro da dose de manutenção; 
· Dose de manutenção: dose necessária durante certo período de tempo para que haja o efeito desejado. 
· Dose única: uma única tomada do medicamento é capaz de proporcionar a eficácia.
· Pulsoterapia: utilização de doses terapêuticas, ou não, em intervalos maiores do que os normalmente utilizados.
	Abreviatura
	Significado
	Ad lib
	A vontade
	SID
	1 vez ao dia (a cada 24hs)
	BID
	2 vezes ao dia (a cada 12hrs)
	TID
	3 vezes ao dia (a cada 8hrs)
	QID
	4 vezes ao dia (a cada 6hrs)
	OD
	Diariamente
Cálculo de doses e volumes
Fórmula: Massa/volume → g/mL; 
VOLUME = Dose x Peso
 Concentração
OBS: Sempre que a dose estiver em % deve ser convertido para mg. 
Conversão de %: ex: 5% → 5g / 100 mL = 5000 mg / 100 mL = 50 mg / mL
Ex: Prescreva para um cão de 10 kg um analgésico, na dose de 5 mg/kg, concentração 50mg/ml.
V= D x P V = 5mg x 10kg = 1ml
 C 50mg/ml
Prescrição
É uma ordem escrita de um profissional devidamente cadastrado no conselho regional de sua profissão para um farmacêutico, com o objetivo de fornecer de um ou mais medicamentos a um determinado paciente como parte de seu tratamento.
Deve conter obrigatoriamente: 
· Dosagem; 
· Quantidade exata; 
· Instrução da administração; 
· Via de administração; 
· Intervalo entre doses; 
· Duração do tratamento.
OBS: Pode ser manuscrita (legível, tinta azul ou preta) ou digitada, porém a assinatura deve sempre ser a tinta; Não é permitidas rasuras ou uso de corretivos.
Partes da receita: 
Cabeçalho: porção superior da receita - Deve conter: Nome do profissional; Número de registro (CRMV); Endereço e telefone; CPF (opcional); Logotipo da firma (clínicas, hospitais, universidades, haras, etc). 
Superscrição: abaixo do cabeçalho - Deve conter: Nome, espécie, raça e idade do paciente; Nome e endereço do proprietário.
Inscrição: abaixo da superscrição - Deve conter: Indicação de uso (oral, oftálmico, otológico, injetável); Nome do medicamento e concentração; Quantidade a ser comprada; 
Subscrição: Apenas para medicamentos magistrais - Esclarece ao farmacêutico como os fármacos devem ser manipulados.
 Indicação ou instrução: abaixo da inscrição - Deve conter: Modo de administração; Via de administração; Evitar abreviaturas; Intervalos entre doses e tempo de tratamento; Evitar palavras chulas.
 Assinatura ou rubrica.: abaixo da instrução - Deve conter: Local e data; Assinatura do profissional; Inscrição no Conselho (CRMV).
Tipos de receitas 
Receita A (cor amarela): Engloba medicamentos das listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos); 
Impressa, gratuitamente, pelo Ministério da Saúde e fornecido pela autoridade sanitária do Serviço de Vigilância Sanitária (instância estadual); 
É necessária autorização especial na Vigilância Sanitária Estadual. 
Validade de 30 dias;
Receita B (cor azul): Engloba medicamentos das listas B1 e B2 (psicotrópicos);
Impressão à custa do profissional, sendo a numeração da notificação concedida pela autoridade sanitária do Serviço de Vigilância local (instância municipal) para impressão em gráficas autorizadas. 
Validade de 30 dias, podendo ser usada apenas na Unidade da Federação que concedeu a numeração; 
Deve conter no máximo 5 ampolas ou equivalente a 5 dias de tratamento;
Outras formas farmacêuticas (comprimido, soluções, etc) poderá conter, no máximo, a quantidade corresponde a 60 dias de tratamento.
Receita de Controle Especial (cor branca): Engloba medicamentos da lista C1 (outras substâncias sujeitas a controle especial);
 Impressão à custa do profissional; 
Válida em todo território nacional por 30 dias; 
Preenchida em duas vias (manuscrita ou digitada); 
Deverá conter obrigatoriamente: 1ª via → retenção da farmácia; 2ª via → orientação ao paciente;
OBS: A notificação de receita A não é exigida para pacientes internados nos ambientes hospitalares. Porém, é necessária a apresentação de receita ou documento equivalente.