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EDUCAÇÃO INFANTIL WEBCONFERÊNCIA I CYNTHIA PORTO Definindo infância OBJETIVOS: 1. Compreender os conceitos de infância e criança no decorrer do processo histórico; 2. Identificar as principais ideias apresentadas pelo historiador francês Philippe Ariès sobre a história da criança; 3. Estudar a história da criança no Brasil, desde o período anterior à chegada dos colonizadores portugueses até os dias atuais. Fonte: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&q=crian%C3%A7as+brasil+coloni a&oq=crian%C3%A7as+brasil+colonia&gs_l=psy- ab.3...2143.4318.0.4450.15.13.0.0.0.0.257.1449.0j7j2.9.0....0...1.1.64.psy- ab..6.0.0....0._MHjYXLXzRo#imgrc=J8hQBaayQJiQ5M: Infância “A infância e a criança: seus significados no decorrer do processo sócio histórico” Idade Média: “A idade pequena” “Criança de peito” (hoje: criança de colo) “Parvoo”: criança que aprende a falar. “Moço”: crianças com menos de 1 ano ou de 3 ou 4 anos. CRIANÇA • HIPÓCRATES 400 a.c., divide as fases da vida em sete: 1. Bebê – 0 aos 7 anos; 2. Criança - 7 aos 14 anos; 3. Adolescente – 14 aos 21 anos; 4. Jovem - 21 aos 28 anos; 5. Maduro – 28 aos 49 anos; 6. Idoso – 49 aos 56 anos; 7. Anciãos – acima dos 56 anos. Definindo infância Infância • No livre des propriétés choses do século XV são estabelecidas sete idades da vida: 1. Bebê; 2. Menino começando a andar; 3. Menino que já brinca com cavalo de pau e com cata vento; 4. Adolescente; 5. Jovem; 6. Adulto; 7. Velho. Infância Os textos mais antigos da Idade Média relatam que as idades representam os planetas contadas de 7 em 7: primeiro a infância (0—7 anos). Essa fase era caracterizada por pessoas que não sabiam falar, ou seja, não se expressavam verbalmente nem conheciam bem as palavras. Após a infância, vinha a segunda idade (7—14 anos), que era seguida da terceira idade, chamada de adolescência, que terminava aos 21 anos ou se estendia até os 28 anos (ARIÈS, 1981). Infância De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Art. 2º, “considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade” (BRASIL, 1990). Infância A primeira fase descrita por Frabboni é conhecida como infância negada ou criança-adulto, que tem duração até o século XV. A segunda é conhecida como a infância industrializada, que vai do século XVI até o século XVIII. A terceira, conhecida como a infância de direitos, teve início no século XIX e permanece até os dias de hoje. Infância Primeira fase: Conhecida como a infância negada ou criança-adulto (duração até o século XV). Nesse período, o historiador francês Philippe Ariès (1981) concluiu que a sociedade medieval desconhecia a infância. Tal descoberta se deu através da observação de obras de arte nas quais não havia a representação de crianças e, quando raramente essa representação acontecia, ela se assemelhava a miniadultos, conforme ilustrado na Figura ao lado. Infância A infância também era negada na escola, pois, naquela época, a escola era reservada apenas para formação dos clérigos e não tinha como função a formação da criança. (ARIÈS, 1981). Nessa primeira fase, a infância não tinha características próprias. Por isso, as crianças eram vistas e tratadas como adultos com uma estatura menor. Não significa que os adultos não tinham afeto pela criança, mas sim que não existia a compreensão da infância como um estágio específico do desenvolvimento humano, diferente do adulto. Infância A segunda fase, que durou aproximadamente do século XVI até o século XVIII, foi marcada pela Revolução Industrial e pelo surgimento da família moderna. Com isso, houve uma separação entre a indústria (local de trabalho) e a casa (onde fica a família). Essa separação levou ao fechamento do núcleo familiar, o que favoreceu a formação de um sentimento de afeto muito forte pelas crianças (cuidado, afeto) (FRABBONI, 1998). Infância Terceira fase: infância de direitos (início no século XIX até os dias de hoje). Podemos iniciar refletindo sobre como a Infância. Essa nova fase é marcada pelas novas ciências, a Psicologia, a Pedagogia e a Psicanálise. Essas ciências modernas mostraram ao longo de suas pesquisas que a qualidade da infância — e não apenas a sua existência — é essencial para o desenvolvimento humano. Infância na Idade Média • Apesar do termo exagerado, há quem afirma que havia uma inexistência da particularidade infantil; • A entrada da criança aos 7 anos no mundo dos adultos não era imediata, pois ocorria por processos de iniciação até obter maiores graus de autonomia; • A criança não teria outra opção a não ser ingressar no mundo dos adultos; Infância “A infância na Modernidade” • A instituição escolar passa a fazer parte do processo de aprendizagem da criança. A criança é vista como aluno, dentro de um sistema que define faixa etária; • A ideia de instituição escolar serviu como pretexto para afastar as crianças da sociedade, vista como um meio de degeneração moral; • A escola trabalharia para educar as crianças com base nos valores opostos aos que se viam na sociedade. FONTE: https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&q=crian%C3%A7a+moderni dade+escola&oq=crian%C3%A7a+modernidade+escola&gs_l=psy- ab.3...149083.150054.0.150233.7.6.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1.1.64.psy- ab..7.0.0....0.of5QuFNAQ7c#imgrc=dZPljPzTznijtM: Infância História da criança • Havia uma alta taxa de mortalidade infantil na Idade Média; • Roda dos expostos: lugares criados para abrigar as crianças abandonadas (ficavam em igrejas ou órgãos públicos); • Chegada das creches: para mães pobres e operárias; • O anonimato da infância vai se extinguindo graças ao projeto de modernidade que permitiu estudos em diversas áreas do saber; • O projeto de modernidade trouxe o desenvolvimento científico; • O iluminismo deposita na escola o dever de transmitir o conhecimento científico; • A criança, nesse contexto, era uma tábula rasa que deveria ser preenchida com os conhecimentos repassadas pela escola. Infância História da criança No Brasil colônia, era comum a prática do abandono de recém-nascidos, principalmente das crianças que viviam em situação de pobreza. Essa prática foi introduzida pelos portugueses. Essas crianças, conhecidas como “enjeitadas”, comumente eram filhas de mulheres indígenas ou africanas que foram abusadas sexualmente, ou crianças órfãs, filhas de mulheres e homens escravizados. Infância História da criança As crianças que nasciam em cativeiro também pertenciam aos senhores, tais como seus pais. Assim, se conseguissem sobreviver, poderiam ficar com suas mães ou serem vendidas pelo senhor dos escravos. Infância História da criança Esse ingresso no mundo religioso permitia o exercício de atividades sociais na igreja em que a crianças era inserida. Mas assim que a criança ganhava a possibilidade de diferenciar o certo do errado ingressando no mundo religioso, ela também era inserida no mundo do trabalho. Infância História da criança Além disso, essas crianças, diferentemente das crianças de elite, não tinham acesso à educação, tampouco a brincadeiras, pois desde cedo eram imersas no mundo do trabalho, sendo sujeitadas a muitas privações. Infância História da criança No Brasil Colônia e parte do Período Imperial, o número de crianças abandonadas era muito grande e isso acontecia por diversas razões, dentre elas podemos citar a falta de recursos financeiros, filhos fora do casamento, mulheres escravizadas que sofriam abusos e engravidavam de seus donos, que as obrigavam a abandonar os filhos, entre outros. Infância Roda dos expostos Infância História da criança • Psicologia do desenvolvimento: 1. Institucionalização da infância; 2. Institucionalização da escola pública; 3. Sentimento de cuidado e proteção por parte das famílias; 4. Promoção da administração simbólica da ideia de infância,gerando uma espécie de “infância global”; Infância História da criança Contudo, na Idade Média, não se tinha uma precisão da idade. Ela podia ser contada com dois anos a mais ou a menos e, em alguns casos, a data e o lugar do nascimento eram escritos em retratos. Com o tempo, os retratos foram datados e se tornaram documentos da história familiar. (ARIÈS, 1981). Infância História da criança brasileira • Nas tribos indígenas, as crianças trabalhavam com suas famílias na caça e nas atividades de pesca; • Tal rotina sofre modificações com a chegada dos colonizadores. Há episódios de escravidão de crianças indígenas; • Muitas crianças não cresciam com suas famílias porque eram comercializadas; • As crianças de famílias ricas eram educadas intelectualmente; Infância História da criança brasileira • No Brasil, a partir do século XX o estado cria alguns estabelecimentos de ensino para atividades manuais sob o pretexto de “Salvar suas crianças”; • Muitas crianças eram recrutadas para trabalhos nas fabricas como operárias; • Elas sofriam maus-tratos nas fábricas, pois eram exploradas.
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