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FISIOLOGIA SISTEMA ENDÓCRINO Aula 2 - Relação Cortex-Hipotálamo-Hipófise Historicamente consideravam que a hipófise era o centro que regulava todas as funções endócrinas, mas isso está errado pois foram descobertas as funções do hipotálamo e do cortex cerebral sobre as funções endócrinas. HIPÓFISE · Composta por 2/3 de porção anterior chamada adenohipófise (adeno=secreção) e 1/3 de porção posterior chamada neurohipófise. Embriologicamente essas porções são de origem ectoderma orofaríngea e neuroectoderma que se fundem formando a hipófise. · Anatomicamente está depositada na sela túrcica ou turca, no osso esfenóide · Neurohipófise: tecido nervoso onde possui terminações nervosas cujos corpos celulares estão no hipotálamo, estrutura acima da hipófise · A síntese do hormônio é nos corpos celulares dos neurônios (hipotálamo) onde são formados grânulos encapsulados e migram por despolarização celular até as terminações neurais (hipófise) onde são secretados · Ocorre a secreção de 3 hormônios hidrossolúveis: a vasopressina, que atua no rim reabsorvendo água (antidiurético), e a ocitocina. · Adenohipófise: possui células de origem epitelial em que os genes codificam hormônios hidrossolúveis · Diferente da anterior pois sintetizam os hormônios na própria célula, empacotando os grânulos, que migram até a superfície celular até saírem da célula e caem diretamente em vênulas por onde percorrem até encontrar a célula alvo · Sua atividade é controlada pelo hipotálamo, apesar de não haver contiguidade anatômica com a adenohipófise, o controle se da por uma rede de capilares (sistema porta hipotálamo-hipófise) que fazem com que o produto das células do hipotálamo seja lançado na região extracelular onde chegam facilmente as células da adenohipófise através desses vasos, regulando o funcionamento de suas células. · A dopamina é um neurotransmissor presente no hipotálamo que tem ação inibitória sobre a prolactina, diferente do que acontece nos outros contendo uma ação estimulatória · O efeito estimulador do GH é um pouco maior do que o inibitório, resultando na liberação do GH normalmente · Uma secção no tronco hipofisário (entre hipófise e hipoálamo) inibe a produção dos hormônios da neurohipófise (devido sua contiguidade anatômica) exceto pela prolactina que será estimulada devido a ausência da dopamina – PAN HIPOPITUITARISMO COM HIPERPROLACTINEMIA (sangue) CORTEX CEREBRAL (controle maior) · Sinapses no cortex cerebral enviam informações ao hipotálamo sobre as atividades sofridas pelo corpo, como claro/escuro ou seja dia/noite, estressse e sono/vigília · Claro/escuro/estresse: intereferem no CRH (cortisol) · Sono: interfere no GHRH · Exemplo: a liberação de cortisol cai a medida que entramos no período noturno e aumenta ao acordarmos · A secreção de ACTH (que sofre inteferência de CRH e do cortex) segue um padrão e é acompanhado pelo cortisol, determinando um ritmo de secreção que ocorre em 24hs (ritmo biológico circadiano) · Circadiano: em torno de 24hrs · Ultradiano: em torno de 30min · Infradiano: em torno de 28 dias (ex: LH e FSH) · Ocorre a secreção de cortisol perante ao estresse, assim como atividade física intensa. Em estudos com o uso de MDMA (ecstasy) mostraram o aumento de cortisol, caracterizando um estresse ao corpo. · Outro estímulo estressante muito potente é a hipoglicemia, e em consequência aumenta o cortisol, ajudando o organismo a se defender · O efeito do GH durante o sono · Nas primeiras horas de sono (estágio 3-4) temos secreção do hormônio, ao acordamos os níveis já são basais · Quando entramos em sono REM diminui-se a secreção de GH devido ao aumento da somatostatina · O GH também aumenta em resposta a hipoglicemia MECANISMO DE FEEDBACK (retroalimentação) · Esse mecanismo mantém no equilíbrio na produção das secreções · Um defeito em T3 e T4 faz com que não haja efeito inibitório sobre TRH e TSH, que em consequência aumentará muito, então: · TSH alta: defeito na tireoide (secundário) · T3 e T4 altas: defeito na hipófise ou hipotálamo (primário) · Como encontrar o defeito? Através da injeção de TRH ou TSH
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