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Nome: Maria Eduarda de Souza Fernandes Matrícula: 20113110017 Curso: Administração Pública Polo: Campo Grande AA2 – Ciências Políticas 1) A distinção entre o estado de natureza e a sociedade política; Segundo o livro Ciência Político de Ricardo Corrêa Coelho (2010) estado da natureza é definido como a humanidade vivendo sem organização, ou seja, ainda não havia uma sociedade organizada, os indivíduos são naturalmente iguais e gozariam da mais plena liberdade, desfrutavam de tudo aquilo que estava ao seu redor não havia concepção de “bem”, nem “mal”, não havia justiça ou injustiça, pois não fora estabelecida naquele tempo pelos homens o que diferenciava o certo do errado. No estado de natureza Os direitos eram iguais para todos, não havia leis que regulavam suas ações, a única lei que eles conheciam era a lei da natureza, que lhes dava o direito de liberdade e de propriedade. Feita a conceituação do Estado de Natureza, pode-se partir para o entendimento de sociedade civil que, ao contrário do Estado de Natureza, possui Estado, leis jurídicas, organização política, normas de moral e propriedade privada. É uma sociedade organizada. Três grandes filósofos discorreram a respeito da passagem do Estado de Natureza para a sociedade civil, para tanto partiram da análise do comportamento do Homem. Para Hobbes o homem era egoísta, vivia isolado e vivia para satisfazer seus próprios interesses, por esta razão a desordem imperava, não existiam regras de moral nem ética, daí surge a frase o homem é o lobo do homem. Segundo Hobbes, não seria possível a sobrevivência da humanidade sem a existência de regras, por esta razão surge a sociedade civil. Contrariando a visão de Hobbes, Rousseau afirmava que no Estado de Natureza o homem era bom, vivia em harmonia com os demais, para ele o Estado de natureza não é um estado de guerra, no entanto com o advento da propriedade privada passou a haver conflitos entre os Homens e por esta razão houve a necessidade de se estabelecer um contrato social, surgindo desta forma não só a sociedade civil, mas também o Estado. O entendimento de John Locke pode ser visto como um meio termo entre a visão de Hobbes e de Rousseau, segundo ele o homem não era bom nem mal, seu temperamento oscilava entre a racionalidade e a ponderação e a irracionalidade e agressividade. Assim sendo, a maior falha do Estado de Natureza, era a falta de um terceiro imparcial para julgar as controvérsias advindas da irracionalidade do homem, por este motivo, surge a sociedade civil, para sanar a falta de regras e organização do Estado de Natureza. Importante ressaltar que, as teorias apresentadas pelos três filósofos são perfeitamente aceitas para solucionar a passagem do Estado de Natureza para a Sociedade Civil, uma teoria não exclui a outra. 2) A questão da igualdade e da liberdade no direito natural e no direito político. No estado de natureza todos os indivíduos são naturalmente iguais e dotados de dois direitos naturais: o direito de liberdade e o direito de propriedade. Direitos são imutáveis e atendem às necessidades de conservação da existência quando o homem ainda não perdeu sua liberdade ilimitada, característica do seu estado de natureza, são direitos que já nascem com o homem, na qual ele não pode renunciar. Tais direitos existem tanto no direito natural quanto no direito político. O direito político nada mais é do que o conjunto de normas estabelecidas pelo pacto social, que viam regular os direitos e deveres do estado. É um direito mutável e estabelece normas consensuais de comportamento. Ressaltando que a política não pode ameaçar os direitos naturais, pois esses direitos antecedem o estado civil. Com isso, no direito natural todos os homens são livres e iguais, com isso, ao nascer carregam consigo dois direitos imutáveis e irrevogáveis: o direito a liberdade e a propriedade. O direito político são as regras que foram estabelecidas de forma consensual, pela opção do homem de renunciar por livre vontade, sua liberdade ilimitada. São as regras do contrato social, que não anula os direitos irrevogáveis do ser humano (clausura pétrea), como a liberdade. REFERÊNCIAS: • WIKIPÉDIA • CIÊNCIA POLÍTICA. 2010. Ricardo Corrêa Coelho. • lfg.jusbrasil.com.br
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