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Considerações iniciais: A Portaria abrange todo consultório, local que tenha aparelho de raio X e são obrigados a ter um exemplar. Tem termos específicos para medicina e para odontologia então se a vigilância chegar, ela pode exigir seu conhecimento sobre a portaria. Na aula passada vimos os efeitos biológicos nos tecidos causados pela exposição aos raios x e com isso surgiu a Radioproteção. Conceito: Conjunto de medidas, normas que visam proteger o profissional, o o paciente e público em geral dos efeitos das radiações ionizantes. PROTEÇÃO DO PACIENTE Ações do profissional para proteger o paciente: 1. Uso de vestimenta de proteção que é o colete de chumbo e colar de tireóide que é uma glândula muito sensível. Existe infantil, pra panorâmica (protegendo também as costas), pode ter o colete e o colar já juntos ou serem separados. 2. Deixar o feixe do Raio X o mais próximo possível da pele (sem ter meia lua) 3. Usar filmes mais rápidos porque precisam de menos quantidade de radiação. O E e F são os grupos de filmes ultrarrápidos aos quais devemos procurar. 4. Usar técnica adequada Ex: eu jamais faria uma interproximal se eu quero ver a raiz. 5. Uso de posicionadores porque a chance de erro é menor, facilita o acerto da técnica. São jogos para dentes superiores, inferiores e adaptador pra interproximal. Eles têm um halo que fica voltado para o cabeçote e você o posiciona de acordo. Inerentes ao Aparelho: 1. Filtro de Alumínio: Disco de alumínio que tem geralmente o diâmetro da saída do cabeçote e no geral não vemos. Esse disco tem 1,5mm de espessura para aparelhos com 70KVP e para mais de 70KVP tem que ter 2,5mm de espessura no mínimo. Serve para absorver os raios x com alto comprimento de onda e baixo poder de penetração (raio x moles) que muitas vezes não atravessam e são absorvidos pelo paciente então o disco protege para que não ocorra isso. 2. Colimador de diafragma: Disco de chumbo com uma abertura no centro, ou seja, só passa por ele os raios x da região central, barrando a passagem dos raios x periféricos, diminuindo a quantidade de radiação recebida pelo paciente. 3. Cilindro localizador: Cilindro que colocamos em direção ao paciente, ele atua direcionando o feixe de radiação, aproveitando os feixes menos divergentes. Geralmente tem 15cmx6cm de diâmetro e isso é determinado pela portaria que diz que a área da face do paciente atingida pelo raio x não deve ultrapassar 6cm. Proteção do profissional: 1. Se colocar a uma distância mínima de 2 metros da fonte de raio x se protegendo da radiação primária e secundária 2. Jamais segurar o filme na boca do paciente. Se precisar chamar o acompanhante e nesse caso proteger também o acompanhante com colete 3. Jamais se posicionar na direção do feixe útil porque vai receber a radiação 4. Se posicionar atrás de uma barreira de proteção caso seja num local que você não possa ficar a 2 metros. Pode Sr revestida de chumbo ou com barita.Aqui na radiologia são todas ‘’baritadas’’ e o vidro pequeno possui chumbo. 5. Monitoramento individual regular. Isso se você trabalha com radiologia. Pode ser feito com filme dosimétrico. Quando detecta que o profissional recebeu uma quantidade a mais, ele deve ser temporariamente afastado. Existem vários modelos: crachá, caneta, pulseira Obs: ela explica como se faz esse monitoramento, mas diz que isso não é importante para nós porque envolve física e aconselha a não copiar essa parte. Proteção do público em geral: Projetos das clínicas feitos com físicos da radiação para que os ambientes ao redor estejam seguros. Conclusão: Existem os riscos, porém os benefícios para medicina e odontologia justificam sua utilização, sendo responsabilidade do profissional proteger os pacientes e si utilizando- se da radioproteção adequada. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. 453/98 Características: Estabelece os requisitos básicos para prática radiológica, disciplina a prática, diz tudo proíbe método visual e o uso de aparelho de disparo de retardo porque quando você aperta o botão não tem mais como abortar e se o paciente se mexer não tem como voltar atrás. Princípios: 1. Justificação: Tem que ter uma justificativa pra fazer porque envolve risco ao paciente. O item 2.5 desse princípio diz que fica proibida toda exposição que não possa ser justificada incluindo fins de demonstração, treinamento e outros que ferem o princípio. Obs: A portaria fala sobre seres humanos porque é voltada pra odontologia, mas existe questões bioéticas envolvendo os seres vivos de modo geral porque os animais também sofrem os efeitos da radiação. São proibidos exames radiográficos com fim empregatício tanto de rotina quanto no ato da contratação ou classificação como em concursos. Qualquer pessoa pode se negar baseado nessa portaria. Exceto quando as informações obtidas forem úteis à saúde do paciente. Ex: empregador vai fornecer o tratamento. Proibido para fins de pesquisas biomédicas, Exames de rotina de tórax para internação hospitalar. 2. Otimização: Ter todos os processos otimizados, técnica correta, processamento e com o mínimo de radiação possível para uma boa radiografia. Deve ser aplicada nos projetos e instalações - projeto radiológico e também nos procedimentos de trabalho tudo isso está listado na portaria. 3. Limites de doses individuais: Valores estabelecidos para exposição ocupacional e para o público. São a DMP – dose máxima permitida. A portaria trás tabelas com essas doses e se baseia na Comissão Nacional de Energia Nuclear Responsabilidades Básicas: Os empregadores e titulares são os principais responsáveis por aplicar esse regulamento. Você é responsável pelos seus funcionários, fazer o monitoramento deles e você caso aconteça algo, é quem responde judicialmente. Requisitos para o Ambiente (na odontologia): Fonte de raio x a 2 metro do profissional, todo consultório deveria ter o símbolo de identificação padrão para raio x entrada restrita e toda sala (em que se tira a radiografia) deve ter um quadrinho dizendo paciente e acompanhante exija seu EPI A portaria trás todas aquelas normas já ditas de proteção do paciente, profissional e público. Obs: o artigo 4 lembra você da responsabilidade civil e penal. Se a vigilância chegar você tem que ter um exemplar. E o artigo 132 do Código Penal diz que se considera infração quando se está expondo a vida de outrem ao perigo. Detenção de 3 meses a 1 ano. Fora indenizações que você pode precisar pagar caso se prove que você pôs o paciente em risco.
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