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Kethey e Marta-versao final


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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE GOIÁS 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
KETHLEY OLIVEIRA SANTOS 
MARTA INÊS DOS SANTOS VIEIRA TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SUICÍDIO SOB A ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2020 
KETHLEY OLIVEIRA SANTOS 
MARTA INÊS DOS SANTOS VIEIRA TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SUICÍDIO SOB A ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso 
de Psicologia da Faculdade Estácio de Sá de Goiás 
como requisito parcial para a conclusão da disciplina 
de Produção Avançada de Trabalho Acadêmico II. 
 
 
Orientador Supervisor: Prof.ª Dr.ª Jordana Calil 
Lopes de Menezes de Oliveira 
Orientador de campo: Prof. Me. Henrique Batista 
Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2020 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
Artigo Científico intitulado 
O SUICÍDIO SOB A ÓTICA DA ABORDAGEM GESTÁLTICA: UMA REVISÃO 
INTEGRATIVA, de autoria das acadêmicas Kethley Oliveira Santos e Marta Inês dos Santos 
Vieira Teixeira, defendido e aprovado em__________________________________de 2020, 
pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr.ª Jordana Calil Lopes de Menezes de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Henrique Batista Almeida – Orientador de campo 
 
 
 
 
 
 
Profª. Ma. Mariana Costa Brasil Pimentel 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente artigo apresenta o suicídio a partir da abordagem da Gestalt-terapia, uma terapia 
fenomenológica-existencial que valoriza a restauração do equilíbrio através do diálogo e da 
compreensão empática do conflito vivenciado pelo cliente. O objetivo geral da pesquisa a 
compreensão do suicídio na perspectiva da Gestalt-terapia e a partir disso, com base na análise 
dos dados obtidos, elencar as contribuições da abordagem gestáltica, descrever quais as teorias 
da Gestalt-terapia foram utilizadas e verificar quais são as lacunas nas publicações analisadas 
sobre o suicídio em relação à Gestalt-terapia. Em termos de procedimentos metodológicos, o 
artigo foi construído através da elaboração de uma revisão integrativa, cujos resultados apontam 
o uso das teorias do Ciclo de Contato e da visão de mundo e de homem a partir da Gestalt-
terapia como principais bases teóricas utilizadas, além de apontar grandes lacunas em relação 
ao estudo da Gestalt-terapia nas faculdades e a pouca presença de estudos que a utilizem como 
instrumento possível em casos de suicídio, ao mesmo tempo em que enfatizam sua grande 
contribuição enquanto abordagem clínica em casos de ideação e tentativa de suicídio. 
 
Palavras-chave: Suicídio; Gestalt-terapia; Revisão de literatura. 
 
ABSTRACT 
 
 
This article presents suicide from the Gestalt-therapy approach, a phenomenological-existential 
therapy that values the restoration of balance through dialogue and empathic understanding of 
the conflict experienced by the client. Therefore, the general objective of the research is to 
understand suicide from the perspective of Gestalt therapy and from that, based on the analysis 
of the data obtained, list the contributions of the gestalt approach, describe which theories of 
Gestalt therapy were used and verify which ones are the gaps in the publications analyzed on 
suicide in relation to Gestalt therapy. In terms of methodological procedures, the article was 
constructed through the elaboration of an integrative review, the results of which point to the 
use of the theories of the Contact Cycle and the world and man view from Gestalt therapy as 
the main theoretical bases used, in addition to point out major gaps in relation to the study of 
Gestalt therapy in colleges and the low presence of studies that use it as a possibility in cases 
of suicide, while emphasizing the great contribution of Gestalt therapy as a clinical approach in 
cases of ideation and suicide attempt. 
 
Keywords: Suicide; Gestalt therapy; Literature review. 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que, por ano, cerca de 
800 mil pessoas cometem suicídio em todo o planeta, o que equivale a uma pessoa a cada 40 
segundos. Considerado um problema de saúde pública, o suicídio é um marcador de sofrimento 
psíquico ou de transtornos psiquiátricos (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2018). 
Já no Brasil, estimativas do DATASUS contabilizam quase 200.000 (duzentas mil) mortes por 
suicídio entre os anos de 1996 e 2017, cometidas principalmente por pessoas do sexo masculino 
(FIGUEIREDO FILHO, 2019). 
O suicídio gera muitas perguntas sobre as suas causas e os fatores que influenciam 
alguém a atentar contra a própria vida. O Manual para profissionais da saúde primária da 
Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o suicídio, além de não possuir uma razão 
ou motivação única, é uma questão complexa, que decorre de fatores variados, o que torna 
impossível explicar o porquê de algumas pessoas atentarem contra a própria vida em 
determinadas situações, ao passo que outras pessoas em situações similares não o fazem 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2000). 
Gomes (2018) reafirma que é impossível distinguir uma razão única ou atribuir uma 
relação simples entre os fatores que levam ao suicídio. Ou seja, apesar de se buscar avaliar as 
motivações do suicídio, é impossível estabelecer um motivo único para a realização de tal ato. 
Sabe-se que a maioria das pessoas que cometem suicídio possuem algum transtorno mental, 
como depressão, alcoolismo, esquizofrenia, ansiedade, ou transtorno de personalidade 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2000). 
Além disso, a OMS estabelece ainda alguns sinais comportamentais que podem 
anteceder o ato suicida: retração no comportamento, doenças psiquiátricas, alcoolismo, 
alterações na personalidade, alterações alimentares e nos horários de sono, tentativas anteriores 
de suicídio, sensação de culpa constante, perdas familiares, histórico familiar, ansiedade, 
vontade inexplicável de concluir tarefas, solidão, desesperança, escrita de cartas de despedida; 
diagnóstico de doença, falar muito sobre morte ou suicídio (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE 
SAÚDE, 2000). 
Autores da Gestalt-terapia como Fukumitsu e Scavacini (2013) ratificam que não se 
pode encarar o suicídio como algo referente a um único fator, mas sim como algo multicausal, 
que engloba uma variedade de aspectos emocionais, religiosos, culturais, financeiros, 
psicológicas e psiquiátricos. Coloca-se então a seguinte problemática: quais contribuições a 
Gestalt-terapia pode trazer para a compreensão do suicídio? 
 
 
 
6 
 
Para responder a essa questão o presente estudo objetiva compreender o suicídio na 
perspectiva da Gestalt-terapia. Além disso, visa também: elencar as contribuições da Gestalt-
terapia enquanto abordagem para a compreensão do suicídio; descrever as teorias da Gestalt-
terapia utilizadas para compreender o suicídio; verificar lacunas nas publicações em Gestalt-
terapia sobre o tema do suicídio. 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 O SUICÍDIO: PRIMEIROS REGISTROS E ESTUDOS 
 
O suicídio esteve presente ao longo da história. Embora não exista uma data específica 
de relato do primeiro caso de suicídio, a Enciclopédia da História Geral Delta afirma que 
durante uma cerimônia em Ur em 2500 a.C., doze pessoas ingeriram bebidas tóxicas e foram 
encontradas deitadas esperando para morrer (KALINA; KOVADLOFF, 1983). Esse momento 
foi considerado o primeiro ato suicida da história. 
O suicídio é definido como, morte causada direta ou indiretamente pela própria vítima 
por uma ação positiva ou negativa, e a própria vítima sabe que a ação terá como resultado a sua 
morte (DURKHEIM, 2000). Assim, no suicídio a vítima sabe o momento de agir e o que deve 
fazer para provocara sua morte, naquele momento sua única intenção é morrer. 
Antes de concretizar o suicídio, o indivíduo pode apresentar alguns comportamentos 
como: ideação suicida ou tentativa de suicídio, até a consumação. Por ideação suicida, podemos 
compreender o “pensamento de servir como agente da própria morte” (SADOCK; SADOCK; 
RUIZ, 2017, p. 764) ao passo que a tentativa de suicídio é o “comportamento autodestrutivo 
com resultado não fatal acompanhado por evidências explícitas ou implícitas de que a pessoa 
pretendia morrer” (SADOCK; SADOCK; RUIZ, 2017, p. 764). 
Durkheim (2000) foi a primeiro sociólogo a estudar o suicídio que para ele é um 
fenômeno social e não individual. Ele classifica o suicídio em tipos, segundo os fatores que 
envolvem sua causa: egoísta, anômico, altruísta e fatalista. O suicídio egoísta é influenciado 
pelo isolamento excessivo do indivíduo e da sociedade, que o transformou em uma pessoa 
sozinha, à margem da sociedade, sem o apoio de qualquer grupo social. O suicídio anômico 
seria resultante do caos provocado por grandes mudanças em uma sociedade, como o 
desemprego. O suicídio altruísta ocorre quando as pessoas estão muito próximas da sociedade, 
 
 
 
7 
 
renunciando aos seus desejos em função do social, de religião, ou política. O suicídio fatalista 
ocorre devido ao excesso de regulação da sociedade sobre o indivíduo (DURKHEIM, 2000). 
Cassorla (1991) ressalta que quem pensa em suicídio, fala em suicídio, tenta suicídio e 
o concretiza é porque está sofrendo. O suicídio passa por um processo de escolha do indivíduo 
que decide findar com a própria vida e como processo de escolha pode ser compreendido pelo 
olhar do Existencialismo. 
O Existencialismo é uma corrente filosófica, em que o homem é visto como ser-no-
mundo com liberdade e responsabilidade por suas escolhas. Essa consciência de que ele é um 
homem, que não pode fugir de sua condição de liberdade de escolha gera angústia. A angústia 
não é somente um sentimento negativo, ela surge justamente porque a pessoa tomou consciência 
que sua existência humana é construída por meio das suas escolhas (SARTRE, 1978). 
 Conforme Sartre (1978), o indivíduo se angustia porque se vê numa situação em que 
tem de escolher sua vida, seu destino, sem buscar apoio ou orientação de ninguém. Nesta 
tomada de consciência, o homem percebe sua responsabilidade e se angustia, pois está fazendo 
escolhas para si e será o único a sofrer as consequências. 
Teixeira (2006) reafirma que o indivíduo é um ser consciente, capaz de fazer escolhas 
livres e intencionais, isto é, escolhas das quais resultam o sentido da sua existência. Uma dessas 
escolhas seria a tentativa ou o próprio suicídio, o indivíduo está consciente e nesse momento 
está fazendo a escolha de acabar com a sua existência. 
Sabe-se que os indivíduos vivem entre o limite do prazer e o limite da razão, quando um 
desses limites prevalece surge no indivíduo o desespero e algumas pessoas não dão conta desse 
sentimento, sendo o suicídio o único meio encontrado para sair desse desespero existencial. De 
acordo com Giles (1989), algumas pessoas não conseguem enxergar outra possibilidade e 
conseguem visualizar apenas o suicídio como alternativa. O indivíduo que se mata almeja se 
libertar da dor insuportável que ele sente. 
De acordo com Dutra (2011), o suicídio pode ser compreendido como uma forma de 
lidar com a angústia, visando eliminá-la. Compreende-se que suicídio pode ser percebido pelo 
indivíduo como uma forma desesperada de tomar posse da própria vida, do seu próprio ser. O 
indivíduo que se mata ou tenta, ele quer libertar-se de uma ausência. O suicídio talvez seja o 
último ato de desespero ou coragem do ser. Nesse sentido, o suicídio é como uma forma 
desesperada de se apropriar da vida, a pessoa busca a sua própria morte, como uma escolha 
perante as questões da vida. 
Quando se pensa na temática do suicídio, na complexidade dos fatores que podem 
ocasioná-lo e na importância de sua prevenção, surge a necessidade do uso de uma abordagem 
 
 
 
8 
 
psicológica voltada para as necessidades do indivíduo e suas particularidades, em busca da 
ressignificação da vida. Na Gestalt-terapia, acredita-se que a organização psíquica não se dá de 
forma linear, em uma relação de causa-efeito, mas sim pautada em eventos múltiplos, que se 
inter-relacionam de modos diversos, o que permite que o cliente compreenda de forma total as 
experiências que vivencia, de forma integrada e que englobe todos os fatores que o afetam 
(ALMEIDA, 2010). 
 
 
2.2 A GESTALT-TERAPIA 
 
 O objetivo da Gestalt-terapia é integrar todas as partes do indivíduo, mesmo as 
rejeitadas, a partir do uso do diálogo como ferramenta principal para a percepção do indivíduo 
(BARRETO, 2017). O homem aqui é visto como um todo, e suas interações e experiências 
decorrem da sua relação com o ambiente que o cerca, a partir da awareness (FRAZÃO, 2015 
apud RANGEL; FREIRE, 2019, 2019). Podemos definir a awareness como o ato de “ter 
consciência da sua própria consciência” (RANGEL; FREIRE, 2019, p. 13), ou seja, a 
capacidade de compreender suas motivações, necessidades, a partir do contato consigo mesmo 
enquanto indivíduo. 
A Gestalt-terapia é uma teoria existencial-fenomenológica (SCAFFO, 2006), um 
método que se concentra na conexão entre os seres humanos e o meio ambiente, que percebe o 
todo e o potencial das pessoas em processo de desenvolvimento e atualização contínuos. 
Portanto, mesmo diante de uma doença, mesmo que uma pessoa não consiga compreender a 
amplitude do seu potencial, a Gestalt-terapia enfoca os aspectos positivos, que mostram que 
não há perda e que a pessoa ainda pode restaurar o equilíbrio (FRAZÃO, 2015). 
Para tanto, a Gestalt-terapia utiliza a teoria do contato e sua visão de homem e de mundo. 
Para Ribeiro (2019), o contato é o processo pelo qual o indivíduo se dá conta, através da 
percepção imediata de sua existência e da relação entre seu organismo e o ambiente que o cerca, 
através do ajustamento criativo. 
O autor ainda afirma que é através do contato que se pode pensar a existência de si e do 
outro e, a partir disso, “produzir mudanças, crescimento, ajustamento criativo na pessoa e na 
sua relação com o mundo, por meio da energia de transformação que opera em total interação 
na relação sujeito-mundo, organismo/ambiente (RIBEIRO, 2019, p. 16). 
O ciclo do contato, também chamado de ciclo de satisfação das necessidades, ciclo de 
autorregulação organísmica, ciclo de experiência, ciclo de contato-retração ou ciclo da Gestalt 
 
 
 
9 
 
(GINGER, 1995), é um conjunto de fases ou etapas que descrevem o processo de contato do 
indivíduo com o ambiente e que servem como instrumento para o psicólogo identificar as 
necessidades do cliente. O ciclo dos fatores de cura e bloqueios do contato, de Ribeiro (1997), 
é um sistema dinâmico de operação de mudanças e que contempla nove fases de contato: 
fluidez, sensação, consciência, mobilização, ação, interação, contato final, satisfação e retirada. 
Além disso, o ciclo de Ribeiro também estabelece nove formas de bloqueio do contato: 
fixação, dessensibilização, deflexão, introjeção, projeção, proflexão, retroflexão, egotismo e 
confluência (RIBEIRO, 1997 apud ANTONY; RIBEIRO, 2004), a partir do self, ou seja, “do 
Eu, o mesmo vivido e percebido pelo sujeito quando em contato com o outro e consigo próprio” 
(SOUZA; et al., 2018), da personalidade desse indivíduo. A partir desse ciclo, o psicólogo pode 
identificar em qual das fases ou etapas está ocorrendo o bloqueio do contato, permitindo o 
processo de mudança. 
A visão de homem e de mundo da Gestalt tem raízes na sua origem existencial-
fenomenológica (SCAFFO, 2006), sendo que a Gestalt-terapia está voltada para o aspecto 
clínico, para o crescimento do indivíduo a partir do contato e da mudança, através de uma visão 
de caráter integrador do homem, que o enxerga em sua totalidade(FREITAS, 2016). Para 
Ribeiro (1997), contato e mudança são elementos básicos e interiores de qualquer forma de 
psicoterapia”, e é necessário que o contato seja feito com a totalidade do indivíduo e não apenas 
com os sintomas ou patologias. 
 De fato, na Gestalt-terapia mostra-se a diferenciação entre as causas que geram o 
conflito, que sempre são várias e aquilo que pode desencadear a tentativa de suicídio 
(FUKUMITSU; SCAVACINI, 2013). É papel do profissional compreender as necessidades do 
cliente, mostrando novas possibilidades, fazendo com que ele se sinta acolhido, mas sempre 
deixando claro que a decisão cabe ao cliente, ou seja, agindo como mediador nos conflitos 
através do manejo clínico (SOUZA; SOUZA; RAHIM, 2017, p. 13). 
Fukumitsu (2014) enfatiza ainda que é essencial o uso de uma abordagem terapêutica 
que ressignifique a vida a partir do manejo de conflitos, utilizando para isso três fases de 
conduta para o acompanhamento terapêutico: “perguntar e explorar; compreender, confirmar e 
acolher; encaminhar e acompanhar” (FUKUMITSU, 2014, p. 273). 
 Ainda segundo a autora, cada uma dessas fases é essencial para auxiliar no manejo dos 
conflitos do indivíduo que pretende tentar contra a própria vida. Na primeira fase, o objetivo é 
a escuta terapêutica do problema, objetivando identificar a ideação suicida, explorando o 
conflito através de perguntas sobre o plano de suicídio. A segunda fase objetiva acolher o 
indivíduo, através da compreensão e confirmação da existência do conflito, sendo seguida pela 
 
 
 
10 
 
última fase: encaminhar a pessoa com ideação suicida para o recebimento de tratamento em 
casos de crise, além da orientação dada ao cliente e a seus familiares sobre o conflito que o 
indivíduo vivencia, seguida do acompanhamento a esse cliente, em busca do restauro do 
equilíbrio e da ressignificação da vida (FUKUMITSU, 2014). 
Diante dessa fundamentação, o trabalho irá buscar compreender o suicídio na 
perspectiva da Gestalt-terapia. Além disso, visa também: elencar as contribuições da Gestalt-
terapia enquanto abordagem para a compreensão do suicídio; descrever as teorias da Gestalt-
terapia utilizadas para compreender o suicídio; verificar lacunas nas publicações em Gestalt-
terapia sobre o tema do suicídio. 
 
 
3 MÉTODO 
 
Toda pesquisa para ser considerada científica demanda método, pois é através dele que 
se elabora e estrutura a busca pela ciência (VIEIRA, 2018). O presente estudo caracteriza-se 
como uma pesquisa de revisão, pois objetiva revisar outras pesquisas que trazem dados 
importantes (GIL, 2010), e a partir desses dados, elencar possibilidades para ampliar a 
compreensão e atuação profissional na questão do suicídio. 
Vem a ser um estudo de revisão integrativa, que se refere a um estudo sistemático e 
ordenado sobre um determinado assunto ou tema específico, que permite “a inclusão de estudos 
experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado” 
(SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010, não paginado). Ainda segundo os estudos de Souza, 
Silva e Carvalho (2010), uma revisão integrativa é composta, primordialmente por seis fases 
ou etapas, apontadas no quadro 1, a seguir: 
Quadro 1: Etapas da construção de revisões integrativas 
Etapa Descrição 
Fase 1: Elaboração da pergunta norteadora Fase em que se define a pergunta norteadora. Considerada o 
momento mais importante da construção da revisão. 
Fase 2: Busca ou amostragem na literatura Busca nas bases de dados e demais meios de pesquisa 
selecionados. Momento em que se definem os critérios de 
inclusão e exclusão dos artigos a serem selecionados. 
Fase 3: Coleta de dados Momento em que se estabelecem os questionamentos que 
permitam identificar a relevância dos dados para a pesquisa. 
Fase 4: Análise crítica dos estudos incluídos Etapa onde se classifica a importância temática de cada artigo 
encontrado. Pode ser realizada através de níveis ou sistemas 
hierárquicos, sempre pautados no delineamento da pesquisa 
que está sendo realizada. 
Fase 5: Discussão dos resultados Etapa em que se comparam os dados apontados na análise dos 
artigos em relação ao referencial teórico levantado. 
 
 
 
11 
 
Fase 6: Apresentação da revisão integrativa Permite que o leitor avalie os resultados de forma crítica, 
baseada em metodologias contextualizadas. 
Fonte: Adaptado de Souza, Silva e Carvalho (2010) 
 
Nesse sentido, construiu-se este trabalho seguindo os passos recomendados pela 
literatura, a saber: construção da questão norteadora determinante para a inclusão e critérios de 
exclusão dos artigos e os recursos responsáveis por identificar os estudos sobre o tema 
selecionado; amostragem ou pesquisa em a literatura, que é a definição das buscas nas bases de 
dados (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010, não paginado). 
Desse modo, iniciou-se o processo de pesquisa com a primeira etapa, através do 
estabelecimento da questão norteadora: “Quais contribuições a Gestalt-terapia pode trazer para 
a compreensão do suicídio?”. A seguir, na segunda etapa, deu-se seguimento ao trabalho a partir 
da busca na literatura, onde foram estabelecidos os critérios de inclusão e exclusão de artigos 
acadêmicos a serem utilizados como base. Como critérios de inclusão, optou-se pela: seleção e 
busca de livros, publicações em teses, dissertações e artigos presentes em bases de dados como: 
o Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia 
(PePSIC), Revista da Abordagem Gestáltica, Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia Brasil 
(BVS-Psi), Revista Instituto de Gestalt-Terapia e Atendimento Familiar na Rede (IGT na Rede), 
Sistema de Informácion Científica Redalyc (Redalyc) e no repositório bibliográfico Literatura 
Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); atualidade dos artigos, com 
buscas por obras de 2000 a 2020; pertencentes à área de Psicologia, escrita em língua 
portuguesa; e uso das palavras-chave: “Gestalt-terapia e suicídio”, “abordagem gestáltica e 
suicídio”; “ideação suicida e Gestalt-terapia”. 
Já os critérios de exclusão foram: arquivos não disponibilizados nas bases de dados 
estabelecidas; inacessibilidade do documento ou do texto integral; documentos em língua 
estrangeira sem tradução oficial; presença do mesmo artigo em bases diferentes; arquivos cujo 
tema principal não envolviam a Gestalt-terapia e o suicídio. 
A partir disso, deu-se a identificação dos dados e passaram por uma triagem para se 
verificar sua elegibilidade para posterior inclusão na pesquisa. Todos os estudos identificados 
por meio da estratégia de busca foram inicialmente avaliados analisando-se os títulos e resumos. 
Nos casos em que os títulos e os resumos não se mostraram suficientes para definir a seleção 
inicial, procedeu-se à leitura da íntegra da publicação. Aqueles estudos que se encaixaram nos 
critérios de inclusão compuseram essa revisão. 
A seguir, na terceira etapa, realizou-se a coleta dos dados encontrados nos artigos 
buscados, de acordo com a questão norteadora e os critérios de inclusão e exclusão previamente 
 
 
 
12 
 
definidos. A análise crítica dos estudos coletados foi realizada na quarta etapa da pesquisa, onde 
os artigos selecionados foram classificados de acordo com sua relevância temática para o 
trabalho. 
A partir dessa seleção e classificação, deu-se início à quinta etapa, onde se apresentou 
a discussão dos resultados encontrados, orientando-se pelos objetivos da pesquisa: elencar as 
contribuições da Gestalt-terapia enquanto abordagem para a compreensão do suicídio; 
descrever as teorias da Gestalt-terapia utilizadas para compreender o suicídio; verificar lacunas 
nas publicações em Gestalt-terapia sobre o tema do suicídio com os resultados encontrados 
durante a construção da revisão integrativa. 
Por fim, a sexta e última etapa é a apresentação da revisão, permitindo que o leitor avalie 
de forma críticaas informações e resultados encontrados (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 
2010, não paginado). A partir dessas etapas estabeleceu-se a construção da presente revisão 
integrativa. 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram utilizadas as seguintes bases: BVS-Psi, IGT na Rede, LILACS, PePSIC, 
REDALYC, Revista da Abordagem Gestáltica e SciELO. A quantidade de artigos encontrada 
em cada uma sobre a temática encontra-se no Quadro 2, a seguir: 
Quadro 2- Levantamento bibliográfico por base de dados 
Base de dados Termo buscado Quantidade de 
artigos 
encontrados com 
os termos de busca 
Filtro utilizado na busca 
BVS-Psi 
Gestalt-terapia e suicídio 1 - Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 1 - Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 - Idioma: Português 
IGT na Rede 
Gestalt-terapia e suicídio 2 
- Período: de 2000 a 2020. 
- Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 0 
- Período: de 2000 a 2020. 
- Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 
- Período: de 2000 a 2020. 
- Idioma: Português 
LILACS 
Gestalt-terapia e suicídio 2 - Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 0 - Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 - Idioma: Português 
PePSIC 
Gestalt-terapia e suicídio 3 - Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 0 - Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 - Idioma: Português 
 
 
 
13 
 
Redalyc 
Gestalt-terapia e suicídio 140 
- País: Brasil 
- Período: de 2000 a 2017 
(mais recente oferecido 
pelo site) 
- Idioma: Português 
- Disciplina: Psicologia 
Abordagem gestáltica e suicídio 18 
- País: Brasil 
- Período: de 2000 a 2017 
(mais recente oferecido 
pelo site) 
- Idioma: Português 
- Disciplina: Psicologia 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 18 
- País: Brasil 
- Período: de 2000 a 2017 
(mais recente oferecido 
pelo site) 
- Idioma: Português 
- Disciplina: Psicologia 
Revista da 
Abordagem 
Gestáltica 
Gestalt-terapia e suicídio 1 - Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 1 - Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 - Idioma: Português 
SciELO 
Gestalt-terapia e suicídio 0 - Idioma: Português 
Abordagem gestáltica e suicídio 0 - Idioma: Português 
Ideação suicida e Gestalt-terapia 0 - Idioma: Português 
Fonte: Dados da pesquisa (2020) 
 
Com base nos dados apresentados no Quadro 1, é possível estabelecer algumas 
considerações. Com 187 (cento e oitenta e sete) resultados encontrados ao total, nota-se que a 
base com mais resultados de busca foi a Redalyc, ao passo que no SciELO, mesmo com termos 
de busca distintos, nenhum resultado foi encontrado. Outra observação é que um mesmo artigo 
de Fukmitsu e Scavacini (2013) foi encontrado em várias bases de dados, como a Revista de 
Abordagem Gestáltica, a BVS-Psi e a PePSIC, mostrando a necessidade de se estabelecer 
critérios de exclusão com base na repetição de artigos encontrados, já que, a inexistência desse 
critério acabaria por gerar duplicidade na análise. 
Além disso, nas bases de dados BVS-Psi e Revista da Abordagem Gestáltica, o mesmo 
artigo foi recuperado com o uso de termos de busca diferentes, no caso: “Gestalt-terapia e 
suicídio” e “Abordagem gestáltica e suicídio”. Isso não ocorreu em repositórios como o IGT na 
Rede, LILACS e PePSIC, onde apenas o termo “Gestalt-terapia e suicídio” localizou resultados. 
Já a Redalyc diferiu nesses resultados, pois os termos “Abordagem gestáltica e suicídio” e 
“Ideação suicida e Gestalt-terapia”, encontraram os mesmos resultados, embora o esperado 
fosse a semelhança de resultados com os termos “Gestalt-terapia e suicídio” e “Abordagem 
gestáltica e suicídio”. 
Após a triagem dos resultados, 19 (dezenove) artigos tinham relação estrita com a 
temática, mas após a aplicação dos critérios de exclusão, em especial os referentes à repetição 
 
 
 
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dos artigos e o conteúdo buscado na relação do suicídio e da Gestalt-terapia, apenas 5 (cinco) 
estudos contemplavam os critérios de inclusão estabelecidos ao enfocar a compreensão do 
suicídio, e seu processo na perspectiva da Gestalt- terapia. 
O Quadro 3 aponta os artigos selecionados após o processo de triagem e uso dos critérios 
de inclusão e exclusão: 
Quadro 3 - Artigos que atenderam aos critérios de inclusão 
Nome do artigo Autor(es) Ano 
Suicídio e Psicoterapia: uma visão gestáltica Hugo Ramón Barbosa Oddone 2005 
Perda do sentido da vida resultando na desistência de 
viver 
Maria de Fátima Scaffo 2006 
Suicídio e manejo psicoterapêutico em situações de 
crise: uma abordagem gestáltica 
Karina Okajima Fukumitsu; Karen 
Scavacini 
2013 
Especificidades sobre processo de luto frente ao 
suicídio 
Karina Okajima Fukumitsu; Maria 
Júlia Kovács 
2016 
Tortura e suicídio a partir de uma perspectiva 
Gestáltica: o caso de Frei Tito de Alencar Lima. 
Maria Evonilde Assis 2016 
Fonte: Dados da pesquisa (2020) 
 
 Com base nos artigos encontrados, a próxima etapa foi a análise dos mesmos conforme 
os objetivos da pesquisa. Para tanto, analisaram-se: as contribuições da Gestalt-terapia como 
abordagem na compreensão do suicídio; quais teorias foram utilizadas em cada artigo e quais 
lacunas foram observadas dentro da temática. 
 
 
4.1 AS CONTRIBUIÇÕES DA GESTALT-TERAPIA ENQUANTO ABORDAGEM PARA 
A COMPREENSÃO DO SUICÍDIO 
 
 O primeiro texto analisado foi “Suicídio e Psicoterapia: uma visão gestáltica”, de Hugo 
Ramón Barbosa Oddone, publicado em 2005. Na verdade, o trabalho trata-se de uma resenha 
do livro de Karina Fukumitsu, de 2005, de mesmo nome. A resenha discute sobre como 
Fukumitsu aborda de forma sensível a questão do suicídio a partir da visão fenomenológica-
existencial da Gestalt-terapia. O autor reforça o benefício da Gestalt-terapia ao compará-la à 
uma filosofia de vida, ao estimular o mínimo de interferência nos conflitos dentro do manejo 
clínico, e sim no estímulo da consciência, do crescimento a partir do conflito e o incentivo ao 
desejo de viver. 
 O segundo artigo encontrado “Perda do sentido da vida resultando na desistência de 
viver”, de Maria de Fátima Scaffo, e com publicação em 2006, discute sobre os aspectos que 
ocasionam pensamentos suicidas e levam o indivíduo a tentar contra a própria vida, em especial 
os relacionados à Depressão. Para tanto, o artigo aponta como contribuições da Gestalt-terapia 
 
 
 
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na abordagem do suicídio a visualização do indivíduo como ser singular, cujos conflitos e 
medos permeiam sua construção da awareness. Além disso, a autora enfatiza sobre a 
necessidade desse tipo de estudo, já que o suicídio é uma problemática que cresce a níveis 
alarmantes e considera que a Gestalt-terapia seja um instrumento efetivo para o manejo clínico 
de clientes que vivenciam a ideação suicida. 
O terceiro artigo analisado foi “Suicídio e manejo psicoterapêutico em situações de 
crise: uma abordagem gestáltica”, de Karina Okajima Fukumitsu e Karen Scavacini, datado de 
2013. A pesquisa discute sobre as implicações clínicas do suicídio a partir da visão da Gestalt-
terapia, já que o suicídio é conhecidamente uma ação multicausal, e, portanto, necessita ser 
tratado a partir do diálogo e construção de um vínculo terapêutico com o cliente. As autoras 
consideraram como contribuições da Gestalt-terapia enquanto abordagem para compreensão do 
suicídio justamente a possibilidade de refletir criticamente sobre o conflito vivenciado, e assim, 
permitir mudanças positivas a partir da crise. Outra contribuição da Gestalt-terapia é a atuação 
do psicólogo enquanto fortalecedor do cliente a partir da ampliação da awareness, além de 
profissional empático e acessível ao diálogo do indivíduo que pensa em tentar contra a própria 
vida. 
O artigo “Especificidades sobre processo de luto frente ao suicídio”, de Karina Okajima 
Fukumitsu e Maria Júlia Kovács, publicado em 2016, discute sobre as reações possíveis diante 
do suicídio de um familiar, apontandoas diferenciações do luto daqueles que vivenciaram a 
morte auto infligida de familiares. Para tanto as autoras analisaram o processo de luto de nove 
filhos, cujos pais suicidaram-se, através de depoimentos sobre os sentimentos decorridos após 
a morte dos familiares. Como contribuições do uso da Gestalt-terapia, o artigo estabelece a 
sensação dos clientes de acolhimento e de escuta durante o compartilhamento de suas 
experiências; a possibilidade de ressignificação da morte do ente querido a partir da Gestalt-
terapia. 
 Por fim, o artigo “Tortura e suicídio a partir de uma perspectiva Gestáltica: o caso de 
Frei Tito de Alencar Lima”, de Maria Evonilde Assis, com publicação em 2016, traz à tona 
discussões sobre as relações entre tortura e suicídio a partir da perspectiva Gestáltica, utilizando 
para isso o caso de Frei Tito e as torturas por ele sofridas durante a ditadura no Brasil. Para 
tanto, o artigo estabelece alguns pontos de contribuição da Gestalt-terapia, como: a 
possibilidade de percepção do indivíduo enquanto todo, a de enxergar o homem como “ser em 
constante construção” (ASSIS, 2016, p. 319) e a possibilidade de se relacionar o tema do 
suicídio e da tortura a partir da visão da Gestalt-terapia, compreendendo que o suicídio aqui, 
 
 
 
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acaba atuando como “denúncia da realidade por ele contestada” (ASSIS, 2016, p. 320), como 
um último ato de liberdade de alguém que sofreu tanto. 
 
4.2 AS TEORIAS DA GESTALT-TERAPIA UTILIZADAS PARA COMPREENDER O 
SUICÍDIO 
 
A resenha de Oddone (2005) aponta a Gestalt-terapia enquanto teoria fenomenológica-
existencial, enfatizando a contribuição dessa metodologia, ao discutir sobre as teorias 
existenciais que cercam a vida do indivíduo com ideação e/ou tentativa de suicídio. O autor 
enaltece o viés de estudo de Fukumitsu, publicado em 2005, através do que ele chama de uma 
Gestalt “moderna e basicamente brasileira, pois consegue integrar, prolixa e sabiamente, todos 
os conhecimentos adquiridos, através de pesquisas acadêmicas dos mais renomados teóricos do 
país e das experiências vividas pelos mesmos” (ODDONE, 2005, p. 166). 
Já a pesquisa de Scaffo (2006) foi utilizada, inclusive, como referência na formulação 
desse trabalho, já que a autora determina que a Gestalt-terapia é uma teoria existencial-
fenomenológica (SCAFFO, 2006), um dos conceitos-chave para compreender a origem e a 
estruturação da Gestalt-terapia. Além disso, a autora enfatiza a visão da Gestalt-terapia 
enquanto ação de enxergar o indivíduo como todo, a partir de suas particularidades, 
concordando com estudos de Barreto (2017) e Frazão (2015 apud RANGEL; FREIRE, 2019). 
De fato, Scaffo (2006) enxerga o cliente como “fenômeno singular que ultrapassa todas as 
possibilidades de representação, categorizações e diagnósticos que se enquadrem na 
comunalidade ou ainda, nas definições baseadas nas classificações puramente racionais” 
(SCAFFO, 2006, não paginado), e cujas necessidades devem ser tratadas por alguém que as 
compreenda de forma empática e que aja em busca do restauro do equilíbrio, conforme 
estabelece Frazão (2015). 
O artigo de Fukumitsu e Scavacini (2013), assim como o artigo de Scaffo (2006), foram 
utilizados como referência base na fundamentação dessa pesquisa a respeito dos conceitos da 
Gestalt-terapia, pois as autoras discutem sobre a grande variedade de causas que podem gerar 
conflito, e em alguns casos, provocar ideação e/ou tentativa de suicídio. Para tanto, as autoras 
afirmam que a Gestalt-terapia é uma teoria fenomenológica-existencial da Gestalt, conforme 
estudos de Scaffo (2006) e apontam a Gestalt-terapia como instrumento para lidar com os 
conflitos do indivíduo, através do diálogo, atuando de forma ativa em relação as necessidades 
do cliente, conceito também estudado por Barreto (2017). Ao mesmo tempo, afirmam que é 
necessário ofertar uma escuta empática e que estimule o cliente a encarar o conflito como 
 
 
 
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momento de mudança (FUKUMITSU; SCAVACINI, 2013), fato reforçado pelos estudos 
seguintes de Fukumitsu (2014), ao ressaltar a importância da valorização da escuta na Gestalt-
terapia. Por fim, convergem em pensamento com os estudos de Souza, Souza e Rahim (2017), 
ao apontar que é necessário que o psicólogo atue como mediador, permitindo que o cliente 
possa se sentir acolhido, mas garantindo a ele a existência de sua autonomia enquanto indivíduo. 
Também discutem sobre a awareness, conforme aponta o trecho a seguir: “Para Perls, 
o caminho para a saúde psicológica encontra-se na integração harmoniosa de todos os aspectos 
do self. A terapia foca na ampliação da awareness e em facilitar a confiança do cliente na 
sabedoria da autorregulação organísmica” mudança (FUKUMITSU; SCAVACINI, 2013, p. 
199). Do mesmo modo, afirmam que: “a pessoa que pensa no suicídio deseja eliminar o 
sofrimento, parte da existência, mas confunde a necessidade de aniquilar seu sofrimento com 
auto aniquilar-se, matando o todo” (FUKUMITSU; SCAVACINI, 2013, p. 199). De acordo 
com Dutra (2011), o suicídio pode ser compreendido como uma forma de lidar com a angústia, 
visando eliminá-la. Compreende-se que suicídio pode ser percebido pelo indivíduo como uma 
forma desesperada de tomar posse da própria vida, do seu próprio ser 
As autoras discutem ainda sobre o ciclo de contato e seus bloqueios, citando 
especificamente a projeção, a retroflexão e a confluência. Ao mesmo tempo, afirmam que é 
necessário ofertar uma escuta empática e que estimule o cliente a encarar o conflito como 
momento de mudança (FUKUMITSU; SCAVACINI, 2013), fato reforçado pelos estudos 
seguintes de Fukumitsu (2014), ao ressaltar a importância da valorização da escuta na Gestalt-
terapia. Por fim, convergem em pensamento com os estudos de Souza, Souza e Rahim (2017), 
ao apontar que é necessário que o psicólogo atue como mediador, permitindo que o cliente 
possa se sentir acolhido, mas garantindo a ele a existência de sua autonomia enquanto indivíduo. 
No artigo de Fukumitsu e Kóvacs (2016), a Gestalt-terapia é citada utilizada para a 
realização de uma pesquisa qualitativa, através do depoimento de 9 (nove) colaboradores sobre 
o processo de luto pelo suicídio. Apesar de não explicitar de forma direta quais foram as teorias 
da Gestalt-terapia utilizadas, a leitura do texto permite depreender o uso do acolhimento 
enquanto ferramenta para o desenvolvimento das entrevistas; a tratativa dos múltiplos eventos 
que o cliente vivenciou e a utilização do diálogo como forma de percepção desse indivíduo e 
das suas vivências, comprovando estudos de autores como Almeida (2010), Fukumitsu (2014), 
Frazão (2015 apud RANGEL; FREIRE, 2019) e Souza, Souza e Rahim (2017). 
Assis (2016) descreve através da análise da história da vida de frei Tito, a tortura que 
sofreu e como isso o afetou, passando pelo exílio até o suicídio. A autora traz as teorias da 
Gestalt ao enfocar na visão total do indivíduo frente aos seus conflitos, como aponta Almeida 
 
 
 
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(2010), ao reforçar o caráter fenomenológico da Gestalt. Em concordância com Freitas (2016), 
segundo o qual a Gestalt-terapia está voltada para o aspecto clínico, para o crescimento do 
indivíduo a partir do contato e da mudança, através de uma visão de caráter integrador do 
homem, que o enxerga em sua totalidade. 
 
4.3 LACUNAS NAS PUBLICAÇÕES EM GESTALT-TERAPIA SOBRE O TEMA DO 
SUICÍDIO 
 
No trabalho de Oddone (2005), observa-se a ênfase da necessidade de se publicar dados 
estatísticos e motivacionais referentes ao suicídio, evitando o esvaziamento das pesquisas na 
literatura especializada. Do mesmo modo, o autor mostra como os estudos de abordagem 
fenomenológica ainda sofrem resistência enquanto área de estudo, apontando uma grande 
lacuna nas produções referentes à essa metodologia. 
 Scaffo (2006) questiona sobre a ausência de artigos referentes à temática do suicídio, 
em especial quando se analisa a partir das produçõesda literatura gestáltica e do material 
disponibilizado nos próprios cursos de graduação. 
 Fukumitsu e Scavacini (2013), apontam a necessidade de se discutir sobre a ideação 
suicida com o cliente, ainda que o assunto seja considerado tabu por muitos profissionais. E 
isso é outro aspecto levantado pelas autoras: é necessário “destituir o lugar do tabu do suicídio” 
(FUKUMITSU; SACAVACINI, 2013, p. 203), pois é necessário oferecer a esse cliente uma 
escuta empática e diálogo, algo reforçado por outros estudos da própria Fukumitsu (2014). 
Além disso, ao afirmar que o artigo surge para se discutir a temática do suicídio em cursos de 
graduação, Fukumitsu e Scavacini (2013) acabam por apontar uma grande lacuna: poucos são 
os estudos publicados a respeito do suicídio, especialmente quando se espera discuti-lo a partir 
da abordagem da Gestalt-terapia, isso é confirmado pelos resultados encontrados durante a 
busca e elaboração deste trabalho. 
Fukumitsu e Kovács (2016) deixam clara a expectativa de ampliação de pesquisas que 
apliquem a Gestalt-terapia em relação ao processo de enfrentamento do luto perante o suicídio, 
pois consideram pequena a quantidade de levantamentos bibliográficos feitos sobre a temática. 
Também apontaram a necessidade de ampliação de “reflexões sobre recursos e estratégias de 
reconciliação e de enfrentamento utilizados para acolhimento ao luto pela morte autoinfligida” 
(FUKUMITSU; KOVÁCS, 2016, p. 11) e reforçaram sobre a importância da inclusão dessa 
temática na formação daqueles que trabalharão com atendimentos a pessoas com ideação 
suicida. A seguir, as autoras também discutiram a necessidade de se divulgar o estudo da 
 
 
 
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“posvenção”, ou seja, o cuidado com quem vivenciou a morte auto infligida de um familiar ou 
amigo (FUKUMITSU; et al., 2015), na expectativa da criação de serviços de cuidados que 
atendam esse público. 
Assis (2016) aponta a grande ausência de estudos sobre a temática do suicídio e da 
tortura vistos pela Gestalt-terapia, a começar pela dificuldade em se dissociar do sofrimento de 
frei Tito, assim como o fazem os psicólogos durante o manejo clínico. Ao encerrar seu estudo, 
a autora reforça a necessidade de que outras pessoas trabalhem a temática e façam o exercício 
de discutir como aspectos sociais, culturais e políticos, bem como as omissões em relação aos 
Direitos Humanos podem influenciar na vida das pessoas, podendo, inclusive, chegar à ideação 
de suicídio. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O suicídio é um assunto muito discutido e questionado. Apesar dos variados estudos 
sobre a temática, as questões relativas à motivação e causas permeiam o imaginário humano. 
Familiares, amigos, todos buscam uma resposta. E a grande proporção de casos faz com que, 
além de tratar-se de questão de saúde pública, trate-se também de um dos grandes males que 
afeta a sociedade. 
Desse modo, não é surpresa que um tema tão relevante tenha sido escolhido para o 
encerramento dessa graduação. Por ser tão complexo, com inúmeras possibilidades de causas, 
motivos ou fatores, é um tema que requer extremo cuidado nas discussões, observação de 
mudanças comportamentais ou fatores pré-existentes que poderiam estimular o ato. A partir 
disso, surgiu a problemática do trabalho: quais contribuições a Gestalt-terapia pode trazer para 
a compreensão do suicídio? 
Foi possível responder aos objetivos da pesquisa: elencar as contribuições da Gestalt- 
terapia enquanto abordagem para a compreensão do suicídio; descrever as teorias da Gestalt-
terapia utilizadas para compreender o suicídio; verificar lacunas nas publicações em Gestalt-
terapia sobre o tema do suicídio, ao longo das análises, discussões e resultados, ao apontar as 
lacunas referentes à ausência de estudos sobre o suicídio a partir da abordagem gestáltica, 
mostrar como essa abordagem é pertinente para a atuação clínica em casos de ideação suicida 
e tentativa e ao observar quais teorias da Gestalt-terapia foram utilizadas nesses artigos, a saber: 
visão de homem e de mundo da Gestalt e ciclo do contato. 
 
 
 
20 
 
Ao se discutir sobre a Gestalt-terapia e as possibilidades de uso da mesma enquanto 
inibidora e/ou minimizadora da ideação suicida e das tentativas de suicídio, foi possível 
verificar que o levantamento bibliográfico realizado mostra como a prática é utilizada como 
instrumento mediador de conflitos e restauro do equilíbrio emocional de clientes que possuem 
pensamentos suicidas. Não obstante, durante as discussões e resultados foi possível 
compreender como as contribuições da Gestalt-terapia são relevantes para a área e para o 
manejo clínico de pacientes com ideação e/ou tentativa de suicídio, ao permitir o restauro do 
equilíbrio emocional a partir da visão de homem e de mundo fornecidas pela Gestalt-terapia, 
que enxergam o indivíduo em sua totalidade e não com base em suas patologias. 
De fato, durante a análise dos artigos filtrados para análise é possível compreender o 
quanto a análise do indivíduo enquanto todo, a escuta, o acolhimento, o estímulo do 
desenvolvimento da awareness, o incentivo ao desejo de viver, a construção de um vínculo 
terapêutico e a ressignificação da morte influenciam positivamente nas ações de manejo clínico 
desses clientes, reforçando as teorias elencadas durante a construção do referencial teórico. 
 Do mesmo modo, durante a construção do referencial teórico e dos resultados e 
discussões, foi possível cumprir com o último objetivo: verificar lacunas nas publicações em 
Gestalt-terapia sobre o tema do suicídio, evidenciando que ainda existem dificuldades no trato 
com clientes com pensamentos suicidas, apontando a Gestalt-terapia como possibilidade de 
manejo clínico, como instrumento empático de atendimento às necessidades e problemáticas 
do cliente, ao mesmo tempo em que notou-se a falta de estrutura e políticas públicas que 
estabeleçam ações de conscientização e apoio às pessoas com ideação suicida. 
De fato, a construção de uma pesquisa científica é trabalho demorado, que necessita de 
procedimentos metodológicos específicos e fundamentação teórica pautada em autores que 
discutam a temática escolhida. Enquanto acadêmicas, a construção de um artigo científica foi 
extremamente produtiva e relevante, ainda que muito desgastante. Apesar das dificuldades 
iniciais com a escrita científica, o manuseio das bases de dados, a pesquisa de informações 
confiáveis e respaldadas por autores da área, o aprofundamento na temática do suicídio e na 
teoria da Gestalt-terapia foram divisores em nossa formação como psicólogas. Tornou-se 
possível compreender de forma clara o papel mediador do psicólogo nessa temática tão sensível 
e relevante, em que, através do manejo clínico, é possível minimizar a ideação suicida, e 
consequentemente, evitar tentativas de suicídio, objetivando o restauro do equilíbrio dos 
clientes. 
Além disso, a presente pesquisa pôde contribuir em termos teóricos com a ampliação 
do estudo da Gestalt-terapia como abordagem possível para casos de ideação e tentativa de 
 
 
 
21 
 
suicídio. No entanto várias foram as limitações ao longo desse projeto: ausência de artigos nas 
bases de dados selecionadas para análise, dificuldade na busca de conteúdo para fundamentação 
e a visão do suicídio como tabu enquanto campo de estudo. Entretanto, com base na relevância 
do tema e levando-se em conta que a atualização nos artigos e periódicos da área da saúde é 
constante, a pesquisa poderá ser aprofundada em trabalhos futuros, em especial nas 
possibilidades de uso da Gestalt-terapia enquanto instrumento para lidar com a ideação suicida. 
 
 
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