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Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) Respiração: Compreende os mecanismos pelos quais o oxigênio é promovido aos tecidos e células e o gás carbônico é eliminado a partir delas. O sangue que está chegando para oxigenar está cheio de gás carbônico. (Ocorre através da expiração e inspiração). Ventilação: Movimento do ar para dentro e para fora das vias aéreas (da atmosfera até os bronquíolos terminais), coloca-se o paciente em um ventilador quando o pulmão não está em condições de realizar troca gasosa, associado com outro método para que ocorra a oxigenação. Mitocôndria: Onde ocorre o ciclo de Krebs, que através da quebra da glicose realiza o processo de oxigenação. Perfusão: Passagem de sangue para ser oxigenado Hipoxemia: PaO2 (Pressão parcial de oxigênio) no sangue arterial em concentração menor que 80mmHg (pouco oxigênio no sangue em definição etimológica). O oxímetro mostra a saturação de oxigênio, ou seja, a % das células sanguíneas que estão ligadas ao oxigênio que estão saturadas. (A PaO2 normal é de 90 a 100%). Sangue Venoso: Rico em gás carbônico (CO2) Sangue Arterial: Sangue que sofreu hematose, oxigenação. Sangue oxigenado. Hipercapnia: PaCO2 (pressão parcial de gás carbônico) no sangue arterial em concentração maior que 45mmHg (o valor normal de PaO2 é de 35 a 45%). Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) Definida como a incapacidade dos pulmões de exercerem suas funções básicas de ventilação e oxigenação, resultando em prejuízo das trocas gasosas, que leva à hipoxemia e/ou hipercapnia. A gasometria arterial é diagnóstica e revela valores anormais da pressão parcial de oxigênio (PaO2) e da pressão parcial de gás carbônico (PaCO2). Em ar ambiente (FiO2- fração inspirada de oxigênio = 0,21 ou 21%), a gasometria revela PaO2 inferior ou igual a 60 mmHg, PaCo2 superior à 45 mmHg e pH superior a 7,35. Desenvolvendo um distúrbio de acidose metabólica. · Valor normal de pH: de 7,35 a 7,45 · pH ácido: quanto menor o valor do pH. · pH alcalino/básico: Quanto maior o valor do pH.Se o paciente está com muito frio, ou com algum problema na circulação o oxímetro pode não funcionar. · Por isso é importante o uso da gasometria (amostra de sangue arterial, processado no laboratório) como diagnóstico que revela valores anormais da PaO2 e da PaCO2. · Quando não se tem a gasometria se utiliza o oxímetro e os resultados dos exames físicos e clínicos do paciente. · Mas uma não substitui a outra então quando possível utilizar as duas. Relação PaO2/FiO2 (PaO2 dividido pelo valor de FiO2): Valores acimas de 300: Capacidade de oxigenação satisfatória. Valores abaixo de 300: Capacidade de oxigenação insatisfatória. Exemplo: considerando-se um valor de PaO2 de 95% e uma FiO2 de 0,21 o resultado será de 452, portanto, indicará oxigenação satisfatória. Pulmão de Sara: Definida como uma síndrome de insuficiência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax. Classificação da IRpAO resultado da gasometria arterial não é imprescindível para iniciar as condutas de tratamento e alívio do desconforto respiratório, mas é importante para retratar a gravidade do quadro e direcionar o tratamento. Tipo I ou hipoxêmica: Se tem Hipóxia o problema é pulmonar, na troca gasosa Atelectasia: Colabamento (como se colassem) dos alvéolos pulmonar, ou seja, não ocorre passagem de ar. · PaO2: Abaixo · PaCO2: Abaixo ou normal · Exemplos: EAP, TEP, pneumonia grave, atelectasia, insuficiência cardíaca Tipo II ou ventilatória: O problema está na ventilação e não no pulmão, ou seja, ela é hipercapneica. Pode ser causada por edema, obstrução na via aérea, os músculos no caso de doenças neuromusculares) e através da intoxicação. Que atinge e afeta o SNC, e o ar não chega nos alvéolos, o ar apenas não chega neles. · PaO2: Abaixo · PaCO2: Acima · Exemplos: DPOC, asma grave, obstrução de vias aéreas, doenças neuromusculares, intoxicação. Tipo III ou mista: Tipo I e II juntas. Fisiopatologia da IRpA Desequilibrio V/Q: O alvéolo precisa estar ventilado e precisa passar o sangue para ser oxigenado e no caso da IRpA ocorre um desequilíbrio desse processo. · V: Ventilação · Q: Perfusão Mecanismos responsáveis pela hipoxemia: · Desequilíbrio V/Q; · Shunt: perfusão preservada e ventilação comprometida (o alvéolo não está ventilado, no caso o sangue passa, mas não ocorre oxigenação) · Efeito espaço morto: perfusão comprometida e ventilação preservada; (contrário do Shunt o sangue não passa.) · Hipoventilação ou alterações na membrana alveolocapilar. Sinais e Sintomas Considerando-se a presença constante do enfermeiro, frequentemente ele é o primeiro profissional a constatar os sinais e sintomas de IRpA. (Quem aciona o médico para a avaliação é a equipe de enfermagem, por isso a importância da identificação dos sinais e sintomas). · Aumento da FR e alterações do padrão respiratório; · Uso da musculatura acessória: retração de fúrcula (estrutura acima do esterno), retração esternal, retração subcostal (abaixo das costelas), retração intercostal (músculos entre as costelas), batimento de asa nasal. · Cianose: labial e de extremidade (pelo déficit de oxigenação ocasionando problema na perfusão periférica), a criança com frequência possui a cianose labial no adulto é mais comum ocorrer nas extremidades · Diminuição da saturação de O2 por oximetria de pulso · Alterações relacionadas ao sistema nervoso: agitação, confusão, rebaixamento do nível de consciência. · Alterações cardiovasculares: taquicardia, hiper ou hipotensão arterial, dor torácica e arritmias. Diagnósticos de enfermagem (Através do Nanda) · Padrão respiratório ineficaz · Troca de gases prejudicada · Ventilação espontânea prejudicada · Intolerância a atividade · Desobstrução ineficaz de vias aéreas · Perfusão tissular, cardiopulmonar, cerebral, renal, gastrointestinal e periférica ineficaz Intervenções (oxigenação em primeiro lugar, trabalhamos as necessidades humanas básicas) · Posicionar o paciente em decúbito semi-elevado ou elevado; (1º coisa, elevar cabeceira), pois quando se deita o líquido no pulmão se espalha diminuindo a área de troca gasosa. · Monitorar saturação de oxigênio; · Monitorar perfusão periférica (deve ser menor que 3 segundos) · Promover repouso no leito; · Aspirar secreções e manter vias aéreas desobstruídas; · Puncionar acesso venoso (no mínimo 1 para medicação) · Avaliar rapidamente os sinais e sintomas indicativos de gravidade (confusão, parada, nível de consciência) · Priorizar o atendimento e implementar ações direcionadas ao alívio do desconforto respiratório; (cabeceira, oferecer oxigênio, atender o que está mais grave primeiro) · Monitorar padrão respiratório; · Monitorar nível de consciência; · Administrar oxigênio (escolher o melhor método como uma no caso da IRpA a máscara de Venturi, caso não resolver entubar o paciente) · Monitorar ausculta pulmonar (na percussão com som maciço - hemotórax) · Monitorar condições hemodinâmicas (P, PA, FC); · Providenciar material e coletar gasometria arterial (e interpretar a gasometria) · Avaliar resposta ao tratamento medicamentoso (a resposta indica os próximos passos quanto a esse paciente) · Manter o paciente em jejum (principalmente pela grande chance de intubação, e na hora de entubar pode ocorrer vomito ocasionando bronco aspiração). · Prover suporte psicossocial à família. · Providenciar material, se indicado, para ventilação mecânica não invasiva. Cálculo da FiO2 estimada (o ventilador dá o valor ou a máscara de Venturi através da oferta de 24% a 50%) FiO2 estimada = 20 + (4 vezes O2 ofertado) · Cateter nasal 2l/min - FiO2= (20 +4 vezes 2) = (20 + 8) = 28% · Máscara Facial 5l/min- FiO2 = (20 + 4 vezes 5) = (20 + 20) = 40%
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