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A estrutura básica de um aminoácido é: No pH fisiológico (~7,4), a carboxila en- contra-se dissociada (-COO-) e a amina protonada (-NH3+); Aminoácidos com cadeias laterais pola- res: não participam de ligações; são vistos como “oleosos”, promovendo interações hidrofóbicas; em ambientes polares, as porções hidrofóbicas voltam-se ao inte- rior da proteína; em ambientes apolares, as cadeias apolares voltam-se ao exterior; As funções orgânicas álcool, fenol e amida configuram cadeias laterais pola- res, assim como o grupo carbonila; A função orgânica ácido carboxílico con- figura cadeias laterais ácidas, ou seja, que doam prótons; em pH fisiológico, estão ionizadas com o grupo carboxila carre- gado negativamente; A função orgânica amina configura ca- deias laterais básicas, ou seja, que rece- bem prótons; em pH fisiológico, estão io- nizadas com carga positiva; Muitas proteínas extracelulares são esta- bilizadas por ligações dissulfeto; O carbono central dos aminoácidos é qui- ral, ou seja, apresenta isomeria óptica; O poder tamponante dos aminoácidos é máximo em mais ou menos 1 unidade acima e uma unidade acima do pKa; ex: um pKa de 4,8 resiste a mudanças de pH entre 3,8 e 5,8; Dissociação do grupo carboxila (K1): acontece ao passar de um pH muito baixo para um pH maior, em que o H+ do grupo é doado ao meio, formando água; Dissociação do grupo amino (K2): é o se- gundo grupo titulável; Quando pH = pK: existem quantidades iguais das formas adjacentes; Ponto isoelétrico: é o ponto em que a soma das cargas em um aminoácido re- sulta em 0; é a média entre pK1 e pK2; Em pH neutro: sempre há um COO- e um NH3+; A estrutura tridimensional é responsável pela função do peptídeo; Estrutura primária: sequência de aminoá- cidos; Estrutura secundária: hélice α e folha β; o Hélice α: estabilizada por ligações de hidrogênio entre carbonilas e amidas; o o Folha β: o o Estruturas supersecundárias (motivos): combinações/padrões de enovelamento que formam proteínas globulares; Estrutura terciária: determinada pela es- trutura primária. Refere-se ao dobra- mento e ao arranjo final dos domínios no polipeptídio (configuração tridimensio- nal); o Domínios: unidades funcionais fundamentais com estrutura tridi- mensional. Geralmente, é for- mado por combinações de moti- vos. Cada domínio é independente de outros domínios. o Interações de estabilização: pon- tes dissulfeto (ocorre entre dois resíduos de cisteína para produzir cistina), interações hidrofóbicas (geralmente no interior da prote- ína onde há acúmulo de aminoáci- dos apolares); ligações de hidrogê- nio e interações iônicas. Desnaturação proteica: desdobramento e desorganização das estruturas secundá- ria e terciária. Alguns agentes desnatu- rantes incluem calor, ureia, solventes or- gânicos, ácidos e bases fortes, detergen- tes e íons de metais pesados. Quando des- naturada, a proteína precipita; Chaperonas: proteínas especializadas que auxiliam o processo de dobramento cor- reto até a conformação nativa; Estrutura quaternária: exclusiva de prote- ínas não-monoméricas, ou seja, que pos- suem mais de uma cadeia polipeptídica na sua formação. As cadeias que a compõe são chamadas de subunidades; Isoformas: proteínas com mesma fun- ção, mas estrutura primária diferente. Se for enzima = isozimas; Doenças amiloides: o acúmulo de agrega- dos de proteínas fibrilares decorrentes do dobramento incorreto de proteínas (ami- loides) relaciona-se com distúrbios neu- rodegenerativos (Parkinson, Alzheimer); Doença do Príon (partícula proteica in- fecciosa): a proteína do príon é agente causador de encefalopatias espongifor- mes transmissíveis (como a doença de Creutzfeldt-Jakob e a doença da vaca louca). Grupo prostético: heme (possui ferro no centro da molécula) capaz de relizar liga- ção reversível com O2; Mioglobina: hemeproteína do coração e músculos esqueléticos. Relaciona-se com o oxigênio; Hemoglobina: encontrada nos eritróci- tos. Responsável pelo transporte de oxi- gênio dos pulmões aos capilares e tecidos. A principal hemoglobina nos adultos é a A, com duas cadeias α e duas β. Cada molé- cula de hemoglobina pode carregar 4 de O2. Interações hidrofóbicas estabilizam as subunidades e ligações polares ligam os dímeros. Possui regulação alostérica. o Forma Tensa: baixa afinidade ao oxigênio; o Forma Relaxada: alta baixa afini- dade ao oxigênio; o Cooperatividade: a ligação de uma subunidade ao oxigênio aumenta a afinidade das outras; o Efetores alostéricos: pO2, pH, pCO2 e disponibilidade de 2-3-bis- fosfoglicerato (2-3-BPG); ▪ Oxigênio: estabiliza a forma R; o Efeito Bohr: liberação de O2 au- menta quando pH diminui ou quando pCO2 aumenta. Isso acon- tece porque ambas condições es- tabilizam o estado T (desoxi) da hemoglobina. O pH diminui em de- corrência da conversão de CO2 em ácido carbônico e, de forma espontânea, em bicarbonato e H+; o 2,3-BPG: diminui afinidade da he- moglobina pelo O2; o CO e CO2: diminuem afinidade da hemoglobina por oxigênio. CO liga- se fortemente ao ferro da hemo- globina, formando caboxiemoglo- bina. Se o monóxido se liga a um dos quatro grupos heme, a hemo- globina conforma-se em R, de modo que o oxigênio se liga às ou- tras subunidades com alta afini- dade, mas será impedido de ser li- berado. Doenças genéticas; Anemia falciforme: caracterizada pela substituição do aminoácido ácido glutâ- mico pelo aminoácido valina nas cadeias beta. Nela, acontecem crises dolorosas que perduram a vida toda. Os heterozigo- tos para essa característica não apresen- tam sintomas clínicos e aparentam ser imunes à malária. A mutação da anemia falciforme produz eritrócitos rígidos e de- formados, que bloqueiam o fluxo sanguí- neo em vasos de pequeno diâmetro e se prendem à parede de vasos. Exemplos: colágeno e elastina, que são componentes da pele, do tecido conjun- tivo, da parede dos vasos sanguíneos e de partes do olho. Proteína mais abundante do corpo hu- mano. É longa, rígida e torcida (3 cadeias alfa); Há mais de 25 tipos de colágeno, que po- dem ser organizados em 3 grupos; Estrutura: tripla-hélice estabilizada por li- gações de hidrogênio; o Sequência de aminoácidos: Gly- Pro-Hyp (geralmente); Degradação: colágenos normais são alta- mente estáveis podendo durar anos. Te- cido conjuntivo é dinâmico e constante- mente remodelado. Tudo depende das co- lagenases. Enzimas São proteínas catalisadoras que aumen- tam a velocidade das reações sem sofrer alterações no processo global. RNAs com atividade catalítica são cha- mados de Ribozimas; Sítio ativo: fenda de ligação de enzima com seu substrato específico. O subs- trato liga-se à enzima de forma não-co- valente, provocando uma mudança con- formacional à enzima – encaixe induzido; Eficiência: o número de moléculas de substrato convertidas em moléculas de produto por molécula de enzima em um segundo é chamado de número de reno- vação (turnover number) ou Kcat (cons- tante de velocidade para conversão do ES em E + P); Especificidade: as enzimas são altamente específicas; Holoenzima: enzima ativa com um com- ponente não proteico associado; o Se o componente não proteico for um íon metálico (Zn2+ ou Fe2+) ele é chamado de cofator; o Se for uma molécula orgânica pe- quena é chamado de coenzima. As coenzimas, geralmente, são deri- vadas de vitaminas. Se a coenzima estiver associada permanente- mente à enzima ela é chamada de grupo prostético. Apoenzima: enzima inativa sem o com- ponente não proteico; Regulação: enzimas podem ser ativadas ou inibidas para responder às necessidades celulares; Localização dentro da célula: muitas en- zimas localizam-se em organelas especí- ficas para evitar possíveis competições; Alterações de energia: Química do sítio ativo:o O sítio ativo não é passivo; o O sítio ativo é flexível e se molda para formar o estado de transição com a ligação do substrato; Concentração de substrato: o Velocidade máxima: a velocidade de uma reação catalisada por en- zima aumenta com a concentra- ção do substrato até atingir a ve- locidade máxima; o Formato da curva de cinética en- zimática: Temperatura: o Aumento da velocidade com a temperatura: a velocidade au- menta com a temperatura até um pico ser atingido e, com uma ele- vação de temperatura excessiva, a enzima pode desnaturar. pH: o Valores extremos de pH porem le- var à desnaturação proteica; o pH influencia na ionização do sítio ativo, podendo acelerar ou desace- lerar a reação; o O pH ótimo das enzimas é variável. A lógica seguida é: enzima liga-se reversi- velmente ao substrato, formando o com- plexo ES que, subsequentemente, gera o produto, regenerando a enzima livre. Equação de Michaelis-Menten: o o Vo é a velocidade inicial. O Km de uma enzima (constante de Mi- chaelis) é característico da enzima e de seu substrato específico e reflete a afini- dade da enzima por esse substrato; O Km é numericamente igual à concen- tração de substrato em que a velocidade da reação é metade da Vmax; Km não varia com concentração de en- zima; Km alto = baixa afinidade; Km baixo = alta afinidade; Velocidade da reação é diretamente pro- porcional à concentração de enzima; Ordem da reação: o Primeira ordem: [S] muito menor que Km > velocidade proporcional à concentração de substrato; o Ordem zero: [S] muito maior que Km > velocidade constante e igual a Vmax. Gráfico de Lineweaver-Burk: Podem ser reversíveis ou irreversíveis; Inibidores irreversíveis ligam-se às enzi- mas covalentemente; Inibidores reversíveis ligam-se às enzimas de forma não-covalente, podendo ser re- cuperadas por meio de diluição do com- plexo enzima-inibidor; Inibição reversível: pode ser competitiva ou não competitiva; Inibição competitiva: inibidor se liga rever- sivelmente ao mesmo sítio do substrato, competindo pelo sítio ativo; o Revertido pelo aumento da con- centração de substrato; o Vmáx não altera; o Km aparente aumenta (mais subs- trato é necessário para atingir me- tade da Vmáx); Inibição não competitiva: inibidor e subs- trato ligam-se em sítios diferentes na en- zima; o O aumento na [S] não reverte; o Vmáx aparente diminui; o Km permanece igual. Geralmente, aumento na [S] provoca au- mento da velocidade; Enzimas alostéricas: curva característica é sigmoide. são reguladas por efetores (moduladores), que se ligam de forma não covalente a um sítio que não é o sí- tio ativo. Geralmente, este sítio se loca- liza em subunidades diferentes à do sítio ativo; o Efetores negativos: inibem; o Efetores positivos: aumentam. Os efetores podem mudar a afinidade da enzima por seu substrato (Km) ou a ativi- dade catalítica máxima (Vmáx); Modificação covalente: por exemplo, adi- ção ou remoção de grupos fosfato; fos- forilação é catalisada por proteínas cina- ses; O aumento na atividade de enzimas libe- radas pelas células pode indicar lesão te- cidual; Muitas doenças que causam lesão teci- dual resultam no aumento da liberação de enzimas intracelulares no plasma; Alanina-aminotransferase (ALT): abun- dante no fígado, portanto, concentração alta no plasma reflete lesão no tecido hepático; Isozimas: enzimas que catalisam a mesma reação; Níveis plasmáticos de creatina-cinase (CK): usados para detectar infarto do mi- ocárdio; Diagnóstico de infarto do miocárdio: mi- ocárdio é o único tecido com mais de 5% do total de atividade da CK como CK2 e seu aparecimento no plasma é muito in- dicativo. Troponina T (TnT) e a Troponina I (TnI) são reguladoras envolvidas no músuculo, portanto, Tn-c (isoforma) li- berada no plasma é característico de le- são cadíaca. R., F. D. Bioquímica Ilustrada. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, [Inserir ano de publicação]. 9788582714867. Disponível em: https://inte- grada.minhabiblioteca.com.br/#/bo- oks/9788582714867/. Acesso em: 07 Sep 2020
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