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Breve comentário sobre Raízes do Brasil

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O documentário mostra as dificuldades e as facilidades da democracia no Brasil a partir da obra escrita por Sérgio Buarque de Holanda, raízes do Brasil. Fica evidente as contribuições para o estudo da formação da nossa sociedade. A teoria histórica proposta por Sérgio Buarque de Holanda tornou-se uma teoria sociológica da formação do povo brasileiro, com apontamentos sobre como a sociedade brasileira estabeleceu-se. 
Mesmo a obra sendo de um bom tempo atrás ainda podemos ver semelhanças presentes no cotidiano do nosso país, por exemplo, o historiador chama atenção para o uso de diminutivos na nossa linguagem, esse diminutivo é uma maneira dessa cordialidade brasileira pegar algo que pode ser pesado e deixar mais leve. Outro exemplo que pode ser citado está relacionado à definição de público e privada: em vez de agirmos de maneira impessoal, acabamos favorecendo quem a gente tem mais afinidade e desfavorecendo quem a gente não vai muito com a cara. O autor chama a atenção para o “jeitinho brasileiro” que é considerada uma maneira de driblar as normas e fugir da lei, quando fazemos isso estamos agindo de acordo com nossas emoções. As observações feitas por Sérgio Buarque apontam para transformação da sociedade e ainda denunciam a estrutura retrógrada do país que se organiza nos moldes do conservadorismo sustentado pelas elites que pouco se importam com a população excluída e marginalizada da sociedade brasileira. É muito importante citar que uma maior participação das massas nos processos de expansão e fortalecimento da democracia são ótimas para o nosso avanço como país. 
O Brasil Colônia é visto por Sérgio Buarque como tendo pouca organização social, daí o recurso frequente à violência e ao domínio personalista. A escravidão desvalorizou o trabalho e favoreceu aventureiros que desejavam “prosperidade sem custo” traços que se refletiam até no cultivo da terra, por métodos predatórios semelhantes aos da mineração.
Num jogo de idas e vindas pela nossa história, deixando claro os momentos que mais considerava, Sérgio Buarque foi construindo um panorama histórico no qual inseriu o “homem cordial”, que nada mais é do que fruto de nossa história, originada da colonização portuguesa, de uma estrutura política, econômica e social completamente instável, até hoje.
Nosso país traz em seu bolso uma mistura racial e social que, longe de uma interpretação preconceituosa e racista, proporciona um Brasil de exclusão, de miséria social, mas também de um Brasil que se esforça para diminuir as distancias sociais e agregar seus filhos e filhas em uma pátria livre e igual.

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