Buscar

Curso de DIREITO PENAL Fernando Capez

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de DIREITO PENAL Fernando Capez
Volume1 Parte Geral
2. FONTES DO DIREITO PENAL 3. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 4. ANALOGIA 5. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 6. IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL 7. LEIS DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA 8. TEMPO DO CRIME E CONFLITO APARENTE DE NORMAS 9. TERRITORIALIDADE DA LEI PENAL BRASILEIRA 10. EXTRATERRIORIALIDADE DA LEI PENAL BRASILEIRA 1. EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 12. DO LUGAR DO CRIME 13. CONTAGEM DO PRAZO 14. TEORIA DO CRIME 15. FATO TÍPICO 16. O TIPO PENAL NOS CRIMES DOLOSOS 17. O TIPO PENAL NOS CRIMES CULPOSOS 18. CRIME PRETERDOLOSO 19. ERRO DE TIPO 20. CRIME CONSUMADO 21. TENTATIVA 2. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 23. ARREPENDIMENTO POSTERIOR
24. CRIME IMPOSSÍVEL 26. ILICITUDE 27. ESTADO DE NECESSIDADE 28. LEGÍTIMA DEFESA 29. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 30. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 31. CULPABILIDADE 32. CONCURSO DE PESSOAS 3. COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS 34. DA SANÇÃO PENAL 35. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 36. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 37. PENA DE MULTA 38. DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA 39. DA APLICAÇÃO DA PENA 40. DA REINCIDÊNCIA 41. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 42. LIVRAMENTO CONDICIONAL 43. EFEITOS DA CONDENAÇÃO 4. REABILITAÇÃO 45. CONCURSO DE CRIMES 46. LIMITE DE PENAS 47. AÇÃO PENAL 48. CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Curso de DIREITO PENAL
Fernando CapezVol1 Parte Geral 2. FONTES DO DIREITO PENAL
1) O que é fonte do Direito Penal? Resposta: é o lugar de onde o direito provém.
2) Quais as espécies de fonte do Direito Penal? Resposta: existem duas espécies: a) fonte material, de produção ou substancial; e b) fonte formal, de cognição ou de conhecimento.
3) O que se entende por fonte material, de produção ou substancial do direito? Resposta: é aquela que se refere ao órgão incumbido de sua elaboração. De acordo com a Constituição Federal, a União é a fonte de produção do Direito Penal no Brasil (art. 2, I).
4) No Brasil, podem os Estados-Membros legislar em matéria penal? Resposta: conforme previsão do parágrafo único do art. 2 da CF, lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar em matéria penal sobre questões específicas, ou seja, matérias relacionadas em lei complementar que tenham interesse meramente local. Trata-se de competência suplementar, que pode ou não ser delegada aos Estados-Membros, os quais não podem legislar sobre matéria fundamental de Direito Penal, tendo competência para fazêlo somente nas lacunas da lei federal e, mesmo assim, em questões de interesse específico e local.
5) O que significa fonte formal, de cognição ou de conhecimento? Resposta: é a que se refere ao modo pelo qual o Direito Penal se exterioriza.
6) Quais as espécies de fonte formal? Resposta: existem duas espécies: a) imediata: é a lei; e b) mediata: são os costumes e os princípios gerais de direito.
7) Qual a diferença entre norma e lei? Resposta: a norma é o mandamento de um comportamento normal, retirado do senso comum de justiça de uma coletividade, como, por exemplo, não matar. Desse modo, a norma é uma regra proibitiva não escrita, extraída do espírito dos membros da sociedade. A lei, por sua vez, é a regra escrita, expressa, que funciona como veiculo da norma. O legislador, levando em conta que o normal é não praticar determinado ato, descreve-o como crime, associando-lhe uma pena. Assim, a lei é descritiva e não proibitiva, ao contrário da norma, que proíbe. Quem mata alguém age contra a norma e de acordo com a lei.
8) Quais as partes que compõem a lei? Resposta: a lei penal é composta de duas partes: a) preceito primário: descrição da conduta; e b) preceito secundário: sanção.
9) Qual a característica da lei penal? Resposta: a lei penal não é proibitiva, mas descritiva.
Curso de DIREITO PENAL Fernando Capez Vol1 Parte Geral
10) Como se classifica a lei penal? Resposta: a lei penal pode ser classificada em duas espécies: a) leis incriminadoras; e b) leis não incriminadoras. As leis não incriminadoras, por sua vez, subdividem-se em: a) leis não incriminadoras permissivas; e b) leis não incriminadoras finais, complementares ou explicativas.
1) O que são leis incriminadoras? Resposta: são as leis penais que descrevem crimes e cominam penas.
12) O que são leis não incriminadoras permissivas? Resposta: são aquelas que tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis incriminadoras.
13) O que se entende por leis não incriminadoras finais, complementares ou explicativas? Resposta: são aquelas que esclarecem o conteúdo de outras leis e delimitam o âmbito de sua aplicação.
14) Quais as características das normas penais? Resposta: são elas: a) exclusividade: somente as normas penais definem crimes e cominam penas; b) imperatividade: impõem-se coativamente a todos; c) generalidade: têm eficácia erga omnes, dirigindo-se inclusive aos inimputáveis; e d) impessoalidade: dirigem-se impessoal e indistintamente a todos.
15) O que é norma penal em branco? Resposta: é aquela cujo preceito secundário está completo (a sanção), permanecendo indeterminado o seu conteúdo (a definição legal do crime está incompleta).
16) Como se classificam as normas penais em branco? Resposta: elas se classificam em: a) normas penais em branco em sentido lato ou homogêneas: o complemento provém da mesma fonte formal, isto é, emana da mesma fonte legislativa; e b) normas penais em branco em sentido estrito ou heterogêneas: o complemento provém de fonte formal diversa, ou seja, há diversificação quanto ao órgão de elaboração da norma.
17) Quais as fontes formais mediatas? Resposta: são o costume e os princípios gerais do direito.
18) Qual o conceito de costume? Resposta: é o conjunto de normas de comportamento a que as pessoas obedecem de maneira uniforme e constante, pela convicção de sua obrigatoriedade jurídica.
19) Quais são os elementos do costume? Resposta: o costume tem dois elementos: a) objetivo: constância e uniformidade dos atos; e b) subjetivo: convicção da obrigatoriedade jurídica.
2. FONTES DO DIREITO PENAL
Curso de DIREITO PENAL Fernando Capez Vol1 Parte Geral
20) Quais as espécies de costume? a) contra legem: inaplicabilidade da norma jurídica em face do desuso, da inobservância constante e uniforme da lei; b) secundum legem: traça regras sobre a aplicação da lei penal; e c) praeter legem: preenche lacunas e especifica o conteúdo da norma.
21) No Brasil, o costume “contra legem” revoga a lei? Resposta: não, em face do que dispõe o art. 2º, § 1º, da Lei de Introdução ao Código Civil, segundo o qual uma lei só pode ser revogada por outra.
2) Em nosso país, pode o costume “praeter legem” criar delitos? Resposta: tendo em vista o princípio da reserva legal, o costume não cria delitos, nem comina penas.
23) Qual a diferença entre hábito e costume? Resposta: a diferença é que, ao contrário do costume, no hábito inexiste a convicção da obrigatoriedade jurídica do comportamento.
24) O que significa princípios gerais do direito? Resposta: são princípios que se fundam em premissas éticas extraídas do material legislativo, isto é, do ordenamento jurídico. Dispõe o art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil que, “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”.
25) A analogia é fonte formal do Direito Penal? Resposta: não, a analogia é método pelo qual se aplica a fonte formal imediata, isto é, a lei do caso semelhante, ao fato não regulado expressamente pela norma jurídica. Na lacuna da legislação aplica-se em primeiro lugar outra lei (a do caso análogo), através da atividade conhecida como analogia, de modo que, não existindo lei de caso parecido aplicável por semelhança, recorrer-se-á então às fontes formais mediatas, que são os costumes e os princípios gerais do direito.
26) Em que consiste o princípio da insignificância? Resposta: através deste princípio, introduzido no sistema penal por CLAUS ROXIN, o Direito Penal não deve preocupar-se com bagatelas; por conseguinte, os danos de pouca montadevem ser considerados fatos atípicos.
27) O que é o princípio da alteridade? Resposta: é um princípio desenvolvido por CLAUS ROXIN que proíbe a incriminação de atitude meramente subjetiva, que não ofenda nenhum bem jurídico. Somente o comportamento que lesione direitos de outras pessoas e que não seja simplesmente pecaminoso ou imoral pode ser castigado, faltando à conduta puramente interna ou individual a lesividade para legitimar a intervenção penal.
28) Quais as formas de procedimento interpretativo? Resposta: são as seguintes: a) eqüidade: é a correspondência jurídica e ética da norma ao caso concreto; b) doutrina: consiste nos estudos, nas investigações e reflexões teóricas dos cultores do direito; e c) jurisprudência: é a repetição constante de decisões no mesmo sentido em casos semelhantes.
2. FONTES DO DIREITO PENAL

Continue navegando