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Trabalho na Sociedade Capitalista

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Trabalho na Sociedade Capitalista
Ao analisarmos o trabalho na sociedade capitalista, é importante deixarmos claro que não existe uma única sociedade capitalista, mas muitas, que se constituíram nas mais diversas regiões do planeta. Entretanto, o que elas têm em comum é a forma como a produção material se desenvolve. Desse modo, o que as define como sociedades capitalistas é a propriedade privada, o trabalho assalariado, o sistema de troca e uma determinada divisão social do trabalho.
Vários fatores concorreram para que para a desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção. Na Inglaterra, os mais significativos foram os cercamentos das terras comunais e a exploração dos camponeses, o que permitiu a liberação de terras para a produção da lã. Bem como a expulsão de milhares de pessoas sem trabalho para as cidades – ambos os fatores indispensáveis ao desenvolvimento da indústria têxtil. Ou seja, pode-se dispor de muita matéria prima e, ao mesmo tempo, de um exército de pessoas que possuíam apenas sua força de trabalho para vender.
Esses primeiros comerciantes/industriais, que tinham acumulado riquezas, para isso, financiaram e organizaram a produção de mercadorias através da coordenação do processo de trabalho dos artesãos. Essa coordenação aconteceu de duas formas: ou reunia os artesãos de um determinado ofício em um mesmo local de produção ou eles podiam trabalhar dispersos por vários locais, inclusive em suas casas. Entretanto, quem definia o que produzir e quanto produzir eram o dono do capital, isto é, aquele que financiava a produção.
A manufatura ou cooperação avançada é a segunda forma de organizar a força de trabalho antes da forma especificamente capitalista. Na cooperação simples há uma coordenação dos processos de trabalho artesanais, em que cada um continua fazendo o que fazia nas corporações de ofício. Na manufatura há a dissolução inicial desses processos de trabalho baseado nos ofícios.
O trabalho passa a ser encarado como uma virtude, e, ao se trabalhar arduamente, pode-se chegar a ter êxito na vida material, o que é expressão das bênçãos divinas sobre os homens. Mas a riqueza gerada pelo trabalho, e depositada nas mãos de alguns homens, não deve ser utilizada para a ostentação ou mesmo para os gastos sem necessidades. O cristão protestante deve levar uma vida ascética, de costumes simples, e o que se pode poupar deve ser reinvestido no trabalho, dessa forma gerando mais oportunidade pra outros trabalharem.
Para obter mais lucros, os capitalistas aumentam as horas de trabalho, gerando aí a mais valia absoluta, ou, então, passam a utilizar equipamentos e diversas tecnologias para tornar o trabalho mais produtivo, decorrendo daí a mais valia relativa, ou seja, mais produção e mais lucro com o mesmo número de trabalhadores, cujos salários continuam sendo os mesmos. Os conflitos entre os capitalistas e operários só começam quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando mais e que, no entanto, estão cada dia mais miseráveis.
 Harnefer Teixeira
 fonte:https://sites.google.com/site/projetoinformaticaeducativa11/1-ano/trabalho-na-sociedade-capitalista

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